Destaques

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Hospital Federal promove trote solidário com calouros de universidade

Unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro e campus da instituição Estácio de Sá adotaram forma criativa de ajudar a salvar vidas

Ingressar na faculdade é algo marcante na vida de muitos jovens. Por que não aproveitar esse momento para incentivá-los em prol de uma causa de saúde pública? É o que calouros e veteranos de diferentes cursos do campus R9 – Taquara da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, fizeram na manhã desta quarta-feira (30). Dezenas de estudantes estavam presentes no trote solidário organizado no Hemonúcleo do Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), unidade do Ministério da Saúde, como voluntários de doação de sangue. A iniciativa será reprisada na próxima terça e quarta-feira (5 e 6 de setembro) no mesmo local.

Quarenta universitários chegaram à entrada do Hemonúcleo por volta das 9h em ônibus cedido pelo próprio hospital. Na sala de espera, preencheram formulário e passaram por uma entrevista individual para relatar seu estado de saúde – procedimentos normais em qualquer doação de sangue na unidade. A coordenadora do Hemonúcleo, Mônica Ferreira, explica que todo o procedimento duro em torno de 15 minutos. Ela ainda acompanhou pequenos grupos de universitários pelo Hemonúcleo, para que conhecessem um pouco o espaço e também o passo a passo do processamento do sangue até o armazenamento e efetiva doação ao paciente.

“A nossa missão é trazer esses jovens para dentro das instalações a fim sensibilizá-los, mostrando a eles o destino do sangue que doam”, conta ela, entusiasmada com o êxito da ação. Mônica é uma das profissionais de saúde da unidade que permanece ininterruptamente atenta ao alto fluxo de atendimento na emergência do hospital, que atende em média 50 pacientes por dia, demandando um número maior de doadores. Em 80% dos atendimentos nessa emergência, na zona Oeste, os casos são oncológicos. “Precisamos formar um pensamento de doador entre a população. A doação de sangue ainda é muito estigmatizada e é o que precisa ser mudado”, observa ela.

Aluna de Educação Física do 1º período da faculdade, Luana dos Santos, 18 anos, não imaginava que o trote seria tão inspirador. Moradora do bairro de Cordovil, no Rio de Janeiro, ela não conhecia o Hemonúcleo do HFCF, em Jacarepaguá, mas diz que sempre quis ser uma doadora. “Me sinto muito bem em doar porque sempre quis ajudar e a iniciativa da faculdade e do hospital me ajudou a conseguir essa meta”.

Já a estudante de Enfermagem Bruna Abas, da mesma idade, não conseguiu doar porque havia tomado a vacina contra a febre amarela há pouco tempo, mas obteve as orientações necessárias para o momento em que puder via a doar. “Mesmo não podendo doar agora, já fiz meu cadastro para voltar depois. Infelizmente, muitas pessoas não doam porque têm medo ou desconhecem os bancos de coleta”, constata. Quem estava por perto também avaliou bem a iniciativa: “É uma ação linda em uma unidade importante e que tanto precisa”, elogia Joaquim Bastos, professor aposentado, que doou sangue pela primeira vez há 60 anos.

IDEIA CRIATIVA – O trote solidário faz parte de uma ação especial da universidade com o Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH), em busca da inovação e conscientização de jovens universitários a respeito da doação de sangue. “Nosso objetivo é sair da teoria e educar o aluno, dando justificativa e significado ao ato de doar. Aqui ele vai entender o processo por meio do contato direto com o banco de sangue”, afirma Maria Isabel Bastos, professora do curso de Enfermagem.

Para doar é preciso ter entre 16 e 69 anos, estar bem de saúde e pesar mais de 50 quilos. É preciso apresentar documento com foto original. Os menores de idade devem ir acompanhados de um responsável. O atendimento no Hemonúcleo do HFCF acontece de segunda a sexta das 8h às 12h.

