Destaques

sexta-feira, 2 de março de 2018

Ciclo de Seminários em Comemoração aos 100 Anos da FSP abordará SUS e políticas públicas intersetoriais


A Comissão de Preparação das Comemorações do Centenário da FSP/USP com apoio da Comissão de Cultura de Extensão Universitária (CCEx.) continuará realizando, durante 2018 o:

CICLO DE SEMINÁRIOS EM COMEMORAÇÃO AOS 100 ANOS DA FSP, USP –
“FSP/USP SEM MUROS”

Os Seminários ocorrem durante todas as Quartas-feiras de 2017, das 17h00 às 18h00, na Sala de Videoconferência da FSP/USP, aberto ao público e versam sobre diversos temas da saúde pública que atingem à sociedade.

Próximo Seminário:
Data: – 14 de março – 17h
Tema: SUS e políticas públicas intersetoriais
Palestrante: Professor Marco Akerman

  • Veja aqui, a programação completa na íntegra:
Assista aqui, a todos os vídeos no Canal da FSP no YouTube:

O evento é aberto a quaisquer interessados, apenas tendo que fazer sua inscrição aqui, para receber certificado.

Os participantes inscritos, receberão certificados de participação.

A FSP/USP não disponibiliza estacionamento aos participantes.



ANCP lança minissérie sobre Cuidados Paliativos Um olhar sobre a medicina humanizada


Visando difundir os conceitos de Cuidados Paliativo a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) lança o primeiro capítulo da minissérie sobre cuidados paliativos Um olhar sobre a medicina humanizada. A minissérie de quatro capítulos terá um lançamento por mês em seu site e no canal no Youtube da ANCP (https://www.youtube.com/c/TVANCP), e abordará temas pertinentes tanto a profissionais de saúde, como a pacientes e familiares em cuidados paliativos.

As gravações contaram com a participação de diretores e especialistas associados ANCP, além de convidados especiais, e foi produzida e editada pela produtora Prosa Press e viabilizada em parceria com a Mundipharma®.

Fonte:Portal snifbrasil.com.br

Falta de investimento limita expansão da indústria química no longo prazo


Após três anos consecutivos de queda, a indústria química obteve faturamento recorde em 2017. Porém, a falta de investimentos pode limitar a recuperação no longo prazo, favorecendo as importações.

“De uma forma generalizada, a indústria química brasileira não investe em produção, o que restringe a perspectiva de crescimento dos volumes e da competitividade da indústria”, avalia a sócia-executiva da Maxiquim Assessoria de Mercado, Solange Stumpf.

O faturamento líquido anual (em dólares) da indústria química, que havia apresentado queda entre 2014 e 2106, fechou o ano passado com crescimento de cerca de 1%. “Apesar do avanço modesto, é um faturamento recorde e mostra uma reversão da tendência, que era negativa nos últimos três anos.”

O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, aponta que, historicamente, o setor cresce um pouco acima do Produto Interno Bruto (PIB) do País. “Isso ocorre pela dependência de outros setores em relação à indústria químicos. O que nós lamentamos é que esse PIB não é nenhum caso de sucesso.”

De acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), o PIB brasileiro cresceu 1% em 2017 e atingiu o valor de R$ 6,51 trilhões. Para Figueiredo, a perspectiva para 2018 é parecida. “É muito provável que o Brasil esteja entre os piores crescimentos nos países da América Latina. Crescer 1 % não é bom. Precisamos de uma política para crescimento robusto, que nos leve a crescer 5% ou 6%, como China e Índia.”

Figueiredo afirma que o crescimento do setor está sendo ocupado por produtos importados. “Cerca de 38% do mercado químico. As causas disso são o alto custo da matéria-prima e da energia.”

Solange também vê o cenário político conturbado contribuindo negativamente para o desenvolvimento do setor. “O efeito é sentido na queda do nível de confiança do empresário e das instituições, fator importante na tomada de decisão de investimentos em capital, tecnologia e inovação”, diz. “O efeito deverá ser sentido de forma mais contundente no longo prazo, quando a indústria não tiver mais capacidade de absorver o crescimento da demanda e não houver mais geração de recursos humanos especializados na área. O setor tem um grande potencial, considerando a perspectiva de crescimento de consumo do País, que não está sendo aproveitado”, complementa.

Demanda dos setores
Para Solange, a recuperação da economia brasileira e a saída da recessão indicam uma melhora mais significativa para a indústria química em 2018.

“Se espera uma recuperação em praticamente todos os setores demandantes, tanto de uso industrial quanto final”, estima. “Nos setores de uso industrial, relacionados com bens de consumo, a perspectiva é uma recuperação mais significativa, pois existe uma demanda reprimida devido à recessão dos últimos anos.”

