Destaques

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Saúde oferece primeiro curso de ultrassom em anestesiologia do DF

Capacitação ocorre no Gama, entre os dias 1 e 8 de julho

Foto: Arquivo SES
A Secretaria de Saúde vai oferecer o primeiro curso de ultrassom em anestesiologia do Distrito Federal. O objetivo é capacitar os anestesistas para operar o equipamento nas anestesias de bloqueios periféricos, diminuindo o risco de complicações durante e pós cirurgia.

A capacitação abriu 30 vagas, todas já preenchidas, a maioria por profissionais do Hospital Regional do Gama, onde será oferecido o treinamento. A primeira parte do curso será teórica, nesta sexta-feira (1). No sábado (2) pela manhã, os anestesiologistas terão aulas práticas, com apresentação do aparelho de ultrassom e exploração de bloqueios.

"Ao longo da próxima semana, entre os dias 4 e 8 de julho, esses profissionais irão acompanhar cirurgias ortopédicas para ver, na prática, como funciona o uso desse equipamento de ultrassom", informa o supervisor da residência médica em anestesiologia do Hospital Regional do Gama, Marcelo Carneiro.

Foram convidados a dar palestra durante o treinamento o anestesiologista do Instituto de Cardiologia do DF, Maurício Daher, e o presidente da Sociedade Matogrossense de Anestesiologia, Diogo Leite. "Eles são expert no uso do equipamento. No Distrito Federal, poucos profissionais sabem manusear. No Hospital Regional do Gama, por exemplo, somente eu e mais três colegas utilizamos", ressalta Marcelo Carneiro, que será um dos instrutores na capacitação.

Segundo o supervisor, a procura pelo curso foi grande e, por isso, estuda-se a possibilidade de, em breve, abrir uma nova turma para qualificar os profissionais a manusearem os oitos equipamentos adquiridos pela Secretaria de Saúde.

Alline Martins, da Agência Saúde


Saúde notifica 18.849 moradores de Brasília com suspeita de dengue

Dos brasilienses, 16.038 são classificados como prováveis infectados

Arte: Danielle Freire
A Secretaria de Saúde do DF notificou, desde o início do ano, 18.849 moradores de Brasília com suspeita de dengue (doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti). De 19 a 25 de junho, foram 16 ocorrências. Os dados constam do Informativo Epidemiológico nº 26, divulgado nesta quarta-feira (29).

Dos brasilienses, 16.038 são classificados como prováveis infectados (nova nomenclatura da Secretaria de Saúde, recomendada pelo Ministério da Saúde, para se referir aos casos confirmados).

Desse total, 9.206 (57%) estão distribuídos entre as regiões administrativas de Brasília que permanecem com o maior número de casos: Brazlândia (1.921), Ceilândia (1.729), São Sebastião (1.625), Planaltina (1.361), Samambaia (1.291) e Taguatinga (1.279).

Também desde janeiro, 2.334 residentes de outras unidades da Federação deram entrada em hospitais do Distrito Federal com os sintomas.

Segundo o boletim, 82% dos prováveis infectados consultaram a rede pública de saúde do Distrito Federal (13.101); 14%, a rede privada (2.251); 3%, a rede pública de Goiás (532); e 1% não foi classificado (152).

Neste ano, 13 pessoas morreram com dengue. Outras 14 manifestaram a forma grave (hemorrágica) e estão curadas.

ZIKA E CHIKUNGUNYA - O levantamento ainda apresenta ocorrências do zika vírus e da febre chikungunya, também transmitidos pelo Aedes aegypti. A Saúde registrou casos de zika em 172 moradores de Brasília infectados. Desses, 43,6% são de Taguatinga (31), do Plano Piloto (22), de Águas Claras (11) e do Lago Norte (11).

Entre as gestantes, identificaram-se 34 com zika. Dessas, 21 moram no DF e, 13, em outras unidades federativas (12 em Goiás e uma em Mato Grosso). Quatorze mulheres deram à luz no Distrito Federal — nove são moradoras de Brasília e cinco, de Goiás.