Serviço
Local: Hemonúcleo do Hospital Federal Cardoso Fontes (Avenida Menezes Cortes, 3245 - Jacarepaguá, Rio de Janeiro)
Horário: Das 8h às 12h

Por Juliana Castro (supervisão Géssica Trindade), Ascom/RJ


Ministro da Saúde visita obras do Hospital Regional de Toledo

O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, estará na cidade de Toledo (PR), nesta quinta-feira (31), onde visita as obras do Hospital Regional de Toledo. Na cidade, Barros visita também o Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Visita – Curso de Medicina da UFPR
Data: 31 de agosto (quinta-feira)
Horário: 14h
Local: Campus da UFPR – Extensão / Rua General Rondon,2195 – Jardim La Salle
Visita - Hospital Regional de Toledo
Data: 31 de agosto (quinta-feira)
Horário: 15h
Local: Avenida União Nº 751 – Vila Becker

Assessoria de imprensa do Ministério da Saúde
(61) 3315-3580/3533 


Pós-bariátrica criada em hospital do SUS reduz tempo de cirurgia e recuperação

Cirurgiões do Hospital Federal do Andaraí, no Rio de Janeiro, desenvolveram técnica apresentada em congresso mundial no Japão

Uma técnica de cirurgia pós-bariátrica desenvolvida no Hospital Federal do Andaraí (HFA) já atraiu a essa unidade do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro estudantes de 16 países em quatro continentes. Todos eles em busca da inovação que hoje permite realizar quatro tipos de procedimentos cirúrgicos ao mesmo tempo: a reparação do abdômen inteiro (360°), peito, braços e coxas.

Inteiramente criada no Sistema Único de Saúde (SUS), a técnica permite a redução pela metade do tempo de plástica reparadora para os pacientes que já haviam sido submetidos a cirurgia bariátrica – de 8 a 10 horas para 4 horas de procedimento cirúrgico. Já a recuperação pós-cirúrgica, que demora pelos métodos tradicionais cerca de dois meses, também foi reduzida para 10 a 15 dias – ou seja, para até 1/6 do tempo médio.

Outro benefício apontado pela equipe é que diminuiu o risco cirúrgico. Complicações que exigiam transfusões, por exemplo, foram reduzidas a quase zero nos pacientes submetidos a esse tipo de cirurgia no HFA. Em novembro de 2016, a técnica foi apresentada no Congresso Mundial da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, em Kyoto, no Japão, evento que reúne alguns dos mais renomados cirurgiões plásticos do mundo.

“Ao conseguir realizar quatro cirurgias em uma mesma pessoa ao mesmo tempo, diminuímos também o custo dos procedimentos e a fila de pacientes, uma vez que eles estavam à espera de várias cirurgias”, ressalta o chefe do setor de Cirurgia Plástica do HFA, Carlos Del Piño Roxo, que expôs os avanços desta técnica em master conferência no congresso.

DETALHAMENTO DA TÉCNICA - Uma das grandes diferenças é que a técnica do HFA consiste na previsão de todo o corte para as quatro cirurgias simultâneas que ocorrem depois da bariátrica e do emagrecimento do paciente, ainda antes que comece o procedimento. Dessa forma, é delimitado estritamente o tecido que está sobrando. Mais do que isso, se evita a danificação dos tecidos.

“Da forma tradicional, os cirurgiões iam ‘puxando’ tecidos durante a cirurgia, sem a delimitação planejada, o que pode ocasionar transtornos como o de um lado do abdômen ficar mais caído que o outro”, esclarece Roxo.

Até agora, 675 pacientes foram submetidos a essa técnica cirúrgica. Anualmente, ocorrem 50 cirurgias pós-bariátricas no HFA. O hospital federal realiza desde o ano 2000 cirurgias pós-bariátricas gratuitamente pelo SUS. Desde então, esses procedimentos já ocorriam com forma diferenciada, que reduz o tamanho da cicatriz de corte do abdômen porque, em vez de corte vertical, é feito corte em formato de âncora no abdômen.

