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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Ministério da Saúde garante 90% dos transplantes de órgãos pelo SUS

Dono de uma rede transplantes reconhecida mundialmente, Brasil também ocupa terceiro maior banco de doadores de medula óssea

Com 45,5 mil procedimentos feitos nos dois últimos anos, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde que também assegura que 90% das cirurgias atendam à rede pública. Um trabalho que depende de campanhas educativas e de sensibilização, além da coordenação de uma rede de centrais de transplante que corre contra o tempo para atender quem aguarda pela cirurgia.

O sistema integra as secretarias de saúde de todos os estados e municípios, em uma estrutura coordenada para centralizar a notificação de doações, captações e logística adequada dos órgãos e tecidos disponibilizados para transplantes. Atualmente, além da Central Nacional de Transplantes, há 27 estaduais, além de 625 hospitais; 1.208 serviços; 1.559 equipes de transplantes autorizadas; 78 organizações de procura por órgãos; 516 comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplantes; 50 bancos de tecidos oculares; 13 câmaras técnicas nacionais; seis bancos de multitecidos; além de 45 laboratórios de histocompatibilidade.

Para incentivar a população sobre a importância da doação de órgãos e conscientizar os profissionais de saúde preparados, o Ministério da Saúde lança, todos os anos, a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos. Neste ano, a campanha teve como tema Amor para superar, amor para recomeçar.

Informações centralizadas

De acordo com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do início do ano até o momento, o país realizou mais de 22 mil transplantes. Em 2021, foram feitos mais de 23,5 mil procedimentos, desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros. Já em 2020, 17.666 foi o número total de cirurgias, no qual 7.436 foram de órgãos sólidos, 7.348 de córneas e 2.882 de medula óssea.

Em 2022, a Pasta também apresentou uma ferramenta de avaliação e visualização de dados referente ao cenário atual da lista de espera e dos transplantes de órgãos realizados neste ano, com objetivo de promover maior conscientização e também apoio a decisões sobre a doação de órgãos e medula óssea pelos gestores do SNT.

Os painéis contêm informações de lista de espera e de transplantes de órgãos realizados durante o ano, até o momento, com atualização diária. Assim, o público pode visualizar a quantidade de pessoas que aguardam por um órgão para realização do transplante na última data de compilação dos dados. No painel, é possível visualizar a quantidade de pacientes aguardando pelo tipo de órgão, modalidade de transplante e por estado.

Rede de solidariedade

Outro trabalho importante coordenado pelo Ministério da Saúde é quanto à doação de medula óssea. O Brasil possui, atualmente, mais de 5,5 milhões de pessoas cadastradas no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Trata-se do terceiro maior banco de doadores do mundo e abrange cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. Por isso, a importância dos doadores manterem os dados do cadastro atualizados. Quando um voluntário é compatível com quem está aguardando o transplante, cada minuto importa e é essencial que o contato seja feito o mais rápido possível.

Como parte de uma rede de cooperação internacional, o Redome permite a realização de transplantes de medula óssea em pacientes no Brasil e, também, em outros países. Os doadores podem ser convocados até mesmo anos depois do cadastro, conforme a demanda.

A atualização do cadastro é realizada diretamente pelos doadores, em uma área disponível no site do Redome ou através do aplicativo da rede (disponível para Android e IOS). Ainda como forma de fidelização, o registro proporciona aos doadores cadastrados a “carteirinha do doador”, em formato virtual, que fica disponível no aplicativo.

Ministério da Saúde

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