Nenhum dos bebês apresentou intercorrência, como a microcefalia — doença em que o cérebro é menor do que o ideal para um recém-nascido. Especialistas estudam a relação da condição neurológica com a transmissão do vírus.

A febre chikungunya foi confirmada em 126 moradores do DF. Ceilândia (18), Taguatinga (16), Samambaia (12), Gama (11) e Plano Piloto (11) estão entre as regiões mais afetadas, com 68 ocorrências.




Brasil garante apoio ao cumprimento da Meta 90-90-90 durante encontro em Genebra

Delegado permanente do Brasil em Genebra, Guilherme Patriota, apresentou os avanços do país na universalização do tratamento e os desafios para atingir as metas

Durante sua participação na 38ª Junta de Coordenação do Programa Unaids (PCB, sigla em inglês), em Genebra (Suíça), o delegado permanente alterno da delegação do Brasil junto à ONU e às demais organizações internacionais em Genebra, Guilherme Patriota, reforçou o apoio do Brasil ao cumprimento da Meta 90-90-90 como meio de intensificar a resposta global ao HIV/aids. “Tanto esse objetivo como a estratégia prevista no relatório do Secretário-Geral ̶ sobre a via rápida para acabar com a epidemia de aids ̶ nos obrigam a articular os três elementos que devem orientar os nossos esforços: universalizar o acesso à prevenção e tratamento; promover os direitos humanos das pessoas infectadas com o HIV/aids; e assegurar a disponibilidade dos recursos nacionais e internacionais necessários”, afirmou em sua apresentação durante o encontro.

Guilherme Patriota também destacou o pioneirismo brasileiro na universalização do tratamento do HIV, em 1996, e o fato de o Brasil ser o primeiro país em desenvolvimento a adotar o tratamento para todos os que vivem com HIV, independentemente da contagem de CD4. “Atualmente, cerca de 475 mil pessoas podem se beneficiar do tratamento em nosso país. Ao analisar as tendências da epidemia desde 2012, é possível observar evoluções significativas no sentido de atingir as metas 90-90-90”, afirmou.

Para enfrentar o desafio de alcançar essas metas, Guilherme Patriota apresentou as ações desenvolvidas pelo DDAHV até o momento. “Onze dos 22 antirretrovirais recomendados no Brasil são produzidos no país. Os preços cobrados no mercado interno são mais baixos do que os preços internacionais, e muitas parcerias para o desenvolvimento produtivo foram confirmadas até agora”, disse. “Outros aspectos são de que, nas últimas três décadas, temos estado a olhar para a dimensão social da epidemia, com atenção para as múltiplas facetas de programas que precisam ser discutidas. No Brasil, a participação da sociedade civil nos conselhos de HIV/aids foi sempre um tema importante para a inclusão e eficácia de nossas políticas públicas”.

A diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, também presente ao encontro, adiantou que o Brasil se esforça para o cumprimento das metas, com atenção à prevenção combinada. “A tendência é de diminuição do número de novas infecções pelo HIV para os próximos anos, dado o investimento na prevenção combinada, especialmente quando se trata do aumento significativo no número de pessoas que vivem com HIV no tratamento antirretroviral”, disse. O Brasil já atingiu a meta da supressão da carga viral ̶ até o final de 2015, 90% das pessoas em ARV apresentaram carga viral suprimida.

Guilherme Patriota ressaltou, ainda, a importância das populações-chave no processo de prevenção. “É fundamental notar que, no Brasil, as populações mais atingidas são homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas trans e pessoas que usam drogas. Estamos tentando garantir que essas pessoas não sejam deixadas para trás”.

PCB - A Junta de Coordenação do Programa, conhecida em inglês como Programme Coordinating Board (PCB), atua como o corpo governante sobre todas as questões programáticas relativas à política, estratégia, finanças, acompanhamento e avaliação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). É informada sobre todos os aspectos do desenvolvimento do Unaids e leva em consideração, em termos de estratégia e orientações técnicas, os relatórios e recomendações do Comitê das Organizações Copatrocinadoras e do Diretor Executivo.

