14/11/2018 14h43, Havana, 14
nov (EFE).- O governo de Cuba informou nesta quarta-feira que está saindo do
programa social Mais Médicos no Brasil devido às declarações "ameaçadoras
e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro, que anunciou mudanças
"inaceitáveis" no projeto governamental.
No mesmo dia, na sequência do
noticiário, algumas autoridades nos questionaram sobre o futuro da saúde das
populações atendidas por aqueles médicos ... indagando:
- Qual será o impacto da
retirada dos Mais Médicos?
No calor das inesperadas
notícias, às 14h43, saindo do restaurante enviei, por whattsapp, algumas
considerações sobre as possíveis consequências que antevíamos a partir da
abrupta decisão, divulgada sem qualquer planejamento ou até viabilidade de
substituição a curto prazo, como segue:
Mestre, tema complexo e que na
minha opinião não deveria ser sim ou não... acho que uma boa pergunta seria se
os médicos brasileiros estariam dispostos s ir trabalhar nos rincões do país
para ganhar o que os cubanos ganham?
Depois se teríamos condições
imediatas de reposição?
E o mais importante, o forte
impacto social nas bases remotas onde a chegada desses médicos trouxeram imenso
bem estar para à população, que se sente segura, tendo um profissional por perto...
creio que o discurso poderia ser vendido como incentivo à formação de
profissionais locais, que se predisponham a ficar na região e que o Estado está
oferecendo oportunidades a Brasileiros que aceitem o desafio..,
1200 municípios só tem 1
médico, praticamente todos são cubanos
Nos 473 distritos indígenas
apenas 40 são brasileiros! 333 cubanos...
Importante lembrar que
praticamente todos distritos sanitários indígenas tem apenas um médico “cubano”
Do ponto de vista acadêmico
significa mais universidades, mais oportunidades para acadêmicos que queiram
desenvolver suas regiões de origem...
E no extremo trazer uma boa
oportunidade para residentes fora dos grandes eixos e capitais
Projetos como Rondon foram bem
sucedidos “apresentando” o país aos jovens... o que despertou o interesse em se
estabelecer fora de suas bases...
Outro viés já discutido
anteriormente é baseado na carreira militar dentro do segmento saúde, como os
oficiais temporários além dos oriundos do quadro da escola de saúde da força
militar. Salvo melhor juízo este grupo traria economias ao País ... parece custar
menos do que pagamos hoje a Cuba..
Lembrando que os oficiais da
escola de saúde deveriam estar subordinados a um novo processo de qualificação
para seguir carreira militar
Logo em seguida ao comentar o
tema com um Senador da República, reenviei os comentários acima, por que além
de médico ele é um dos maiores conhecedores do assunto no Brasil, que conhece
profundamente a gravidade do tema nos mais longínquos cantos do País.
Este assunto, também, havia
sido tema de uma conversa com o então candidato, depois presidente eleito, no
dia seguinte a entrevista que ele concedeu ao programa roda viva...
Encerrando nossos comentários
com um mensagem de: “Conte com nosso apoio!”
Luciana Amaral e Wanderley
Preite Sobrinho Do UOL, em Brasília e em São Paulo
01/08/2019 12h06Atualizada em
01/08/2019 15h21
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) apresentou hoje em Brasília o substituto para
o Mais Médicos. Batizado de Médicos pelo Brasil, o novo programa promete a
abertura de 18 mil vagas e um plano de carreira para os profissionais. Eles
podem ganhar até R$ 21 mil no primeiro ano de atuação com a promessa de receber
até R$ 31 mil ao longo do tempo.
A princípio, são 4.823
municípios a serem atendidos no primeiro ano. O número de localidades irá mudar
a cada ano, de acordo com a demanda. Segundo o Ministério da Saúde, o Mais
Médicos tinha "diversos problemas", como "processo seletivo
frágil, vínculo precário, médicos sem supervisão, cadastros com inconsistências
e a definição controversa de município prioritário". Em razão disso, a
pasta decidiu abrir 18 mil vagas, sendo 13 mil em locais "de difícil
provimento". Cerca de 7.000 vagas serão destinadas a regiões de
"maior vazio assistencial”.
O novo programa promete
incorporar os profissionais com o diploma validado em território nacional e
contratar supervisores para avaliar a produtividade dos médicos e a satisfação
dos pacientes. No evento de lançamento, Bolsonaro declarou que, "se os
cubanos fossem tão bons assim, teriam salvado a vida de Hugo Chávez".