Figueiredo acredita que a agricultura e o setor automotivo serão os principais demandantes da indústria química. “Também esperamos que a construção civil tenha uma recuperação. É um setor que sofreu com a crise, mas que é sempre incentivado pelo governo, por ser um grande gerador de empregos.”

O presidente da junta diretiva da Basf, Kurt Bock, declarou em relatório da empresa do exercício de 2017 que a situação do mercado de soluções agrícolas na América do Sul foi difícil a maior parte do ano, mas apresentou melhora considerável no último trimestre. “Projetamos que o crescimento da economia global continuará no mesmo ritmo de 2017. Acreditamos na continuação da lenta recuperação de Brasil e Argentina.”

(Fonte: DCI – 28/02/2018)


Acordo prevê resposta às drogas sob perspectiva de saúde pública nas Américas


A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) renovaram um memorando de entendimento para melhorar a capacidade de resposta dos países da região às necessidades da população afetada pelo problema das drogas, a partir de uma perspectiva de saúde pública.

Através das ações derivadas da implementação do acordo, a OPAS e a OEA apoiarão os Estados-membros no cumprimento das recomendações do documento final da Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGASS) sobre o problema mundial das drogas (2016) que, entre outros temas, ressalta a necessidade de fornecer programas de prevenção e tratamento.

Calcula-se que um em cada 20 adultos, ou seja, 250 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, consumiram ao menos uma droga no mundo em 2014. Foto: EBC

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) renovaram um memorando de entendimento para melhorar a capacidade de resposta dos países da região às necessidades da população afetada pelo problema das drogas, a partir de uma perspectiva de saúde pública.

Calcula-se que um em cada 20 adultos, ou seja, 250 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, consumiram ao menos uma droga no mundo em 2014, segundo o Relatório Mundial sobre Drogas 2016 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). O uso de substâncias psicoativas foi reconhecido como um problema importante de saúde pública para as Américas, o que está associado a uma carga importante de mortes prematuras e deficiências.

O acordo, renovado em 5 de fevereiro passado, inclui o desenvolvimento de políticas e programas para a abordagem integral dos problemas de drogas, a promoção de sistemas de informação articulados, facilitar o acesso a serviços de atenção integrados à rede de saúde e baseados na atenção primária, o fortalecimento dos processos de formação de recursos humanos e o impulso da pesquisa e da difusão do conhecimento científico sobre o tema.

Através das ações derivadas da implementação do acordo, a OPAS e a OEA apoiarão os Estados-membros no cumprimento das recomendações contidas no documento final da Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGASS) sobre o problema mundial das drogas (2016) que, entre outros temas, ressalta a necessidade de fornecer programas de prevenção e tratamento, fortalecer os recursos humanos, garantir o respeito aos direitos e o acesso a medicamentos controlados.

Estas recomendações foram ratificadas na resolução adotada na 70ª Assembleia Mundial da Saúde em 2017 e estão alinhadas com os conteúdos da estratégia e plano de ação regional de saúde pública da OPAS, nos quais se adota o enfoque de saúde para responder os problemas de consumo de substâncias psicoativas, tornando-os prioridade de saúde pública nos planos nacionais.

Abordar o uso problemático de substâncias psicoativas requer que os sistemas de saúde pública nos países se apressem em intervir sobre seus determinantes sociais, promover estilos de vida saudáveis, evitar ou adiar o início do uso de drogas, mitigar os efeitos adversos do consumo, tratar, reabilitar e reintegrar plenamente os usuários problemáticos, o tratamento e reabilitação da dependência, assim como a plena reintegração da pessoa afetada, mediante intervenções eficazes e em um marco de proteção de seus direitos fundamentais.

O Programa sobre Uso de Substâncias da OPAS e a Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD) da OEA coordenarão atividades com os ministérios da Saúde, comissões nacionais de drogas e representantes da sociedade civil, entre outros parceiros.

Em 2012, a OPAS e a OEA estabeleceram um Programa Regional Conjunto de Cooperação na Redução da Demanda de Drogas através do qual foram realizadas atividades de fortalecimento institucional, capacitação e assistência técnica aos países das Américas. O programa conjunto serviu, entre outras coisas, para promover a inclusão de componentes de saúde pública nas políticas nacionais para reduzir a demanda de drogas na região. Além disso, no marco desta cooperação, foram dados passos para fortalecer as capacidades dos países em matéria de recursos humanos e sistemas de informação sobre drogas e seu impacto na saúde.

O enfoque da saúde pública nas políticas sobre drogas tem implícita a análise do problema e de seus determinantes, mas também implica a organização das respostas dos sistemas e serviços de saúde, com a aproximação coletiva e um enfoque centrado na pessoa e em seu círculo mais próximo, que pode ser afetado, direta ou indiretamente, pelo uso de substâncias psicoativas.

