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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Força Nacional do SUS reforça atendimentos na Casai em Boa Vista

Profissionais confirmam relatos de abandono com a saúde entre o povo Yanomami e contam primeiras impressões da missão


- Foto: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/janeiro/forca-nacional-do-sus-reforca-atendimentos-na-casai-em-boa-vista

Por acaso um indígena não tem olhos, mãos, boca, não sente fome como todos nós? Essa livre adaptação de um trecho do julgamento na obra ‘O Mercador de Veneza’, de Sheakeaspeare, poderia ser usada para indagar porque o socorro ao povo Yanomami tardou tanto a chegar. Nesta terça-feira (24), os profissionais da Força Nacional do SUS começaram a reforçar o atendimento na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista (RR) e os relatos são de cenas de horror.

“A julgar pelo que vimos aqui, podemos dizer que toda a população Yanomami está doente. Até as pessoas que estão, aparentemente, saudáveis estão acometidas por um ou muitos problemas quando se faz um exame um pouco mais detalhado”, explica o médico Endrew Barroso, de 32 anos.

No dia a dia, Barroso é médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas nem a rotina de emergências preparou o profissional para o que ele encontraria nesta semana em Roraima. “Nesse primeiro momento buscamos entender a fundo o que podemos fazer com os recursos que temos disponíveis. Na maioria dos casos, se melhorarmos a causa primária (de adoecimento) as causas secundárias tendem a diminuir”, explica.

Como causa primária, o profissional fala de problemas que há muito tempo têm tratamento como, por exemplo, diabetes ou hipertensão. Além disso, a maioria dos indígenas avaliados nesta terça-feira estava com baixíssimo peso, mesmo os adultos.

Um dos casos acompanhado pela equipe de reportagem do Ministério da Saúde foi de uma jovem com idade aproximada entre 16 e 17 anos que pesava apenas 32 kg. O cenário se repetia em pessoas de idades diferentes, de aldeias diversas e com os mais variados tempos de permanência dentro da Casai.

Acompanhante vira paciente

Outra coisa que é corriqueira na rotina da Casai são pessoas que acompanhavam familiares doentes que acabam se tornando, eles mesmos, pacientes. Em outro atendimento presenciado pela equipe do MS, o senhor Opa, da região de Proapi/Waputo, reclamava de uma dor que a equipe de saúde não conseguia entender. É que além das dificuldades naturais em uma Emergência de Saúde Pública, a língua é uma barreira entre profissionais e pessoas atendidas.

A imensa maioria dos mais de 700 Yanomamis hoje na Casai não fala português, conversando apenas no idioma nativo deste povo originário. Dessa forma, Opa, cuja idade foi estimada em cerca de 70 anos, gesticulava por alguns minutos mostrando a barriga, o peito e o esôfago para apontar a dor que sentia. Como os tradutores da Casai estavam ocupados em outras consultas, passaram-se alguns minutos até que se descobrisse que não havia prontuário para aquele homem porque ele chegou à casa para acompanhar um familiar doente.

Por sorte, surgiu no grupo do paciente um homem que conseguia falar bem português e ajudou Barroso a traduzir a consulta. O septuagenário apontava que tinha dores no peito que não paravam. Foi quando o médico pode seguir com o ritual de preencher prontuário, fazer prescrição e dar instruções.

O dia, que no planejamento seria de levantar casos e dar alta a quem pudesse, acabou sendo mais tumultuado que a equipe esperava. Foram pelo menos cinco casos de urgência já neste primeiro contato, sendo duas suspeitas de malária e um parto presenciado por três voluntárias no meio da mata que circunda a Casai.

“O trabalho que estamos fazendo aqui é muito necessário, mas é apenas o começo de um projeto que precisa ser de longo prazo. É muito triste chegar a essa conclusão, mas, se continuássemos no ritmo em que estávamos, daqui há alguns anos não haveriam mais Yanomamis para contar história”, lamenta um médico fazendo um balaço de tudo o que presenciou neste dia.
 
Jéssica Gotlib
Ministério da Saúde

Ministério da Saúde vai distribuir 150 mil testes rápidos para enfrentamento à hanseníase

Com os novos testes disponíveis no SUS, o Brasil passa à vanguarda mundial no diagnóstico da doença


- Foto: Walterson Rosa/MS

A partir de fevereiro, o Ministério da Saúde dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio da medida foi feito durante a cerimônia de abertura do seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”, que ocorreu nesta terça-feira (24). A entrega dos testes coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.

Em sua fala, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância da iniciativa. “Hoje, o Ministério da Saúde anuncia a entrega dos testes que são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras. O teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná”, explicou a titular da pasta.

As unidades serão destinadas às pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença e serão de dois tipos: o teste rápido (sorológico) e o teste de biologia molecular (qPCR). Uma terceira modalidade, de biologia molecular (PCR), também será ofertada pelo SUS e vai auxiliar na detecção da resistência a antimicrobianos. As três tecnologias foram incluídas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença em julho do ano passado.

A ministra reforçou a importância de se combater a desinformação e o preconceito, de batalhar pela transversalidade de atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável. "Não é apenas a doença que é negligenciada, mas também as pessoas. Por isso esse seminário é tão importante. O esforço conjunto no combate à infeção é essencial para vencer uma doença que, historicamente, é carregada de estigma", comentou.

Sobre a importância da presença da sociedade civil no evento, Angélica Espinosa, representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), agradeceu às equipes da sociedade que trabalham contra a doença em conjunto com o Ministério da Saúde. “A atuação de vocês é muito importante", afirmou. Angélica também apontou que dar visibilidade à pauta é fundamental, não apenas para vencer a hanseníase, mas também para eliminar "o estigma e discriminação contra os pacientes".