Além disso, conta com representantes de 22 governos de todas as regiões geográficas, das agências copatrocinadoras e cinco representantes de organizações não governamentais, incluindo associações de pessoas vivendo com HIV.

Fonte: Assessoria de Comunicação
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
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Casos de dengue no Brasil apresentam queda antecipada

Historicamente, a redução no número de casos acontece a partir do mês de junho. Também houve queda nos casos de Zika. Entre fevereiro e maio deste ano, a redução foi de 99% 

Os casos de dengue deste ano, no Brasil, apresentaram queda antecipada em relação aos anos anteriores. Historicamente, a redução no número de casos era observada a partir do mês de junho. Levantamento do Ministério da Saúde aponta que, a partir do mês de março, o país começou a mostrar tendência de redução, demonstrando um comportamento diferente do habitual neste ano. Os números dos casos de dengue estão em declínio e já apresentaram redução de 99,2% no comparativo entre fevereiro e maio deste ano.

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O pico da doença, quando é percebida maior incidência de casos notificados, também ocorreu antes do previsto, em fevereiro, com 106.210 casos registrados na última semana do mês. Em anos anteriores, a maior incidência de casos ocorria nos meses de abril ou maio. Já na última semana de maio, os números caíram para 779 casos da doença em todo o país. Os números reforçam, mais uma vez, que os resultados das ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, intensificadas pelo governo federal desde o final do ano passado, contribuíram para antecipação da curva de sazonalidade da doença.

“Neste ano, o declínio de casos começou antes do previsto, uma vez que, historicamente, o pico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é em abril. As ações de combate ao mosquito da dengue, Zika e chikungunya, que foram intensificadas no país desde o fim do ano passado se mostraram efetivas e essenciais para controlar e diminuir a circulação do vetor”, avalia o  ministro da Saúde, Ricardo Barros. O ministro lembrou que se não fosse a intensificação das medidas de prevenção e o apoio da população, neste ano, os casos de dengue poderiam ainda ser mais expressivos do que no ano passado.

OLIMPÍADAS - Nas cidades onde haverá os jogos Olímpicos e Paralímpicos, os números apresentam comportamento semelhante ao nacional, com pico da doença entre fevereiro, março ou abril e queda expressiva nos meses seguintes. O município do Rio de Janeiro, por exemplo, teve o maior registro de casos prováveis de dengue na última semana de fevereiro, com 2.420 casos. Nas semanas posteriores, os dados caíram, chegando a 12 casos notificados na última semana de maio, o que representa uma redução de 99,5%.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, relembra que na Copa do Mundo de 2014 as pessoas também tinham medo de vir ao país e pegar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Durante a Copa foram registrados apenas três casos em turistas. As estatísticas mostram que o período dos jogos não é epidêmico. Isso ocorre, principalmente, porque no inverno as chuvas são menos frequentes o que dificulta a proliferação do mosquito”, afirmou.
Os números de dengue são de notificação obrigatória no Brasil desde 1961. Para os casos de Zika e chikungunya ainda não é possível fazer uma comparação, já que não há histórico de registros suficientes.

ZIKA – Os casos de Zika continuam apresentando tendência de redução. Neste ano, o pico de maior incidência de notificações da doença foi registrado na terceira semana de fevereiro, com 16.059 casos. Na última semana de maio, os registros despencaram para 12, uma queda de 99,9%.   

Em relação aos números deste ano acumulados, até o dia 28 de maio, foram registrados 161.241 casos prováveis da doença em todos os estados brasileiros. A taxa de incidência, que considera a proporção de casos, é de 78,5 casos para cada 100 mil habitantes. A transmissão autóctone do vírus no país foi confirmada a partir de abril de 2015, com a confirmação laboratorial no município de Camaçari (BA).

