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sábado, 24 de outubro de 2015

Análise de Mídia - REVISTAS, sábado 24 de outubro de 2015

Panoramas político e econômico dividem as atenções das revistas que circulam no fim de semana. Pauta variada marca perfil da cobertura.

ÉPOCA, em reportagem de capa, aponta que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está desgastado no Congresso, é sabotado pelo PT e ignorado pela presidente Dilma Rousseff e perdeu o grau de confiança. "Os amigos recomendam que saia do governo. Mas não existe, até agora, um sucessor à altura para ele", afirma a revista.

Capa da VEJA destaca que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso produziu, com seus diários, um dos mais extraordinários documentos da política brasileira. Revista traz entrevista com ex-presidente, que fala que a crise ainda vai piorar, afirma que acha difícil o governo Dilma se recuperar e critica que Lula está “enterrando a própria história”.

Reportagem de capa da ISTOÉ alerta que a recessão, o desemprego e o recuo nas políticas sociais estão empurrando milhares de brasileiros para a pobreza extrema.

CARTA CAPITAL adverte que a concentração de riqueza no mundo é hoje semelhante à da Inglaterra de Charles Dickens ou da França de Victor Hugo. Segundo a reportagem, 1% da população mundial detém 50% da riqueza, e o Brasil não escapa à regra.

Na agenda de negócios, ISTOÉ DINHEIRO aponta que, com estilo próprio de gestão, as Lojas Renner, rede gaúcha que se destaca entre as varejistas de moda e consegue manter um ritmo de crescimento de dois dígitos.



Exposição pontual marca a agenda de interesse no noticiário semanal. Está em foco o cenário fabril e há menção a dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Eduardo Oinegue, em artigo na VEJA, relata que o Brasil exportou 225 bilhões de dólares em 2014 com uma pauta diversificada: 7000 itens diferentes, sendo que cinco concentram mais de 40% do valor das vendas - açúcar, carne, soja, petróleo e minério de ferro.

Mas ele pondera que “não se chegará a canto algum sem o fortalecimento da indústria nacional e o estímulo à inovação. A indústria nacional vem perdendo espaço na economia, e seu grau de inovação é limitadíssimo”.

Oinegue aponta que “uma pesquisa recente feita pela Confederação Nacional da Indústria mostrou que, para o empresário, a competição é o principal estímulo à inovação”.

Em um país burocrático, cartorial, extremamente regulamentado, de alta e complexa carga tributária, com baixo nível educacional e baixíssima produtividade, o estímulo à competição tende a zero. Vale mais aplicar os recursos excedentes no rentável mercado de papéis do governo do que arriscar-se no desenvolvimento, fabricação e venda de um produto verdadeiramente inovador”.



Abordagens sobre investimentos em infraestrutura estão em destaque no noticiário de interesse.

ISTOÉ destaca que depois de consolidar as delações premiadas como método de investigação, o Brasil precisa aprimorar a legislação sobre os acordos de leniência para combater a corrupção sem paralisar empresas e gerar desemprego.

Reportagem situa que, de acordo o Cadastro de Empregos com Carteira Assinada (Caged), desde o início da operação que investiga o propinoduto instalado na Petrobras, a construção civil registrou uma perda de 250 mil empregos no País. "Uma das principais causas disso é a Lava Jato, pois estão envolvidas nas investigações as maiores empreiteiras do Brasil e 70% do setor tem contrato com a Petrobras", avalia Vilmar Santos, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada.

Segundo a reportagem de ISTOÉ, a situação poderia ser evitada se a legislação brasileira sobre os acordos de leniência estivesse preparada. "Os acordos de leniência permitem que as empresas continuem suas obras, sem que haja pacto com o crime", diz o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.

VEJA adverte que enquanto o governo e o Congresso medem forças em um embate cujo interesse é a salvação mútua de denúncias graves, “a economia brasileira se paralisa e sangra por falta de investimentos, com aumento dramático do desemprego”. Segundo a reportagem, animosidade entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "parecem fruto do descontrole verbal de um de outro".

Em outra reportagem, VEJA adverte que o impasse político inviabiliza a aprovação de reformas e que a recessão na atividade econômica derrubou a arrecadação tributária.