No âmbito das políticas de drogas, a redução da demanda é entendida como o conjunto de estratégias que se orientam para evitar ou adiar o início do consumo destas substâncias e mitigar suas consequências negativas tanto para a saúde como para a sociedade, e inclui intervenções de prevenção, detecção precoce, redução de danos, tratamento, reabilitação e reinserção social.

A OPAS é a agência especializada em saúde do sistema interamericano. Trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de sua população. Fundada em 1902, é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Atua como o escritório regional para as Américas da OMS.

Fonte:Portal nacoesunidas.org


Capacitação permitirá abertura de novos grupos de combate ao tabagismo


Pelo menos 10 unidades deverão entrar em funcionamento

Foto: Matheus Oliveira/SES-DF
Sessenta e quatro profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos e dentistas das regiões de Saúde Oeste, Leste, Sul, Norte e Centro Sul participaram de capacitação para abordagem e tratamento de fumantes. O treinamento foi promovido pela Equipe Técnica do Programa de Controle de Tabagismo, em parceria com a Superintendência da Região de Saúde Oeste.

Segundo a técnica da equipe, Maria Suélita de Lima, espera-se, com essa capacitação, a abertura de, no mínimo, mais dez unidades de tratamento de tabagismo. "Os profissionais que participaram da capacitação terão até 15 de março para enviarem proposta de trabalho", frisa.

Estão previstas mais três capacitações semelhantes ainda este ano, de acordo com as demandas das superintendências. "As regiões podem agendar as capacitações pelo telefone 3346 5770 ou pelo e-mailsaudetabagismo@gmail.com", destaca Suélita.

OFERTA - Atualmente há cerca de 70 profissionais diretamente envolvidos na oferta de tratamento de tabagismo na abordagem intensiva (atendimentos em grupo). "Se considerarmos o número de profissionais capacitados nos últimos dois anos, já são mais de mil o número de profissionais aptos a realizar a abordagem intensiva e mínima de fumantes em suas rotinas de atendimento", detalha a técnica.

Em 2017 foram feitos 2.010 atendimentos dois quais 980 pessoas deixaram de fumar já com um mês de tratamento nos grupos de tabagismo. "O índice de sucesso é de 48,7%. Superior ao que encontramos na literatura, que é de 30%", informa Maria Suélita.

 Alline Martins, da Agência Saúde

Ministério da Saúde participa de audiência pública no Senado para debater fluxo migratório


O foco, a situação dos imigrantes venezuelanos no estado de Roraima

Foto: Tania Mello
O Grupo de Trabalho (GT) do Ministério da Saúde, criado para atender ao aumento da demanda nos serviços de saúde do Sistema Único com o crescimento do fluxo migratório, representado oficialmente pela secretária de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP/MS), Gerlane Baccarin, participou na manhã dessa terça-feira (27), da Audiência Pública no Senado Federal, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Mariana Bertol, assessora do Gabinete da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS/MS), e também membro do GT Fluxo Migratório, registrou algumas ações que o MS vem fazendo no estado de Roraima. Citou quando levou a Força Nacional do SUS, em outubro de 2016, com uma missão exploratória para obter um diagnóstico da situação que estava se formando. “É claro que a cada aumento do fluxo migratório, nossas análises nos levam a buscar melhores respostas que se adequam ao atendimento e perfil da real situação”, disse. Mariana disse também que o ministro da Saúde foi seis vezes a Roraima a respeito deste caso.

Dentre as ações, Mariana destacou também a distribuição de medicamentos, que são kits emergenciais e a doação de uma ambulância do SAMU, para ajudar nos casos graves que necessitem de transferência quando a entrada do migrante fosse por Pacaraima/RR.

Citou ainda sobre a produção de materiais impressos bilíngue (português e espanhol) com informações sobre acesso e cuidados de doenças prioritárias e agravos de saúde, cuja divulgação é de atribuição do estado e municípios e na fronteira de Pacaraima será o Posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que apoiará o migrante.

No mês de janeiro, ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou o plano integrado de ações com o governo estadual e as prefeituras de Pacaraima, cidade ao Norte de Roraima que faz fronteira com o país vizinho. O objetivo, segundo o governo federal, é ampliar e qualificar a assistência na atenção básica e hospitalar para venezuelanos.

Além do Ministério da Saúde, também participaram da audiência pública o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, e representantes do Ministério dos Direitos Humanos, da Federação Humanitária Internacional, do Conselho Nacional de Imigração, das Nações Unidas para Refugiados.