O vírus Zika está presente em 60 países, incluindo o Brasil, cuja população representa apenas 15% das pessoas expostas ao vírus. O Ministério da Saúde tornou compulsória a notificação dos casos de Zika em fevereiro deste ano. No entanto, antes mesmo da obrigatoriedade em todo o país, alguns estados adotaram a notificação de todos os casos suspeitos do vírus Zika, como o Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Esta iniciativa pode demonstrar um maior cuidado com as questões de prevenção e controle deste agravo na população.

CHIKUNGUNYA – Também, até o dia 28 de maio, foram registrados 122.762 casos prováveis de Chikugnunya. A transmissão está presente em 24 estados e no Distrito Federal. No mesmo período de 2015, foram 13.160 casos. Neste ano, foram registrados 17 óbitos pela doença, que ainda precisam ser investigados com mais detalhadamente, para que seja possível determinar se há outros fatores associados, como doenças prévias, comorbidades, uso de medicamentos, entre outros. A transmissão da Febre Chikungunya foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2014. Neste ano, a doença chegou ao restante do país e, consequentemente, gerando mais registros.

MOBILIZAÇÃO - O Ministério da Saúde tem reunido esforços no combate ao Aedes aegypti, convocando o poder público e a população. O governo federal mobilizou todos os órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais. Neste ano, diversas ações foram organizadas em parceria com outros órgãos e entidades, como a mobilização que contou com 220 mil militares das Forças Armadas; a mobilização nas escolas, que marcou o início do ano letivo com instruções aos alunos de como prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes; além da faxina promovida pelo Governo Federal com servidores públicos, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios públicos.

Além disso, estão em funcionamento 1.094 salas municipais e 27 salas estaduais de controle, que são coordenadas pela Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC), instituída em dezembro do ano passado pelo Governo Federal para organizar e coordenar as estratégias de combate ao Aedes aegypti.

Nas duas primeiras semanas de abril, terceiro ciclo da campanha contra o vetor, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já alcançaram 8,49 milhões de imóveis brasileiros. Foram 6,9 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 1,5 milhões de estabelecimentos que estavam fechados ou houve a recusa para acesso. Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

PREVENÇÃO - É importante destacar que, para combater o Aedes aegypti e os possíveis criadouros, é necessária a adoção de uma rotina com medidas simples para eliminar recipientes que possam acumular água parada. Quinze minutos de vistoria são suficientes para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito. Outras iniciativas de proteção individual também podem complementar a prevenção das doenças, como o uso de repelentes e inseticidas para o ambiente.
O Brasil tem um programa permanente de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, com ações compartilhadas entre União, estados e municípios, durante todo o ano. Além do desenvolvimento de ações de apoio a estados e municípios, responsáveis pela coordenação e execução destas ações, o Ministério da Saúde realiza a aquisição de insumos estratégicos, como inseticidas e kits de diagnósticos, para auxiliar os gestores locais no combate ao mosquito. Os recursos federais destinados ao combate ao mosquito Aedes aegypti cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão neste ano. Para 2016, a previsão é de um incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor chegará a R$ 1,87 bilhão. Além disso, foi aprovado no orçamento um adicional de R$ 500 milhões para o combate ao Aedes.

Por Amanda Mendes, da Agência Saúde


Anvisa participa de diálogo comercial com EUA

A Anvisa está participando da 14ª edição do Diálogo Comercial do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil (MDIC) com o Departamento de Comércio estadunidense (DoC). O diretor de Autorização e Registro Sanitário da Anvisa, Renato Porto, representa a Agência no evento que marca os dez anos do Diálogo Comercial. O espaço é um mecanismo de cooperação em matéria econômico-comercial entre os países, acolhendo demandas dos governos e do setor privado para parcerias em comércio e debate de interesses comuns em áreas como serviços, inovação e propriedade intelectual, padronização, indústria e investimentos.
A Anvisa foi convidada a participar das discussões sobre facilitação de comércio, que tem como objetivo identificar oportunidades de cooperação entre os governos, em parceria com seus respectivos setores privados, para reduzir formalidades aduaneiras e administrativas, contribuindo para a desburocratização e aprimoramento das operações de comércio exterior entre o Brasil e os EUA.
A participação da Agência em debates comerciais é importante para garantir a segurança e qualidade dos produtos sujeitos a vigilância sanitária em mercados internacionais. Levar a pauta às necessidades de controle do risco sanitário busca unir a capacidade regulatória da Anvisa com o objetivo da missão de criar facilidades comerciais acordadas entre governos. Ao mesmo tempo, a presença da Anvisa permite demonstrar o quanto a regulação brasileira está alinhada às exigências globais, apresentando, por fim, uma Agência forte no cenário internacional.
Além da agenda com o Departamento de Comércio, a missão inclui oportunidades de troca de informações com representantes do setor privado.

