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domingo, 14 de setembro de 2014

Análise de Mídia - REVISTAS

O escândalo da Petrobras e seus reflexos na campanha eleitoral dominam o noticiário das revistas que circulam neste sábado (13). O assunto é capa da CARTA CAPITAL, ÉPOCA e ISTOÉ e ganha ampla cobertura da VEJA.

  • Na agenda de interesse, destaque está nas abordagens da CARTA CAPITAL sobre o debate da terceirização. 
  • Como ponto de atenção, revista CARTA CAPITAL posiciona que a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) de Getúlio Vargas está “sob ataque cerrado dos empresários”, ao explicar que uma decisão do STF afetará o sistema trabalhista criado há 70 anos. Texto situa que a liberação da terceirização representaria perdas de diretos trabalhistas.
  • CARTA CAPITAL cita que há 17 mil processos contra terceirizadas em andamento na Justiça do Trabalho. "Existe uma cultura do 'garantismo' legal, mas precisamos privilegiar a negociação. Temos uma legislação fomentadora de conflitos", diz ALEXANDRE FURLAN, vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).      
  • Reportagem aponta que mais de dois terços das indústrias contrataram serviços terceirizados nos últimos três anos. Segundo a CNI, a terceirização “faz parte de uma tendência mundial e é essencial para o ganho de produtividade e competitividade”.
  • Também sobre o debate da terceirização, LUIZ GONZAGA BELLUZZO, na CARTA CAPITAL, afirma que os brasileiros estão diante de mais uma etapa da flexibilização dos mercados de trabalho. “Flexibilização” é o codinome de “regressão dos direitos sociais”, ressalta, em tom crítico. Para ele, “os direitos sociais e econômicos estão prestes a sofrer as dores dos projetos de ‘competitividade’ nascidos da intensificação da concorrência entre as grandes empresas que dominam a arena global”.
  • Como outro ponto de atenção está na reportagem da ISTOÉ DINHEIRO que define que o duelo verbal entre Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, e Murilo Ferreira, presidente da Vale, ressalta uma “triste realidade”: a indústria está encolhendo e demitindo. O texto cita dados do IBGE, que indicam que o emprego na indústria nacional encolhera 3,6% em julho, na comparação com o mesmo período de 2013, a 34ª queda mensal consecutiva.
  • Ainda na reportagem, DINHEIRO relata que embora a Fiesp não tenha sido citada, seus dirigentes ficaram revoltados e acusaram o golpe. O texto reproduz posicionamento assumido por Paulo Francini, diretor da federação. “Não vamos ficar respondendo a um pau-mandado que não entende nada da indústria de transformação nem da indústria de São Paulo”, diz. Questionado sobre quem teria mandado Ferreira dar aquelas declarações, Francini respondeu: “Sei lá. Alguém pediu e ele deu”.
  • ÉPOCA divulga o estudo “Visão Brasil 2030”, feito por nove organizações não governamentais, em 52 cidades e detectou as sete visões de mundo mais comuns entre brasileiros e os nove problemas que mais afligem a população. Reportagem posiciona que os autores são injustos ao afirmar que faltam ao Brasil propostas de longo prazo.
  • O semanário cita o que classifica de “planos ambiciosos, com nomes sonoros”, dentre os quais lista o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, Plano Brasil 2022 e Plano Nacional de Energia 2030. “A maioria deles se torna vulnerável por observar apenas uma ou algumas poucas questões - e ignorar como ela será afetada por outras”, afirma ÉPOCA.
  • Entre outras abordagens com foco em políticas econômicas, ISTOÉ DINHEIRO registra que a presidente Dilma Rousseff confirmou a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no fim do ano. Reportagem faz um balanço dos oito anos e meio de Mantega frente à Pasta e aponta que, apesar das críticas, o saldo da sua gestão é muito positivo. “Entre os erros e os acertos da política econômica nos últimos anos, a melhora no mercado de trabalho é o indicador mais positivo”, destaca a revista.
  • ANTONIO DELFIM NETTO, na CARTA CAPITAL, aponta que os brasileiros devem “escolher quem dará continuidade à construção da sociedade civilizada inscrita na Constituição de 1988. É tempo, portanto, de avaliações”. Ele cita um estudo de “três excelentes economistas” que concluíram que o Brasil cresceu no período do governo Lula-Dilma, mas provavelmente 10% menos do que poderíamos.
  • PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, registra que “apesar da queda na produção industrial neste ano, os fabricantes de eletrônicos não podem reclamar de falta de boa vontade do governo”. Segundo a coluna, “a renovação da Lei de Informática, até 2029, e da Lei do Bem, até 2018, garantiram a competitividade de smartphones, tablets e notebooks, com redução de preços de até 20%. Em julho, a produção de equipamentos de informática e comunicações cresceu 47%, sobre igual mês de 2013”.
  • Na agenda eleitoral, BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, assinala: “Denunciado por ISTOÉ em reportagem de capa de abril de 2013, o ex-ministro da Agricultura Antônio Andrade (PMDB), vice na chapa do petista Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais, virou alvo de inquérito sigiloso no STF por crimes contra a fé pública e falsidade ideológica”.
  • Sobre o escândalo da Petrobras, abordagens lembram que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras preso na Operação Lava Jato, acusara vários políticos de receber propina na estatal e listara alguns das dezenas de personagens supostamente envolvidos.
  • ISTOÉ destaca que a análise do mapa de distribuição do dinheiro para as campanhas de políticos ligados ao escândalo mostra que os repasses financeiros nem sempre guardam relação com o perfil econômico dos Estados. Essa constatação intriga a PF, indica a reportagem. É o caso de Alagoas, Estado do presidente do Senado, Renan Calheiros, um dos personagens citados no testemunho do delator.

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