Apesar de atingir cerca de 1
milhão de brasileiros1, a UCE (Urticária Crônica Espontânea) ainda é
pouco conhecida pela população. Pela primeira vez na história, no entanto, as
diretrizes de tratamento da doença foram unificadas no mundo todo e
apresentadas aos médicos brasileiros durante o evento TRANSFORM III, com a
presença da renomada dermatologista do Hospital del Mar de Barcelona (Espanha),
Dra. Ana Gimenez-Arnáu, uma das autoras do documento.
A diretriz global de UCE
estabelece como a doença deverá ser tratada em todas as etapas, visando o
controle completo dos sinais e sintomas da UCE. Para isso, a determinação
é que todos os pacientes com UCE no mundo devam iniciar o tratamento com
anti-histamínicos2. Se, após 2 a 4 semanas, o paciente não atingir o
controle completo dos sintomas com a 2ª linha de tratamento (anti-histamínicos
H1 de segunda geração em dose aumentada), deve-se manter esta terapia e
acrescentar um outro medicamento: o omalizumabe.2
Aplicado uma vez a cada 4
semanas, os estudos do tratamento verificaram uma redução média de 71% da
intensidade da coceira e, assim, é possível melhorar significativamente a
qualidade de vida dos pacientes3. O medicamento biológico tem ação
específica, atuando diretamente no processo que desencadeia a doença3 e
impedindo a aparição de sintomas na pele.
Doença autoimune, a UCE é duas
vezes mais comum em mulheres do que em homens4. Casos de depressão e
suicídio entre pacientes que sofrem com essa enfermidade são recorrentes devido
à privação de sono e à coceira intensa, que impactam drasticamente a qualidade
de vida, a convivência social, a produtividade no trabalho e as relações
conjugais5-7,1,8-11. Cerca de metade dos pacientes com UCE ainda
sofrem com os inchaços (angioedemas) em diversas partes do corpo12.
“Todo sinal da doença deve ser
verificado e tratado após ser ouvida, atenciosamente, a história clínica dada
pelo paciente”, explica a dermatologista Dra. Ana Gimenez-Arnáu. “Por isso, não
basta melhorar dos sintomas da UCE, o paciente precisa ficar totalmente livre
das urticas, da coceira e dos inchaços (angioedemas). Já existe hoje
tratamentos que viabilizam isso. O omalizumabe, por exemplo, representa uma
revolução no tratamento de UCE, pois estudos mostraram que de 62 a 84% dos
pacientes atingem o controle completo da doença3,13, ou seja, todos
os sintomas desaparecem”, complementa.
A diretriz mundial foi
elaborada a partir de estudos e comprovações científicas avaliadas por
consensos de especialistas de todo o mundo, incluindo a SBD (Sociedade
Brasileira de Dermatologia) e a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia)2. O documento também teve em sua construção a
participação de todos os líderes dos centros de excelência em UCE com a
certificação internacional UCARE (Urticaria Center of Reference and
Excellence).2,14
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Sobre Novartis
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inovadoras de saúde que atendem a necessidades em constante evolução dos
pacientes e sociedades. Sediada na Basileia, na Suíça, a Novartis oferece um
portfólio diversificado para melhor atender a essas necessidades: medicamentos
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para o cuidado com os olhos. A Novartis lidera globalmente cada uma dessas
áreas. Em 2017, o Grupo alcançou vendas líquidas de US$ 49,1 bilhões, com
investimentos em P&D de aproximadamente US$ 9 bilhões. As empresas do Grupo
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Referências
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clinical needs in chronic spontaneous urticaria. A GA²LEN task force report.
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EAACI/GA²LEN/EDF/WAO Guideline for the Definition, Classification, Diagnosis
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the treatment of chronic idiopathic or spontaneous urticaria. N Engl J Med.
2013 Mar 7;368(10):924-35.
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Daniel Susumura dos Santos