“Não vejo minha pós-bariátrica como algo estético, não, vejo como a possibilidade de maior qualidade de vida. Minha barriga caía três camadas, eu queria muito caminhar normalmente”, conta a administradora de residência terapêutica Alessandra de Mello Morelli, 34 anos. Com 1,56 metro de altura, ela chegou a pesar 148 quilos e a ter problemas nos rins e fígado. Entre a cirurgia bariátrica e a pós-bariátrica, feita em abril, foram dois anos e quatro meses até chegar ao peso considerado ideal, 65 quilos. “Hoje sou uma outra pessoa”, atesta.

Uma das apostas do HFA para o êxito desse tipo de tratamento é o acolhimento ao paciente no hospital, o que prevê a atuação de uma mesma equipe multidisciplinar desde a primeira consulta até a retirada dos pontos pós-cirurgias e finalização do atendimento. O objetivo é reforçar a confiança do paciente no tratamento.

Por Géssica Trindade, Ascom/RJ


"Vamos ampliar e qualificar o atendimento nos hospitais federais do Rio de Janeiro", diz ministro da Saúde

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, ministro Ricardo Barros defende plano de reestruturação das seis unidades do Rio que visa ampliar em 20% o atendimento da população

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou nesta quarta-feira (30), em audiência na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o plano de reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro. A medida prevê a especialização de cada uma das seis unidades em determinadas áreas de atuação, qualificando a assistência e ampliando a oferta dos serviços à população. A meta é aumentar em 20% o atendimento em oncologia, ortopedia e cardiologia. Aos parlamentares presentes, o ministro da Saúde também esclareceu as razões do Hospital São Paulo, que já recebe incentivos e isenção fiscal por ser filantrópico, não se enquadrar na legislação do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF).

A iniciativa do plano de reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro, que já está em curso, visa aperfeiçoar o atendimento oferecido na capital fluminense. A especialização das unidades possibilitará um aumento do número de procedimentos realizados e maior qualificação das equipes de profissionais. Setores com baixa produção em uma unidade serão realocados para outra, onde a estrutura existente poderá ser melhor aproveitada pela população.

As mudanças previstas não alteram o atendimento já agendado dos pacientes nem prevê qualquer suspensão, diminuição ou cortes de serviços. Pelo contrário, a expectativa é aumentar a oferta. Na rede de seis hospitais, desde janeiro, a espera cirúrgica das seis unidades foi reduzida à metade, de 17 mil para 8,4 mil cirurgias.

“Fortalecer o atendimento prestado nas unidades é o nosso objetivo com a reestruturação. Redefinir as especialidades dos hospitais federais do Rio de Janeiro irá melhorar e ampliar a qualidade dos serviços da rede de assistência à saúde, buscando atender a necessidade da população do estado. Estamos unificando os serviços para que possamos ter uma escala maior na produção cirúrgica, clínica e ambulatorial”, reforçou o ministro da Saúde, Ricardo barros, durante a audiência.

Para viabilizar a proposta, está em andamento o processo de especialização das unidades federais no Rio de Janeiro, com a consultoria de profissionais do hospital Sírio Libanês (SP), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), promovendo entre as seis unidades uma redefinição dos perfis assistenciais, otimizando o funcionamento dentro de uma rede unificada. A medida deve ampliar a assistência à cirurgia vascular. Cada unidade terá capacidade de realizar 40 cirurgias por mês, que representa cerca de duas mil cirurgias ao ano.

O orçamento destinado para as seis unidades federais é crescente a cada ano. Pela Lei Orçamentária, a previsão para este ano é 22% maior, cerca de R$ 673,8 milhões. Atualmente, o Ministério da Saúde reserva cerca de R$ 1 bilhão para o pagamento de profissionais nas seis unidades.

