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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Abertas consultas públicas sobre gases medicinais

O prazo para contribuição de duas consultas públicas sobre o tema está aberto a partir desta quarta-feira (5/8). Participe!

Por: Ascom/Anvisa

Nesta quarta-feira (5/8), tem início o prazo de contribuição de duas Consultas Públicas (CPs) sobre gases medicinais. A primeira é a CP 889/2020, uma proposta de revisão da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 70/2008, que dispõe sobre a notificação, o registro e as mudanças pós-registro de gases medicinais enquadrados como medicamentos. Já a segunda é a CP 890/2020, que propõe uma Instrução Normativa (IN) com a lista de gases medicinais enquadrados como medicamentos sujeitos a notificação.

Os interessados em participar terão 60 dias para enviar seus comentários, ou seja, até o dia 5 de outubro. As consultas públicas foram aprovadas na 12ª Reunião Ordinária Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa, realizada no dia 21 de julho. Destaca-se ainda que o tópico é tema da Agenda Regulatória 2017-2020: 7.8 - Registro e notificação de gases medicinais.

Como participar da CP? 

Após a leitura e a avaliação do texto, as sugestões deverão ser enviadas por meio do preenchimento de um formulário específico. As contribuições recebidas são consideradas públicas e estarão disponíveis a quaisquer interessados no menu “resultado” do formulário eletrônico, inclusive durante o processo da consulta. 

Ao término do preenchimento do formulário, será disponibilizado o número de protocolo do registro ao interessado, sendo dispensado o envio postal ou protocolo presencial de documentos em meio físico. 

Aqueles que não têm acesso à internet também podem participar. Nesse caso, as sugestões devem ser enviadas por escrito, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Gerência de Medicamentos Específicos, Notificados, Fitoterápicos, Dinamizados e Gases Medicinais (GMESP/GGMED), SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050. Excepcionalmente, contribuições internacionais poderão ser encaminhadas em meio físico para o mesmo endereço, porém direcionadas especificamente à Assessoria de Assuntos Internacionais (Ainte). 

Após o término da Consulta Pública, a Anvisa vai analisar as contribuições e o resultado será disponibilizado neste portal. A Agência poderá, se houver necessidade, promover discussões técnicas com órgãos e entidades envolvidos com o assunto, bem como com aqueles que tenham manifestado interesse no tema, para deliberação final da Diretoria Colegiada.

Participação social 

As consultas públicas são mais um instrumento de participação social que a Anvisa adota e por meio das quais costuma submeter ao público, por um tempo determinado, propostas de atos normativos para recebimento de comentários e sugestões. As contribuições recebidas são utilizadas como subsídios para consolidação do texto final, que é submetido posteriormente à decisão da Diretoria Colegiada da Agência.

Câmara dos Deputados-AUDIÊNCIAS INTERATIVAS-09h30 - Reunião Técnica - COMISSÃO EXTERNA DE ENFRENTAMENTO À COVID_19

68ª Reunião Técnica por videoconferência

Tema - A Vacina da Covid-19 e a Estratégia Nacional de Vacinação

Convidados

- ARNALDO CORREIA DE MEDEIROS, Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde;

- NISIA TRINDADE LIMA - Presidente da Fundação Oswaldo Cruz;

- MARCO KRIEGER - Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz;

- MAURICIO ZUMA, Diretor do Instituto Bio-Manguinhos da Fiocruz;

- WILLAMES FREIRE BEZERRA, Presidente do CONASEMS; e

- NEREU HENRIQUE MANSANO, Assessor Técnico e Gerente do Núcleo de Epidemiologia do CONASS.

Participar


Diretora da OPAS alerta para interrupções nos serviços regulares de saúde devido à COVID-19

Os serviços de saúde nos países das Américas estão sendo interrompidos à medida que profissionais de saúde são redirecionados para atender pacientes com COVID-19, as pessoas estão hesitando em procurar atendimento de rotina devido ao medo de infecção e as cadeias globais de fornecimento de medicamentos e equipamentos estão prejudicadas, alertou nesta terça-feira (4) Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).  

“Sem médicos e enfermeiros disponíveis para oferecer outros serviços essenciais no primeiro nível de atenção – incluindo atendimento relacionado à gestação e gerenciamento de condições crônicas como diabetes ou doenças infecciosas como HIV, TB e malária –, esses serviços foram severamente interrompidos ou pior ainda, pararam por completo”, explicou Etienne na coletiva de imprensa semanal da OPAS.

