Doenças apresentam causas
múltiplas, se desenvolvem lentamente ao longo da vida e, na maioria das vezes,
de forma silenciosa e assintomática
No Dia Mundial do Coração,
nesta quinta-feira (29), o Ministério da Saúde promoveu um seminário para
debater as doenças que são as maiores causas de morte no Brasil. Especialistas
de várias áreas debateram diversos temas sobre o assunto, desde prevenção, até
tratamento e inovações na cardiologia.
O ministro da saúde, Marcelo
Queiroga, ressaltou que as doenças cardiovasculares merecem uma atenção
especial por parte dos gestores públicos. “Sempre houve essa necessidade e
agora que vivemos o período pós pandêmico onde, muitas vezes, os cuidados,
desde a atenção primaria a atenção especializada da saúde, foram relativizados
é necessário que políticas públicas sejam ampliadas para que possamos reduzir
óbitos por doenças cardiovasculares”, pontuou.
Entre os temas abordados
estavam o Programa Previne e os Indicadores de hipertensão e de diabetes, o
QualiSUS Cardio, a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio e o Projeto
de Implantação e Implementação de Rede Nacional de Saúde Cardiovascular
Especializada – Renasce.
As doenças cardiovasculares
apresentam causas múltiplas, se desenvolvem lentamente ao longo da vida e, na
maioria das vezes, de forma silenciosa e assintomática. São considerados
fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus,
sobrepeso/obesidade, dislipidemia, tabagismo, alimentação inadequada,
inatividade física, elevado tempo em comportamento sedentário e consumo de
álcool.
Portanto, a prevenção é
fundamental para o controle de doenças cardíacas. Nesse sentido, especialistas
recomendam a adoção de hábitos de vida saudáveis, entre eles atividade física
regular de pelo menos 150 minutos por semana, alimentação balanceada,
priorizando alimentos frescos, como frutas, legumes, hortaliças e cereais,
evitando os ultraprocessados e a cessação do tabagismo.
Para o presidente da World Heart
Federation, Fausto Pinto, o Dia Mundial do Coração tem o objetivo de
desenvolver um conjunto de iniciativas no que diz respeito às doenças
cardiovasculares. “A data serve exatamente para se discutir as estratégias, de
uma forma global, para a melhora da saúde cardiovascular e para combater a
principal causa de mortalidade do mundo. Esta é uma excelente iniciativa do
Ministério da saúde do Brasil”, disse.
Tratamento no SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece atendimento integral e gratuito para a prevenção, diagnóstico e
tratamento de doenças cardiovasculares. No primeiro atendimento, nas Unidades
Básicas de Saúde, estão disponíveis ações de prevenção, como acompanhamento e
monitoramento de fatores de risco como hipertensão e diabetes. Se houver necessidade,
como diagnóstico de doença cardiovascular, o paciente é encaminhado para a
Atenção Especializada, onde terá toda assistência para o acompanhamento com
especialista, exames, tratamento e os procedimentos necessários, ambulatoriais
ou cirúrgicos. O Brasil tem mais de 300 centros especializados de alta
complexidade cardiovascular.
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