Valorização dos profissionais

No evento, que segue até quinta-feira (26), também foi apresentado o resultado de vivências de sucesso no enfrentamento à infecção. Ao todo, a pasta selecionou, por meio do Edital de Mapeamento de Experiência Exitosas em Hanseníase, 10 dentre 52 inscritos para trazer visibilidade às ações bem-sucedidas ao SUS e estimular os profissionais que atuam na linha de frente.

O evento contou, ainda, com o lançamento do Painel Interativo de Indicadores - Hanseníase no Brasil, com acesso a dados da infecção, com base no levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os participantes do seminário também receberam os dados atualizados do Boletim Epidemiológico da Hanseníase 2023.

Tecnologia e informação

Outra novidade apresentada no seminário foi o AppHans, que será usado para a construção de uma política pública de maior acesso e com mais tecnologia. O objetivo do Ministério da Saúde é, com o aplicativo, oferecer conteúdo textual e visual para apoiar os profissionais de saúde no diagnóstico, tratamento, prevenção de incapacidade física e reações hansênicas. Durante o evento, os participantes conheceram a versão Beta do aplicativo e tiveram espaço para apoiar o MS com sugestões para consolidação das versões para Android e iOS, antes que a versão final seja disponibilizada para o usuário.

Estratégia nacional de enfrentamento

A perspectiva é que os estados fomentem a implantação do Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase (PCDT), com novos testes nos municípios, apoiados pela definição da linha do cuidado da doença e alinhada à adoção das ações propostas na Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030, de forma a possibilitar o alcance das metas, que são:

1. Reduzir em 55% a taxa de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos de idade até 2030 – levando em consideração o ano-base de 2019, 3,44 casos novos por 100.000 habitantes;

2. Reduzir em 30% o número absoluto de casos novos com Grau de Incapacidade Física 2 (GIF2) — quando o paciente apresenta lesões consideradas graves nos olhos, mãos e pés — no momento do diagnóstico de hanseníase até 2030 – levando em consideração o ano-base 2019, que registrou 2.351 casos novos com GIF2 no momento do diagnóstico;

3. Dar providência a 100% das manifestações sobre práticas discriminatórias em hanseníase registradas nas Ouvidorias do SUS.

Para além do Janeiro Roxo

Tradicionalmente, o mês de janeiro é destinado às ações e estratégias de enfrentamento à hanseníase e luta pelos direitos das pessoas infectadas. No entanto, o governo pretende que a pauta seja debatida durante todo o ano e, por isso, o compromisso de levar o diagnóstico, informações, cuidados e o tratamento aos pacientes. “A hanseníase tem cura! O Brasil não pode continuar com a triste referência de segundo país no mundo com maior número de novos casos da doença”, ressaltou, em outra oportunidade, Ethel Maciel, titular da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS).

A pasta aponta que nos últimos 11 anos, considerando a série histórica da taxa de detecção de 2010 e 2021, a hanseníase apresentou padrão de redução com pequenas mudanças no período de 2017 a 2019, o que pode ser associado ao fomento de capacitações dos profissionais da Atenção Primária à Saúde com a estratégia de busca ativa dos contatos e de casos suspeitos na comunidade, apoiados pela epidemiologia espacial.

Entre 2020 e 2021 ocorreu a maior redução da taxa de detecção geral, no entanto, o número pode estar relacionado aos efeitos da sobrecarga dos serviços de saúde e pelas restrições durante a pandemia da Covid-19. Vale lembrar que durante os dois primeiros anos de crise sanitária do Sars-CoV-2, os diagnósticos da doença reduziram cerca de 35%.

Brasil sem hanseníase

A Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030 apresenta a visão de um Brasil sem a doença. Para tanto, é encorajado e apoiado que os 75,03% dos municípios do país com casos notificados no período de 2015 e 2019 intensifiquem as ações de enfrentamento, buscando envolver os setores de saúde, educação social, bem como incentivo aos 24,97% dos municípios que não apresentaram casos a adotar medidas específicas para aprimoramento da vigilância em saúde e para a prevenção de incapacidades físicas decorrentes da hanseníase. O documento parte de uma construção tripartite, com a participação de diferentes entidades do setor, e busca apoiar as ações de luta contra a hanseníase.

Participantes

O evento contou com a participação de coordenadores estaduais de programas de hanseníase, centros de referência, pesquisadores da doença, movimentos sociais e sociedades médicas. Além das importantes entidades do setor, o Ministério da Saúde também recebeu, como convidados especiais, os representantes do Programa Global de Hanseníase, da Organização Mundial da Saúde, e representante da Parceria Global para Zero Hanseníase (GPZL).

O que é a doença?

Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infecciosa e de evolução crônica, que atinge principalmente os nervos periféricos, a pele e as mucosas. A infecção pode causar lesões neurais, danos irreversíveis e depende de um diagnóstico precoce para evitar o desenvolvimento de sequelas.

Em 2022, mais de 17 mil novos casos foram diagnosticados no país, segundo levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde. Devido à alta quantidade de registros anuais, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública e a pasta estabelece como medida obrigatória o aviso compulsório e investigação dos casos suspeitos.

Edis Henrique Peres
Ministério da Saúde

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Com emergência de saúde em território Yanomami, inscrições para Força Nacional do SUS aumentam em mais de 700%

Situação dramática de indígenas mobiliza voluntários, para colaborar com os trabalhos coordenados pelo governo federal


- Foto: Júlia Prado/MS

Agrave situação de crise humanitária vivida pela população indígena Yanomami, revelada no último fim de semana pela atual gestão do governo federal, mobiliza não apenas a opinião pública, como milhares de profissionais de saúde que, rapidamente, reforçaram o cadastro da Força Nacional do SUS. Os inscritos, que até dezembro do ano passado estavam em 2.502, tiveram um acréscimo de mais de 700% no número de voluntários. Somente entre domingo (22) e esta segunda-feira (23), mais de 19,4 mil profissionais se cadastraram no banco de voluntários da FN-SUS.