HOSPITAL SÃO PAULO – Sobre a situação do Hospital São Paulo, localizado na capital paulista, pareceres do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Advocacia Geral da União (AGU) recomendam a suspensão de repasses do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF).  A unidade não se enquadra nos critérios previstos na legislação. Pelo Decreto 7.082 de 2010, que institui o Programa, os hospitais universitários federais participantes devem dedicar a totalidade da sua capacidade instalada assistencial ao SUS.

O Ministério da Saúde, desde o dia 3 de abril, solicita aos gestores do Hospital São Paulo informações qualificadas sobre a situação financeira da unidade para avaliação. É importante ressaltar que o governo federal responde por cerca de 90% da receita da unidade, que, atualmente corresponde a R$ 568 milhões, incluindo folha de pagamento. Desde 2004 até hoje, incorporou aos valores destinados à unidade um total de R$ 54 milhões por ano.

“O financiamento do SUS é tripartite. As instituições de saúde contam com recursos da União e contrapartida estadual e municipal”, pontua Ricardo Barros. Por ser filantrópico, com atendimento SUS e particular, o Hospital São Paulo recebe incentivos e isenção fiscal, com base nesse modelo de gestão adotado desde 2011. É também um hospital de ensino vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O Governo Federal repassa, por ano, R$ 8,6 bilhões para o Teto de Média e Alta Complexidade do estado de São Paulo, direcionados ao atendimento hospitalar, ambulatorial de urgência e emergência. Além deste valor, em 2016, o estado recebeu um acréscimo de R$ 246 milhões.

As verbas do Ministério da Saúde, conforme prevê a legislação do SUS, são  destinadas aos fundos estaduais e/ou municipais, responsáveis por contratualizar com os prestadores de serviço, sejam eles públicos, sem fins lucrativos ou privados. A gestão destes recursos e a regulação do acesso as ações e serviços de saúde são de responsabilidade dos próprios estados e municípios, conforme sua capacidade instalada e a programação pactuada.

 Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Brasil reduz em 42% número de fumantes passivos no ambiente familiar

Durante apresentação dos avanços de combate ao fumo, Ministério da Saúde e INCA reiteram posicionamento a favor da proibição de aditivos em cigarros que aguarda julgamento do STF

Os brasileiros estão cada vez fumando menos em casa e expondo os familiares aos riscos do tabagismo passivo. Foi o que apontou a última edição da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Em oito anos, o índice registrou queda de 42,5% no número de fumantes passivos no domicílio, caindo de 12,7%, no ano de 2009, para 7,3% no ano passado. O dado foi divulgado nesta terça-feira (29/08), pelo Ministério da Saúde, em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo.  

Confira, em anexo, a apresentação completa

Entre as capitais, todas apresentaram queda, com destaque para Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC). Aracaju (5,1%) teve a menor incidência de fumantes passivos em domicílio, no ano passado. Já Porto Alegre (RS) apresentou o maior percentual (10,4%), no mesmo período. A frequência de fumantes passivos no domicílio foi mais alta entre os mais jovens (18 a 24 anos), em ambos os sexos. A pesquisa foi feita por telefone nas 26 capitais e no Distrito Federal e contou com 53.210 entrevistas.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comemorou a redução e destacou que as ações da pasta não vão parar. “Continuaremos investindo nessa área e ampliando a divulgação das campanhas. Vamos também orientar as crianças por meio do Saúde na Escola, criando resistência a esse início do vício de fumar que acontece, principalmente, na adolescência”, ressaltou.  

A queda no número de fumantes passivos em domicílio vem junto com a redução de fumantes no país. Nos últimos 10 anos, houve redução de 35% no número de usuários de produtos derivados do tabaco. A prevalência caiu de 15,7% em 2006, para 10,2% em 2016. Quando separado por gênero, a frequência de fumantes hoje é maior no sexo masculino (12,7%) do que no feminino (8%). Se analisado por faixa etária, a pesquisa mostra que a frequência de fumantes é menor entre os adultos jovens antes dos 25 anos (7,4%), ou após os 65 anos (7,7%) e maior na faixa etária dos 55 a 64 anos (13,5%).

