Destaques

sábado, 2 de setembro de 2017

2º Ciclo de Debates: Embriões para a política Industrial da Saúde, promovido pelo DECIIS/SCTIE/MS


Propor recomendações que servirão de embrião para a construção de uma política industrial para a saúde ou aprimoramento e ampliação dos instrumentos de política industrial. Com este objetivo, o DECIIS realizou, em 22 de agosto de 2017, em São Paulo, o 2º Ciclo de Debates: Embriões para a política Industrial da Saúde, com a participação do Sr. João Álvares, Capitão de Comunicações do Exército Brasileiro e autor do livro “Acordo de Compensações Tecnológicas (Offset), tendo como palestrante o Coordenador de Infraestrutura Física e Tecnológica da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Eduardo Jorge Valadares de Oliveira.

Contextualização do Debate:
Desde 2004 a saúde vem gradativamente se integrando como área estratégica nas políticas nacionais voltadas para o desenvolvimento do País, em que o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) configura prioridade, em função de seu alto potencial de inovação e viabilização do acesso universal. Para tanto, as ferramentas do uso do poder de compra estatal para estimular produção local assumem papel de destaque, com vistas à promoção da pré-qualificação, isonomia competitiva, desoneração tributária e encomenda de produtos estratégicos para a inovação em saúde. 

Em consonância com os objetivos e metas das políticas de desenvolvimento industrial vigentes, grande atenção foi dada à necessidade de adaptação do sistema e regras vigentes relativos às compras governamentais às peculiaridades de setores estratégicos para o Brasil. Em consequência, foram procedidas na Lei de Licitações (Lei nº 8.666 de 1993) uma série de alterações, com base em preceitos em constitucionais, com vistas adequação da legislação aos propósitos das políticas públicas e com vistas ao uso do poder de compras público como indutor do desenvolvimento no país.

Em 19 de julho de 2010 foi editada a Medida Provisória nº 495, posteriormente convertida na Lei nº 12.349 de 15 de dezembro de 2010, estabelecendo as denominadas Margens de Preferência em processos licitatórios para produtos e serviços produzidos ou prestados por empresas brasileiras, bem como para aqueles produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de tecnologia no país. Ademais, como marco de uma nova visão que alinha as políticas sociais e industriais do país, a Lei nº 12.349 de 2010 inclui entre os objetivos da Lei de Licitações a promoção do desenvolvimento nacional sustentável em áreas estratégicas. 

A Lei nº 12.349 de 2010 estabeleceu ainda a possibilidade de utilização do mecanismo de Compensação Tecnológica (Off Set), que prevê a contrapartida de transferência de tecnologia e know-how nas contratações públicas, com vistas a induzir o desenvolvimento da capacidade produtiva da indústria farmacêutica nacional. Em 03 de abril de 2012 foi editada a Medida Provisória nº 563, posteriormente convertida na Lei nº 12.715 de 17 de setembro de 2012, autorizando a dispensa de licitação no caso de parcerias entre laboratórios públicos e privados para a transferência de tecnologia e fabricação de produtos prioritários para o SUS, são as denominadas Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDPs).

Valendo-se da oportunidade lançada pelas alterações legais, aliada ao esforço governamental de uso efetivo das ferramentas do poder de compra como indutor do desenvolvimento do CEIS, a indústria farmacêutica nacional realizou investimentos com vistas à participação nas PDP. As PDPs configuram acertada estratégia, a qual possibilitou a promoção do desenvolvimento produtivo do setor de saúde no país, a internalização de tecnologias estratégicas e o aumento do acesso da população a tecnologias conjugada à redução dos gastos do Ministério da Saúde. Na mesma diretriz, foi ainda promovida a utilização da ferramenta de margem de preferência. Ambas com a devida regulamentação específica para o setor de farmacêutico.

Muito embora as ferramentas de uso do poder de compra estejam sob amparo legal para pleno uso pelo Ministério da Saúde em compras de produtos farmacêuticos, nota-se que apenas as PDPs e a as Margens de Preferência foram de fato utilizadas para compras do setor.

