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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

Brasília, 18 de fevereiro - Às 9h51

- Tarcísio de Freitas: O ministro da Infraestrutura confirmou ontem, em evento do TC, que é pré-candidato ao governo de São Paulo, provavelmente pelo PL. Ele defendeu privatizações, incluindo a da Sabesp, empresa paulista de saneamento, se vencer a corrida eleitoral no estado. Também declarou que "corrupto tem de ir para o inferno".

-  Avanços: Freitas destacou realizações do governo federal, como desestatizações de portos, aeroportos e da Eletrobras, que ele acredita que será concluída neste ano. Falou que a venda futura da Petrobras não é mais tabu, nem para o presidente Jair Bolsonaro, nem para a sociedade. Agenda de hoje traz uma pesquisa XP/Ipespe exclusiva para o governo de São Paulo, na qual o nome de Freitas pode ser testado.

-  2022: Em guia enviado aos clientes sobre as eleições brasileiras, o Credit Suisse, tratando de possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diz que o consenso agora é que ele "será pragmático, aprovando reformas e avançando no processo de consolidação fiscal que fez em 2003”.

-  Economia: Interlocutores de Lula consideram que o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Josué Gomes, é o perfil ideal para o Ministério da Fazenda, diz Gerson Camarotti, do G1. “Mas não é o perfil de um político tradicional e sim o de alguém como Josué Alencar, que tem credibilidade, liderança e interlocução com o empresariado e o setor financeiro”, explicou um desses interlocutores ao colunista.

-  Visões: O impacto da eventual eleição de Lula no mercado abriu divergência entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reporta a CNN Brasil. Em entrevista recente, Campos Neto afirmou que o mercado está menos receoso quanto a uma troca de governo. Interlocutores de Guedes afirmaram que ele, irritado, teria dito que na economia não tem nada de Lula precificado.

- EUA x Brasil: O Departamento de Estado dos Estados Unidos criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro na Rússia e sua declaração de solidariedade àquele país em meio à possibilidade de invasão da Ucrânia, relata a Reuters. O governo americano afirmou que a declaração foi "incoerente com a ênfase histórica do Brasil na paz e na diplomacia".

-  Contraponto: Bolsonaro disse na Rússia que "somos solidários a todos aqueles países que querem e se empenham pela paz. Temos uma colaboração intensa com a Rússia nos principais foros internacionais como o BRICs, o G20 e as Nações Unidas". Na Hungria, disse que passou "suas impressões" sobre a situação na Rússia e que a retirada de tropas russas da fronteira com a Ucrânia seria "um gesto", prossegue a Reuters.

- Junto e misturado: Novo presidente em exercício do PP, partido que ancora a coalizão do governo federal, o deputado Cláudio Cajado disse à Folha de S. Paulo que a "aliança é clara em nível nacional com Bolsonaro", mas que "as alianças que os progressistas têm nos estados, a princípio, devem continuar".

- Terceira via: Um grupo de políticos de vários partidos defende lançar o ex-presidente Michel Temer como candidato à Presidência com o governador gaúcho, Eduardo Leite, de vice, reportou a Veja ontem. Fala-se em "gestão compartilhada": Temer ficaria no cargo nos primeiros dois anos, tocaria reformas e faria um rearranjo da máquina pública. Depois, entregaria o cargo a Leite. A ideia seria unir MDB, União Brasil e PSD.

-  Urnas: O general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa, disse ao Valor Econômico que as urnas eletrônicas "estão sendo usadas há 26 anos e o atual presidente foi eleito com esse sistema”. Alegando questões familiares, o general declinou de assumir a direção-geral do Tribunal Superior Eleitoral, no momento em que o presidente Bolsonaro retomou suas investidas contra as urnas eletrônicas, diz o jornal.

Edmar Soares

DRT 2321

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