As camionetes
serão utilizadas no acompanhamento das obras de saneamento e
monitoramento dos sistemas de abastecimento nas aldeias. Vans serão utilizadas
no transporte de pacientes
Mais de 775 mil indígenas de
todo país serão beneficiados com a entrega de 84 veículos para a saúde
indígena. Serão 34 pick-ups, enviadas aos 34 Distritos Sanitários Especiais de
Saúde Indígena (DSEI). Além disso, serão distribuídas 50 vans para as Casas de
Saúde Indígena (CASAI). Ao todo, foram investidos R$ 3,7 milhões para
aquisição dos veículos. As pick-ups serão utilizadas no acompanhamento e
fiscalização das obras de saneamento e edificações, além do monitoramento e
controle da qualidade da água nos 2.405 sistemas de abastecimento nas aldeias
brasileiras. Já as vans serão utilizadas no transporte de pacientes indígenas.
A entrega foi realizada pelo
ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta quinta-feira (1°), em cerimônia
simbólica a três coordenadores do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais
de Saúde Indígena (FPCondisi). “Essa entrega é muito importante para a saúde
indígena e vai qualificar o transporte dessa população na busca do atendimento
à saúde. Isso é resultado da nossa gestão que mostra mais uma vez que é
possível fazer mais com o recurso que temos”, destacou o ministro. “Nós
selecionamos os equipamentos que são adequados para atender essa população nas
diferentes áreas que atendimento. Temos aldeias urbanas, aldeias distantes e
até mesmo inacessíveis, em que só é possível chegar por outros meios de
transporte, mas dispomos da infraestrutura pra todo esse acesso”, declarou
Barros.
A assistência à saúde prestada
à população indígena tem registrado importantes avanços nos últimos anos. A Sesai
é responsável pela gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS
(SASISUS) e pela execução de ações de atenção básica e saneamento básico para
cerca de 775 mil indígenas que vivem em 5.366 aldeias, a maioria delas em áreas
remotas e de difícil acesso.
Para o secretário da Sesai,
Marco Antonio Toccolini, a iniciativa é importante para atender as necessidades
dessa população. “As 34 camionetes serão para uso exclusivo dos engenheiros e
técnicos que controlam a qualidade das águas nas aldeias. Essa disponibilização
de veículos vai impactar diretamente na saúde dos indígenas, porque com água de
qualidade é possível evitar doenças. Com essa iniciativa, o registro de doenças
causadas por água deve reduzir significativamente”, explicou.
O atendimento às pessoas que
vivem nas aldeias é uma prioridade do Ministério da Saúde. O orçamento da Sesai
passou de R$ 431,5 milhões em 2011 para R$ 1,6 bilhão em 2017. Os recursos são
destinados ao aprimoramento da qualidade de vida dessa população, como custeio das
ações, pagamento dos salários dos profissionais e investimentos em edificações
e saneamento básico, além da aquisição de insumos e equipamentos.
AÇÕES
Dentre as ações realizadas
pelo Ministério da Saúde, está a adoção de novas medidas para construção de Unidades
Básicas de Saúde em regiões da Amazônia, em que não é possível remanejar
materiais de construção. Assim, as UBS indígenas serão construídas de acordo
com a realidade local. Outro avanço recente foi a entrega de 2,6 milhões de
kits para higiene bucal da população indígena. Ao todo, foram investidos R$ 4
milhões, uma economia de 39% em relação à aquisição descentralizada pelos 34
Distritos Sanitários Especiais de Indígenas (DSEI). Essa redução no preço foi
possível porque o Ministério da Saúde centralizou a compra do material, gerando
uma economia de escala, uma vez que o quantitativo na compra centralizada é
muito superior às quantidades adquiridas individualmente.
O Ministério da Saúde vem
adquirindo equipamentos odontológicos e, atualmente, conta com uma estrutura
instalada composta por 33 Unidades Odontológicas Móveis (UOM), 228 consultórios
odontológicos portáteis para atuação em áreas de difícil acesso, além de 462
consultórios odontológicos fixos e de 2.598 equipamentos odontológicos
periféricos (otololimerizador, almalgamador, aultoclaves, entre outros).
Também houve construção e
reforma de unidades básicas de saúde indígena, equipadas com consultórios
odontológicos fixos, além da qualificação de 675 profissionais para realização
do ART (Tratamento Restaurador Atraumático), tecnologia que permite a
realização da restauração dentária para tratamento da cárie em localidades
remotas e de difícil acesso, uma vez que dispensa a necessidade dos
tradicionais consultórios odontológicos.
Por Camila Bogaz, daAgência Saúde
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