Diante de experiências positivas com o uso das demais ferramentas por outros setores, em especial o de Defesa, bem como da utilização da Compensação Tecnológica (Off Set) pelo Ministério da Saúde para o setor de equipamentos, configura-se a necessidade de análise profunda e comparativa das especificidades de cada uma das ferramentas disponíveis na legislação vigente. É fundamental também a avaliação de experiência – ainda que de outros setores – sobre o uso das mesmas, afim de verificação sobre a possibilidade e conveniência de sua aplicação em compras públicas de tecnologias médicas, e a avaliação da necessidade ou não de regulamentação específica das ferramentas para o referido setor.

Principais questões a serem resolvidas:
1) Como diminuir a insegurança jurídica? Qual o nível de regulamentação ideal para a garantia da segurança jurídica sobre o uso das ferramentas e da perenidade da política?
2) Como definir política de preços adequada (bases, critérios, parâmetros, regulamentação) para a aquisição de medicamentos e outros produtos por via das ferramentas do uso do poder de compra como indutor do desenvolvimento do CEIS?
3) Como garantir a compreensão sobre a importância, legalidade e efetividade do uso das ferramentas em todos os âmbitos da Administração Pública?
4) Como otimizar a gestão das ferramentas e distribuição dos projetos de forma a garantir a efetividade da transferência de tecnologia?

Por Fotini Toscas


Lewandowski suspende regras que retiram recursos do SUS

Ministro do STF acatou pedido de liminar da PGR, que pede a inconstitucionalidade da EC 86, conhecida como emenda do orçamento impositivo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, acatou pedido de liminar da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.595, que suspende a eficácia dos artigos 2º e 3º da Emenda Constitucional (EC) 86/2015. Mais conhecida como emenda do orçamento impositivo, trata do financiamento da União à área de saúde.

Ao conceder a liminar, que será submetida a referendo do plenário do STF, Lewandowski destacou que o orçamento público deve obedecer aos imperativos de tutela que amparam os direitos fundamentais. “O direito à saúde, em sua dimensão de direito subjetivo público e, portanto, prerrogativa indisponível do cidadão, reclama prestações positivas do Estado que não podem ser negadas mediante omissão abusiva, tampouco podem sofrer risco de descontinuidade nas ações e serviços públicos que lhe dão consecução, com a frustração do seu custeio constitucionalmente adequado”, afirmou.

O ministro observou que o Conselho Nacional de Saúde rejeitou as contas do Ministério da Saúde de 2016 com base no apontamento de déficit na aplicação do piso federal no setor. “A isso se soma a demanda crescente do SUS, sobretudo nos últimos anos, quando houve um agravamento no quadro de desemprego no país”, assinalou.

A norma jurídica questionada, no seu entendimento, piora substancialmente a desigualdade no acesso a direitos fundamentais, situação que justifica a imediata concessão da cautelar pleiteada.

Lewandowski justificou a decisão usando fundamentações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, segundo o qual a emenda agrava o “quadro crônico de subfinanciamento da saúde pública do país, que causa número formidável de mortes e agravos evitáveis à saúde dos cidadãos brasileiros”.

Na ADI, Janot sustenta que os dois dispositivos reduzem o financiamento federal para as ações e serviços públicos de saúde mediante piso anual progressivo para custeio pela União, e incluem nele a parcela decorrente de participação no resultado e compensação financeira devida pela exploração de petróleo e gás natural. O que, segundo o procurador-geral, atenta diretamente contra os direitos fundamentais à vida e à saúde e outros princípios constitucionais.

A decisão foi comemorada pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Santos.  “É uma importante vitória para o SUS ao confirmar a tese de que os pisos não podem sofrer retrocesso com a mudança da regra constitucional. Além disso, a competência técnica do Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi reconhecida pela citação do parecer que rejeitou o RAG 2016 (relatório anula de gestão) do Ministério da Saúde”, disse Santos

por Redação RBA


Comissão aprova Política Nacional de Saúde Vocal no SUS

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou proposta que estabelece a Política Nacional de Saúde Vocal no SUS (PL 2776/11). A proposta prioriza o atendimento através de equipe multidisciplinar para profissionais que usam a voz, como professores, cantores ou radialistas.

Pelo texto aprovado na comissão, esses profissionais deverão realizar exames anuais e em caso de alterações ou problemas com a voz deverão ser encaminhados para o tratamento.
Segundo o relator na comissão, deputado Diego Garcia, do PHS do Paraná, a proposta não representa nenhum custo, só estabelece que os profissionais do Sistema Único de Saúde, o SUS, realizem o atendimento de forma multidisciplinar.

