O maior compromisso do evento,
que está na sua 8ª edição, é colocar a água como prioridade na agenda das
políticas públicas dos países
Entre os dias 18 e 23 de março, a água é o centro das
discussões em Brasília (DF), sede do Fórum Mundial da Água. Em sua oitava
edição, o evento, que é realizado pela primeira vez no Hemisfério Sul, conta
com a participação do Ministério da Saúde, juntamente com instituições
internacionais, na coordenação dos debates sobre o tópico “Água e Saúde
Pública” incluso na temática “Pessoas”. Além da participação no processo
temático, o Ministério da Saúde vai expor em estande um vídeo sobre a qualidade
da água que consumimos e sua importância para a nossa saúde; bem como
informações sobre as ações realizadas pela pasta na temática água por meio do
Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua).
O programa é estruturado a partir dos princípios do Sistema Único de Saúde
(SUS) e desempenha um papel importante para garantir a qualidade e segurança da
água para consumo humano no Brasil.
As discussões que o Ministério
da Saúde participa serão realizadas em três sessões nos dias 21 e 22 abordando
os seguintes temas: Água segura: o que ainda precisa ser feito para a prevenção
de doenças de veiculação hídrica ou relacionadas à água, saneamento e higiene?;
Sinergias além do ODS6: acesso a água potável segura, a saneamento e higiene
para melhorar a nutrição e a saúde pública; e Comunicação de risco relacionada
à qualidade da água para o consumo humano: busca do empoderamento da população
e a minimização do risco para a saúde.
A diretora do Departamento
de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador da do Ministério
da Saúde, Daniela Buosi, que vai participar dos debates, explica que serão
abordadas questões prioritárias do tema água e saúde, “como o impacto das
mudanças ambientais globais na transmissão de doenças de veiculação hídrica,
poluentes orgânicos persistentes, monitoramento da qualidade microbiológica da
água e alternativas para a gestão de recursos hídricos.”
O maior evento mundial sobre
água, deverá reunir cerca de 30 mil pessoas de mais de 100 países. Estruturado
em cinco processos principais: temático, político, regional, sustentabilidade e
cidadão, o Fórum Mundial é um espaço privilegiado para trocar experiências,
analisar problemas e buscar soluções relacionadas ao uso consciente da água em
todo o planeta.
O Ministério da Saúde também
participará no dia 23, a convite da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de
atividades de diálogo e intercâmbio de ideias com cerca de 300 crianças e
adolescentes na Vila Cidadã, quando serão abordadas várias temáticas que envolvem
água e saúde.
De acordo com dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, 760 mil crianças menores de
cinco anos morrem por causa de diarreia, provocada pelo consumo de água sem
tratamento. Diante desse cenário, o Fórum abordará o modelo de desenvolvimento
vigente que impõe ao ambiente urbano graves consequências, como aceleração do
crescimento das cidades, poluição da água, do ar e do solo, que aliados às
novas tecnologias e ao desconhecimento mundial da extensão dos danos sociais e
ambientais, potencializam a vulnerabilidade e os riscos para os ambientes das
cidades, além de gerar problemas de longo prazo.
SOBRE O FÓRUM
O evento é um espaço aberto a
todos os setores da sociedade e recebe empresas públicas e privadas,
universidades, centros de pesquisa, representantes de governos locais,
estaduais e nacionais, legisladores, organismos nacionais e internacionais,
membros de Comitês de Bacia Hidrográfica, organizações não governamentais
(ONGs) e demais representações da sociedade civil.
Devido ao grande público
esperado, o 8º Fórum Mundial da Água ocorrerá em dois espaços distintos. O
Centro de Convenções Ulysses Guimarães abrigará as sessões temáticas técnicas,
políticas e ministeriais do evento, com acesso exclusivo aos inscritos (cerca de
10 mil pessoas) e também a estrutura para a Expo que será o local destinado aos
pavilhões das embaixadas dos países. O Estádio Nacional Mané Garrincha, cujo
acesso é gratuito, abrigará a Feira com instituições interessadas em apresentar
seus produtos e serviços e a Vila Cidadã que abrigará o Fórum Cidadão, onde as
pessoas poderão participar de atividades formativas, culturais, interativas,
sensoriais e de construção de diálogos voltados para melhorar o uso da água. É
um espaço aberto a todos que quiserem participar.
Para diretora
do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, Daniela Buosi, se
as políticas públicas avançarem quanto ao que está posto na
resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) e na agenda dos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS), “certamente trarão melhorias significativas
nos indicadores de saúde, principalmente dos países subdesenvolvidos e em
desenvolvimento que ainda apresentam consideradas taxas de morbimortalidade por
doenças e agravos relacionados à ausência de saneamento e água potável.”
Por Ana Cláudia Amorim
e NUCOM SVS/ Agência Saúde
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