Fiocruz Bahia divulga o Relatório Anual 2015

A Diretoria da Fiocruz Bahia torna público o Relatório Anual de 2015. Com objetivo de divulgar e documentar as atividades, ações e metas alcançadas no período, o documento está dividido em seções que contemplam a Pesquisa, o Ensino, a Gestão Administrativa e os Prêmios e Homenagens, além de trazer uma retrospectiva dos principais eventos ocorridos na instituição no ano passado e uma entrevista com a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade. O Relatório 2015 destaca ainda a produção científica da Fiocruz Bahia e os avanços obtidos na produção do conhecimento e no desenvolvimento tecnológico.
Confira o relatório completo no site da Fiocruz Bahia.
Fonte: Fiocruz Bahia

Diretora do DDAHV participa de encontro de especialistas sobre gonorreia

Em tempos de resistência antimicrobiana, reunião pretende dar primeiro passo rumo a nova estratégia para abordar essa infecção sexualmente transmissível 

A diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV), Adele Benzaken, participa, nesta segunda e terça-feira (27/06 e 28/06), em Genebra, Suíça, de um encontro de especialistas para discutir as atuais necessidades de pacientes acometidos de gonorreia no mundo. Promovida pela Global Antibiotic Research and Development (GARD) Partnership, a reunião representa um primeiro passo rumo a uma nova estratégia para abordar essa infecção sexualmente transmissível num contexto global específico e muito atual: o da resistência antimicrobiana (RAM) ao tratamento de primeira linha para gonorreia. Hoje, diante da resistência generalizada à ciprofloxacina – introduzida na primeira década do novo milênio para substituir medicamentos que se tornaram obsoletos por meio da RAM –, o mundo enfrenta a iminente ameaça de a gonorreia se tornar intratável.

Assim, o encontro pretende identificar novas opções de medicamentos e tratamento para a gonorreia e obstáculos ao desenvolvimento de novos medicamentos, propondo soluções; e identificar formas de promover a pesquisa e o desenvolvimento nesse campo.

A reunião conta também com a presença da professora Maria Luiza Bazzo, da Universidade de Santa Catarina (UFSC) , pois o projeto brasileiro para detecção da resistência do gonococos é uma iniciativa da UFSC em parceria com o DDAHV.

GONORREIA – Em 2012, estima-se que 357 milhões de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis (e curáveis, como gonorreia, clamídia, sífilis e tricomoníase) tenham ocorrido em todo o mundo. Atualmente, o quadro é agravado por um fato: a rápida mudança na susceptibilidade antimicrobiana da Neisseria gonorrhoeae, desde a introdução dos antibióticos, criou desafios para o controle da infecção, levando à resistência generalizada e à perda de eficácia de antibióticos mais antigos e mais baratos. O mesmo pode ocorrer com as ciprofloxacinas de terceira geração – ainda recomendadas como tratamento de primeira linha para infecções gonocócicas.

GARD – A Global Antibiotic Research and Development Partnership (ou Parceria Global para a Pesquisa e Desenvolvimento de Antibióticos) é uma iniciativa conjunta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Drugs for Neglected Diseases Initiative (ou Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas/DNDi). Lançada em maio de 2016, a GARD pretende trabalhar em cooperação com os setores público e privado para desenvolver novos tratamentos com antibióticos que abordem a resistência antimicrobiana – promovendo a sua utilização responsável e garantindo o acesso equitativo a todos.

