Lista
inclui, ainda, remédio para tratamento de HIV. Secretaria de Saúde diz que 21
medicamentos devem chegar em até 30 dias.
Insumos
da insulina estão em falta na farmácia do governo (Foto: Reprodução/TV TEM)
Pelo
menos 46 medicamentos estão em falta na farmácia de alto custo do Distrito
Federal. O número, confirmado neste sábado (17) pela Secretaria de Saúde,
inclui remédios de uso contínuo como a insulina, spray nasal e até pílulas
usadas no tratamento de pessoas com HIV.
Pacientes
que necessitam dos remédios disseram à TV Globo que, no entanto, a lista de
produtos em falta é ainda maior. Ao todo, seriam mais de 60 produtos sem
estoque. A costureira Maria do Socorro Regino é diabética e, por isso, precisa
de um spray nasal específico para o tipo de doença.
Ela
afirma que há quase um ano não consegue encontrar o medicamento na farmácia de
alto custo. "Quando eu fico sem o remédio eu tenho tontura, enjoo, vômito,
e a sede que dá não é normal. Quanto mais água eu tomo, com mais sede eu
fico".
A
costureira conta ter desmaiado no trabalho duas vezes por causa da falta do
remédio. Para evitar a situação, Socorro passou a tirar o dinheiro do próprio
bolso para comprar o produto. Ela gasta cerca de R$ 600, por mês, com três
frascos do spray.
Em
nota, a Secretaria de Saúde reconheceu a falta de 34% dos remédios que deveriam
estar no estoque das farmácias de alto custo. A pasta informou, ainda, que a
compra de 21 deles já "está em andamento" e devem chegar "em até
trinta dias".
Medicamentos
usados no tratamento do HIV (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
Lista
extensa
Na
farmácia de alto custo da Asa Sul, em Brasília, uma lista com os remédios em
falta foi colada na parede. O papel confirma que, pelo menos, 55 medicamentos
não estão no estoque. Em outras unidades do tipo, no DF, também está faltando
remédio de uso contínuo.
Na
região de Ceilândia, a lista cita 56 tipos de medicamentos em falta. Na do
Gama, são 60 tipos sem estoque.
Christiano
Ramos é presidente de uma organização não-governamental voltada a quem tem o
vírus HIV. Ele afirma que um dos medicamentos mais importantes usados no
tratamento da Aids – o comprimido em cápsula conhecido como "três em
um" – está em falta na rede pública há três meses.
Sobre
esses medicamentos, a secretaria disse que "apenas distribui" e que a
compra é responsabilidade do Ministério da Saúde. O G1 tenta contato com a
pasta federal.
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