Agora, são mais de 20,1 mil trabalhadores que poderão atuar na promoção da saúde e dignidade desses povos originários do país.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, desde os trabalhos da equipe de transição, haviam denúncias da situação de abandono e desassistência, o que foi confirmado pelo trabalho de servidores do Ministério da Saúde destacados para fazer o levantamento do quadro, considerado grave o suficiente para que o governo federal decretasse Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, semelhante a uma epidemia.

Com a divulgação dos casos de desnutrição e doenças, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, se mobilizaram. “Isso revela a dramaticidade da situação e o compromisso dos trabalhadores da saúde, principalmente os do SUS, que são a maioria na Força”, destaca Nilton Pereira Júnior, diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência (Dahu) da pasta.

O gestor acrescenta que, ainda nesta segunda (23), o primeiro grupo de resposta da FN-SUS, composto por 12 profissionais, entre médicos pediatras, emergencistas e clínicos, além de enfermeiros e nutricionistas, foi enviado a Boa Vista (RR). O reforço atuará na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) e no hospital de campanha, que está sendo preparado pelo Exército Brasileiro para combater a superlotação enfrentada pelo espaço que deveria ser de acolhimento.

Sobre a necessidade de mobilizar mais voluntários, o diretor é estratégico. “No momento, há profissionais do Exército, de secretarias do ministério e a Força Nacional, reforçando os atendimentos”, explica. Além disso, ele afirma que será feito um plano de cuidado e, estando no local, será possível estimar quantos e quais outros profissionais serão necessários.

“Temos um cadastro permanente de voluntários que podem se inscrever a qualquer tempo, mas quando acontece uma grande tragédia ou emergência, há uma mobilização maior. Isso é bom, porque precisamos de muita gente, não só pelas demandas, mas pelas equipes que, normalmente, podem ficar entre 10 e 14 dias, então é preciso revezar. Faremos novas seleções, conforme as necessidades que identificarmos”, garante.

FN-SUS

A Força Nacional do SUS é um programa do Sistema Único de Saúde que mobiliza diferentes atores de saúde para prestar assistência em graves crises, quando a capacidade de resposta do estado ou município está esgotada.

Juliana Oliveira
Ministério da Saúde

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Cooperação internacional: Ministério da Saúde e OPAS irão trabalhar juntos para fortalecer o SUS

Ministra da Saúde e representante da organização internacional se encontraram para debater vacinação e outras ações prioritárias


Foto: Julia Prado/MS

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reuniu-se nesta quinta-feira (19), com a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross, para alinhar ações prioritárias da nova gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) com a organização internacional. Foi o primeiro encontro oficial para discutir agendas de cooperação.

Na reunião, foram debatidas estratégias para a vacinação contra a Covid-19 e outras doenças, como a poliomielite e o sarampo, formação de recursos humanos por meio de programas de imersão, vigilância, além de cooperações sobre bancos de leite humano, dos quais o Brasil possui a maior e mais complexa rede do mundo.

“Os indicadores de mortalidade materna, saúde indígena, diagnósticos e tratamento de câncer são exemplos de temas que nos preocupam”, destacou Nísia, no encontro. A ministra também manifestou interesse em dialogar sobre produção de insumos estratégicos para fomentar o desenvolvimento tecnológico no Brasil.

Estratégia de cooperação

Na reunião com a representante da Opas, Socorro Gross, a ministra também recebeu um exemplar da Estratégia de Cooperação do País 2022-2027 Brasil. O documento elenca planos de desenvolvimento e prioridades estratégicas. Os principais são:

  • Proteger e promover a saúde da população, centrada nas pessoas, famílias e comunidades, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade;
  • Recuperar, melhorar e tornar mais forte os serviços de saúde e os programas prioritários impactados pela pandemia da Covid-19;
  • Contribuir ao desenvolvimento de um SUS mais resiliente, equitativo e eficaz, de acordo com as necessidades de saúde da população;
  • Impulsionar a pesquisa, a inovação e a geração de conhecimentos científicos e tecnológicos em saúde, incluindo aqueles voltados à pesquisa, ao desenvolvimento e à produção de medicamentos, fitoterápicos e produtos tradicionais em saúde, vacinas, biotecnológicos e tecnologias em saúde;
  • Reforçar a prevenção, a preparação, a resposta oportuna e a recuperação nas emergências e nos desastres, com a participação das comunidades afetadas.

Veja aqui o documento na íntegra.

Nathan Victor
Ministério da Saúde

Ana Estela Haddad destaca o fortalecimento de uma política de saúde digital mais acessível

Em agenda com o CNS, secretária defendeu aproximação e alinhamento de ações para 2023


Foto: Divulgação/MS

A secretária da Informação e Saúde Digital (Seidigi) do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, recebeu nessa quinta-feira (19) o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, e a secretária-executiva do CNS, Ana Carolina Dantas, para tratarem sobre agenda de aproximação e alinhamento das ações para 2023.

Estela Haddad ressaltou a importância do controle social e falou sobre o olhar atento que a Seidigi pretende dar a gestores, trabalhadores e usuários, em especial, no fortalecimento de ações que ampliem o letramento e o acesso digital, de forma a reduzir desigualdades. Destacou, ainda, a estrutura da recém-criada secretaria, bem como sua abrangência.