A região permanece sob forte controle a pandemia. Em 3 de agosto, as Américas contabilizavam mais de 9,7 milhões de casos e mais de 365 mil mortes. “E esses números continuam a aumentar”, afirmou a diretora da OPAS.

“Mais de um quarto dos países suspenderam campanhas de vacinação de rotina” e “semanas ou meses de interrupção aumentarão o risco de surtos de doenças evitáveis por vacinas, revertendo nossas tendências de longa data na região”, pontuou Etienne.

Em 27 países, metade dos programas de diabetes e hipertensão da atenção primária foi interrompida, mostra pesquisa, e as visitas relacionadas à gestação caíram 40%. Hoje, 11 países das Américas têm menos de três meses de fornecimento de antirretrovirais. “Se estes não forem reabastecidos em breve, as pessoas que vivem com HIV podem ter que interromper o tratamento. A falta desses suprimentos simplesmente não é uma opção”, afirmou a diretora da OPAS.

Uma resposta prolongada a esta pandemia deve incluir o fornecimento de outros serviços essenciais para salvar vidas, defendeu Etienne. "Os países devem evitar pensar que precisam fazer uma escolha entre reabrir economias e proteger a saúde e o bem-estar de seu povo.”

A OPAS está pedindo aos países que se adaptem a essa nova situação para “reestruturar como os cuidados essenciais são prestados e investir no primeiro nível de atenção”, usando telemedicina, visitas domiciliares e programas de extensão comunitária para apoiar populações vulneráveis”. Ao mesmo tempo, também devem mitigar os efeitos da COVID-19. “Esta não é uma escolha, os governos devem encontrar esse equilíbrio cuidadoso para a saúde pública”, disse a diretora da OPAS.

“Os países podem responder à COVID-19 fornecendo testes e rastreamento de contatos, além de oferecer outros serviços essenciais, como imunização e apoio à saúde mental. Uma abordagem integrada economiza tempo e recursos dos pacientes, melhorando a qualidade dos cuidados que eles recebem ", disse ela. "Os investimentos em atenção primária à saúde também melhoram a eficiência, reduzem os custos de cuidados de saúde e permitem que hospitais e comunidades expandam a capacidade em outras áreas de atendimento".

“Enquanto continuamos esse caminho em direção à saúde universal, precisamos garantir que nossos sistemas de saúde sejam resilientes e que tenham os recursos, suprimentos e profissionais de saúde necessários para combater uma pandemia, além de manter as pessoas saudáveis e protegidas de outras doenças”, concluiu Etienne.

Fonte:OPAS/OMS Brasil

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Tecpar é primeira estatal a migrar para o mercado livre de energia

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) passou a comprar energia no ambiente de contratação livre. É a primeira empresa estatal do Paraná a migrar para o mercado livre de energia. A mudança aconteceu no primeiro dia de julho, quando o instituto passou a comprar energia da Copel Mercado Livre.  

O principal argumento para a mudança foi a economia com a fatura de luz. No primeiro mês do contrato, o Tecpar deixou de gastar R$ 27 mil com a conta de energia, comparando com o valor que pagaria se ainda estivesse no mercado cativo.  

Além da mudança para o mercado livre, a empresa escolheu a modalidade de consumidor varejista para simplificar todo o processo no mercado. “Nossa gestão tem buscado utilizar as ferramentas disponíveis atualmente com o objetivo de reduzir custos”, diz o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.  

“Com a Copel Mercado Livre, pudemos contratar a energia com previsibilidade no valor, porque não temos mais a questão da Bandeira Tarifária, em que todo mês a Aneel define uma tarifa extra. Agora a despesa com energia elétrica passou a ser previsível ", destaca Callado. 

TRÊS UNIDADES - O Tecpar migrou três unidades para o mercado livre de energia. A maior delas é a sede, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). “A economia de R$ 27 mil é referente apenas a unidade do CIC. Ainda temos a unidade do bairro Juvevê e a unidade da cidade de Araucária, que estão entrando no mercado livre nos próximos meses e já estão contratadas com a Copel Mercado Livre. A economia para o ano de 2020 deve ficar em torno de 10%”, comenta o diretor-geral da Copel Mercado Livre, Franklin Miguel.   