Fonte: Assessoria de Comunicação
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
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OMS Joint Meeting on Regulatory Guindace for Multisource Products With the Medicines Quality Assurance

ANA CAROLINA MOREIRA MARINO ARAUJO, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária, da ANVISA, participará da Reunião OMS Joint Meeting on Regulatory Guindace for Multisource Products With the Medicines Quality Assurance Group and The Prequalification of Medicines Team, em Copenhagen, Dinamarca, no período de 06/07 a 16/07/16, incluído o trânsito.

FABRICANTE DE ACELERADORES - VARIAN MEDICAL será inspecionada pela ANVISA em Salt Lake City - USA

JOSE ROMERIO RABELO MELO e MARIA ANGELA DA PAZ, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária, matrícula SIAPE nº 1492731, inspecionarão a empresa Varian Medical Systems, em Salt Lake City, EUA, no período de 23/07 a 30/07/16, incluído o trânsito.

BRUNO PEREIRA REZENDE SUBSTITUI THAÍSA GOIS FARIAS DE MOURA SANTOS LIMA do cargo de Chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde

GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA No - 1.229, DE 29 DE JUNHO DE 2016
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República,
resolve: Exonerar
THAÍSA GOIS FARIAS DE MOURA SANTOS LIMA do cargo de Chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde, código DAS 101.4, nº 01.0069, do Gabinete do Ministro.
RICARDO BARROS

PORTARIA No - 1.230, DE 29 DE JUNHO DE 2016.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 1.056, de 11 de junho de 2003, da Casa Civil da Presidência da República,
resolve: Nomear
BRUNO PEREIRA REZENDE, para exercer o cargo de Chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde, código DAS 101.4, nº 01.0069, do Gabinete do Ministro.
RICARDO BARROS

Psiquiatra defende capacitação de professores para identificar transtornos mentais

Bressan: Quando o professor entende melhor os transtornos, ele entende melhor os alunos e pode identificar problemas e orientar um encaminhamento

Uma em cada cinco pessoas no mundo sofre com algum tipo de transtorno mental, como depressão, esquizofrenia ou bipolaridade. Esses problemas atingem a população desde muito cedo, em 50% dos casos antes dos 14 anos de idade. 

A precocidade é justificativa para uma ideia que foi discutida nesta quarta-feira (29) na Câmara dos Deputados: a de capacitar professores em todo o País a lidar com alunos que deem sinais de algum problema de saúde mental, a fim de prevenir que se desenvolvam e até incapacitem pessoas para o estudo ou o trabalho.

Foi o que defendeu o psiquiatra e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Rodrigo Bressan. Coordenador do Projeto Cuca Legal, da universidade, que desenvolve pesquisas e programas junto a escolas no estado de São Paulo, Bressan participou do ciclo de palestras Educação em Debate, promovido pela Frente Parlamentar Mista da Educação, com apoio da Comissão de Educação da Câmara.
Segundo Bressan, os professores entram na história como agentes fundamentais nesse processo, por conviverem de perto com crianças e adolescentes e compará-los uns com os outros. “Quando o professor entende melhor [os transtornos], ele entende melhor os alunos. Com isso, ele pode identificar alunos que podem ter problema e orientar um encaminhamento. Podem também identificar gente que simplesmente tem um problema de comportamento, de aprendizado, em vez de déficit de atenção. Muitas vezes, essas coisas são confundidas”, defendeu.
Ele explicou que, identificado o transtorno, a pessoa pode ser encaminhada para um tratamento precoce e eficaz, que muitas vezes pode ser simples e se resumir a mudar o ambiente de estudo ou de trabalho ou mesmo a sessões de meditação ou psicoterapia, sem a necessidade de medicamentos.
O problema é que muitas vezes são os próprios professores que enfrentam problemas de saúde mental. Em São Paulo, 40% dos afastamentos de docentes são devidos a um transtorno psiquiátrico. Daí a importância, segundo Rodrigo Bressan, de falar mais abertamente sobre o assunto, envolvendo toda a sociedade. “Não se trata de loucura, são problemas de saúde tratáveis. A melhor estratégia para diminuir estigma é começar da base”, reforçou.
O coordenador da Frente da Educação, deputado Alex Canziani (PTB-PR), também defendeu a expansão de programas como o Cuca Legal para todo o Brasil. “Nós vamos falar com o Ministério da Educação e o da Saúde para que possamos fazer um grande programa voltado para o atendimento da escola e da sociedade como um todo”, disse.
PEC 170/15
Canziani é autor de uma proposta de emenda à Constituição (PEC 170/15) que determina que os concursos públicos passem a avaliar também o perfil emocional dos candidatos. “Hoje os concursos públicos avaliam provas e títulos. Mas eu acredito que a questão emocional tem um papel fundamental. Cada cargo tem um perfil diferenciado e, às vezes, a pessoa não tem o perfil para aquele cargo”, avaliou o parlamentar.