Reportagem relata que “o governo cortou o equivalente a 19 bilhões de reais em investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), essencialmente na área de infraestrutura; outros 12 bilhões de reais foram economizados com a redução de despesas administrativas, como hospedagem e passagens aéreas, serviços de manutenção e alimentação; programas tratados como prioritários também sofreram corte, caso do Pronatec, de ensino tecnológico, e do Fies, o financiamento estudantil”.

Na reportagem, VEJA avalia que “parece muito, mas o esforço foi insuficiente diante do aumento de 13 bilhões de reais em subsídios concedidos a diferentes setores e da queda de 23 bilhões de reais nas receitas advindas da cobrança de tributos de empresas e famílias e de contribuições para a Previdência”.

“Ao mesmo tempo, projetos para reavivar a economia não saíram como planejado. As concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos ao setor privado atrasaram, e a simplificação tributária (na cobrança do ICMS e do PIS/Cofins) ainda está em discussão no Congresso”, acrescenta.

“O ministro Levy, mesmo mal tendo conseguido cortar gastos, é diariamente responsabilizado pela recessão e vive um processo constante de fritura política”, afirma VEJA.

CARTA CAPITAL publica série de reportagens especiais sobre infraestrutura e logística.

Em um dos textos, CARTA CAPITAL destaca que o governo federal mantém firme o propósito de conceder à iniciativa privada dezenas de projetos logísticos, cujos valores somados chegam a R$ 198,4 bilhões.

“Além do conturbado cenário político e econômico, as novas condições de financiamento dos empreendimentos e o impacto da Operação Lava Jato sobre o setor de infraestrutura criam obstáculos extras”, situa a reportagem. Revista informa que os leilões das primeiras concessões de terminais portuários, por meio de outorga, poderão ser realizados ainda neste ano.

Em outra abordagem, CARTA CAPITAL aponta que os investimentos em infraestrutura ainda estão concentrados no orçamento do banco estatal de fomento e que a participação do mercado de capitais ainda é incipiente. Texto analisa como criar mecanismos de financiamento fora das tradicionais linhas do BNDES.

DINHEIRO EM AÇÃO, na ISTOÉ DINHEIRO, aponta que “enquanto a discussão sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff perdeu espaço nas manchetes, a nova preocupação do mercado é sobre a consistência do ajuste fiscal projetado para 2016. Há um consenso crescente de que um superávit primário depende de recursos extraordinários, como os oriundos da arrecadação da CPMF e os da taxação sobre grandes fortunas e repatriação de capital”.

Coluna segue: “Se confirmados, esses prognósticos podem levar a um novo rebaixamento da classificação de risco do Brasil. O impacto dessa decisão, porém, ainda é objeto de discussão. Vários analistas avaliam que boa parte da temida saída de recursos já ocorreu ao longo dos últimos meses, o que limitaria a volatilidade quando da confirmação da notícia”.

BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, aponta que “uma pesquisa de opinião encomendada por petistas sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff comprova o que Lula sempre diz: a falta de dinheiro incomoda mais que a corrupção. Segundo o levantamento, a maior parte dos entrevistados em todo Brasil aponta a crise econômica como principal motivo de desaprovação da atual gestão. Já a corrupção aparece em segundo lugar, cinco pontos atrás”.

Segundo BRASIL CONFIDENCIAL, “as iniciativas de enxugar ministérios e cortar gastos da máquina pública surtiram maior aprovação na região Sul do país, considerada, ao lado do Sudeste, a mais politizada. As entrevistas mostraram o aumento da avaliação de ‘ótimo e bom’ de 10 para 15 pontos, entre agosto e outubro. Já na região Nordeste, a queda continua incessante: de 17 para 13 pontos”.

Ainda conforme BRASIL CONFIDENCIAL, “a pesquisa qualitativa contratada por petistas demonstra que a proposta da reforma administrativa que mais agradou a população foi o corte de 10% no salário da presidente Dilma, do vice, Michel Temer, e dos ministros. O resultado surpreendeu”.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Ultrassom é usado para aumentar absorção de remédios no intestino

21/10/2015 - UOL

Quando se pensa em ultrassom, logo vêm à cabeça os exames de imagem, como aqueles para saber se está tudo bem com um bebê. Mas um grupo cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), da Universidade de Harvard e da Universidade de Israel criou um outro uso para essas ondas: um dispositivo capaz de aumentar a absorção de medicamentos em tecidos inflamados, principalmente no intestino. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (21) na revista Science Translational Medicine.