O tabagismo passivo é causa de doenças e morte. Em 2015, o Ministério da Saúde registrou 17.972 óbitos, sendo uma das principais causas de mortes atribuíveis ao tabaco. Ser fumante passivo significa inalar fumaça de cigarros (ou outros produtos derivados do tabaco) por pessoas que não fumam. Essa fumaça se difunde no ambiente e faz com que as pessoas ao redor inalem a mesma quantidade de poluentes que os fumantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2013, o tabagismo passivo foi a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool.

Estudos comprovam que os efeitos imediatos da poluição ambiental pela fumaça do tabaco não são apenas de curto prazo, como irritação nasal e nos olhos, dor de cabeça, irritação na garganta, vertigem, náusea, tosse e problemas respiratórios. Essa exposição também está relacionada ao aumento do risco de câncer de pulmão, de infarto, e de várias outras doenças graves e fatais relacionadas ao tabagismo.

A diretora do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Ana Cristina Pinho, destacou a importância do Dia Nacional de Combate ao Fumo. “A data é para reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Essa foi a primeira legislação em âmbito federal relacionada à regulamentação do tabagismo no Brasil, inaugurando a normatização voltada para o controle do tabagismo como um problema de saúde coletiva e que completa hoje 30 anos”, afirmou.

Como parte da política de combate ao tabagismo, o SUS oferece tratamento gratuito para fumantes nas Unidades Básicas de Saúde. São ofertados adesivos, pastilhas e gomas de mascar. Apenas com esses tratamentos, o Ministério da Saúde gastou R$ 23,7 milhões.

ADITIVOS – Durante a comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) reiteram o posicionamento a favor da proibição de aditivos em cigarros, usados com o a finalidade principal de facilitar a iniciação de jovens ao tabagismo.

A divulgação do posicionamento antecede o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) nº 4874 contra uma resolução da Anvisa de 2012 (RDC 14) que restringe o uso de aditivos. A indústria do tabaco conseguiu liminar em 2013 para dar continuidade à oferta. Essas substâncias dão sabores mentolados e adocicados aos cigarros e diminuem a aversão, na primeira experimentação, à fumaça e ao gosto ruim do tabaco.

Para a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, é de suma importância o STF proibir essa ação. “Para reduzir a experimentação em adolescentes, transformar o produto em uma coisa menos atrativa, menos saborosa, é fundamental acabar com os aditivos. Porque o adolescente que ao aderir o consumo vai se tornar, provavelmente, um adulto fumante”, destacou.

Embora os fabricantes tentem passar a ideia de que licores e outros aditivos para dar sabor aos cigarros são inócuos, estudos mostram que eles podem se transformar em substâncias tóxicas e cancerígenas durante a queima. É o caso do açúcar, que, ao sofrer combustão, transforma-se em acetaldeído, uma substância cancerígena e neurotóxica.

A posição dos órgãos é que a RDC 14 da Anvisa é fundamental para reduzir a experimentação entre adolescentes e continuar a queda do contingente de fumantes no país, bem como o impacto das doenças relacionadas ao tabaco sobre os cofres públicos.

EXPOSIÇÃO/LIVRO - Como parte da cerimônia do Dia Nacional de Combate do Fumo, será inaugurada a exposição “INCA: 80 anos de História na Saúde Pública no Brasil” no túnel que liga o prédio principal do Ministério Saúde ao edifício anexo, em Brasília. Criada em parceria com a Fiocruz, a mostra lembra as primeiras iniciativas do combate ao câncer no Brasil e registra a contribuição de alguns personagens fundamentais na trajetória do Instituto. Os painéis contam a história da criação do INCA e a evolução até tornar-se referência no controle ao câncer.