A PEC aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à admissibilidade.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Luciana Cesar

Agência Câmara Notícias

Pesquisa constata que produzir vacina contra o vírus zika é viável

Testes feitos em camundongos conseguiram 100% de êxito
       
Os primeiros avanços na luta para prevenir o zika começam a emergir, com a viabilidade de uma vacina tendo sido demonstrada pela primeira vez. Cientistas brasileiros e americanos testaram com sucesso em animais duas estratégias de imunização. Publicado na “Nature”, o estudo é importante porque a vacina é considerada a única forma realmente eficaz de proteger a população contra uma epidemia que já se espalha por 61 países. E uma outra vacina, em desenvolvimento no Instituto Evandro Chagas, em Ananindeua (Pará), deve começar a ser testada em macacos em novembro.

No estudo relatado na “Nature”, o grupo integrado por cientistas da USP e da Universidade de Harvard, nos EUA, testou duas formas de imunizar camundongos contra o zika. As duas obtiveram 100% de êxito. Isto é, os roedores não desenvolveram a doença ao serem infectados pelo zika em laboratório.

O estudo é o primeiro a empregar também a cepa brasileira do zika, originária do Nordeste. Ela foi isolada de um paciente na Paraíba pelo grupo do virologista Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas.

A primeira forma testada, mais convencional, foi usar o zika inativado para causar uma resposta do sistema de defesa dos roedores. A segunda foi obter a mesma resposta com uso de pedaços do material genético do vírus.

Um dos autores do estudo, Paulo Zanotto, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, diz que a meta era compreender os mecanismos da infecção pelo zika:

— Embora seja ciência básica, em fase inicial, a pesquisa é importante porque ainda se sabe pouco sobre os aspectos imunológicos do vírus.

VÍRUS DIFÍCIL DE SER INATIVADO
A primeira técnica oferece a vantagem de ser mais simples e, por isso, em tese, mais fácil de desenvolver. Esse tipo de vacina está em uso com sucesso contra a pólio e a encefalite japonesa. Todavia, o zika não tem se mostrado trivial. Ele não é fácil de inativar, salienta Zanotto. Tornar um vírus inativo é eliminar sua capacidade de se replicar dentro das células infectadas. Assim, ele serve para “ensinar” o sistema imunológico a reconhecê-lo como invasor e atacá-lo.

Zanotto explica que uma vacina desenvolvida a partir de pedaços de genes do vírus é vista como mais promissora. Esse imunizante é mais seguro e não pode causar doença, já que não há vírus nele. É um produto desse tipo que a equipe de Dan Barouch planeja testar em macacos em Harvard, numa segunda etapa do trabalho.

Barouch é um dos principais especialistas do mundo em vacinas contra retrovírus. Seu grupo desenvolveu e testa em pessoas uma vacina contra o HIV. Como a que se planeja criar contra o zika, ela é genética.

— Nosso grupo da USP focará no conhecimento da imunologia do zika. Estamos trabalhando agora com uma linhagem do vírus que isolamos em São Paulo — diz o pesquisador.