Por Tania Mello, do Nucom SGEP


Defesa do SUS pauta debates na 1ª CNVS


Momento histórico que tem como objetivo apontar diretrizes para a elaboração de políticas nacionais de vigilância em saúde

Crédito: Nucom/SVS
Vigilância mais participativa e integral no cotidiano do SUS foi um dos temas debatidos no segundo dia da CNVS

O segundo dia (28/02) de trabalhos na 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), que acontece em Brasília, trouxe discussões acaloradas e construtivas. Foram dois painéis, um refletiu sobre como fazer uma vigilância mais participativa e integral no cotidiano do Sistema Único de Saúde (SUS) e o outro foi sobre o papel do poder público na efetivação das políticas e qual a importância da participação popular.

O primeiro painel contou com a coordenação de Daniela Buosi, diretora do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, e a participação do professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Norberto Rech, Letícia Oliveira Gomes de Faria, do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e a professora Glória Teixeira, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O segundo painel teve a participação de Leandro Araújo da Costa, coordenador do Setor Nacional de Saúde do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), de Nereu Henrique Mansano, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.

Letícia Oliveira Gomes de Faria, contextualizou o tema com o exemplo amplamente conhecido dos moradores da cidade mineira de Mariana. Ela vivenciou o crime ambiental que resultou no rompimento da barragem da mineradora Samarco, controlada pelas multinacionais Vale e BHP Biliton, em novembro de 2015. O acesso à saúde é a principal reivindicação dos 1,2 milhões de atingidos ao longo da bacia do Rio Doce.  Novas barragens foram colocadas, mas ainda geram dúvidas sobre a eficácia. Ainda há problemas quanto o oferecimento e tratamento de água, problemas de saúde referentes ao crime ambiental, além de mudanças drástica nos hábitos alimentares da população afetada causando problemas crônicos não existentes ainda naquelas populações, além de proliferação de vetores como o que transmite a febre amarela, por exemplo. Até hoje, não houve uma resolução efetiva por parte das empresas privadas e o poder público que contivesse esses problemas de saúde que geram questões interdisciplinares e que atingem não só a pessoa afetada diretamente, mas toda a família, disse Letícia.

Vigilância do óbito
O professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Norberto Rech, ponderou em sua palestra sobre a necessidade de se olhar para a vigilância, promoção e proteção à saúde de forma mais aprimorada. Ele deu o exemplo da transversalidade dos temas, como da vigilância do óbito da população LGBT e da criminalização desse tipo de assassinato, como acontece com o feminicídio. Para ele esses temas devem ser uma construção junto com a vigilância. “Quem estava desanimado, alegre-se, a 1ª CNVS é um marco e vai contra essa onda ultraliberal que vivemos”, comentou animado.

A professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Glória Teixeira, lembrou em sua palestra da trajetória do Movimento Sanitário até a conquista do SUS: “O controle social é material estratégico para pactuações”.

Leandro Araújo da Costa, coordenador do Setor Nacional de Saúde do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que participou do segundo painel de debates, disse que não se faz mudança a partir de uma pessoa e sim de um coletivo que se propõem a fazer mudanças. “Pensando em vigilância, e promoção, deve-se pensar fora das instâncias de poder e sim dentro das instâncias populares, representativas, construídas a partir disso”, defende. Para ele, a melhor fórmula para que as ações de vigilância sejam cumpridas por todos os entes federados é com participação popular por meio de conferências livres.

Luta pelo SUS
Nereu Henrique Mansano, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), falou da importância do controle social na construção e efetividade das políticas como primeiro plano. Respondendo a uma crítica da plenária, disse que o Conselho, que tem 30 anos de história, participa ativamente das frentes de  luta em defesa do SUS, como a 8ª Conferência Nacional de Saúde, citou o apoio ao luta pelo Saúde+10, uma proposta de lei orçamentária para a Saúde, e todas as conferências populares em apoio as representações populares. Além disso, defendeu a promoção à saúde e a fiscalizadas dos recursos de vigilância para que estes sejam usados de forma correta desde o início do processo.

O ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, fez uma contextualização histórica dos últimos anos do Brasil e defendeu que saúde não é mercado, então, não se põe preço de venda, portanto, não se privativa, é direito garantido e dever do Estado de ofertar como direito democrático do povo. “Com o avanço do capitalismo, o doente é uma mercadoria. A privatização da saúde está acontecendo”, acredita e combate.

Após a realização dos paineis, 16 grupos se reuniram sob a orientação de seus respectivos delegados em salas distintas para votar as diretrizes propostas no projeto que irá compor a proposta de diretrizes para uma Política Nacional de Vigilância em Saúde, que deverá nortear as ações do Ministério da Saúde nos próximos anos. As discussões prosseguem até essa sexta-feira (29), quando as propostas aprovadas nos grupos serão apresentadas e votadas na plenária de encerramento dos trabalhos.

