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terça-feira, 13 de março de 2018

Fiocruz lança documentário sobre o parasitologista Luiz Rey




Em 26 de março de 1918, nascia um homem que seria dono de feitos extraordinários, alguns deles em meio a um período sombrio da história brasileira, a ditadura militar. Seu meio século de profissão exercido em três continentes, suas oito publicações, assim como o prêmio Jabuti de Literatura, a consultoria na Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus desbravamentos no coração da floresta amazônica para levar saúde e qualidade de vida a populações miseráveis, dentre muitas outras ações, tornaram Luis Rey um dos mais respeitados parasitologistas do país e do mundo.

Se estivesse vivo, o médico e pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz estaria prestes a completar 100 anos. Para marcar a data, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), onde Rey foi o responsável pela criação do Laboratório de Biologia e Controle da Esquistossomose, chefiado por ele até 2005, promove o evento Centenário Luis Rey: 100 anos de nascimento, nos dias 22 e 23 de março. Considerado um mestre amante da vida e sempre visto com muito bom humor, Rey dedicou sessenta anos ao ensino da parasitologia, destes, treze em trabalhos como consultor da OMS e vinte na Fiocruz. Da união com a geógrafa Dora Vanderley Rey, com que foi casado por sessenta seis anos, nasceram Heloísa, Clara e Luis Carlos.

A estreia do documentário Rey, ciência em defesa da vida é o ponto alto do primeiro dia. A obra, produzida pelo IOC com apoio da VideoSaúde Distribuidora (Icict/Fiocruz), é um tributo a Luis Rey e seu legado para a ciência e a saúde pública. O filme é resultado de mais de dois anos de pesquisas, entrevistas e de um mergulho profundo no acervo do cientista pelos diretores Marina Saraiva, do Serviço de Jornalismo e Comunicação (Sejor) do IOC, e Wagner de Oliveira, da VideoSaúde. As imagens são do cinegrafista e editor Josué Damacena, também do Sejor.

O documentário, que revela algumas das muitas camadas desse expoente da ciência mundial, conta com uma entrevista exclusiva com Rey, em janeiro de 2016, menos de dois meses antes de seu falecimento, além de depoimento concedido ao projeto de História Oral da Casa de Oswaldo Cruz(COC/Fiocruz), em 2002. Fotografias e acervo científico de cunho pessoal, gentilmente cedido pela família, e histórias contadas por discípulos e companheiros de jornada também compõem a produção.

Em seguida à estreia, haverá assinatura do termo de doação por parte da família do arquivo pessoal de Luis Rey à Fiocruz. A atividade do dia 22 de março será realizada no auditório do Museu da Vida, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (Av. Brasil 4.365 – RJ), a partir das 14h.

Dando continuidade às homenagens, o Centro de Estudos do IOC, na sexta-feira, dia 23, será palco de palestras e depoimentos de colegas e alunos. Umas das exposições será da ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Nilcea Freire, que irá versar sobre o tema Luis Rey: legado e interação para a interface entre ciência e sociedade. O encontro acontece às 10h, no Auditório Emmanuel Dias, do Pavilhão Arthur Neiva, também no campus Manguinhos.

Para conhecer mais sobre a vida e obra de Luis Rey, confira:


Serviço
Centenário Luis Rey: 100 anos de nascimento

22 de março
Estreia do documentário Rey, ciência em defesa da vida, produzido pelo IOC, com apoio da VideoSaúde/Icict
Assinatura do termo de doação de arquivo pessoal de Luis Rey por parte da família à Fiocruz
A partir das 14h, no auditório do Museu da Vida

23 de março
Centro de Estudos do IOC, com palestra seguida por depoimentos de colegas e alunos
A partir das 10h, no auditório Emmanuel Dias do pavilhão Arthur Neiva
Endereço: Campus da Fiocruz, em Manguinhos (Av. Brasil 4.365 – RJ)

 Fonte: IOC/Fiocruz


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