“Vamos ter três departamentos no Seidigi: o Datasus; o Departamento de Monitoramento, Avaliação de Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas) e o Departamento de Saúde Digital e Inovação. A ideia é que a gente possa ter uma política de saúde digital que dê sustentação às principais áreas estratégicas e demais políticas do Ministério da Saúde", afirmou a secretária.

O presidente do CNS, Fernando Pigatto, reforçou a importância da nova secretaria na promoção do acesso igualitário à saúde pública e para todas as pessoas. “É uma secretaria estratégica e desafiadora”, destacou, ao convidar Ana Estela Haddad para agendas conjuntas no CNS, em fevereiro.

Ministério da Saúde

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Ministério da Saúde garante 90% dos transplantes de órgãos pelo SUS

Dono de uma rede transplantes reconhecida mundialmente, Brasil também ocupa terceiro maior banco de doadores de medula óssea

Com 45,5 mil procedimentos feitos nos dois últimos anos, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde que também assegura que 90% das cirurgias atendam à rede pública. Um trabalho que depende de campanhas educativas e de sensibilização, além da coordenação de uma rede de centrais de transplante que corre contra o tempo para atender quem aguarda pela cirurgia.

O sistema integra as secretarias de saúde de todos os estados e municípios, em uma estrutura coordenada para centralizar a notificação de doações, captações e logística adequada dos órgãos e tecidos disponibilizados para transplantes. Atualmente, além da Central Nacional de Transplantes, há 27 estaduais, além de 625 hospitais; 1.208 serviços; 1.559 equipes de transplantes autorizadas; 78 organizações de procura por órgãos; 516 comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplantes; 50 bancos de tecidos oculares; 13 câmaras técnicas nacionais; seis bancos de multitecidos; além de 45 laboratórios de histocompatibilidade.

Para incentivar a população sobre a importância da doação de órgãos e conscientizar os profissionais de saúde preparados, o Ministério da Saúde lança, todos os anos, a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. Neste ano, a campanha teve como tema Amor para superar, amor para recomeçar.

Informações centralizadas

De acordo com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do início do ano até o momento, o país realizou mais de 22 mil transplantes. Em 2021, foram feitos mais de 23,5 mil procedimentos, desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros. Já em 2020, 17.666 foi o número total de cirurgias, no qual 7.436 foram de órgãos sólidos, 7.348 de córneas e 2.882 de medula óssea.

Em 2022, a Pasta também apresentou uma ferramenta de avaliação e visualização de dados referente ao cenário atual da lista de espera e dos transplantes de órgãos realizados neste ano, com objetivo de promover maior conscientização e também apoio a decisões sobre a doação de órgãos e medula óssea pelos gestores do SNT.

Os painéis contêm informações de lista de espera e de transplantes de órgãos realizados durante o ano, até o momento, com atualização diária. Assim, o público pode visualizar a quantidade de pessoas que aguardam por um órgão para realização do transplante na última data de compilação dos dados. No painel, é possível visualizar a quantidade de pacientes aguardando pelo tipo de órgão, modalidade de transplante e por estado.

Rede de solidariedade

Outro trabalho importante coordenado pelo Ministério da Saúde é quanto à doação de medula óssea. O Brasil possui, atualmente, mais de 5,5 milhões de pessoas cadastradas no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Trata-se do terceiro maior banco de doadores do mundo e abrange cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. Por isso, a importância dos doadores manterem os dados do cadastro atualizados. Quando um voluntário é compatível com quem está aguardando o transplante, cada minuto importa e é essencial que o contato seja feito o mais rápido possível.

Como parte de uma rede de cooperação internacional, o Redome permite a realização de transplantes de medula óssea em pacientes no Brasil e, também, em outros países. Os doadores podem ser convocados até mesmo anos depois do cadastro, conforme a demanda.

A atualização do cadastro é realizada diretamente pelos doadores, em uma área disponível no site do Redome ou através do aplicativo da rede (disponível para Android e IOS). Ainda como forma de fidelização, o registro proporciona aos doadores cadastrados a “carteirinha do doador”, em formato virtual, que fica disponível no aplicativo.

Ministério da Saúde

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Ministério da Saúde assina protocolo para acordo inédito de incorporação do medicamento para AME

Onasemnogeno abeparvoveque, conhecido como Zolgensma, foi incorporado ao SUS para crianças com até seis meses de idade

Foto: Julia Prado/MS


O Ministério da Saúde assinou, nesta quarta-feira (14), protocolo de intenções para elaboração do acordo de compartilhamento de risco no processo de incorporação do onasemnogeno abeparvoveque, o Zolgensma. Esse é o mais recente medicamento incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) do tipo 1.

Dessa forma, o Governo Federal lança uma nova política de incorporações de medicamentos, ampliando ainda mais o acesso e a disponibilização de novas tecnologias ao sistema público de saúde. É o primeiro acordo de acesso gerenciado que será feito o pagamento parcelado e pela performance, ou seja, pelo resultado da terapia.

O medicamento incorporado é indicado para o tratamento de crianças com AME do tipo I, com até seis meses de idade, que estejam fora de ventilação invasiva acima de 16 horas por dia. A estimativa é que cerca de 400 crianças estejam em tratamento atualmente.

"A assistência às pessoas com AME é uma das pautas mais legítimas que temos. Somente em atenção a essa condição de saúde, nós incorporamos as três principais alternativas terapêuticas", destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ato de assinatura do protocolo contou com a presença de Laíssa Guerreira, jovem atleta paralímpica de bocha e ativista dos direitos das pessoas com AME. "Este é um momento que ficará marcado para as pessoas da comunidade AME. É um legado. Surge uma esperança em saber que os novos bebês não vão precisar passar pelo que passei na minha primeira infância", afirmou, emocionada.