“Esse é um momento de fortalecimento da Vigilância em Saúde no âmbito do SUS, uma grande oportunidade”, comentou Alexandre Fonseca, diretor de programas da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, uma dos delegados na 1 ª Conferência.

Sonia Brito, Diretora do Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde e Membro da Comissão Organizadora da Conferência, lembra que ainda existem “lacunas no SUS”, mas estamos em um momento importante. “Por ser a 1ªCNVS, esse é um momento histórico que tem como objetivo apontar diretrizes para a elaboração de políticas nacionais de vigilância em saúde e contribuir com a consolidação de um SUS público e de qualidade”, defende. Ela completou dizendo que é nesse espaço democrático que se pode ouvir todos os segmentos da sociedade para apontar os para a tomada de ações de promoção e proteção à saúde da população brasileira.

Por Nucom/SVS


Hospital da Criança de Maringá (PR) terá R$ 90 milhões do Ministério da Saúde


Nesta quinta-feira (01), o ministro da Saúde, Ricardo Barros participa da assinatura ordem de serviço para início da construção do hospital. A unidade beneficiará a população da macrorregião noroeste do estado

Foto: Rodrigo Nunes/MS
O Ministério da Saúde liberou recursos na ordem de R$ 90 milhões para a construção do Hospital da Criança de Maringá, no município de Maringá (PR). Ao entrar em funcionamento, a unidade será referência em alta complexidade pediátrica para mais de 115 municípios da macrorregião noroeste do estado, que possui mais de 4 milhões de habitantes. A construção será iniciada a partir de ordem de serviço assinada nesta quinta-feira (01), durante solenidade no Auditório Hélio Melo, na Prefeitura Municipal, com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ainda em Maringá, o ministro Ricardo Barros reúne-se com prefeitos da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (AMUSEP) e participa do lançamento da 46ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá – 23ª Expoinga 2018.


Os recursos federais foram liberados em dezembro de 2017 para a construção e estrutura do Hospital. A obra é uma parceria do Governo Federal, Governo do Estado, Prefeitura de Maringá e Organização Mundial da Família (OMF). “Essa obra é de fundamental importância para o fortalecimento dos atendimentos nessa região. Esse hospital irá ampliar e qualificar os serviços de saúde pediátricos, evitando o encaminhamento das crianças para Curitiba”, ressalta o ministro Ricardo Barros.

O Hospital da Criança de Maringá contará também com um centro de pesquisas em doenças raras. Prestará atendimento em mais de 20 especialidades, como oncologia, ortopedia, cardiologia, endocrinologia, entre outras. A unidade será construída em um terreno de 86 mil metros quadrados, cedido pelo Governo Federal. A expectativa é que entre em funcionamento em até dois anos. Com 23 mil metros quadrados de área construída, a unidade contará com 160 leitos, sendo 20 destinados à UTI.

Em 600 dias de gestão, Maringá foi contemplada com R$ 29,2 milhões para reforçar o atendimento à saúde da população. Desse total, R$ 23,3 milhões foram para custeio de 18 serviços/leitos de média e alta complexidade que funcionavam sem a contrapartida federal. Outros R$ 5,2 milhões foram repassados via emendas parlamentares. Além disso, o município foi contemplado também com R$ 480 mil, repassados entre julho e dezembro de 2017, para fortalecimento da Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, dos municípios integrantes do consórcio.

GESTÃO
Ao participar da reunião com prefeitos da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresenta balanço de ações à frente da pasta. Para os municípios que integram a região, foram liberados, em 600 dias, R$ 65,5 milhões para ampliar a prestação de serviços de saúde disponíveis. Foram R$ 33,8 milhões para habilitar e qualificar 60 serviços e leitos e mais R$ 30,9 milhões repassados por meio de emendas parlamentares. A região recebeu ainda reforço de R$ 901 mil para os serviços da Atenção Básica.

AVANÇOS
Nesta gestão, o estado do Paraná recebeu aproximadamente R$ 550 milhões de recursos federais para custear serviços e abertura de leitos em mais de 400 municípios. Apenas em 2016 foram repassados mais de R$ 150 milhões entre habilitações de leitos e outros serviços ambulatoriais e hospitalares. Em 2017, foram repassados cerca de R$ 400 milhões para custear esses serviços.

O Paraná também ganhou um reforço de R$ 23,6 milhões na Atenção Básica, beneficiando 88 municípios. O recurso diz respeito à habilitação de 348 novos Agentes Comunitários de Saúde, 99 Equipes de Saúde da Família, 78 Equipes de Saúde Bucal, 29 Núcleos de Apoio à Saúde da Família e 02 Equipes de Saúde Prisional.