O resultado da pesquisa pode ser visto como positivo para pacientes com doenças como Crohn e retocolite ulcerativa, ambas crônicas, autoimunes e de difícil tratamento. A medicação para doenças inflamatórias do intestino geralmente é eficiente, mas sua absorção é pequena ou muito lenta, uma vez que os tecidos internos, prejudicados, têm dificuldade de absorver o medicamento. Muitos pacientes usam a medicação pelo reto, que além de incômoda, exige que os pacientes acordem várias vezes à noite.

A pesquisa liderada por Carl Schoellhammer foi realizada com porcos e roedores e mostrou que a eficácia do ultrassom em chegar aos tecidos doentes foi dez vezes maior em comparação com a medicação normal.

No futuro, com o aperfeiçoamento do dispositivo de ultrassom de baixa frequência, os cientistas acreditam que ele também poderá transportar vacinas, anticorpos e até quimioterapia.

Como funciona?

Atualmente, é difícil fazer com que moléculas complexas cheguem ao trato gastroinstestinal por causa de barreiras fisiológicas e estruturais do tecido, que se organiza em camadas. Além disso, no caso das doenças acima, o intestino fica muito debilitado e a absorção do medicamento é um fator complicador adicional. A frequência do dispositivo de ultrassom cria bolhas e ajuda na absorção do medicamento sem causar danos ao intestino. O tempo de absorção do remédio caiu para apenas um minuto.

Camundongos com colite aguda tratados diariamente com ultrassom se recuperaram muito mais rapidamente do que os animais tratados apenas da maneira tradicional.


Ao aumentar a quantidade de medicação que chega ao cólon, o ultrassom poderá reduzir a quantidade de doses dos pacientes de "uma por dia" para "dias alternados". Os pesquisadores pretendem desenvolver uma sonda de ultrassom em miniatura para os pacientes e até mesmo cápsulas ingeríveis que emitam ultrassom para tratar doenças inflamatórias do intestino em geral.  

Pesquisadores defendem mais testes para nova substância contra o câncer

Em audiência, especialistas apontaram o risco de comercializar fosfoetanolamina sem experimentos prévios que comprovem a eficácia
Alysson Muotri ouve o senador Hélio José durante o debate sobre o desenvolvimento de tecnologia na área da saúde

 A POLêMICA SOBRE a liberação ou não do uso da fosfoetanolamina — substância ainda sem testes clínicos, mas apontada como revolucionária no tratamento do câncer — acabou chegando ontem a debate da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) sobre o desenvolvimento de tecnologias na área de saúde.

A questão da fosfoetanolamina foi levantada pelos senadores Hélio José (PSD - DF), vice-presidente da CCT, e Lasier Martins (PDT - RS). O assunto também será tema de audiência pública conjunta com as Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de direitos Humanos (CdH) na quinta-feira.

Entre os expositores convidados pela CCT, prevaleceu o entendimento sobre o risco de comercializar um medicamento sem experimentos prévios que comprovem sua eficácia e segurança.

— A princípio, acho irresponsável distribuir uma droga para o câncer sem passar por uma fase pré-clínica e clínica rigorosa — opinou o biólogo Alysson Muotri, pesquisador do Instituto Salk para Estudos Biológicos, na Califórnia, com foco em autismo.
Parecer similar foi dado pelo médico e também pesquisador Marcelo Morales, diretor do CNPq.

— Entendo a ansiedade das pessoas que têm câncer, deses- peradas em usar um remédio que dê resultado. Mas, em relação à ciência, não se pode pular etapas — considerou.

Testes com animais
Outro assunto controvertido em pauta foi o uso de animais em testes realizados pela in- dústria farmacêutica.

de acordo com Helder Constantino, representante no Brasil da Human Society International (HSI), entidade que luta pelo fim de testes com animais em laboratório, um crescente número de artigos científicos tem demonstrado a limitação dos testes de fárma- cos em animais, o que chegaria a impedir a extrapolação dos dados obtidos para humanos.

— A abordagem da HSI é se aproximar de cientistas que acreditam no potencial das no- vas tecnologias no seu campo de pesquisa e trabalhar com eles — comentou Constantino, defendendo a substituição de testes em animais por técnicas in vitro e computacionais.

Visão distinta foi expressada por Marcelo Morales, para quem o desenvolvimento de um medicamento passa, obrigatoriamente, por testes em laboratório com animais, protegidos pela Lei 11.794/2008. de qualquer modo, ele observou que o CNPq já lançou a Rede Nacional de Métodos Alternativos (Renama), admitindo ainda ser possível alcançar, paulatinamente, a redução no uso de animais em laboratórios de pesquisas.

