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quinta-feira, 22 de março de 2018

Cobertura de saúde universal é prioridade, afirma diretor-geral da OMS a parlamentares brasileiros


O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira (21) que a saúde universal deve ser um tema priorizado pelos países. Em sua primeira visita ao Brasil desde que assumiu o cargo, em agosto de 2017, Tedros discursou na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília. 

Tedros declarou que o Brasil possui um sistema de saúde capaz não apenas de garantir as necessidades cotidianas da população, mas também de se defender contra surtos. “Vimos isso muito claramente no recente surto de febre amarela. Felicito o governo brasileiro por sua rápida resposta, que salvou muitas vidas”, pontuou, destacando o importante papel do país na produção de vacinas contra a doença. 

De acordo com o diretor-geral da OMS, a saúde é um direito de todas as pessoas e não um privilégio de alguns. Argumentou também que a cobertura de saúde universal, além de melhorar a saúde da população, gera impactos positivos na economia dos países. “Pode tirar as pessoas da pobreza, removendo uma de suas causas; criar empregos para trabalhadores de saúde e cuidados; impulsionar o crescimento econômico inclusivo, assegurando que as pessoas sejam saudáveis e capazes de trabalhar; e promover a igualdade de gênero.” 

O diretor-geral da OMS afirmou aos parlamentares brasileiros que o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma poderosa força para alcançar a equidade. “O fato de todos os serviços e produtos, incluindo medicamentos e vacinas, serem fornecidos gratuitamente é uma base sólida não só para uma saúde melhor, mas também para o desenvolvimento”. Reconheceu também que o Brasil está dando grandes passos na distribuição equitativa de profissionais de saúde em seu território. 

Além disso, Tedros apresentou aos parlamentares brasileiros três ambiciosas metas incluídas no plano estratégico da OMS para os próximos cinco anos: “ver um bilhão de pessoas aproveitando os benefícios da cobertura de saúde universal”; “ver um bilhão de pessoas protegidas contra emergências de saúde”; e, por fim, “ver um bilhão de pessoas vivendo com mais saúde e bem-estar”. 

O desafio do Brasil, segundo ele, é “tomar decisões difíceis sobre prioridades, com base nas evidências mais atualizadas”. Na ocasião, reafirmou o compromisso da OMS em trabalhar junto ao país para garantir que o acesso à saúde seja um direito de toda a população. 

Dia Mundial da Saúde 
Com o lema “Saúde universal: para todos, em todos os lugares”, a campanha do Dia Mundial da Saúde deste ano tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre a necessidade de cobertura e acesso à saúde universal e os benefícios que isso pode trazer.
A OMS foi fundada sob o princípio de que todas as pessoas podem realizar o seu direito ao mais alto padrão possível de saúde. Há mais de 70 anos, "Saúde para todos" tem sido a visão orientadora da organização. No entanto, pelo menos metade da população mundial ainda não tem acesso aos serviços de saúde dos quais necessitam, o que leva milhões de pessoas à pobreza enquanto lutam para pagar seus gastos com saúde. 

"Saúde para todos" também é a força motriz da iniciativa da OPAS/OMS para apoiar os países de todo o mundo em sua busca pela saúde universal. 

Neste ano, as Américas marcam o 40º aniversário da Declaração de Alma-Ata. Embora grandes avanços tenham sido alcançados na saúde, a região continua a ser uma das mais desiguais. Em resposta a isso, um movimento coletivo de transparência, responsabilidade e advocacy evoluiu em um impulso para a saúde universal.



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