Durante esta gestão, também foram habilitadas 16 UPAS 24hs em 15 municípios do estado, com um custo de R$ 26 milhões. No início de 2017 o Ministério da Saúde anunciou a doação de 23 ambulâncias para renovação da frota do SAMU 192 em 18 municípios do estado, totalizando um investimento de R$ 5,07 milhões. Em outubro de 2017, foi anunciado que 12 veículos do estado seriam contemplados com mais recursos federais para ampliação e qualificação (qualificação: Ponta Grossa, Cascavel e Arapongas).

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde 


quinta-feira, 1 de março de 2018

Duas mil pessoas participam da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde


Evento culminará na definição de uma política nacional que vai orientar as ações do Ministério da Saúde pelos próximos anos

Crédito: Nucom/SVS

Abertura da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), em Brasília. Veja mais no Flickr

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante, participou da cerimônia de abertura da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (CNVS), que aconteceu na noite dessa terça-feira (27), em Brasília, com o plenário lotado. Cavalcante deu as boas-vindas aos participantes, em nome do ministro da Saúde Ricardo Barros, e destacou a importância do evento. "Todos aqui presentes estão construindo a história do Sistema Único de Saúde (SUS). Teremos um árduo trabalho, muita reflexão e debate. E ao final nosso objetivo alcançado: definir as diretrizes para uma política nacional de vigilância em saúde, construída coletivamente, e que deverá estabelecer um modelo de atenção à saúde que reduza o risco do adoecimento e de outros agravos”. O evento é promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e conta com o apoio do Ministério da Saúde na organização.

O primeiro painel da 1ª Conferência, com o tema “Vigilância em Saúde: Direito, Conquista e Defesa de um SUS Público de Qualidade”, teve como palestrantes o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa, a procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo, Élida Graziane, e a representante da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Costeira e Marinhas do Brasil, Celia Regina das Nevas. A mesa contou com a coordenação do presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Ferreira, e com a presidente da União Brasileiras de Mulheres, Vanja Andréia Reis.
Entre os temas que se destacaram durante as primeiras discussões estavam o financiamento como direito à saúde, a importância do controle social na construção de uma política nacional de vigilância em saúde, a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras do SUS e a importância da integralidade das ações das vigilâncias  - epidemiológica, sanitária, ambiental, e de saúde do trabalhador - para construção de uma SUS melhor para todos.

Jarbas Barbosa destacou a importância da atuação da vigilância para a proteção à saúde. “Saúde não é só assistência, apesar dessa ser fundamental, mas a vigilância é também essencial e não pode ser delegada. Sem vigilância não existe saúde integral”, ressaltou. Ainda em sua fala, Barbosa reforçou que é necessário dar condições para os trabalhadores e trabalhadoras da saúde atuarem com qualidade. “É preciso dar autonomia aos profissionais da saúde oferecendo valorização material, programas de capacitação, bons salários, para que assim, o SUS, esteja fortalecidos desde a sua base”.

A diretora de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador da SVS, engenheira florestal  e Mestre em Ciências Ambientais Especialista em Avaliação de Risco, Daniela Buosi, uma das delegadas da CNVS, falou um pouco sobre o que espera para os próximos dias de evento. “A nossa expectativa é bastante grande para que possamos fazer bons debates dentro dos grupos de trabalho, para que possamos sair com diretrizes que consigam trazer para o Ministério da Saúde, que é o responsável pela elaboração de políticas públicas junto com o Conass e Conasems,  uma Política de Vigilância em Saúde que realmente reflita as necessidades da população brasileira”, afirmou.

A noite terminou com show da cantora Dih Ribeiro, que apresentou sambas nacionais em homenagem à africanidade e às mulheres. Os conferencistas seguem reunidos até dia dois de março, quando será consolidada a proposta de diretrizes para uma Política Nacional de Vigilância em Saúde.


Por Nucom/SVS

Atendimento à imprensa – Ascom/MS


Ministério da Saúde entrega 84 veículos para ações da saúde indígena


As camionetes serão utilizadas no acompanhamento das obras de saneamento e monitoramento dos sistemas de abastecimento nas aldeias. Vans serão utilizadas no transporte de pacientes

Mais de 775 mil indígenas de todo país serão beneficiados com a entrega de 84 veículos para a saúde indígena. Serão 34 pick-ups, enviadas aos 34 Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (DSEI). Além disso, serão distribuídas 50 vans para as Casas de Saúde Indígena (CASAI).  Ao todo, foram investidos R$ 3,7 milhões para aquisição dos veículos. As pick-ups serão utilizadas no acompanhamento e fiscalização das obras de saneamento e edificações, além do monitoramento e controle da qualidade da água nos 2.405 sistemas de abastecimento nas aldeias brasileiras. Já as vans serão utilizadas no transporte de pacientes indígenas.