A fabricante só receberá as parcelas subsequentes após o primeiro ano da infusão se a criança atingir os marcos motores (ganho igual ou superior a 4 pontos na escala Chop-intend) e a manutenção deles ao final do quarto e quinto ano. O pagamento foi definido em cinco parcelas anuais, de 20% do valor cada, conforme os resultados esperados. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu o preço do medicamento em R$ 6,4 milhões e o valor proposto para a incorporação ao SUS foi de R$ 5,7 milhões.

Confira no quadro abaixo, em detalhes, o acordo de acesso gerenciado:


Processo de incorporação

O onasemnogeno abeparvoveque passou pela avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec) e por consulta pública - mais de 1,2 mil participantes enviaram contribuições. A doença genética ultrarrara, que afeta o neurônio motor espinhal, já possui dois medicamentos incorporados ao SUS: nusinersena e o risdiplam, ambos de uso contínuo.

O Zolgensma deve estar disponível no SUS em até 180 dias e também deve ser incluído no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) dentro do mesmo prazo. Desde o início de 2019, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 3,8 bilhões no tratamento de doenças raras.

Nathan Victor
Ministério da Saúde

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Em simpósio internacional, Ministério da Saúde debate vacinação contra Covid-19

Especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, participaram do encontro em Brasília (DF)


Laudemiro Bezerra/MS

O ministério da Saúde reuniu diversos especialistas, nesta segunda-feira (12), na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília (DF), para discutir a política de vacinação contra a Covid-19. Durante o encontro, temas como o uso de vacinas monovalentes e bivalentes como reforço, grupos-alvo para doses de reforço e intervalos de aplicação, vacinação pediátrica primária e de reforço e efeitos adversos das vacinas atuais foram debatidos.

“Tivemos uma discussão muito produtiva hoje onde diversos aspectos em relação à vacinação contra a Covid-19 foram tratados por verdadeiros especialistas no tema, pessoas que tem uma longa trajetória seja na realização de pesquisas, seja na realização de ensaios clínicos, seja na elaboração de políticas públicas relacionadas à vacinação. Hoje as vacinas são a principal política de saúde pública para promovermos a saúde global”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Dentre os presentes na reunião, estavam os especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido: David Salisbury, representante do Centro de Segurança Global de Saúde; Georg Hollander, do Departamento de Pediatria e professor de Developmental Medicine; Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group; Sarah Gilbert, professora de vacinologia e Sue Ann Costa Clemens, diretora do Vaccine Group Oxford-Latin America.

Eles debateram as últimas pesquisas sobre os efeitos da vacinação em diferentes países do mundo e citaram estudos que podem indicar os impactos da imunização nos próximos anos, além da importância das doses de reforço para os públicos que já podem se vacinar. Eles reforçaram que, enquanto os estudos sobre os impactos e custo-benefício da vacina bivalente estão em desenvolvimento, os imunizantes monovalentes já disponíveis no Brasil são eficazes, seguros e previnem casos graves e óbitos pela Covid-19.

Até o momento, o Ministério da saúde investiu cerca de R$ 38 bilhões na campanha de vacinação contra a Covid-19. A pasta já distribuiu mais de 568 milhões de doses de vacina para todos os estados e o Distrito Federal.

“Nós adotamos uma estratégia diversificada para oferta de vacina para a nossa população. Efetivamos uma transferência de tecnologia com a AstraZeneca e Universidade de Oxford e hoje a Fiocruz já consegue produzir essa vacina com IFA nacional. O Brasil tem autonomia para produzir a partir da nossa Fiocruz”, pontuou o ministro.

Marco Guimarães
Ministério da Saúde

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Governo Federal sanciona lei que prevê repasse de até R$ 2 bilhões para entidades filantrópicas

Recursos têm objetivo de contribuir para a sustentabilidade econômica das instituições e para a manutenção dos atendimentos

Os hospitais filantrópicos e santas casas que atuam de forma complementar junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) poderão receber repasse de até R$ 2 bilhões até o fim de 2023. O recurso foi estabelecido com a sanção de lei nesta quinta-feira (8) pelo Governo Federal.

“Com isso, contribuímos para a sustentabilidade econômico-financeira das instituições e na continuidade dos serviços a quem precisa”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O crédito será destinado em até 30 dias depois da data de publicação dos parâmetros para utilização dos recursos. Os valores serão recebidos mesmo que as entidades possuam pendências com tributos e contribuições - exceto dívidas com a seguridade social.

Os recursos servirão para a manutenção dos atendimentos e serviços de emergência. O repasse dos recursos será feito por meio dos fundos de saúde estaduais, distrital ou municipais com os quais as instituições filantrópicas estejam conveniadas.

Nathan Victor
Ministério da Saúde


quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Ministério da Saúde promove I Seminário Internacional de Avaliação de Impacto de Pesquisas em Saúde

Pesquisadores e gestores vão debater os desafios enfrentados e soluções idealizadas para o alcance de uma ciência consciente do seu papel social

O Ministério da Saúde realiza, nesta quarta e quinta-feira (7 e 8/12), o I Seminário Internacional de Avaliação de Impacto de Pesquisas em Saúde. O evento vai reunir centros de pesquisa, agências de fomento e pesquisadores-chave no campo da avaliação de impacto de pesquisa no Brasil e em outros centros do mundo. Será on-line e gratuito, mediante inscrição prévia.

O intuito é promover o diálogo entre pesquisadores e gestores, estimular a troca de experiências nacionais e internacionais na temática, particularmente em relação às políticas de saúde, ao tempo em que se dissemina a abordagem para um público mais amplo.