A equipe dele colabora com a do Instituto Butantan, que também busca criar uma vacina.
POR ANA LÚCIA AZEVEDO

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CSSF aprova obrigatoriedade de ginástica laboral no serviço público

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou, na terça-feira (28), proposta que obriga os órgãos e as entidades da administração pública federal (direta e indireta) a oferecerem, no próprio local de trabalho, atividades de ginástica laboral aos seus servidores.
Adelmo Carneiro Leão: ginástica laboral deverá ser conduzida por profissionais das áreas de fisioterapia, terapia ocupacional ou educação física
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT-MG) ao Projeto de Lei 6083/09, do deputado Luiz Couto (PT-PB).
O relator retirou a previsão do projeto original de pausa de, no mínimo, dez minutos a cada quatro horas de trabalho para os exercícios para quem realiza esforço físico repetitivo.
O texto aprovado estabelece três fases para a ginástica laboral – preparatória, compensatória e de relaxamento – que deverão ser adaptadas a cada ambiente de trabalho.
“As argumentações que justificam a adoção da ginástica laboral, como as do projeto, estão respaldadas no adoecimento do servidor, e não na prevenção e na promoção da educação para a saúde, como preconizado pelos objetivos maiores da ginástica laboral”, disse Leão.
Leão incluiu na proposta aprovada que a ginástica laboral deverá ser conduzida por profissionais das áreas de fisioterapia, terapia ocupacional ou educação física.
No trabalho
A proposta aprovada determina que as atividades de ginástica laboral sejam realizadas no local e no horário do trabalho, vedada a prorrogação da jornada de trabalho e posterior compensação do tempo de ginástica.

O texto original prevê que os períodos preenchidos pela ginástica serão contados como tempo efetivamente trabalhado. Dessa forma, a administração pública não poderá usar a participação na atividade como argumento para exigir, dos seus servidores, a prorrogação não remunerada da jornada de trabalho.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O texto foi aprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público em junho de 2010.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Newton Araújo

Agência Câmara Notícias

Ministro trabalha para recompor o orçamento da Saúde

Cerca de R$5,6 bilhões já foram descontigenciados em acordo com a equipe econômica do Governo
O ministro da saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quarta-feira (29) durante reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que conseguiu, junto à equipe econômica do Governo Federal, descontingenciar R$ 5,6 bilhões do orçamento da saúde. Os recursos vão compor os R$ 118 bilhões do orçamento de 2016. Haverá ainda um crédito de R$ 550 milhões para novos credenciamentos.
“Aprimorar a gestão e melhorar o financiamento é uma das minhas prioridades”, disse Barros ao apresentar as ações prioritárias da sua gestão. Uma de suas frentes de trabalho será o registro eletrônico de saúde, que fornecerá informações para tomada de decisão na gestão dos recursos da saúde. “Com o cartão SUS, que está quase pronto, o usuário também terá um retorno do que foi lançado pra ele. A informação é inimiga da fraude”, enfatizou. O ministro também pediu apoio aos secretários de saúde municipais para implementação do E-SUS.
À tarde, durante a reunião do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Ricardo Barros afirmou que priorizará o diálogo com o Conass, Conasems, Conselho Nacional de Saúde (CNS) e com as entidades representativas dos profissionais e academia.  “Tenho procurado ouvir muito para entender cada lado. De minha autoria nenhuma medida sairá sem ser pactuada”, garantiu.
OLIMPÍADAS - O Ministro reafirmou o compromisso com as Olimpíadas e o Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde é responsável por ações de vigilância em saúde, assistência à população, atenção aos visitantes e preparo para as diversas situações relacionadas à saúde.
Barros reafirmou o compromisso em colocar em funcionamento as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades Básicas de Saúde (UBS), ambulâncias e  equipamentos  comprados e não instalados.  
O ministro também reforçou a importância da participação dos brasileiros no Mais Médicos e informou que a OPAS já se comprometeu a recompor os profissionais que foram embora do país.

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