A entrega foi realizada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta quinta-feira (1°), em cerimônia simbólica a três coordenadores do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (FPCondisi). “Essa entrega é muito importante para a saúde indígena e vai qualificar o transporte dessa população na busca do atendimento à saúde. Isso é resultado da nossa gestão que mostra mais uma vez que é possível fazer mais com o recurso que temos”, destacou o ministro. “Nós selecionamos os equipamentos que são adequados para atender essa população nas diferentes áreas que atendimento. Temos aldeias urbanas, aldeias distantes e até mesmo inacessíveis, em que só é possível chegar por outros meios de transporte, mas dispomos da infraestrutura pra todo esse acesso”, declarou Barros.

A assistência à saúde prestada à população indígena tem registrado importantes avanços nos últimos anos. A Sesai é responsável pela gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS (SASISUS) e pela execução de ações de atenção básica e saneamento básico para cerca de 775 mil indígenas que vivem em 5.366 aldeias, a maioria delas em áreas remotas e de difícil acesso.

Para o secretário da Sesai, Marco Antonio Toccolini, a iniciativa é importante para atender as necessidades dessa população. “As 34 camionetes serão para uso exclusivo dos engenheiros e técnicos que controlam a qualidade das águas nas aldeias. Essa disponibilização de veículos vai impactar diretamente na saúde dos indígenas, porque com água de qualidade é possível evitar doenças. Com essa iniciativa, o registro de doenças causadas por água deve reduzir significativamente”, explicou.

O atendimento às pessoas que vivem nas aldeias é uma prioridade do Ministério da Saúde. O orçamento da Sesai passou de R$ 431,5 milhões em 2011 para R$ 1,6 bilhão em 2017. Os recursos são destinados ao aprimoramento da qualidade de vida dessa população, como custeio das ações, pagamento dos salários dos profissionais e investimentos em edificações e saneamento básico, além da aquisição de insumos e equipamentos.

AÇÕES
Dentre as ações realizadas pelo Ministério da Saúde, está a adoção de novas medidas para construção de Unidades Básicas de Saúde em regiões da Amazônia, em que não é possível remanejar materiais de construção. Assim, as UBS indígenas serão construídas de acordo com a realidade local. Outro avanço recente foi a entrega de 2,6 milhões de kits para higiene bucal da população indígena. Ao todo, foram investidos R$ 4 milhões, uma economia de 39% em relação à aquisição descentralizada pelos 34 Distritos Sanitários Especiais de Indígenas (DSEI). Essa redução no preço foi possível porque o Ministério da Saúde centralizou a compra do material, gerando uma economia de escala, uma vez que o quantitativo na compra centralizada é muito superior às quantidades adquiridas individualmente.

O Ministério da Saúde vem adquirindo equipamentos odontológicos e, atualmente, conta com uma estrutura instalada composta por 33 Unidades Odontológicas Móveis (UOM), 228 consultórios odontológicos portáteis para atuação em áreas de difícil acesso, além de 462 consultórios odontológicos fixos e de 2.598 equipamentos odontológicos periféricos (otololimerizador, almalgamador, aultoclaves, entre outros).

Também houve construção e reforma de unidades básicas de saúde indígena, equipadas com consultórios odontológicos fixos, além da qualificação de 675 profissionais para realização do ART (Tratamento Restaurador Atraumático), tecnologia que permite a realização da restauração dentária para tratamento da cárie em localidades remotas e de difícil acesso, uma vez que dispensa a necessidade dos tradicionais consultórios odontológicos.

Por Camila Bogaz, daAgência Saúde


Médicos poderão mudar de especialidade na Secretaria de Saúde


Objetivo é suprir a carência de pessoal em áreas com maior déficit de mão de obra

Foto: Matheus Oliveira
BRASÍLIA (28/2/18) – A Secretaria de Saúde abriu a possibilidade de mudança de especialidade para médicos que tenham interesse em migrar para outras nove áreas. As oportunidades são para atuar em: anestesiologia, cancerologia, ginecologia e obstetrícia, neonatologia, pediatria, terapia intensiva adulto, medicina paliativa e medicina da família e comunidade. Os profissionais poderão efetuar a troca mediante comprovação de titulação na área de interesse.

A pasta já promoveu a mudança de especialidade de 110 médicos que atuavam na atenção primária para exercerem medicina da família e comunidade. O grupo participou de capacitação e foi submetido a aplicação de provas para fortalecer o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

As mudanças – previstas nas portarias Nº 179 e Nº 180, publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) - tem o objetivo de reforçar o quadro de profissionais nessas áreas, conforme anunciado em coletiva de imprensa pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e pelo secretário de Saúde, Humberto Fonseca, nesta quarta-feira (28), no Palácio do Buriti.

"Tivemos 110 aprovados nessas provas e, hoje, publicamos as mudanças de especialidades. Com isso, conseguimos chegar em 69,1% de cobertura da Estratégia Saúde da Família. Nós já até pedimos ao Ministério da Saúde o cadastramento dessas novas equipes", explicou Humberto Fonseca.