Ao longo desses dois dias, pesquisadores e gestores da Catalunha, Inglaterra, Holanda e de vários órgãos e instituições do Brasil, voltados ao desenvolvimento científico e tecnológico, vão debater os desafios enfrentados e soluções idealizadas para o alcance de uma ciência cada vez mais consciente do seu papel social.

"Em todo o ciclo das políticas públicas, a ciência exerce um papel inovador, propondo soluções mais oportunas e confiáveis, fornecendo os subsídios para uma saúde pública de melhor qualidade e equidade”, disse Daniela Fortunato, coordenadora-geral de Evidências em Saúde do Departamento de Ciência e Tecnologia (SCTIE/MS).

Clique aqui e inscreva-se!

Ministério da Saúde

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Exposição Nanoarte agora é virtual; saiba como acessar

Mostra esteve por dois meses no túnel do Ministério da Saúde, em Brasília (DF)

De setembro a novembro, o Ministério da Saúde apresentou a exposição Nanoarte, no túnel de ligação entre os edifícios Sede e Anexo do órgão, em Brasília (DF). Quem não teve a oportunidade de visitar pessoalmente, poderá conhecer pelo tour virtual.

A mostra, de autoria do Centro Cultural do Ministério da Saúde (CCMS), foi um convite aos interessados em ciência, tecnologia e arte para mergulharem no universo de uma expressão artística recente, oriunda da nanotecnologia, a nanoarte, caracterizada pelos trabalhos feitos com materiais em escala nanométrica. Para se ter uma ideia de quanto vale 1 nanômetro, precisaríamos dividir 1 centímetro em dez milhões de vezes.

Thiago Grisólia, produtor cultural do CCMS e um dos curadores da exposição, convida para uma visita por todo o material que compôs a mostra, dando detalhes sobre sua concepção e explicando de que maneira os mundos da arte, ciência e tecnologia se confluem.

Faça o tour virtual - Acesse aqui

Ministério da Saúde

Ministério da Saúde abre consulta pública sobre incorporação de vacina da Pfizer para crianças de 6 meses a menores de 5 anos

Manifestações podem ser enviadas à Conitec a partir desta terça-feira (6)

O Ministério da Saúde abre, a partir desta terça-feira (6), consulta pública sobre incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) da vacina da Pfizer para a imunização de crianças de 6 meses a menores de 5 anos contra a Covid-19.

As manifestações podem ser enviadas até 15/12, pelo site da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). O período de contribuição terá duração de dez dias devido à relevância do tema e qualquer pessoa pode participar. Essa etapa faz parte de todos os processos de incorporação analisados pela Comissão.

Atualmente, no caso da faixa etária entre 6 meses e menores de 3 anos, a vacina da Pfizer é recomendada para as crianças com comorbidades.

A Conitec deu recomendação preliminar favorável à incorporação. Após a consulta pública, o tema volta para a Comissão para o parecer final.

Nathan Victor
Ministério da Saúde

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Vigilância entomológica e controle do Aedes Aegypti serão temas de webinário

Evento promovido pelo Ministério da Saúde será dia 3 de novembro, a partir das 10h

Orientações para Vigilância Entomológica e Controle do Aedes Aegypti são temas de um webinário do Ministério da Saúde, voltado para gestores e técnicos das secretarias estaduais e municipais de saúde e público em geral. O evento será nesta quinta-feira (3) a partir das 10h.

O objetivo é orientar profissionais das secretarias ligadas à saúde para o planejamento de atividades de vigilância entomológica e controle do Aedes.
Neste período do ano, ocorre a preparação para intensificação das atividades de vigilância e controle das arboviroses, em razão do aumento do risco de transmissão.

O webinário apresentará orientações para vigilância entomológica e controle dos mosquitos, transmissores das arboviroses de circulação urbana. Os participantes poderão elaborar perguntas no chat.

A coordenadora substituta da Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGARB-SVS), Liana Blume, participa da abertura. O tema Orientações para Vigilância Entomológica do Aedes será apresentado pela bióloga do CGARB Poliana Lemos. Já Orientações para Controle do Aedes será o tema do também biólogo da CGARB José Braz. A moderação será de Angela Lins, da CGARB.

O webinário pode ser acompanhado pelo site webinar.aids.gov.br.

Ministério da Saúde

Novembro Azul: Ministério da Saúde reforça cuidados com saúde do homem

Objetivo é sensibilizar e conscientizar a população masculina em relação aos cuidados com a saúde e prevenção de doenças


O mês de novembro é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de próstata, que é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). A partir desta terça-feira (1º), o Ministério da Saúde irá abordar, ao longo do mês, a saúde do homem como um todo, reforçando a importância dos cuidados, prevenção do câncer de próstata e doenças em geral e incentivando os homens a buscarem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde espalhadas pelo Brasil, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. O SUS oferece tratamento em hospitais habilitados em oncologia, incluindo exames clínicos, procedimentos cirúrgicos e tratamentos, como prevê a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC).

Dentre os exames estão: biopsia de próstata, ultrassonografia de próstata por via abdominal, ultrassonografia de próstata (via transretal) e a dosagem de antígeno prostático especifico. Entre os exames para diagnóstico estão ainda exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos.

O “Novembro Azul”

A iniciativa internacional “Novembro Azul” teve origem na Austrália no ano de 2003 e foi comemorado no Brasil pela primeira vez em 2008. O Novembro Azul tem como objetivo sensibilizar e conscientizar a população masculina em relação aos cuidados com a saúde e a importância da realização dos exames de prevenção contra o câncer de próstata. O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata é no dia 17 de novembro.

