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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Desenvolvimento do Brasil pós-covid em uma economia de baixo carbono

Resumo

Economia de Baixo Carbono é uma forma de produção que busca neutralizar as emissões de Gases do Efeito Estufa no processo produtivo, ao mesmo tempo em que faz uso intensivo da tecnologia e fontes de energia limpa, proporcionando maiores benefícios sociais e econômicos. O objetivo central do presente estudo é avaliar os benefícios e custos conhecidos na adoção de políticas de descarbonização da economia e verificar se tais medidas se aplicam ao Brasil como estratégia de retomada econômica no pós-pandemia do COVID-19. Para desenvolver o trabalho foi utilizada a pesquisa documental e consultas bibliográficas em artigos científicos, websites oficiais e demais relatórios produzidos por entidades civis. Foram considerados também, os resultados obtidos nos países da União Europeia (UE) a partir de 2015, quando estes passam a priorizar políticas voltadas para uma economia NET Zero (zero emissões líquidas). Apesar dos grandes desafios, direcionar os esforços para uma economia de baixo carbono é, em grande medida, uma estratégia importante para o Brasil porque há muitos ganhos sociais e econômicos envolvidos que compensam os custos.

Introdução

Economia de Baixo Carbono é uma forma de produção que busca neutralizar as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) no processo produtivo, ao mesmo tempo em que faz uso intensivo da tecnologia e fontes de energia limpa, proporcionando maiores benefícios sociais e econômicos. Baseia-se também no princípio da compensação, onde o agente poluidor deve comprar créditos de carbono gerados por agentes que usam práticas sustentáveis (acordo firmado entre países industrializados no protocolo de Kyoto em 1997).

Esse modelo reduz as externalidades negativas da poluição, desestimula práticas poluentes e, consequentemente protege o meio ambiente e sua biodiversidade. A base que permite instituir um controle sobre as emissões é o valor monetário atribuído às emissões, permitindo mensurá-las por meio de um mercado próprio – uma tonelada de CO2 equivale a um crédito de carbono.

As práticas adotadas nesse modelo priorizam energia limpa em detrimento de processos convencionais danosos ao meio ambiente, incorporam a responsabilidade social e buscam o aumento da produtividade por meio da tecnologia: é preciso produzir mais com menos. A agricultura com a “floresta em pé” é um dos pilares desse framework.

Autor: Claudio Rubens Silva Filho.



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