"Esse conjunto de medidas vai garantir e assegurar aos profissionais da educação e todos os profissionais que trabalham com a voz segurança para sua saúde de forma preventiva."
Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Professores de São Paulo com 1651 professores da rede básica de ensino mostra que 80% dos professores alegaram problemas com a voz como cansaço vocal, desconforto para falar, dificuldade para projetar a voz e rouquidão.

A proposta que estabelece a Política Nacional de Saúde Vocal ainda vai ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça.

Reportagem - Karla Alessandra


Exame por imagem, produção nacional de equipamentos será pauta da audiência pública na próxima terça-feira

Comissão especial debate produção nacional de equipamentos de exame de imagem

Comissão Especial de Inovação Tecnológica da Saúde promoverá, na terça-feira (5), audiência pública para discutir a inovação na radiologia e na produção nacional de equipamentos de exame de imagem. O debate foi solicitado pelos deputados Hiran Gonçalves (PP-RR) e Juscelino Filho (DEM-MA), relator e presidente do colegiado, respectivamente, e subscrito pela deputada Raquel Muniz (PSD/MG).

Hiran Gonçalves disse que os investimentos em ciência no País têm diminuído e que isso afeta na capacidade de inovação tecnológica. “O Brasil está na 69ª posição entre os países na avaliação do índice de inovação global. Apesar disso, as indústrias de equipamentos multinacionais têm trazido para o nosso País a produção de aparelhos de alta tecnologia”, completou.

Juscelino Filho ressaltou que os exames de imagem ainda são ferramentas importantes na assistência à saúde. “A utilização da radiologia na prática clínica é comum na atualidade, por proporcionar um auxílio importante no diagnóstico. Embora não substituam um bom exame clínico, os exames de imagem são parte essencial da assistência à saúde”, afimou.
Convidados

Foram convidados para discutir o tema, representantes das fabricantes de equipamentos de tecnologia: Phillips, Toshiba, Samsung e Esaote.

Hora e local

A audiência pública será realizada no plenário 16, a partir das 14h30.
Reportagem – Alex Akira, Edição – Newton Araújo, 'Agência Câmara Notícias


Vacinas contra Hepatites A e B, rejeitada inclusão no programa oficial

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) rejeitou, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 2350/07, do deputado Felipe Bornier (Pros-RJ), que obriga o Ministério da Saúde a oferecer gratuitamente vacinas contra hepatites A e B à população.

O projeto será arquivado, caso não haja recurso contrário ao arquivamento.

Pela proposta, o ministério também deverá promover campanha educativas sobre a hepatite C e ainda disponibilizar medicamentos para essa doença na rede pública de saúde.

O parecer do relator na CCJ, deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA), foi contrário à proposta e ao substitutivo ao projeto aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família.

Segundo o deputado, as propostas padecem de vício de iniciativa, pois conferem atribuições a ente da administração pública – no caso, o Ministério da Saúde –, sendo que a competência para apresentar projeto nesse sentido é exclusiva do presidente da República.

Pereira Júnior ressalta que “a competência para elaboração do Programa Nacional de Imunizações, que define as vacinações, inclusive as de caráter obrigatório, cabe ao Ministério da Saúde, nos termos da Lei 6.259/75, que trata do programa”.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-2350/2007

Reportagem – Lara Haje, Edição – Sandra Crespo, Billy Boss/Câmara dos Deputados


Grupo de Trabalho coordenado pelo MDIC debate Estratégia para a Indústria 4.0

Integrantes discutiram como as experiências da indústria 4.0 na Alemanha e nos EUA podem servir de modelo para o Brasil

O Grupo de Trabalho da Indústria 4.0 (GTI 4.0) realizou reunião nesta sexta-feira, na sede Fiesp, para prosseguir com as discussões sobre a Estratégia Nacional para a Indústria 4.0.  Os integrantes do grupo debateram práticas de indústrias 4.0 na Alemanha e nos Estados Unidos e como estas experiências podem ser úteis na formulação da política brasileira.

O debate foi precedido pela palestra “Inovação, Indústria 4.0 e o Futuro da Indústria”, de Eduardo Zancul, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), que atua no Departamento de Engenharia de Produção. O professor explicou aos integrantes do GTI 4.0 como Alemanha e Estados Unidos estão implementando a indústria 4.0 e afirmou que programas de manufatura avançada ocupam espaço prioritário nas políticas governamentais destes países.  

