Pelo menos 125 mil deixaram
Ghouta Oriental e Afrin nas últimas semanas; abrigos estão superlotados e
maioria das pessoas tem problemas de saúde.
Um menino ferido, em Ghouta
Oriental, caminha para uma das saídas abertas nas últimas semanas. Foto:
UNICEF/Sanadiki
O Sistema das Nações Unidas na
Síria está pedindo ajuda para conter a situação de dezenas de milhares de
pessoas que fugiram das suas casas nas cidades de Ghouta Oriental e Afrin.
A notícia foi dada pelo
porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, na sede das Nações
Unidas em Nova Iorque, nesta segunda-feira (19).
Segundo o porta-voz, a ONU e
seus parceiros “foram informados das condições desesperadoras das pessoas que
deixaram Ghouta Oriental e Afrin. Elas estão cansadas com fome, traumatizadas,
com medo e precisam de ajuda urgente”.
Dujarric disse que “estes
civis enfrentam condições humanitárias angustiantes”.
Desde 11 de março, pelo menos
25 mil pessoas saíram de Ghouta Oriental. Estes civis estão em abrigos nas
cidades de Dweir, Adra, Herjelleh e numa zona rural da capital Damasco.
Funcionários da ONU visitaram estes locais e perceberam que “os abrigos estão
superlotados e que mais pessoas chegam todos os dias”.
A maioria dos entrevistados
pelos funcionários da ONU tinha problemas de saúde, devido a vários anos sem
acesso a medicamentos e a cuidados.
Do distrito de Afrin também
fugiram 100 mil pessoas. A maioria, 75 mil, está em Tal Refaat, e as restantes
em Nubul, Zahraa e aldeias vizinhas. As 16 escolas em Tal Refaat estão sendo
usadas como abrigos, o que forçou o fim das aulas.
O porta-voz concluiu dizendo
que “este fluxo massivo de deslocados internos está colocando pressão nas
comunidades de acolhimento, que já estavam sobrecarregadas”.
O coordenador humanitário da
ONU na Síria, Ali Al-Za’tari, explicou que muitos civis continuam encurralados
pelo conflito em Ghouta Oriental e Afrin.
Al-Za’tari afirmou que “a ONU
e os seus parceiros, com destaque para o Crescente Vermelho Árabe de Síria,
estão completamente mobilizados para entregar ajuda no local”.
O coordenador pediu que os
Estados-membros financiem esta ajuda, e que as partes do conflito facilitem o
acesso às pessoas em necessidade.
Fonte: nacoesunidas.org
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