Também será lançada a publicação “Dia Mundial sem Tabaco e Dia Nacional de Combate ao Fumo: Catálogo de campanhas 1997-2017”. A publicação é um resumo histórico das campanhas promovidas pelo INCA nos últimos 20 anos. O projeto inclui ainda o Artigo 4º da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, com o qual se relaciona o tema das campanhas e ações de comunicação e informação.

Anexo:

Por Victor Maciel, da Agência Saúde e Ascom INCA


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Elaboradas propostas de diretrizes para inspetores

Documento proposto durante o encontro do Grupo Técnico Tripartite para elaboração de propostas para fortalecimento das ações do SNVS em sangue, tecidos, células e órgãos será discutido em outras instâncias decisórias.

Propostas de diretrizes nacionais para a formação e a capacitação de inspetores sanitários, avanços tecnológicos, habilidades e competências para a identificação e avaliação de risco e as particularidades regionais. Estes foram alguns dos temas debatidos durante os dois dias da reunião do Grupo Técnico Tripartite (GTT) para elaboração de propostas para a harmonização e fortalecimento das ações do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) em sangue, tecidos, células e órgãos no Brasil.

O documento proposto durante o encontro, que ocorreu entre os dias 23 e 24 de agosto, será discutido em outras instâncias decisórias de forma a aperfeiçoa-lo para sua implantação.

Além disso, o GTT estabeleceu agenda de trabalho para as discussões dos procedimentos operacionais a serem desenvolvidos pelo grupo para a padronização e a uniformização do processo de inspeção sanitária em estabelecimentos de sangue, tecidos e células com o objetivo de garantir produtos e serviços seguros e de qualidade a toda a população brasileira.

Grupo Técnico

O GTT foi instituído pela Portaria n° 2.059, de 9 de novembro de 2016. O grupo, que conta com representantes das vigilâncias sanitárias de estados e municípios de todo o país, tem por meta instituir programas, procedimentos e documentos padronizados para o aprimoramento das inspeções em Boas Práticas na área de sangue, tecidos, células e órgãos. A proposta é harmonizar e convergir as atividades regulatórias de licenciamento, fiscalização e avaliação de riscos dos estabelecimentos de sangue (serviços de hemoterapia) e bancos de tecidos e células, com foco no gerenciamento do risco sanitário.

Este projeto está alinhado ao Planejamento Estratégico 2016-2019 da Anvisa. Também está em consonância com o Projeto IntegraVisa, que almeja a harmonização dos procedimentos e práticas das ações críticas; a definição de atribuições federativas e a otimização dos recursos arrecadados no âmbito da Gestão do SNVS.

Fonte: ANVISA
Data: 28/08/2017


Nota de repúdio à indicação política para diretoria da ANVISA

Diante indicação de João Abukater Neto à diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a União Nacional dos Servidores de Carreira das Agências Reguladoras Federais (Unareg) vem à público expressar sua preocupação quanto aos critérios atualmente utilizados pelo Executivo na indicação de Diretores das Agências Reguladoras.

Entendemos que antes de atender o caráter político, é fundamental que as indicações do executivo para os cargos mencionados atendam prioritariamente o apontamento da legislação sobre a necessidade de que o perfil dos candidatos contemple a competência técnica, a experiência profissional e – no caso da Anvisa, o compromisso com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, o Sistema Único de Saúde e o desenvolvimento econômico do país. Tal necessidade se expressa no artigo 5 da Lei nº 9.986 de 18.07.2000, que determina que “o Presidente ou o Diretor-Geral ou Diretor-Presidente e os demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados”.