Já Alysson informou usar modelos animais nas pesquisas sobre autismo, mas reconheceu as limitações para transpor os resultados para humanos. É nessa perspectiva que a Califórnia tem investido no estudo de novos fárma- cos com modelos humanos (células-tronco), acrescentou.

— Na Califórnia, você pode pular o teste em animal, enquanto aqui é requisitado [para liberação comercial de medicamento] — comentou. 


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

FILGRASTIM, FIPRIMA DA EUROFARMA É O PRIMEIRO REGISTRO DE BIOSSIMILAR FABRICADO NO BRASIL

O registro do Fiprima (filgrastim) foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira (20/10). Este é o primeiro produto biossimilar totalmente fabricado no Brasil.
O produto Fiprima (filgratsim) ajuda na redução da duração da neutropenia e incidência da neutropenia febril em pacientes com neoplasias não-mielóides, tratados com quimioterapia citotóxica estabelecida e para redução da duração da neutropenia e suas sequelas clínicas em pacientes submetidos à terapia mieloablativa seguida de transplante de medula óssea.
O filgrastim é um correspondente recombinante da molécula de G-CSF (fator estimulador de colônias de granulócitos) natural humana. A substância apresenta a mesma função e o mesmo mecanismo de ação, que é o de se ligar ao seu receptor em células precursoras da medula óssea, estimulando a produção de neutrófilos. O produto registrado pela via de desenvolvimento por comparabilidade, de acordo com a RDC 55/2010.
Publicação no DOU 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 1.00043-8 FILGRASTIM OUTROS PRODUTOS QUE ATUAM NO SANGUE E HEMATOPOIESE Fiprima 25351.667273/2011-36 10/2019 RESTRITO A HOSPITAIS 0.01..-1 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 1 SER PREENCH X 0,5ML FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE RESTRITO A HOSPITAIS 0.02..-2 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 1 SER PREENCH X 0,5ML + SIST SEGURANÇA FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE RESTRITO A HOSPITAIS 0.03..-3 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 2 SER PREENCH X 0,5ML FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE RESTRITO A HOSPITAIS 0.04..-4 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 2 SER PREENCH X 0,5ML + SIST SEGURANÇA FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE RESTRITO A HOSPITAIS 0.05..-5 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 5 SER PREENCH X 0,5ML FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE RESTRITO A HOSPITAIS 0.06..-6 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 5 SER PREENCH X 0,5ML + SIST SEGURANÇA FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE RESTRITO A HOSPITAIS 0.07..-7 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 10 SER PREENCH X 0,5ML FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE RESTRITO A HOSPITAIS 0.08..-8 24 Meses 60 MU/ML SOL INJ 10 SER PREENCH X 0,5ML + SIST SEGURANÇA FILGRASTIM 10369 PRODUTO BIOLÓGICO - REGISTRO DE PRODUTO PELA VIA DE DESENVOLVIMENTO POR COMPARABILIDADE 


Anvisa fortalece intercâmbio com Ministério da Saúde da França

O Diretor-Presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, recebeu, nesta quarta (21), na sede da Anvisa, a visita técnica de representantes do Comitê Econômico de Produtos de Saúde e da Alta Autoridade de Saúde do Ministério da Saúde da França. O objetivo do encontro foi o de fortalecer o intercâmbio de experiências em regulação econômica dos mercados de medicamentos e de produtos para a saúde.

Com esse intercâmbio, a Anvisa investe no fortalecimento da capacidade técnica de seus especialistas na proposição de soluções e de modelos para a regulação econômica de produtos para a saúde e de preços de medicamentos no Brasil. A delegação francesa foi composta pela coordenadora de Assuntos Internacionais, Direção de Estratégia e Assuntos Internacionais, Caroline Laborde, pelo conselheiro para os Assuntos Sociais da Embaixada da França no Brasil, Patrick Risselin, e pelo vice-presidente do Comitê Econômico de Produtos de Saúde, Andre Tanti.

A cooperação técnica entre Brasil e França possibilita acesso a detalhes do modelo francês de regulação do mercado de produtos para a saúde, em apoio às atividades do Grupo de Trabalho Interministerial de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (GTI-OPME), que teve o objetivo de discutir práticas abusivas ocorridas no setor de OPME e propor medidas para reestruturação e ampliação da transparência desse mercado.