Instalado em 26 de julho, o GTI 4.0 tem como atribuição propor uma Estratégia Nacional para a Indústria 4.0, buscando sua correlação com outras ações governamentais em curso que impactam a indústria nacional.  

O ministro substituto do da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, destacou que as reuniões do GTI 4.0 são a oportunidade de contribuir para a elaboração de propostas de políticas públicas que serão fundamentais para a transformação da indústria.  

"A indústria 4.0 incorpora novas tecnologias à indústria tradicional, conectando nossos parques fabris às nuvens, a sistemas sensoriais virtuais-físicos, entre outros. A transformação digital é um desafio e uma oportunidade para a indústria brasileira, porque o investimento em tecnologia, certamente, implicará avanços na competitividade da nossa indústria", completou.

O GTI 4.0 é coordenado pelo gabinete do MDIC e conta com a participação dos ministérios da Educação; Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; Fazenda; Trabalho e Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, entre outros. Também integram o grupo o BNDES, a FINEP, a EMBRAPII, o CNPq e a CAPES. O setor privado está representado por diversas associações e entidades de classe. A academia integra o debate com Instituições de Ensino e Pesquisa que desenvolvam atividades relacionadas à Indústria 4.0.

Assessoria de Comunicação Social do MDIC 


Estoques de teste de carga viral são normalizados em todo o Brasil

DIAHV divulga nota suspendendo a priorização dos exames de carga viral em gestantes e crianças

Os critérios temporários que priorizavam a realização de exames de quantificação de carga viral de HIV em gestantes e em crianças até 18 meses de idade foram revogados nesta sexta-feira (01), conforme Nota Técnica nº 192 emitida pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV). A nota solicita também a normalização do atendimento a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitem fazer o referido exame.

O exame de carga viral de HIV estava em regime de priorização temporária e em caráter preventivo, desde 30 de maio, em razão do processo de aquisição de uma nova compra que estava em andamento. A aquisição foi normalizada em agosto.

Até o momento 91% dos laboratórios da rede de carga viral já receberam os lotes dos produtos, e todas as entregas serão concluídas até o dia 06 de setembro, totalizando 118.296 mil testes. A partir dessa distribuição, as demais seguirão o fluxo normal de distribuição estabelecido pelo Ministério da Saúde.

Com esta nova medida, publicada hoje, fica cancelada a Nota Técnica nº 119/2017.

Os testes de carga viral são realizados a cada seis meses em pessoas vivendo com o HIV, para monitorar a infecção. Em 2016, já foram realizados mais de 550 mil exames em todo o país.




Audiência Pública, dia 12-09- 2017, das 9h às 13h, no BUTANTAN para de adequação, exploração, operação e manutenção da Fábrica de Hemoderivados

INSTITUTO BUTANTAN

Comunicado Documentos para Audiência Pública Fábrica de Hemoderivados

Aviso de Audiência Pública 01/2017

O Instituto Butantan, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo - (“SES/SP”), comunica aos agentes de mercado e demais interessados que realizará AUDIÊNCIA PÚBLICA com o fim de apresentar e obter subsídios e informações adicionais para o aprimoramento do projeto de adequação, exploração, operação e manutenção da Fábrica de Hemoderivados do Estado de São Paulo.

A AUDIÊNCIA PÚBLICA 01/2017 será aberta ao público em geral e será realizada no Auditório do CDC do Instituto Butantan (Av. Vital Brasil, 1500 - Butantã, São Paulo - SP), no dia 12-09- 2017, das 9h às 13h. Para participar da audiência pública, os interessados deverão se inscrever até o horário de abertura dos trabalhos, na mesma data do dia 12-09-2017, ou, desde logo, encaminhando seus dados (nome, empresa/entidade, contatos) para o e-mail diretoria.secretaria@butantan.gov.br .