COPEL MERCADO LIVRE -A Copel Mercado Livre foi uma das primeiras empresas autorizadas a comercializar energia na modalidade varejista. “Nosso objetivo é simplificar todo o processo do mercado livre. Queremos que o nosso cliente tenha os benefícios da economia sem se preocupar com mais nada", destaca Franklin Miguel.    A Copel foi pioneira no mercado livre ao criar uma comercializadora de energia e a primeira a vender energia para consumidores livres em 1995, mesmo ano de criação deste mercado no Brasil. A Copel Mercado Livre foi criada em 2016, para oferecer mais economia para clientes de todas as regiões do Brasil. Hoje, é a quinta maior do país em volume de energia comercializada nesta modalidade.

Fonte:Portal Tecpar  

5 de agosto: Dia Nacional da Vigilância Sanitária

Além de zelar pela segurança e pela qualidade de produtos e serviços, também é atribuição da vigilância sanitária estabelecer medidas de enfrentamento a doenças, como a Covid-19.

Por: Ascom/Anvisa 

Cinco de agosto é Dia Nacional da Vigilância Sanitária, instituído em 2015 pela Lei 13.098. A data homenageia o nascimento do médico e sanitarista Oswaldo Cruz, e marca o reconhecimento da importância estratégica dessa área, responsável por diversas ações de preservação da saúde da população.     

Além da promoção da segurança e da qualidade dos produtos e serviços utilizados diariamente pela população, também é atribuição da vigilância estabelecer medidas de enfrentamento sanitário em momentos preocupantes, como o que estamos vivenciando na atual pandemia de Covid-19.   

No mundo, é uma das mais importantes áreas da saúde pública, por estabelecer regulamentações que visam atender a necessidades das populações de cada nação, criando barreiras de proteção à vida.    

Rede   

Internacionalmente, a vigilância sanitária forma uma rede de proteção mundial. No Brasil, a Anvisa cumpre o mesmo papel que, lá fora, é desempenhado pelas agências reguladoras norte-americana (Food and Drug Administration – FDA), europeia (European Medicines Agency – EMA), japonesa (Pharmaceuticals and Medical Devices Agency – PMDA) e australiana (Therapeutic Goods Administration – TGA), isso só para citar alguns exemplos.     

Essas instituições contam com equipes técnicas de especialistas capacitadas para avaliar a realização de estudos sobre novos medicamentos e a entrada de inovações tecnológicas, como os dispositivos e equipamentos médicos, além de estabelecer condições rigorosas para aprovação e registro de fármacos, alimentos e diversos outros produtos, bem como realizar ações de monitoramento de serviços de saúde.   

As agências também investem em ações de promoção da convergência regulatória, que significa alinhar normas, fazendo com que não existam padrões distintos, nacionais e internacionais, aplicados aos produtos sujeitos à vigilância sanitária, facilitando a circulação de produtos, o comércio internacional e o acesso da população a produtos de qualidade, algo essencial neste momento de pandemia.       

Anvisa 

Criada em 1999, a Anvisa é reconhecida internacionalmente como órgão de excelência na área. Essencial à vida dos brasileiros e à economia nacional, sua atuação abrange atividades como a regulação, a fiscalização, o monitoramento e o registro de produtos, além do controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras e ainda a coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).   

Ao todo, o órgão é responsável por 12 temas gerais: agrotóxicos, alimentos, cosméticos, laboratórios analíticos, medicamentos, saneantes, farmacopeia, tabaco, serviços de saúde e produtos para saúde, além da área de portos, aeroportos e fronteiras e de sangue, tecidos, células e órgãos. De acordo com dados de 2019, os produtos regulados pela Anvisa correspondem a 22,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.  

Conexão com estados e municípios 

Para dar conta do trabalho de vigilância sanitária em um país com a dimensão e a divisão territorial do Brasil, além de sua diversidade geográfica, populacional e econômica, existe uma rede nacional de atuação, que abrange o nível central (Anvisa) e as unidades nos estados, municípios e Distrito Federal (DF), conhecidas como as Vigilâncias Sanitárias (Visas) estaduais, municipais e do DF. Esse conjunto forma o SNVS, coordenado pela Agência.  

Embora haja uma coordenação nacional, as Visas são independentes e autônomas na sua atuação em seus territórios. Dessa forma, desempenham um importante conjunto de atividades rotineiras, tais como autorização de funcionamento de estabelecimentos, realização de inspeções e fiscalização, bem como a concessão de certificação de boas práticas, além de licenciamento para empresas que trabalham com produtos sujeitos à vigilância sanitária, entre outras atribuições.  