Além disso, a cooperação técnica com a França busca atender às demandas do Poder Legislativo, que instaurou, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o mercado das órteses e próteses.

No campo da regulação econômica de medicamentos, a aproximação com o modelo francês será fundamental para a reflexão sobre a cesta de países que a SCMED utilizará para pesquisa de preços internacionais de medicamentos.

Dessa forma, é de grande importância para o Brasil ter acesso à experiência exitosa do governo francês na regulação de preços de OPME e no modelo de regulação de preços de medicamentos, que servirá de subsídio para que se avalie a elaboração de política econômica semelhante no país. Este intercâmbio possibilitará, ainda, darmos respostas mais eficientes e propormos medidas regulatórias para o mercado de produtos para a saúde.


Certificado de Livre Venda Mercosul para cosméticos é tema de consulta pública

Cidadãos, representantes do setor regulado e da sociedade civil organizada tem até o dia 10 de dezembro para apresentar sugestões àConsulta Pública 86/2015. O texto inicial trata de regulamento técnico de Modelo de Certificado de Venda Livre (CVL) para exportação de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal para países que não fazem parte do Mercosul.

O objetivo da norma é estabelecer um “Modelo de Certificado de Livre Venda Mercosul”, no intuito de padronizar o certificado emitido pelas autoridades sanitárias para produtos exportados pelas empresas da região para países que não fazem parte do bloco.
O texto integral da proposta e o formulário específico para contribuição estão disponíveis no site da Agência. Para participar basta acessar a CP n°86/2015 no site da Anvisa e preencher o formulário.


COMPARTILHAMENTO DE ÁREAS PRODUTIVAS, ANVISA Esclarece

Com intuito de esclarecer as dúvidas sobre a RDC nº 33/2015 e da IN nº 2/2015, que tratam do compartilhamento de áreas produtivas de medicamentos com produtos para saúde, produtos de higiene, cosméticos e alimentos a ANVISA laborou um texto no formato de “legislação comentada”, incluindo as explicações em cada artigo ou inciso da RDC nº 33/2015 e da IN nº 2/2015.

A integra do texto pode ser encontrada em anexo:

Fórum Nacional traz a Brasília representantes de todos os estados

A concorrida abertura do Fórum Nacional do Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária lotou o salão de eventos do Hotel Imperial em Brasília, na tarde desta quarta-feira (21/10).
Na mesa de abertura, estavam todos os cinco diretores da Anvisa, representantes do Ministério da Saúde e dos conselhos de Saúde e dos secretários de Saúde dos estados e dos municípios.

O diretor presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, disse que o que se espera destes fóruns é “a construção de uma agenda de Vigilância Sanitária pactuada entre os gestores federais, municipais e estaduais”.

Jarbas Barbosa também aproveitou para convidar os presentes para a posse festiva do novo diretor da Anvisa, Fernando Mendes no dia 4 de novembro. “A posse efetiva, formal, já aconteceu”.

O diretor Ivo Bucaresky  comentou que a Vigilância Sanitária é “o braço mais longo do Sistema Único de Saúde (SUS)”. E aquele que é mais presente na vida do cidadão em todas as faixas de renda.

Para o diretor José Moutinho, “essa é uma oportunidade de trocar experiências entre os três níveis de governo e ajudar na construção, permanente, do SNVS”.

O Secretário de Saúde de Belo Horizonte e representante do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Fabiano Pimentel, disse que nesta discussão precisaria entrar a “necessidade de delegar competências aos estados e aos municípios”. Ele contou que acabou de participar de uma discussão sobre credenciamento de serviços de UTI.

O deputado federal Antônio Brito (PTB-BA), presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, comentou todos os quatro eixos que são debatidos nestes Fóruns.

“Temos tido a oportunidade de levar a Anvisa, muitas vezes, até a Comissão para prestar esclarecimentos e participar de audiências. Até porque nós deputados precisamos da Agência para não extrapolarmos nosso limite ao legislar”, comentou o deputado Antônio Brito.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Alvares, ex-diretor da Anvisa,  lembrou que na próxima semana, no dia 27 de outubro, serão comemorados os dez anos da adesão do Brasil à Convenção Quadro da ONU para controle do tabaco.

