Unidade do Ministério da Saúde
no Rio de Janeiro e campus da instituição Estácio de Sá adotaram forma criativa
de ajudar a salvar vidas
Ingressar na faculdade é algo
marcante na vida de muitos jovens. Por que não aproveitar esse momento para
incentivá-los em prol de uma causa de saúde pública? É o que calouros e
veteranos de diferentes cursos do campus R9 – Taquara da Universidade Estácio
de Sá, no Rio de Janeiro, fizeram na manhã desta quarta-feira (30). Dezenas de
estudantes estavam presentes no trote solidário organizado no Hemonúcleo do
Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), unidade do Ministério da Saúde, como
voluntários de doação de sangue. A iniciativa será reprisada na próxima
terça e quarta-feira (5 e 6 de setembro) no mesmo local.
Quarenta universitários
chegaram à entrada do Hemonúcleo por volta das 9h em ônibus cedido pelo próprio
hospital. Na sala de espera, preencheram formulário e passaram por uma
entrevista individual para relatar seu estado de saúde – procedimentos normais
em qualquer doação de sangue na unidade. A coordenadora do Hemonúcleo, Mônica
Ferreira, explica que todo o procedimento duro em torno de 15 minutos. Ela ainda
acompanhou pequenos grupos de universitários pelo Hemonúcleo, para que
conhecessem um pouco o espaço e também o passo a passo do processamento do
sangue até o armazenamento e efetiva doação ao paciente.
“A nossa missão é trazer esses
jovens para dentro das instalações a fim sensibilizá-los, mostrando a eles o
destino do sangue que doam”, conta ela, entusiasmada com o êxito da ação.
Mônica é uma das profissionais de saúde da unidade que permanece
ininterruptamente atenta ao alto fluxo de atendimento na emergência do
hospital, que atende em média 50 pacientes por dia, demandando um número maior
de doadores. Em 80% dos atendimentos nessa emergência, na zona Oeste, os casos
são oncológicos. “Precisamos formar um pensamento de doador entre a população.
A doação de sangue ainda é muito estigmatizada e é o que precisa ser mudado”,
observa ela.
Aluna de Educação Física do 1º
período da faculdade, Luana dos Santos, 18 anos, não imaginava que o trote
seria tão inspirador. Moradora do bairro de Cordovil, no Rio de Janeiro, ela
não conhecia o Hemonúcleo do HFCF, em Jacarepaguá, mas diz que sempre quis ser
uma doadora. “Me sinto muito bem em doar porque sempre quis ajudar e a
iniciativa da faculdade e do hospital me ajudou a conseguir essa meta”.
Já a estudante de Enfermagem
Bruna Abas, da mesma idade, não conseguiu doar porque havia tomado a vacina contra
a febre amarela há pouco tempo, mas obteve as orientações necessárias para o
momento em que puder via a doar. “Mesmo não podendo doar agora, já fiz meu
cadastro para voltar depois. Infelizmente, muitas pessoas não doam porque têm
medo ou desconhecem os bancos de coleta”, constata. Quem estava por perto
também avaliou bem a iniciativa: “É uma ação linda em uma unidade importante e
que tanto precisa”, elogia Joaquim Bastos, professor aposentado, que doou
sangue pela primeira vez há 60 anos.
IDEIA CRIATIVA – O trote
solidário faz parte de uma ação especial da universidade com o Departamento de
Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH), em busca da inovação e
conscientização de jovens universitários a respeito da doação de sangue. “Nosso
objetivo é sair da teoria e educar o aluno, dando justificativa e significado
ao ato de doar. Aqui ele vai entender o processo por meio do contato direto com
o banco de sangue”, afirma Maria Isabel Bastos, professora do curso de
Enfermagem.
Para doar é preciso ter entre
16 e 69 anos, estar bem de saúde e pesar mais de 50 quilos. É preciso
apresentar documento com foto original. Os menores de idade devem ir
acompanhados de um responsável. O atendimento no Hemonúcleo do HFCF acontece de
segunda a sexta das 8h às 12h.
Serviço
Local: Hemonúcleo do Hospital Federal Cardoso Fontes (Avenida Menezes Cortes, 3245 - Jacarepaguá, Rio de Janeiro)
Horário: Das 8h às 12h
Local: Hemonúcleo do Hospital Federal Cardoso Fontes (Avenida Menezes Cortes, 3245 - Jacarepaguá, Rio de Janeiro)
Horário: Das 8h às 12h
Por Juliana Castro (supervisão
Géssica Trindade), Ascom/RJ