Além disso, a atuação das Visas assegura a qualidade do sangue na rede brasileira de hemoderivados, bem como de órgãos e tecidos para transplantes. Também há forte atuação nas áreas de portos, aeroportos e fronteiras, onde funcionam como uma tela de proteção sanitária, evitando a entrada e a saída de produtos fora dos padrões de qualidade exigidos mundialmente. Portanto, as Vigilâncias Sanitárias são essenciais para a adoção e o êxito das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (Sars-CoV-2).     

Ações durante a pandemia  

A importância da vigilância pode ser notada no rol de ações implementadas pela Anvisa, por meio de suas diversas áreas, neste momento de pandemia. Confira alguns exemplos:   

Portos, aeroportos e fronteiras (PAF): primeira a sentir o impacto da pandemia, a área orientou as comunidades portuárias, aeroportuárias e de fronteiras sobre como deveriam proceder diante do novo cenário, bem como divulgou esclarecimentos para viajantes e aprovou novos requisitos sanitários para importação e exportação de bens e produtos, entre diversas medidas.  

Serviços de saúde: orientou sobre prevenção e controle de infecções, hospitais de campanha, implantação das práticas de segurança do paciente e equipamentos de proteção individual (EPIs), além de ter participado da campanha “Salve vidas: higienize suas mãos”, da OMS, que, neste ano, teve como tema “Profissionais de enfermagem e atenção obstétrica – o cuidado seguro está em suas mãos”.  

Medicamentos: estabeleceu critérios, procedimentos e requisitos para a exportação, a distribuição e o controle da cloroquina e da hidroxicloroquina, e para a liberação de pesquisa com a hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. Também foram estabelecidos critérios, requisitos e procedimentos extraordinários para avaliação de pedidos de registro de medicamentos e produtos biológicos para prevenção e tratamento da doença e autorização de estudos clínicos para a Covid-19.   

Produtos para saúde: adotou medidas regulatórias destinadas à venda de máscaras de proteção de uso não profissional (máscaras de tecido) em farmácias e drogarias, aprovação de testes rápidos para Covid-19 e orientações sobre máscaras N95 ou equivalentes, além da priorização de análise de pedidos de registro de ventiladores pulmonares.  

Saneantes, cosméticos e produtos para higiene: foram estabelecidos critérios e procedimentos para fabricação, comercialização e exposição à venda de preparações antissépticas ou sanitizantes, aprovação de géis antissépticos e autorização temporária de produção e comercialização de álcool gel de forma direta a farmácias de manipulação.  

SNVS: publicou medidas para ampliação da capacidade laboratorial pública nacional para o diagnóstico da Covid-19 e financiamento especial e específico para as Vigilâncias Sanitárias locais com maiores dificuldades em relação ao enfrentamento da doença, em especial aquelas com problemas nas fronteiras.   

Sangue, tecidos, células e órgãos: aprovou novos critérios para triagem clínica de candidatos à doação de sangue e à doação de órgãos e tecidos, para manejo dos pacientes em lista de espera e dos transplantados e diretrizes para a triagem de pacientes e doadores que realizam procedimentos de reprodução humana assistida. Também tratou do uso de plasma convalescente (parte líquida do sangue coletada de pacientes que se recuperaram da infecção pelo novo coronavírus) como procedimento experimental para tratamento da Covid-19 e divulgou orientações sobre ensaios clínicos e o uso experimental de produtos de terapias avançadas.  

Alimentos: as medidas adotadas foram focadas no uso de luvas e máscaras em estabelecimentos da área de alimentos, orientação para a produção segura de alimentos, orientações para os serviços de alimentação com atendimento direto ao cliente e boas práticas de fabricação e manipulação, entre outras.   

Nova norma sobre laboratórios analíticos entra em vigor

Norma estabelece regras para o funcionamento de laboratórios analíticos, os procedimentos para a sua habilitação na Reblas, entre outros.

Por: Ascom/Anvisa

Entrou em vigor nesta segunda-feira (3/8) a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 390/2020 da Anvisa. A norma estabelece regras para o funcionamento de laboratórios analíticos, os procedimentos para a sua habilitação na Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas) e o seu credenciamento para a realização de análises de orientação, de controle e fiscais em produtos sujeitos à vigilância sanitária, entre outras. 

O regulamento se aplica a detentores de produtos sujeitos à vigilância sanitária, aos laboratórios analíticos localizados no território nacional e às demais empresas responsáveis pela qualidade, segurança e eficácia dos produtos que chegam até o consumidor final.     

Adicionalmente, os laboratórios analíticos prestadores de serviços que realizam ensaios de controle de qualidade em produtos acabados têm o prazo de 1 ano para se habilitar na Reblas. O peticionamento deve ser feito pelo sistema Solicita. 