Até o dia 22-09-2017 serão aceitas contribuições por escrito, sendo que os interessados poderão apresentar contribuições por escrito, que deverão ser enviados para o e-mail: diretoria.secretaria@butantan.gov.br. O regulamento da audiência será publicado no site da Secretaria de Estado da Saúde e do instituto Butantan (http:// www.saude.sp.gov.br/ http://www.butantan.gov.br)

REGULAMENTO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA 01/2017
I.                    Objeto:
O Instituto Butantan em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (“SES/SP”) torna pública a presente Audiência Pública, aberta a qualquer interessado, cujo objetivo é apresentar e obter subsídios e informações adicionais para o aprimoramento do projeto de adequação exploração, operação e manutenção da Fábrica de Hemoderivados do Estado de São Paulo.

II.                  DATA e HORÁRIO: 12-09-2017, das 9h às 13h.
III.                LOCAL: Auditório do CDC do Instituto Butantan (Av. Vital Brasil, 1500 - Butantã, São Paulo - SP)

II. PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS:

1) A participação é aberta a todos os interessados.

2) Os interessados em participar da Audiência Pública deverão se inscrever previamente, enviando seus dados (nome, empresa/entidade e contatos) para o e-maildiretoria.secretaria@butantan.gov.br , até as 18h do dia 11-09-2017.

3) Todos os participantes terão sua identificação registrada quando adentrarem às instalações em que será realizada a Audiência Pública.

4) Após os comentários do Instituto Butantan, da SES/SP e das equipes das assessorias jurídica e econômico-financeira, será aberto espaço para manifestações dos demais participantes.

5) As inscrições serão validadas antes do início da Audiência, sendo que serão fornecidos número de inscrição a cada qual dos interessados.

III. PROCEDIMENTOS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA 01/2017:

  1. SOLENIDADE DE ABERTURA COM:

a) A formação da Mesa Diretora, a qual será composta pelo Presidente da Sessão de Audiência Pública e por um integrante do Instituto Butantan e por, pelo menos, um integrante da Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo.

b) O Presidente da Sessão poderá, a seu exclusivo critério, chamar a tomar assento à mesa, técnicos e consultores, conforme exigir a exposição dos trabalhos.

c) A Sessão será presidida pelo Professor Doutor Dimas Tadeu Covas, Diretor do Instituto Butantan ou quem por ele for designado.

d) O Presidente da Sessão designará o Secretário dos trabalhos.

e) A solenidade de abertura dos trabalhos será realizada em aproximadamente 15 minutos.

2. EXPOSIÇÃO TÉCNICA E CONTRIBUIÇÕES

a) Tempo de Exposição:
Apresentação do tema pelo Instituto Butantan, pela SES/SP e eventualmente pela equipe de assessores jurídico e econômico-financeiro: 60 minutos. Contribuições Após apresentação do tema, será aberto espaço para contribuições por parte dos participantes. Tantos as contribuições, quanto as sugestões deverão ser feitas por escrito, em formulário que será distribuído durante a Audiência Pública. Além das sugestões e contribuições feitos durante a Audiência Pública, até o dia 22-09-2017, os interessados poderão apresentar contribuições por escrito, que deverão ser enviadas para o e-mail: diretoria.secretaria@butantan.gov.br  

b) Registro da Audiência Pública Todos os depoimentos e exposições serão registrados por meio eletrônico (gravação em áudio e vídeo), de forma a preservar a integridade de seus conteúdos e o seu máximo aproveitamento como subsídios ao aprimoramento a que se destina a Audiência Pública.
Ao fazer a inscrição e participar da Audiência Pública todos os participantes autorizam a utilização e a divulgação pelo Instituto Butantan das gravações áudios-visuais, referidas no item anterior, bem como dos demais materiais apresentados durante a Audiência Pública.

IV. DA DURAÇÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA:
A Audiência Pública poderá ter o encerramento antecipado ou prorrogado, a critério do Presidente da Sessão.

V. ENCERRAMENTO:
O encerramento da Audiência Pública será efetuado pelo Presidente da Sessão. Republicado por ter havido incorreções.


CANCER, TRATAMENTO INÉDITO NOS EUA aprovam terapia inédita que mudará o tratamento do câncer


Aprovação inaugura uma nova era da medicina. O tratamento deverá custar 475 000 dólares - o equivalente a 1.5 milhão de reais

A FDA, a agência americana que regula medicamentos, aprovou nesta quarta-feira um tratamento inovador capaz de combater o câncer. A terapia celular chamada comercialmente de Kymriah (tisagenlecleucel), da farmacêutica suíça Novartis, será indicada para casos de leucemia linfoide aguda, um tipo de câncer comum em crianças e adolescentes. Poderá ser uma opção para pacientes com até 25 anos que não melhoraram com nenhum outro tratamento.

