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quinta-feira, 1 de março de 2018

Ministério da Saúde entrega 84 veículos para ações da saúde indígena


As camionetes serão utilizadas no acompanhamento das obras de saneamento e monitoramento dos sistemas de abastecimento nas aldeias. Vans serão utilizadas no transporte de pacientes

Mais de 775 mil indígenas de todo país serão beneficiados com a entrega de 84 veículos para a saúde indígena. Serão 34 pick-ups, enviadas aos 34 Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (DSEI). Além disso, serão distribuídas 50 vans para as Casas de Saúde Indígena (CASAI).  Ao todo, foram investidos R$ 3,7 milhões para aquisição dos veículos. As pick-ups serão utilizadas no acompanhamento e fiscalização das obras de saneamento e edificações, além do monitoramento e controle da qualidade da água nos 2.405 sistemas de abastecimento nas aldeias brasileiras. Já as vans serão utilizadas no transporte de pacientes indígenas.

A entrega foi realizada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta quinta-feira (1°), em cerimônia simbólica a três coordenadores do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (FPCondisi). “Essa entrega é muito importante para a saúde indígena e vai qualificar o transporte dessa população na busca do atendimento à saúde. Isso é resultado da nossa gestão que mostra mais uma vez que é possível fazer mais com o recurso que temos”, destacou o ministro. “Nós selecionamos os equipamentos que são adequados para atender essa população nas diferentes áreas que atendimento. Temos aldeias urbanas, aldeias distantes e até mesmo inacessíveis, em que só é possível chegar por outros meios de transporte, mas dispomos da infraestrutura pra todo esse acesso”, declarou Barros.

A assistência à saúde prestada à população indígena tem registrado importantes avanços nos últimos anos. A Sesai é responsável pela gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS (SASISUS) e pela execução de ações de atenção básica e saneamento básico para cerca de 775 mil indígenas que vivem em 5.366 aldeias, a maioria delas em áreas remotas e de difícil acesso.

Para o secretário da Sesai, Marco Antonio Toccolini, a iniciativa é importante para atender as necessidades dessa população. “As 34 camionetes serão para uso exclusivo dos engenheiros e técnicos que controlam a qualidade das águas nas aldeias. Essa disponibilização de veículos vai impactar diretamente na saúde dos indígenas, porque com água de qualidade é possível evitar doenças. Com essa iniciativa, o registro de doenças causadas por água deve reduzir significativamente”, explicou.

O atendimento às pessoas que vivem nas aldeias é uma prioridade do Ministério da Saúde. O orçamento da Sesai passou de R$ 431,5 milhões em 2011 para R$ 1,6 bilhão em 2017. Os recursos são destinados ao aprimoramento da qualidade de vida dessa população, como custeio das ações, pagamento dos salários dos profissionais e investimentos em edificações e saneamento básico, além da aquisição de insumos e equipamentos.

AÇÕES
Dentre as ações realizadas pelo Ministério da Saúde, está a adoção de novas medidas para construção de Unidades Básicas de Saúde em regiões da Amazônia, em que não é possível remanejar materiais de construção. Assim, as UBS indígenas serão construídas de acordo com a realidade local. Outro avanço recente foi a entrega de 2,6 milhões de kits para higiene bucal da população indígena. Ao todo, foram investidos R$ 4 milhões, uma economia de 39% em relação à aquisição descentralizada pelos 34 Distritos Sanitários Especiais de Indígenas (DSEI). Essa redução no preço foi possível porque o Ministério da Saúde centralizou a compra do material, gerando uma economia de escala, uma vez que o quantitativo na compra centralizada é muito superior às quantidades adquiridas individualmente.

O Ministério da Saúde vem adquirindo equipamentos odontológicos e, atualmente, conta com uma estrutura instalada composta por 33 Unidades Odontológicas Móveis (UOM), 228 consultórios odontológicos portáteis para atuação em áreas de difícil acesso, além de 462 consultórios odontológicos fixos e de 2.598 equipamentos odontológicos periféricos (otololimerizador, almalgamador, aultoclaves, entre outros).

Também houve construção e reforma de unidades básicas de saúde indígena, equipadas com consultórios odontológicos fixos, além da qualificação de 675 profissionais para realização do ART (Tratamento Restaurador Atraumático), tecnologia que permite a realização da restauração dentária para tratamento da cárie em localidades remotas e de difícil acesso, uma vez que dispensa a necessidade dos tradicionais consultórios odontológicos.

Por Camila Bogaz, daAgência Saúde


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