O aparelhamento político de nossas instituições públicas já mostrou seu caráter danoso em empresas como Petrobrás, Correios, MAPA, TCE/RJ – e tantas outras; deixando a elas a herança de enorme prejuízo econômico e humano. Rejeitamos o risco da repetição desse cenário de devastação agora na Anvisa, e alertamos para o abuso de poder expresso nessa indicação do executivo, que ignora a experiência e capacidade técnica necessárias para que o indicado lide de forma responsável com assuntos pertinentes à missão institucional de proteger e promover a saúde da população brasileira.

A UnaReg entende que a Anvisa necessita de diretores comprometidos com a saúde pública, e com experiência nessa área, pois, os males causados por gestões danosas na Anvisa podem custar vidas, muito além de prejuízos econômicos, já que a Anvisa exerce papel essencial na proteção e promoção da saúde pública nacional. De conhecimento público, o currículo de João Abukater Neto deixa clara sua falta de experiência no setor da saúde – expondo o fato de que sua indicação para a diretoria da Anvisa não atende os requisitos primordiais para o cumprimento das funções e, por conseguinte, os preceitos da legislação.

Contamos com o apoio da sociedade, imprensa e dos políticos que possuam compromisso com os interesses dos cidadãos, para a melhoria contínua da qualidade regulatória em nosso país, e nos colocamos à disposição para contribuirmos com a discussão do processo de indicação dos dirigentes de nossas agências reguladoras.

Link da fonte:   UnaReg
Data:  28/08/2017


Seguridade discute desafios da política de hemofilia

A Comissão de Seguridade Social e Família realiza, nesta quinta-feira (31), o “Fórum sobre os Desafios da Política de Hemofilia".

A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) e o deputado Odorico Monteiro (PSB-CE), que propuseram o encontro, lembram que a hemofilia é uma doença rara, caracterizada por um distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação do sangue. Mais de 400 mil pessoas no mundo têm hemofilia, e no Brasil são cerca de 11.500 pessoas com a doença, segundo o Ministério da Saúde.

O fórum terá a finalidade, de acordo com os deputados, de divulgar o “Dia Internacional da Hemofilia”, comemorado em 17 de abril, cujos objetivos são chamar a atenção das autoridades de saúde, para a necessidade de assegurar um programa de atenção global aos pacientes; aumentar o acesso dos pacientes ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado; e promover a consciência coletiva, divulgando e informando a população sobre a hemofilia.

Foram convidados:
- a presidente da Federação Brasileira de Hemofilia, Tania Pietrobelli;
- o vice-presidente da Federação Brasileira de Hemofilia, Francisco Careta;
- a médica hematologista e hemoterapeuta Cláudia Lorenzato;
- a diretora de Produtos Estratégicos e Inovação Substituta da Hemobrás, Laura Barreto Carneiro;
- o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Flávio Francisco Vormittag;
- o representante do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina, Guilherme Genovez;
- a secretária de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco, Lúcia Melo.
O debate terá início às 9h30, e ocorrerá no plenário 7.


Da Redação – SC, Agência Câmara Notícias


20º Encontro Anual de Registradores de Câncer abre inscrições


Estão abertas as inscrições para o 20º Encontro da Associação Brasileira de Registradores de Câncer. O evento ocorrerá em Porto Alegre (RS) de 6 a 10 de novembro. Para participar, inscreva-se aqui. Trabalhos científicos podem ser submetidos para avaliação até 6 de setembro.

Nas apresentações, serão abordados os seguintes temas: qualidade das informações; utilização das informações para vigilância de câncer; estratégias para qualificar as informações sobre câncer; novos desafios para registros de câncer e registradores; e as estratégias para integrar e promover a troca de experiências entre Registros Hospitalares de Câncer e e Registros de Câncer de Base Populacional.


Ministério da Saúde e INCA divulgam dados do combate ao tabagismo no Brasil

Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) divulgam, nesta terça-feira (29), dados sobre avanços no combate ao fumo no país.

Durante o evento também será lançada a publicação de um resumo das campanhas promovidas pelo INCA nos últimos 20 anos e inaugurada a exposição contando a trajetória dos 80 anos de criação do Instituto.