“Estamos entrando em uma nova fronteira de inovação médica com a capacidade de reprogramar as células do próprio paciente para atacar um câncer mortal”, afirmou o diretor da agência Scott Gottlieb.

Conhecido como CAR-T, o método é totalmente personalizado e associa a imunoterapia à engenharia genética. Ao contrário dos medicamentos disponíveis atualmente, cada dose é customizada para o paciente e, para isso, há uma logística complexa.

A confecção do tisagenlecleucel consiste em retirar as células de defesa do sangue do próprio doente e modificá-las em laboratório. Uma vez alteradas, as células, mais potentes, são reintroduzidas no paciente. Assim, elas se tornam capazes de reconhecer e destruir o tumor de forma mais eficaz.


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Ministério quer melhorar a execução da Saúde Mental

Subnotificação nos registros de atendimentos, baixa ocupação de leitos de saúde mental e erros na gestão dos recursos foram algumas das falhas identificadas pelo Ministério da Saúde 

O Ministério da Saúde prepara diagnóstico da Saúde Mental em todo o país. Nos últimos meses, a partir de levantamento nacional, a pasta identificou diversas inconsistências em ações nos estados e municípios, como má gestão dos recursos destinados às obras, baixa ocupação de leitos de saúde mental em hospital geral, e subnotificação nos registros de atendimentos e produção. Com o objetivo de elaborar medidas efetivas para aprimorar o controle e o modelo de financiamento, o
Ministério da Saúde criou um Grupo de Trabalho, que já conta com atuação ativa de representantes da União, estados e municípios.  Atualmente, o orçamento federal destinado à saúde mental é de R$ 1,3 bilhão por ano.

“Todos esses problemas apontados podem ser resultado de subnotificação ou de serviços inexistentes. Com a criação do grupo de trabalho, o Ministério da Saúde quer de forma tripartite, com apoio das secretarias municipais e estaduais de Saúde, buscar a melhor forma de monitorar, fortalecer e qualificar o atendimento à população, que busca os serviços relacionados à saúde mental”, afirma o secretário de Atenção à Saúde, Francisco Figueiredo.

Em dez anos, a pasta repassou mais de R$ 185 milhões para financiar serviços que não foram concretizados. Os valores, não corrigidos pela inflação, destinaram-se à habilitação de leitos para internação em hospitais gerais, criação e custeio de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades de Acolhimento, Residências Terapêuticas e construção de obras. A ausência da execução dos serviços está presente em todas as regiões do país.

Outro problema identificado é a subnotificação da produção dos CAPS.  Cerca de 16% dessas unidades – de um total de 2.465 -, ou seja, 385 serviços, não registraram atendimentos nos últimos três meses. Em 2016, mais de 200 centros não registraram qualquer tipo de produção durante o ano todo. Desse modo, não há como o Ministério da Saúde saber se esses serviços efetivamente existem. Apenas a metade do total das unidades tem relatado mensalmente sua produção.

Em relação aos leitos de internação em hospital geral, a situação é ainda mais grave. Ao todo, são 1.164 leitos destinados à Saúde Mental em hospitais gerais no país. Destes, a metade não registra qualquer ocupação. A taxa de ocupação destes leitos, hoje, é de menos de 15%, enquanto deveria estar próxima a 80%. Por outro lado, o diagnóstico do Ministério da Saúde mostrou que 44 hospitais psiquiátricos especializados tiveram atendimento acima da capacidade. Essas unidades recebem por atendimentos realizados. Ou seja, quanto maior a produção, maior o repasse federal. O Ministério da saúde paga, anualmente, cerca de R$ 80 milhões para o custeio do total desses leitos (1.164).

MEDIDAS TOMADAS - O Ministério da Saúde, junto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) criaram um grupo de trabalho tripartite para elaborar mecanismos para identificar e corrigir os problemas encontrados.

A pasta também já está notificando os municípios que não relataram os seus atendimentos, e que receberam verbas, mas não executaram as obras e ações previstas na Política de Saúde Mental. Se comprovado à não execução dos serviços, os municípios deverão devolver os recursos recebidos.

Também se estuda a possibilidade de descredenciamento de centros e unidades que deixarem de informar os serviços prestados.