Ministério da Saúde

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Inscrições para residência médica do INTO encerram no dia 31 de outubro

Processo seletivo será composto por uma prova escrita e outra oral

Candidatos interessados nos programas de residência médica do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) têm até o dia 31 de outubro para realizar inscrição. As vagas disponíveis são destinadas para os cursos de Cirurgia da Mão e Ortopedia e Traumatologia. O ingresso dos alunos está previsto para o próximo ano.

Os processos seletivos serão compostos por uma prova escrita - com caráter eliminatório e classificatório - e outra oral, que vão definir os participantes com melhor desempenho.

O edital com as informações e requisitos de participação está disponível no site oficial do INTO. A documentação de inscrição deve ser encaminhada para o e-mail residenciamedica@into.saude.gov.br entre 9h e 15h.

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (21) 2134-5000 / 2134-5155 / 2134-5456.

Ministério da Saúde

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

QualiSUS Cardio: Ministério da Saúde habilita 191 hospitais no programa

Portaria publicada nesta sexta-feira (30) avalia o desempenho assistencial dos hospitais na alta complexidade cardiovascular no SUS

Aportaria que habilita os 191 hospitais para o programa QualiSUS Cardio foi publicada nesta sexta-feira (30), no Diário Oficial da União (DOU). O anúncio dos hospitais habilitados no programa que monitora a qualidade da assistência cardiovascular no Sistema Único de Saúde (SUS) foi feito nessa quinta-feira (29) durante o seminário promovido pelo Ministério da Saúde no Dia Mundial do Coração.

Acesse aqui a lista completa dos hospitais habilitados.

Instituído em maio de 2022, o QualiSUS Cardio é um avanço no modelo de financiamento da atenção especializada, incorporando o desempenho como critério fundamental para o custeio diferenciado. Os hospitais que prestam assistência cardiovascular habilitados no programa devem atingir metas estabelecidas por índice baseado em modelo de análise multicritéro.

“Doenças cardiovasculares são um dos principais problemas de saúde pública. São mais de 18 milhões de óbitos no mundo e merecem uma atenção especial dos gestores públicos”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante o evento dessa quinta (29).

O 1º ciclo do programa avaliou os 191 estabelecimentos de saúde pré-classificados no âmbito da alta complexidade cardiovascular a partir de indicadores relativos ao volume, qualidade e complexidade da assistência ofertada, estabelecendo custeio diferenciado condicionado ao desempenho.

O programa estabeleceu, em 4 níveis, a classificação dos Centros de Saúde conforme o desempenho de cada um:
- Hospitais Nível A - receberão custeio adicional de 75% no valor da tabela;
- Hospitais Nível B - receberão custeio adicional de 60% no valor da tabela;
- Hospitais Nível C - receberão custeio adicional de 45% do valor da tabela;
- Hospitais Nível D - receberão custeio adicional de 30% do valor da tabela.

A cada dois anos, será realizada uma nova classificação dos níveis de todos os hospitais integrantes do programa.

Giurla Martins
Ministério da Saúde

Cuidados com a Saúde da Mulher são tema de curso gratuito para profissionais da área

Inscrição para capacitação on-line vai até 30 de novembro na plataforma UNA-SUS

Prossegue até dia 30 de novembro o prazo para matrículas no curso “Saúde da Mulher”, oferecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde. A capacitação reúne 60 horas-aula em quatro módulos: saúde integral da mulher & SUS, cuidados da mulher na atenção básica, protocolos de cuidado das mulheres e casos clínicos e avaliação.

O curso on-line está disponível na plataforma UNA-SUS e é oferecido pela Universidade Federal de São Paulo em parceria com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério. A oferta educacional é voltada para profissionais que atuam nas áreas da Saúde.

Para saber mais, clique aqui.

Ministério da Saúde

terça-feira, 4 de outubro de 2022

População idosa tem direito à atenção integral à saúde

Modelo de atenção à saúde é voltado para o cuidado e não para a doença


O envelhecimento populacional é uma realidade. Dados do IBGE, de 2020, apontam que os idosos representam 14,3% da população total do País. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa orienta um modelo de saúde voltado para o cuidado e não para doença, com foco na recuperação, permanência, promoção da autonomia e independência. Isso significa que o cerne das ações de saúde deve ser direcionado para rastrear as principais necessidades de saúde dessa população, a partir de vários aspectos analisados, como estado clínico, capacidade funcional e psicossocial.

Entre as prerrogativas asseguradas no Estatuto da Pessoa Idosa está a da saúde. Conheça os direitos garantidos:

  • Atenção integral à saúde da pessoa idosa, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente as pessoas idosas;
  • Direito a acompanhante em caso de internação ou observação em hospital;
  • Direito de exigir medidas de proteção sempre que seus direitos estiverem ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade, do Estado, da família, de seu curador ou de entidades de atendimento;
  • Desconto de pelo menos 50% em ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer;
  • Gratuidade no transporte coletivo público urbano e semiurbano, com reserva de 10% dos assentos, que deverão ser identificados com placa de reserva;
  • Reserva de duas vagas gratuitas no transporte interestadual para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos e desconto de 50% para os idosos que excedam as vagas garantidas;
  • Reserva de 5% das vagas nos estacionamentos públicos e privados;
  • Prioridade na tramitação dos processos e dos procedimentos na execução de atos e diligências judiciais;
  • Direito de requerer o Benefício de Prestação Continuada (BPC) a partir dos 65 anos de idade, desde que não possua meios para prover sua própria subsistência ou de tê-la provida pela família;
  • Direito de 25% de acréscimo na aposentadoria por invalidez (casos especiais);
  • Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos devem ser objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como devem ser obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial; Ministério Público; Conselho Municipal do Idoso; Conselho Estadual do Idoso; Conselho Nacional do Idoso.

