Baseada
no valor do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a Interfarma
(Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) anunciou no último
dia 9 (sexta-feira) o reajuste de medicamentos em 2,84%. Segundo a entidade,
por conta da inflação baixa, este será um dos menores reajustes dos últimos 12
anos. No total, cerca de 19 mil apresentações de medicamentos estão sujeitas ao
reajuste. A medida valerá a partir de 1º de abril.
Além
da inflação oficial, indicada pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo),
a fórmula para a correção de preços dos medicamentos considera fatores como
produtividade da indústria farmacêutica, concorrência de mercado, câmbio e
energia elétrica. “A correção de preços fica abaixo da inflação. O país
acumula 117% de inflação desde 2005, enquanto os medicamentos tiveram 82% de
reajuste no período. São 35 pontos percentuais de diferença”, ressalta Antônio
Britto, presidente-executivo da Interfarma.
Embora
o reajuste tenha data marcada, a efetiva mudança de preços nas farmácias pode
ser gradual. Isso porque distribuidores e varejo costumam aumentar seus
estoques para manterem por algumas semanas o valor antigo. “Vale lembrar que os
preços são regulados e não tabelados, ou seja, o governo estabelece um limite
máximo, mas a concorrência de mercado é livre para a prática de descontos, que
chegam a 60%”, afirma Britto.
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