Outra ação em execução é a criação de um sistema de monitoramento da aplicação dos recursos e da realização dos atendimentos nos estados e municípios. A medida dará mais transparência aos processos e permitirá uma melhor fiscalização por parte do Ministério da Saúde. O mecanismo também possibilitará identificar se os serviços estão com problemas na notificação ou se estão sem funcionamento.

CENÁRIO DA SAÚDE MENTAL – A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é formada por 2.465 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dos quais 424 são especializados no atendimento em álcool e drogas; 35 Unidades de Acolhimento infanto-juvenil (UAI); 21 Unidades de Acolhimento para adultos (UAA); e 1.163 Leitos de Saúde Mental em Hospital Geral, além de 104 Consultórios na Rua, que ficam sob responsabilidade da Atenção Básica. São 493 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) para moradia de pessoas em situação de vulnerabilidade que ficaram longo período internadas em hospitais psiquiátricos ou de custódia.

Entre 2014 e 2017 houve aumento de 36% no número de leitos de Saúde Mental em hospital geral, passando de 858 para 1.164 leitos.

O Ministério da Saúde, por meio do SUS, adota a Política Nacional de Saúde Mental, estabelecida pela Lei Federal 10.216/2001, que consolida a Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216/2001) como estratégia de estado. As premissas da política, reconhecida pela estratégia de proteção e defesa dos direitos humanos, consolidam um modelo humanizado de atenção à saúde de base comunitária, promovendo a reinserção social e reabilitação psicossocial a essa população. Desta forma, desde 2001, a estratégia de Saúde Mental é desenvolvida no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 23 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de transtorno mental, sendo 5 milhões em nível de moderado a grave. Entre 2012 e 2016, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 5 bilhões em investimento e custeio dos estabelecimentos da RAPS em todo o país, e R$124 milhões para custeio dos Consultórios de Rua. Os repasses financeiros para sustentação de todos esses serviços implantados são realizados regularmente mês a mês.

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde


MINISTRO RICARDO BARROS Esclarece reportagem da Folha de S. Paulo

Sobre a reportagem “Ministro negociou mesada em troca de nomeação no Paraná, diz delator”, da Folha de S. Paulo, desta sexta-feira (1º), o Ministério da Saúde esclarece que:

Pelas informações, trata-se de delação no âmbito da operação Quadro Negro.
Deve ser destacado que os fatos citados nada têm a ver com esta operação, pois Juliano trabalhou por três meses na Valor, empresa do pretenso delator, em período posterior às irregularidades citadas e anterior ao seu conhecimento público.

A operação Quadro Negro já virou inquérito e ação na Justiça há mais de um ano. Todos os envolvidos já foram ouvidos e não houve qualquer citação ao ministro.

Quanto à insinuação de "troca de cargo" envolvendo a servidora Marilaine Firmino, a suposta acusação não procede, pois ela é funcionária de carreira do Estado e nunca trabalhou na Secretaria do Meio Ambiente.

Antes do episódio, ela ocupava cargo na secretaria de educação, foi nomeada em FG (Função Gratificada) da vice governadoria, mas trabalhou efetivamente na Casa.

Civil. Depois, em abril, foi para a Secretaria de Administração, em março de 2017 alocada na Secretaria de Desenvolvimento Urbano como ouvidora, e em julho de 2017 voltou para a Secretaria de Administração.

A menção à colaboração voluntária da empresa no período de campanha é no estrito cumprimento da legislação eleitoral à época.

O ministro já solicitou ao ministro do STF, Luiz Fux, a abertura de sindicância para identificar os autores do vazamento, conforme preconiza a lei. O vazamento prejudica os citados, na medida em que nem ele nem seus advogados têm conhecimento sobre o conteúdo efetivo da delação, e se ela de fato existe.

O ministro também solicitará, se ou quando, notificado a separação deste suposto fato envolvendo R$ 45 mil do conjunto da Operação Quadro Negro, pois não há efetivamente nenhuma conexão entre os fatos que, segundo o que se sabe da narrativa do delator ocorreram em períodos distintos.
Juliano, no ano passado, já fez sua declaração no processo judicial reafirmando sua condição de contratado pela empresa Valor onde recebia salário.

O ministro está à inteira disposição para esclarecimentos quando tiver acesso ao inteiro teor da suposta delação, reafirmando sua lisura no exercício da função pública.


