Evento na Anvisa discutiu a intercambialidade entre biossimilares e situações que devem ser consideradas quando houver necessidade de troca de um medicamento biológico por outro.
Os
produtos biossimilares são produtos biológicos registrados pela via de
desenvolvimento por comparação com um produto biológico comparador. Porém, ao
contrário do que ocorre com os medicamentos sintéticos, onde o genérico substitui
perfeitamente o medicamento de referência, o biossimilar pode não ser
intercambiável com o medicamento no qual foi baseado. Isso significa que a
troca de um medicamento biológico com o mesmo princípio ativo precisa ser
avaliada no contexto de cada paciente. Isso ocorre por questões específicas dos
medicamentos biológicos.
O
debate temático sobre medicamentos biossimilares foi realizado no dia 28 de
fevereiro e contou com a Anvisa, o Ministério da Saúde, o setor regulado,
médicos e sociedades de pacientes.
Atualmente,
a Anvisa entende que, para definição das diretrizes sobre intercambialidade e a
possível substituição entre produtos biossimilares e o produto biológico
comparador, deverão ser consideradas as especificidades e o estágio do
tratamento, as características intrínsecas da resposta imunológica dos
pacientes, o acesso e o uso racional dos medicamentos, dentre outros fatores.
A
legislação utilizada para o registro de biossimilares no Brasil é a Resolução RDC
55, de 16 de dezembro de 2010. A norma define que para a aprovação de um
biossimilar devem ser apresentados, dentre outros requisitos, estudos
comparativos entre o biossimilar e o produto biológico comparador, contendo
informações suficientes para predizer se as diferenças detectadas nos atributos
de qualidade entre os produtos resultam em impactos adversos na segurança e
eficácia do biossimilar.
Nas
últimas décadas, os avanços relativos aos progressos tecnológicos da indústria
farmacêutica proporcionam medicamentos cada vez mais eficazes e seguros. Nesse
sentido, definições sobre as substituições de tratamentos pelos medicamentos
biossimilares é mais um desafio da gestão das políticas públicas do Ministério
da Saúde com o intuito de garantir o acesso e a utilização segura dos
medicamentos. A Anvisa entende que aspectos importantes a serem considerados
estão relacionados, mas não limitados, a custos, ampliação do acesso, ao
conhecimento científico, a profissionais prescritores, pacientes e ditames da
regulação sanitária.
Mais
informações podem ser encontradas na nota de esclarecimento nº 003/2017, publicada pela Agência,
a qual expressa o entendimento do órgão sobre o tema, traz conceitos,
posicionamentos internacionais e demais orientações gerais ao público.
Assista
a íntegra do debate
temático sobre biossimilares e intercambialidade.
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