ENTENDA - A primeira forma de alteração está prevista na Portaria Nº 179, que considerou a dificuldade de provimento, bem como a alta rotatividade dos profissionais nas respectivas especialidades. Além disso, os candidatos aprovados para cargo efetivo em cadastro reserva dessas especialidades já foram nomeados ou estão em processo de nomeação. Por isso, a pasta também elabora novo concurso.

Entre os requisitos para a mudança estão: interesse expresso do servidor e da Secretaria de Saúde; parecer da chefia da unidade em que estiver lotado o servidor; três anos de ingresso na carreira e titulação/certificação na especialidade requerida, conforme especificado na portaria e regulamento para mudança de especialidade médica prevista no Art. 5º, da Lei nº 3.323/2004.

A preferência é que os médicos sejam lotados nas unidades de pronto-atendimento, serviços de urgência e emergência e de terapia intensiva. As solicitações de mudança de especialidade deverão ser feitas, até o dia 13 de março, pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e encaminhadas para a Subsecretaria de Assistência à Saúde, confirme descrito na portaria.

Em caso de deferimento, a mudança de especialidade ocorrerá somente após a substituição do servidor selecionado na lotação de origem, a fim de não causar desassistência à população e prejuízo aos serviços prestados.

SAÚDE DA FAMÍLIA – A segunda mudança de especialidade será para os médicos da atenção primária que atuavam, principalmente, em clínica médica, pediatra e ginecologia. Eles foram submetidos a capacitação e a provas objetivas em decorrência da adoção do modelo Estratégia Saúde da Família, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSS), que passam a atender não apenas consultas agendadas, mas também demandas espontâneas.
Com isso, o reforço de profissionais neste nível de atenção, considerado ordenador da rede é primordial. A concessão de mudança de especialidade para médico da família e comunidade aos servidores foi feita de acordo com o Processo SEI-GDF nº 00060-00053526/2018-14 e portarias nº 77/2017 e nº 78/2017, que embasaram a Portaria n° 180, publicada nesta quarta-feira no DODF, página 17.

Dos 110 profissionais que mudaram de especialidade, 20 são da região Norte, quatro da Sul, oito da Leste, 27 da Centro-Norte, 25 da Sudoeste e 13 da Centro-Sul e mais 13 da Oeste.

  Ailane Silva, da Agência Saúde

Laboratórios já podem pedir registro para doenças raras


Empresas interessadas em solicitar registro de medicamentos ou anuência de ensaio clínico para doenças raras já podem fazer petição.

Entrou em vigor nesta terça-feira (27/2), a regra que propõe agilizar o registro de medicamentos para doenças raras. A norma busca facilitar o acesso aos medicamentos destinados às doenças raras.

As empresas que queiram fazer essa solicitação já podem utilizar a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC 205/2017), que entrou em vigor nesta terça-feira (27/2).

Peticionamento pelas empresas
A nova resolução traz algumas modificações para a solicitação de registro pelas empresas. Os laboratórios farmacêuticos interessados em solicitar anuência de ensaios clínicos ou registro de novos medicamentos para doenças raras pelo procedimento especial deverão fazê-lo pelo código de assunto 11316 – Aditamento doenças raras, em até cinco (5) dias úteis após o protocolo da petição de pesquisa clínica ou de registro na Anvisa.

Deverá ser informada na folha de rosto do aditamento a petição para a qual se solicita avaliação pelo procedimento especial. Também deve ser anexada justificativa que comprove que a solicitação é referente a medicamento para doença rara e à ata da reunião de pré-submissão realizada na Anvisa.

A perspectiva é que o sistema de peticionamento seja atualizado em breve para que a solicitação seja feita no próprio momento da petição, como prevê o artigo 5º da resolução.
O artigo 7º da resolução também exige que as petições de anuência de ensaios clínicos e de registro de novo medicamento referentes a medicamentos para doenças raras devem trazer uma documentação específica. Confira a lista abaixo:

  1. Descrição da doença rara para a qual o medicamento será indicado;
  2. Relevância do medicamento para tratamento, diagnóstico ou prevenção da doença;
  3. Dados mundiais e nacionais sobre a prevalência e a incidência da doença rara para a qual o medicamento será indicado; e
  4. Documento comprobatório de designação de medicamento para doença rara por outra autoridade reguladora do mundo, quando disponível.
Medicamento novo sintético
No caso de solicitação de registro de medicamento novo sintético, quando a empresa desejar avaliação pelo procedimento especial, o peticionamento deverá ser feito somente por meio do Datavisa, pelo código 11306 - Medicamento Novo - Registro de Medicamento Novo.




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