A conferência de abertura “Qual é a Vigilância Sanitária que a sociedade precisa” foi feita pela presidente do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza, a primeira presidente do CNS a pertencer ao grupo dos usuários do SUS. Ele representa a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Maria do Socorro fez críticas à concepção “médico-hospitalocêntrica” da Saúde que, em sua opinião, “impedem a visão do SUS como um sistema de promoção da saúde e de prevenção – e são nas ações de prevenção que está inserida a Vigilância Sanitária”.
Acesse aqui a programação do Fórum Nacional do Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária.

Clique aqui para transmissão ao vivo (disponível somente para Internet Explorer). 
Outras informações sobre o Ciclo de Debates em Vigilância Sanitária podem ser acessadas aqui.


Anvisa e MBC assinam acordo de cooperação técnica, ALFOB se integrará a REDE

A Anvisa e Movimento Brasil Competitivo (MBC) assinaram a prorrogação do acordo de cooperação técnica entre as duas instituições. O objetivo da parceria é realizar ações voltadas para a educação, capacitação e desenvolvimento dos servidores da Agência. A cerimônia ocorreu nesta quarta-feira (21/10), em Brasília.

O Programa de Formação Aplicada dos Servidores da Anvisa, principal ação da cooperação técnica e apoiado por diversas associações empresariais, desenvolve a capacidade de analisar os impactos das ações regulatórias da Agência nos setores industriais, fomenta o pensamento crítico sobre os processos de trabalho, bem como as habilidades necessárias para as ações de melhoria.

A ALFOB que já integra a Rede de Capacitação, já recebeu no Laboratório Farmacêutico da Marinha alguns grupos de colaboradores da ANVISA que realizaram treinamento na planta industrial, participando de todo ciclo de produção de medicamentos, também estará colaborando para a efetivação do acordo de cooperação, firmado hoje.

Até o final deste ano, o Programa terá capacitado cerca de 370 servidores que visitaram mais de 30 fábricas de três setores industriais regulados em cinco unidades da federação. Além disso, o trabalho dos participantes resultou na elaboração de 20 propostas de melhorias internas nos processos internos da Anvisa.


SUBUTILIZAÇÃO DA MEDICINA NUCLEAR NO BRASIL, PREOCUPA ESPECIALISTAS

No dia 24 de outubro, Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear reunirá representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária; da Comissão Nacional de Energia Nuclear; e da Agência Internacional de Energia Atômica

O panorama atual e desafios à expansão da medicina nuclear no Brasil; a fragilidade enfrentada no que cabe à produção e distribuição de radiofármacos no Brasil – ainda totalmente dependente da importação de matéria-prima; o acesso deficitário a procedimentos diagnósticos e terapêuticos via saúde pública e suplementar; bem como os desafios para o ensino e pesquisa da especialidade, são os principais aspectos a serem debatidos na sessão “Perspectivas da Medicina Nuclear no Brasil”.

A atividade é destaque na programação do segundo dia do XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear, encontro que acontece de 23 a 25 de outubro, no Rio de Janeiro. A mesa reunirá representantes da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), entidade organizadora do evento, da Gerência-Geral de Produtos Biológicos, Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GGPBS) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); e da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) – que trará uma ampla abordagem das oportunidades e desafios do uso pacífico da energia nuclear empreendido no campo da saúde por meio da medicina nuclear.

De acordo com o presidente da SBMN e do Congresso, Claudio Tinoco Mesquita, a especialidade vivencia um momento de rápidas transformações, tanto no campo educacional, quanto científico e na prática clínica, seja ela diagnóstica ou terapêutica. Segundo Tinoco, este cenário derivou o mote do encontro, intitulado: Medicina Nuclear em Movimento. “A medicina nuclear mudou a história de várias doenças, mas ainda é subutilizada no Brasil. Nossa especialidade tem crescido e precisamos unir esforços neste sentido, sobretudo, por meio do estímulo à produção científica multicêntrica no País e ampliação do acesso à especialidade via saúde pública”, relatou Tinoco.

Embora ainda pouco conhecida entre a população e até mesmo entre seus pares médicos, a especialidade atua no campo diagnóstico e terapêutico em diversas áreas como cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia, por exemplo. Por serem menos invasivos e capazes de detectar alterações funcionais decorrentes de algumas doenças antes que outros métodos de imagem sejam capazes de realizá-lo, os procedimentos em medicina nuclear são extremamente úteis.  Além disso, são indicados em todas as faixas etárias, desde a primeira infância, a adolescentes, adultos e idosos, sem representar riscos à saúde. Seu mecanismo consiste em utilizar quantidades mínimas de substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para acessar o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos, realizando imagens, diagnósticos e, também, tratamento.