O evento será transmitido, ao vivo, pela Web Rádio Saúde e pelo Twitter.
Celebração do Dia Nacional de Combate ao Fumo
Data: 29 de agosto (terça-feira)
Horário: 15h
Local: Auditório Emílio Ribas/ Ministério da Saúde, Brasília (DF)
Mais informações/Ascom-MS


Anvisa e CNPQ selecionam projetos de pesquisa

A Anvisa informa que foi publicada a chamada pública pelo CNPq visando selecionar projetos de pesquisas demandados pela Agência.

Esta chamada pública tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico em vigilância sanitária.

A publicação está disponível na edição de segunda-feira (21/8) do Diário Oficial da União e prazo para submissão de propostas vai até o dia 5/10.

Podem apresentar propostas pesquisadores que tenham vínculo formal com a instituição de execução do projeto - Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) cadastrada no Diretório de Instituições do CNPq.

Entende-se por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos.

São 15 temas/ linhas de pesquisas nas quais os projetos poderão ser inseridos
1.       Estudo Comparativo da Regulação de Medicamentos e de Dispositivos Médicos adotados nos países integrantes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
2.       Adaptação e aplicação da metodologia Modelo de Custo Padrão (Standard Cost Model) para mensuração das cargas administrativas relacionadas à regulamentação editada pela ANVISA.
3.       Estudo de Procedimentos Metodológicos sobre a mensuração de Custos e Benefícios aplicados em Análises de Impacto Regulatório (AIR).
4.       Percepção, entendimento e uso de diferentes modelos de rotulagem nutricional frontal pelos consumidores brasileiros.
5.       Percepção, compreensão e uso da Tabela de Fenilalanina em Alimentos da ANVISA.
6.       Critérios para Realização de Estudo de Estabilidade em Materiais de Uso em Saúde.
7.       Forma farmacêutica suspensão oral: atributos críticos da qualidade, fármaco, fórmula e produção que impactam na biodisponibilidade e qualidade.
8.       Métodos estatísticos para determinação da comparabilidade in vitro de medicamentos inalatórios orais.
9.       Estudos sobre riscos de transmissão de doenças através do sangue, tecidos, células e órgãos.
10.   Estudos para diagnóstico, monitoramento e avaliação de serviços de hemoterapia e bancos de tecidos e células.
11.   Ocorrência de eventos adversos na prestação de serviços de embelezamento, estética e tatuagem.
12.   Perfil sanitário das embarcações mistas que utilizam as hidrovias da Bacia Amazônica.
13.   Revisão de dados técnico-científicos para atualização e inclusão de novas espécies vegetais no registro simplificado de fitoterápicos.
14.   Revisão de dados técnico-científicos para elaboração de lista de indicações terapêuticas para medicamentos dinamizados notificados.
15.   Revisão Bibliográfica de Insumos Farmacêuticos Ativos, pertencentes a RENAME, cuja toxicidade e eficácia são consideravelmente afetadas por alterações polimórficas.

Consulte todas as regras para apresentação das propostas. 


Estudos Comparativos com Azacitadina

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DIRETORIA COLEGIADA
DESPACHO DO DIRETOR-PRESIDENTE Em 28 de agosto de 2017 Nº - 68

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem os inciso III e IV, do art. 15, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, bem como o disposto no 53, IX, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 61, de 3 de fevereiro de 2016,
resolve
aprovar proposta de iniciativa em Anexo bem como dar conhecimento e publicidade ao processo de elaboração de proposta de atuação regulatória da Agência, e eu, Diretor-Presidente Substituto, determino a sua publicação
WILLIAM DIB Substituto
ANEXO
Processo n: 25351.902513/2017-54
Agenda Regulatória 2015-2016: Subtema n. 34.6
Assunto: Guia para "Estudos Comparativos com Azacitadina".
Diretor-Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Área responsável: Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos - GGMED


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