Resumo
Economia de Baixo Carbono é
uma forma de produção que busca neutralizar as emissões de Gases do Efeito
Estufa no processo produtivo, ao mesmo tempo em que faz uso intensivo da
tecnologia e fontes de energia limpa, proporcionando maiores benefícios sociais
e econômicos. O objetivo central do presente estudo é avaliar os benefícios e
custos conhecidos na adoção de políticas de descarbonização da economia e
verificar se tais medidas se aplicam ao Brasil como estratégia de retomada
econômica no pós-pandemia do COVID-19. Para desenvolver o trabalho foi
utilizada a pesquisa documental e consultas bibliográficas em artigos
científicos, websites oficiais e demais relatórios produzidos por entidades
civis. Foram considerados também, os resultados obtidos nos países da União
Europeia (UE) a partir de 2015, quando estes passam a priorizar políticas
voltadas para uma economia NET Zero (zero emissões líquidas). Apesar dos
grandes desafios, direcionar os esforços para uma economia de baixo carbono é,
em grande medida, uma estratégia importante para o Brasil porque há muitos
ganhos sociais e econômicos envolvidos que compensam os custos.
Introdução
Economia de Baixo Carbono é
uma forma de produção que busca neutralizar as emissões de Gases do Efeito
Estufa (GEE) no processo produtivo, ao mesmo tempo em que faz uso intensivo da
tecnologia e fontes de energia limpa, proporcionando maiores benefícios sociais
e econômicos. Baseia-se também no princípio da compensação, onde o agente
poluidor deve comprar créditos de carbono gerados por agentes que usam práticas
sustentáveis (acordo firmado entre países industrializados no protocolo de
Kyoto em 1997).
Esse modelo reduz as
externalidades negativas da poluição, desestimula práticas poluentes e,
consequentemente protege o meio ambiente e sua biodiversidade. A base que
permite instituir um controle sobre as emissões é o valor monetário atribuído
às emissões, permitindo mensurá-las por meio de um mercado próprio – uma
tonelada de CO2 equivale a um crédito de carbono.
As práticas adotadas nesse
modelo priorizam energia limpa em detrimento de processos convencionais danosos
ao meio ambiente, incorporam a responsabilidade social e buscam o aumento da
produtividade por meio da tecnologia: é preciso produzir mais com menos. A
agricultura com a “floresta em pé” é um dos pilares desse framework.
Autor: Claudio Rubens Silva Filho.