Com 430 serviços de medicina nuclear no Brasil, entre clínicas, hospitais e centros de pesquisa, nos últimos 20 anos - desde 1995 - mais de 30 milhões de procedimentos foram realizados no Brasil. Entretanto, mesmo frente a esta evolução que vem sendo alcançada nos últimos anos, a medicina nuclear ainda é notoriamente subutilizada pela população brasileira, em especial pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

No que cabe ao potencial de uso o Brasil ainda ocupa a 25ª posição de um ranking de quantidade de exames realizados por ano. Como comparativo, o Canadá executa 64,6 exames por mil habitantes/ano, o Brasil realiza apenas 2,5. Isso demonstra claramente a necessidade de se difundir a especialidade no País.

A maior parcela (82%) dos procedimentos ambulatoriais de medicina nuclear diagnóstica realizados pelo SUS são feitos na esfera privada, que precisa manter a sua sustentabilidade financeira. Ao SUS são fornecidos 23 radiofármacos, enquanto no Brasil há aproximadamente 40 radiofármacos.

“É preciso dobrar o número de serviços para 800 e de médicos nucleares, também – alcançando 1.400 especialistas, para assim atingir o padrão internacional mínimo”, analise o presidente da SBMN. Um maior investimento no desenvolvimento e produção de radiofármacos no Brasil. Desenvolver novos radiofármacos e alcançar soberania na área de pesquisa e desenvolvimento são outros pontos a serem alcançados, visto que somos dependentes de insumos importados – os radiofármacos. Precisamos deles assim como é necessário o combustível para o carro andar.

“É lamentável que a medicina nuclear ainda não se apresente adequadamente empregada. Se nada for feito para aumentar e for esperado um aumento “natural” da capacidade de seu potencial de atendimento aos usuários da saúde pública, levará aproximadamente 54 anos para que chegue ao valor de hoje alcançado na esfera privada no país”, analisa Mesquita.

XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Nuclear
Data: 23 a 25 de outubro
Local: Centro de Convenções do Hotel Royal Tulip – Rio de Janeiro (RJ)
Organização: Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN)
Programação: www.sbmn.org.br/congresso/programacao.html

 Pré-Congresso – I Fórum Educacional Práticas da Medicina Nuclear na Saúde
Data: 22 de outubro
Horário: 13h às 17h
Atividade gratuita e aberta a todos
Local: Centro de Convenções do Hotel Royal Tulip – Rio de Janeiro (RJ)
Informações:www.sbmn.org.br/congresso/forum-dos-pacientes.php
  Fonte: SBMN


Reunião de consulta sobre diagrama para preparação e resposta acelerada de P&D, em Oslo

JORGE ANTONIO ZEPEDA BERMUDEZ, Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, participará de Reunião de consulta sobre diagrama para preparação e resposta acelerada de P&D, em Oslo, na Noruega, em seguira, irá participar da 14º Sessão do Comitê de Política e Estratégia UNITAID e a 23º Sessão do Conselho Executivo UNITAID, em Genebra, Suíça, no período de 27/10/15 a 07/11/15, inclusive trânsito.

MATEUS RODRIGUES CERQUEIRA, designado substituto do Gerente-Geral, código CGE II

GABINETE DO DIRETOR-PRESIDENTE
PORTARIA N° 1.268, DE 21 DE OUTUBRO DE 2015
O Chefe de Gabinete do Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da competência que lhe foi delegada pela Portaria n° 791, de 28 de maio de 2012, alterada pela Portaria n° 935, de 18 de agosto de 2015, publicada no Diário Oficial da União de 19 de agosto de 2015, resolve: 

Designar o servidor MATEUS RODRIGUES CERQUEIRA, matrícula SIAPE n° 1568932, para exercer o encargo de substituto do Gerente-Geral, código CGE II, da Gerência-Geral de Análise de Impacto Regulatório e Acompanhamento de Mercados, da Superintendência de Regulação Sanitária e Acompanhamento de Mercados, nos impedimentos ou afastamentos legais e eventuais.
LEONARDO BATISTA PAIVA


Calendário Agenda