Para qualificar a atenção à saúde da população idosa, o Ministério da Saúde publicou o documento “Orientações Técnicas para a Implementação de Linha de Cuidado para Atenção Integral à Saúde da pessoa Idosa no Sistema Único de Saúde- SUS”. A obra tem como objetivo orientar gestores dos estados e municípios sobre a construção e implementação de uma linha de cuidados para a população idosa. Nessa proposta, o cuidado é planejado e direcionado de acordo com as necessidades, capacidade funcional, características culturais e sociais de cada indivíduo.

Série: longevidade

Durante a primeira semana do mês de outubro, em razão do Dia Internacional das Pessoas Idosas e do Dia Nacional do Idoso, o Ministério da Saúde divulga uma série de conteúdos sobre longevidade e o envelhecimento saudável. Acompanhe.

Fran Martins
Ministério da Saúde

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Ministério da Saúde incorpora novos medicamentos ao programa Farmácia Popular

Os remédios atuam principalmente no controle de doenças cardiovasculares, diabetes e insuficiência cardíaca


O Ministério da Saúde irá incorporar cinco novos medicamentos ao Programa Farmácia Popular do Brasil. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante o simpósio realizado pela Pasta sobre o Dia Mundial do Coração e doenças cardiovasculares. Essa é a primeira incorporação de novos remédios no programa desde 2011.

Os novos medicamentos são direcionados, principalmente, para o controle de doenças cardiovasculares, diabetes e insuficiência cardíaca. Os remédios ficarão disponíveis para a população em 30 dias após a publicação da portaria no Diário Oficial da União (DOU), prevista para ser publicada nesta sexta-feira (30).

A estimativa é que 2,7 milhões de pessoas sejam beneficadas com os novos medicamentos incorporados. Saiba quais são:

- Besilato de Anlodipino 5 mg (hipertensão arterial/gratuidade)
- Succinato de Metoprolol 25 mg (hipertensão arterial/gratuidade)
- Espironolactona 25 mg (hipertensão arterial/gratuidade)
- Furosemida 40 mg (hipertensão arterial/gratuidade)
- Dapagliflozina 10 mg (diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular/modalidade de copagamento)

Farmácia Popular

O Famácia Popular é um dos principais programas para distribuição de medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e atende mais de 20 milhões de brasileiros.

Atualmente, o programa conta com mais de 30 mil farmácias credenciadas, distribuídas em 4.397 municípios. Entre 2018 e 2021, a quantidade de medicamentos distribuídos aumentou de 13,8 bilhões para 14,3 bilhões de unidades. Até junho deste ano, mais de 7,2 bilhões de remédios já foram entregues para a população brasileira.

Ministério da Saúde

No Dia Mundial do Coração, Ministério da Saúde promove simpósio sobre inovação, tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares

Doenças apresentam causas múltiplas, se desenvolvem lentamente ao longo da vida e, na maioria das vezes, de forma silenciosa e assintomática


- Foto: Walterson Rosa/MS

No Dia Mundial do Coração, nesta quinta-feira (29), o Ministério da Saúde promoveu um seminário para debater as doenças que são as maiores causas de morte no Brasil. Especialistas de várias áreas debateram diversos temas sobre o assunto, desde prevenção, até tratamento e inovações na cardiologia.

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou que as doenças cardiovasculares merecem uma atenção especial por parte dos gestores públicos. “Sempre houve essa necessidade e agora que vivemos o período pós pandêmico onde, muitas vezes, os cuidados, desde a atenção primaria a atenção especializada da saúde, foram relativizados é necessário que políticas públicas sejam ampliadas para que possamos reduzir óbitos por doenças cardiovasculares”, pontuou.

Entre os temas abordados estavam o Programa Previne e os Indicadores de hipertensão e de diabetes, o QualiSUS Cardio, a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio e o Projeto de Implantação e Implementação de Rede Nacional de Saúde Cardiovascular Especializada – Renasce.

As doenças cardiovasculares apresentam causas múltiplas, se desenvolvem lentamente ao longo da vida e, na maioria das vezes, de forma silenciosa e assintomática. São considerados fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, sobrepeso/obesidade, dislipidemia, tabagismo, alimentação inadequada, inatividade física, elevado tempo em comportamento sedentário e consumo de álcool.

Portanto, a prevenção é fundamental para o controle de doenças cardíacas. Nesse sentido, especialistas recomendam a adoção de hábitos de vida saudáveis, entre eles atividade física regular de pelo menos 150 minutos por semana, alimentação balanceada, priorizando alimentos frescos, como frutas, legumes, hortaliças e cereais, evitando os ultraprocessados e a cessação do tabagismo.

Para o presidente da World Heart Federation, Fausto Pinto, o Dia Mundial do Coração tem o objetivo de desenvolver um conjunto de iniciativas no que diz respeito às doenças cardiovasculares. “A data serve exatamente para se discutir as estratégias, de uma forma global, para a melhora da saúde cardiovascular e para combater a principal causa de mortalidade do mundo. Esta é uma excelente iniciativa do Ministério da saúde do Brasil”, disse.

Tratamento no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento integral e gratuito para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares. No primeiro atendimento, nas Unidades Básicas de Saúde, estão disponíveis ações de prevenção, como acompanhamento e monitoramento de fatores de risco como hipertensão e diabetes. Se houver necessidade, como diagnóstico de doença cardiovascular, o paciente é encaminhado para a Atenção Especializada, onde terá toda assistência para o acompanhamento com especialista, exames, tratamento e os procedimentos necessários, ambulatoriais ou cirúrgicos. O Brasil tem mais de 300 centros especializados de alta complexidade cardiovascular.

Ministério da Saúde

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