Dono de uma rede transplantes
reconhecida mundialmente, Brasil também ocupa terceiro maior banco de doadores
de medula óssea
Com 45,5 mil procedimentos
feitos nos dois últimos anos, o Brasil possui o maior sistema público de
transplantes de órgãos no mundo. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da
Saúde que também assegura que 90% das cirurgias atendam à rede pública. Um
trabalho que depende de campanhas educativas e de sensibilização, além da
coordenação de uma rede de centrais de transplante que corre contra o tempo
para atender quem aguarda pela cirurgia.
O sistema integra as
secretarias de saúde de todos os estados e municípios, em uma estrutura
coordenada para centralizar a notificação de doações, captações e logística
adequada dos órgãos e tecidos disponibilizados para transplantes. Atualmente,
além da Central Nacional de Transplantes, há 27 estaduais, além de 625
hospitais; 1.208 serviços; 1.559 equipes de transplantes autorizadas; 78
organizações de procura por órgãos; 516 comissões intra-hospitalares de doação
de órgãos e tecidos para transplantes; 50 bancos de tecidos oculares; 13
câmaras técnicas nacionais; seis bancos de multitecidos; além de 45
laboratórios de histocompatibilidade.
Para incentivar a população
sobre a importância da doação de órgãos e conscientizar os profissionais de
saúde preparados, o Ministério da Saúde lança, todos os anos, a Campanha
Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. Neste ano, a campanha teve como tema
Amor para superar, amor para recomeçar.
Informações centralizadas
De acordo com o Sistema
Nacional de Transplantes (SNT), do início do ano até o momento, o país realizou
mais de 22 mil transplantes. Em 2021, foram feitos mais de 23,5 mil
procedimentos, desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil
de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros. Já em 2020, 17.666 foi
o número total de cirurgias, no qual 7.436 foram de órgãos sólidos, 7.348 de
córneas e 2.882 de medula óssea.
Em 2022, a Pasta também
apresentou uma ferramenta de avaliação e visualização de dados referente ao
cenário atual da lista de espera e dos transplantes de órgãos realizados neste
ano, com objetivo de promover maior conscientização e também apoio a decisões
sobre a doação de órgãos e medula óssea pelos gestores do SNT.
Os painéis contêm informações
de lista de espera e de transplantes de órgãos realizados durante o ano, até o
momento, com atualização diária. Assim, o público pode visualizar a quantidade
de pessoas que aguardam por um órgão para realização do transplante na última
data de compilação dos dados. No painel, é possível visualizar a quantidade de
pacientes aguardando pelo tipo de órgão, modalidade de transplante e por
estado.
Rede de solidariedade
Outro trabalho importante
coordenado pelo Ministério da Saúde é quanto à doação de medula óssea. O Brasil
possui, atualmente, mais de 5,5 milhões de pessoas cadastradas no Registro
Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Trata-se do terceiro maior
banco de doadores do mundo e abrange cerca de 80 doenças em diferentes estágios
e faixas etárias. Por isso, a importância dos doadores manterem os dados do
cadastro atualizados. Quando um voluntário é compatível com quem está
aguardando o transplante, cada minuto importa e é essencial que o contato seja
feito o mais rápido possível.
Como parte de uma rede de
cooperação internacional, o Redome permite a realização de transplantes de
medula óssea em pacientes no Brasil e, também, em outros países. Os doadores
podem ser convocados até mesmo anos depois do cadastro, conforme a demanda.
A atualização do cadastro é
realizada diretamente pelos doadores, em uma área disponível no site do Redome
ou através do aplicativo da rede (disponível para Android e IOS). Ainda como
forma de fidelização, o registro proporciona aos doadores cadastrados a
“carteirinha do doador”, em formato virtual, que fica disponível no aplicativo.
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