Setor de equipamentos crescerá com rastreabilidade de MEDICAMENTOS

A regulamentação da fase experimental do sistema que controlará produção, distribuição e venda de medicamentos reforçou a perspectiva positiva dos fornecedores de máquinas e equipamentos para o setor farmacêutico.

Segundo o diretor de vendas para América Latina do Grupo Optel, Giancarlo Fusaro, até 2021 toda a cadeia farmacêutica deverá estar adaptada para atender as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esse processo poderá triplicar a demanda da companhia a partir de 2019. "Até o final de 2018, o sistema estará em fase experimental com alguns laboratórios selecionados pela Anvisa. Terminada essa fase todas as empresas deverão buscar enquadramentos nas regras, o que deve elevar bastante nossa demanda", estima o executivo.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Juliano Vinhal, comenta que as gigantes do setor já iniciaram o processo, mas a falta de clareza que ronda o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) acabou colocando o projeto das pequenas empresas em espera. Ele lembra que a implantação do SNCM está sendo discutida há anos, entretanto, em 2016, após reinvindicação dos laboratórios, foi adiado e alterado. "O mercado é muito rápido em relação à evolução de equipamento. Nos últimos seis anos as tecnologias evoluíram muito", ressalta ele, destacando que algumas empresas terão de atualizar os processos para atender às novas exigências.

Em junho de 2016, o DCI antecipou que o setor ganharia mais tempo para a adaptação. Na época, o gerente de sistemas de informação da Aché, Leandro Roldão contou que o laboratório havia adquirido 25 novas linhas de produção e três estavam prontas para a serialização dos cartuchos, com um investimento inicial de R$ 40 milhões. "Mas a cadeia inteira não é capaz de se desenvolver na mesma velocidade", ponderou ele, na ocasião. A farmacêutica foi uma das selecionadas pela Anvisa para participar da fase experimental, conforme Instrução Normativa divulgada na segunda-feira (28).

A Libbs, outra escalada na etapa, foi a primeira a produzir um lote de medicamentos rastreáveis em 2014, com aporte inicial de R$ 12 milhões em dez linhas de produção. A fase experimental terá ainda Bayer, Boehringer Ingelheim e Janssen-Cilag.

Na visão do presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, a primeira ideia de rastreabilidade não iria funcionar, devido ao alto custo da implantação. "Fizemos um trabalho em conjunto [com os atores do setor] para desenvolver um projeto equalizado e semelhante ao de outros países, com o objetivo de gerar um menor impacto financeiro para as empresas", explica o dirigente. O Sindusfarma projeta um custo total superior a R$ 1,35 bilhão para a implantação SNCM nos laboratórios.

Aumento de custos
Mussolini acredita que, num primeiro momento, os fornecedores de equipamentos devem refletir pouco as últimas normas publicadas pela Anvisa. No entanto, a partir de 2019, quando as regras se tornarem obrigatórias, haverá alta da demanda por equipamentos na cadeia.

"A preocupação agora é não onerar a produção porque a indústria não pode repassar os custos uma vez que o setor é regulado. Isso tem que ser feito com calma para não gerar um desequilíbrio ao setor", afirma o presidente do Sindusfarma.

O dirigente garante que a rastreabilidade tem uma função muito importante nas questões sanitárias, como em caso recall, por exemplo, e para evitar danos a população. "Sem dúvida quando pensamos dez anos atrás consideramos roubo e mercado informal. Hoje, com os sistemas que já existem, o roubo não é o maior problema concorrencial", diz. O sindicato calcula que os roubos de cargas somaram R$ 16,5 milhões entre janeiro e julho no Estado de São Paulo. No ano passado todo, os crimes envolveram R$ 38,5 milhões, considerando dados da Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo.

"A rastreabilidade vai evitar o roubo e a falsificação de medicamentos", garante Giancarlo Fusaro, da Optel.

De acordo com ele, o Brasil tem 1,5 mil linhas de embalagens de remédios. "As empresas deveriam se antecipar ao prazo final, mas boa parte deve ficar para os últimos três anos do prazo da Anvisa", prevê Giancarlo. Até lá, o grupo utilizará sua capacidade instalada no Brasil para atender aos clientes da América do Norte e Europa.
  
(Fonte: DCI – 30/08/2017)



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