Muitas meninas e mães ficaram assustadas em várias cidades depois das notícias de que garotas vacinadas contra o HPV foram internadas no litoral de São Paulo. |
Em Bertioga, no litoral de São Paulo, 11 meninas passaram mal após tomar vacina. Três delas foram internadas com dores no corpo.
O Ministério da Saúde e especialistas afirmam que a vacina é segura e necessária para prevenir o câncer. Os médicos lembram que essa vacina é usada nos Estados Unidos, que têm um sistema de controle de medicamentos que é um dos mais rígidos do mundo.
A expressão é de dor, mas Ágata foi ao posto de saúde consciente da importância de tomar a vacina. “Para me proteger”, diz a menina.
Mais de quatro milhões de meninas entre 11 e 13 anos em todo o Brasil tomaram a primeira dose da vacina que protege contra o HPV, o vírus que causa o câncer do colo do útero. Seis meses depois, elas estão sendo convocadas a tomar a segunda dose disponível no Sistema Único de Saúde.
Mas em Bertioga, no litoral de São Paulo, ainda repercute o caso das 11 meninas de um mesmo colégio que reagiram mal após tomar a vacina. Três delas foram internadas em um hospital com dores no corpo. Duas já receberam alta.
"Já começou a paralisar as pernas, eu fiquei com muita tremedeira, fiquei tremendo toda a minha boca, fiquei toda vermelha", diz uma menina que tomou a vacina.
Uma garota ainda permanece internada com dores de cabeça e nas costas. Novos exames estão sendo realizados. "Todos os exames realizados até agora demonstram que isso foi uma reação emocional. O exame neurológico demonstrou que não havia nenhuma lesão neurológica, nenhum tipo de paralisia, nada que explicasse fisicamente aquele quadro”, afirma Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
No Rio de Janeiro, com apoio das mães, algumas adolescentes decidiram não tomar a vacina. Os organizadores de um encontro que reúne os maiores especialistas em imunização do país asseguram que a vacina contra o HPV é segura, e que não há motivos para preocupação. “O risco da vacinação contra o HPV é o mesmo risco inerente a qualquer vacina”, defende Tânia Petraglia, especialista em infectologia.
A Sociedade Brasileira de Imunizações diz que a mesma vacina é aplicada nos Estados Unidos e em vários países com sucesso. O Centro de Controle de Doenças americano chegou à conclusão de que os adolescentes são mais suscetíveis que os adultos, mas garante que as reações comprovadas são apenas dor, inchaço, vermelhidão e, em alguns casos, febre.
“São mais de 180 milhões de doses aplicadas no mundo todo, nenhum evento adverso, realmente, relacionado à vacina e que tenham se manifestado como eventos adversos graves”, afirma Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunização.
No Japão, o governo suspendeu a campanha de vacinação contra HPV depois que algumas meninas tiveram reações como dormência e dor. Mas a vacina ainda é oferecida nas clínicas e postos de saúde.
Com informações do G1, link: http://g1.globo.com/bom-dia- brasil/noticia/2014/09/casos- de-internacao-apos-vacinacao- contra-hpv-assustam-maes-e- jovens.html
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