O
Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) teve novos projetos aprovados pelo
Ministério da Saúde de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), sendo
dois de medicamentos biológicos e um de sintético. Com isso, o Tecpar amplia
para nove o número de novos medicamentos que fornecerá ao Sistema Único de
Saúde (SUS) e fortalece suas plataformas tecnológicas na área da saúde.
A
assinatura dos Termos de Compromisso das novas PDP com o Ministério da Saúde
foi realizado nesta terça-feira (27), durante a 15ª Reunião do Grupo Executivo
do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), liderada pelo ministro Ricardo Barros.
Os novos produtos são duas enzimas usadas no tratamento de doenças raras,
Imiglucerase e Betagalsidase, e a Lenalidomida, medicamento sintético indicado
para mieloma múltiplo.
O
diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, ressalta que a escolha do
instituto pelo Ministério da Saúde fortalece as plataformas tecnológicas da
área da saúde e reforça a credibilidade da empresa como laboratório público
protagonista na saúde brasileira. “São três novos produtos que o SUS deixará de
importar, um passo importante para garantir à população brasileira medicamentos
para doenças graves. Essas novas PDP iniciam o processo de solidificação do
Tecpar na área de medicamentos biológicos e sintéticos. Conseguimos esses novos
projetos com o apoio do Governo do Estado”, destaca.
Biológicos
Além
das duas enzimas para doenças raras, o Tecpar já tem contratos para fornecer
parte do que hoje é comprado pelo Ministério da Saúde dos medicamentos
biológicos Bevacizumabe, Infliximabe, Trastuzumabe, Adalimumabe, Rituximabe e
Etanercepte – estes produtos são utilizados no tratamento de câncer e de
artrite reumatoide.
Estes
medicamentos serão produzidos no Centro de Desenvolvimento e Produção de
Medicamentos Biológicos, em Maringá, que receberá um investimento do Ministério
da Saúde de R$ 82 milhões para sua construção e de R$ 82 milhões em
equipamentos. A unidade será instalada em um terreno transferido pela
Prefeitura de Maringá ao Tecpar.
Sintéticos
Já
a Lenalidomida é o primeiro produto que será produzido no Centro de
Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Sintéticos, unidade do instituto
voltada a medicamentos sintéticos localizado no campus da Universidade Estadual
de Ponta Grossa (UEPG).
O
instituto investirá, com recursos do Ministério da Saúde, R$ 35,9 milhões para
a modernização do centro, que já conta com um laboratório de Controle da
Qualidade, de Garantia da Qualidade e Armazenagem/Distribuição. A unidade de
Ponta Grossa terá escala industrial, com capacidade de produção de 200 milhões
de comprimidos/ano e 100 milhões de cápsulas/ano, quantidades suficientes para
suprir a demanda do Ministério da Saúde com medicamentos definidos como
estratégicos pelo Tecpar.
PDP
A
primeira etapa do projeto de PDP prevê a importação e distribuição dos
produtos, para que, no decorrer da parceria, a empresa detentora da tecnologia
faça a transferência de tecnologia ao Tecpar para que o instituto passe então a
produzir os medicamentos.
Hemoderivados
Outra
área de atuação do Tecpar nos medicamentos biológicos é com hemoderivados. O
instituto apresentou ao ministério três projetos de transferência de
tecnologia, para o Fator VIII Recombinante e Plasma Vírus Inativado.
O
terceiro projeto é uma parceria entre a Empresa Brasileira de Hemoderivados e
Biotecnologia (Hemobrás) e a Octapharma. Com o acordo, o Tecpar fará a gestão
do plasma colhido na região Centro-Sul e Sudeste do país, além da logística,
controle da qualidade, envase, embalagem e distribuição do produto – este
processo será realizado no Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos
Biológicos, em Maringá.
A
Hemobrás ficará com o processamento efetivo, a gestão do plasma nas demais
áreas do país, o fracionamento e, também, com o envase dos hemoderivados. À
Octapharma caberá transferir a tecnologia às empresas públicas e garantir o
investimento para a produção no país.
Ao
todo, serão produzidos os seis hemoderivados de maior consumo no mundo e que
hoje são 100% importados (albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII
e IX plasmáticos, fator de von Willebrand e complexo protrombínico).
Fonte:Portal Tecpar
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