Priorização de análise de pedidos de credenciamento 

RDC 390/2020 prevê a possibilidade de priorização de análise de pedidos de credenciamento de laboratórios que demonstrem possuir capacidade para atender demandas de programas de monitoramento e de análises de lotes de produtos sob suspeita de descumprirem requisitos de qualidade, segurança ou eficácia. A fim de dar transparência ao processo de priorização, foi elaborado um painel que permite consultar as informações dos produtos priorizados e suas especificações, além da lista dos pedidos de priorização e os pareceres da Anvisa.   

O objetivo do credenciamento é permitir que um laboratório não integrante da Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA) realize análises de orientação, de controle e fiscais, que se configuram em atos materiais que precedem a ação sanitária, ou seja, delegar atividade preparatória para fins de fiscalização e monitoramento dos protocolos sujeitos à vigilância sanitária pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). 

Painel de priorização de análise dos pedidos de credenciamento está disponível na página de Laboratórios Analíticos, na seção de laboratórios credenciados.  

Para mais informações, acesse o documento de Perguntas e respostas sobre o tema

Acompanhe a 13ª reunião da Diretoria Colegiada

Na pauta, proposta de regulamentos sobre receitas de controle especial e medicamentos antimicrobianos emitidas em meio eletrônico, sobre medidas de combate à pandemia de Covid-19 em aeroportos e aeronaves, entre outros assuntos.

Por: Ascom/Anvisa

13ª Reunião Ordinária Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa 

Data: 4/8/2020, terça-feira 

Horário: 9h 

Confira a íntegra da pauta

Acompanhe ao vivo a reunião. 

Nesta terça-feira (4/8), a partir das 9h, a Diretoria Colegiada da Anvisa realiza a sua 13ª Reunião Ordinária Pública de 2020. Na ocasião, os diretores irão analisar proposta de regulamento sobre emissão, prescrição, aviamento, dispensação e guarda das receitas de controle especial e medicamentos antimicrobianos emitidas em meio eletrônico. 

Além disso, estará em discussão uma norma que dispõe sobre medidas de combate à pandemia de Covid-19 a serem adotadas em aeroportos e aeronaves. Outro ponto da pauta é a proposta de resolução que altera a lista das Denominações Comuns Brasileiras (DCBs). 

Consultas públicas 

Na reunião, está prevista a análise de abertura de sete consultas públicas. Três delas são da área de Serviços de Saúde: uma sobre os requisitos de boas práticas para o processamento de dispositivos médicos aplicáveis às empresas processadoras, uma que dispõe sobre os requisitos de boas práticas para o reprocessamento de dispositivos médicos e outra sobre as diretrizes de garantia da qualidade para validação, monitoramento e controle de rotina dos processos de esterilização e processos automatizados de limpeza e desinfecção em serviços de saúde. 

Os diretores analisarão também proposta de consulta pública sobre o enquadramento e regularização de dispositivo médico de uso único ou reutilizável. Serão debatidas ainda propostas sobre os seguintes temas: lista de substâncias conservantes permitidas para formulação de produtos saneantes; requisitos técnicos para inclusão ou alteração de substâncias na lista de conservantes permitidos para formulação de produtos saneantes; e atualização das listas de polímeros sintéticos para goma de mascar, de especiarias e de espécies vegetais para o preparo de chás. 

Também está na pauta a análise do pedido do Hospital Samaritano Higienópolis para importar, em caráter excepcional, o medicamento Cellcept (micofenolato de mofetila) 500 mg - solução intravenosa - e o enquadramento do produto Betacare Nasal® para fins de regularização sanitária na Anvisa. No final, está previsto o julgamento de recursos administrativos.  

Ministério da Saúde lança chamada pública para financiar pesquisa de terapias avançadas

A pasta vai disponibilizar R$ 47,2 milhões para financiar pesquisas no desenvolvimento de tecnologia nacional em terapia celular, terapia gênica e tecido artificial, áreas de interesse do SUS

O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (3/8), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Chamada Pública para financiar pesquisas em terapias avançadas. São produtos biológicos obtidos a partir de células e tecidos humanos que foram submetidos a um processo de fabricação, além dos produtos de terapia gênica. O foco é a manufatura de produtos de terapia celular, terapia gênica e de tecido artificial. São produtos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, serão disponibilizados R$ 47,2 milhões. Podem participar pesquisadores vinculados a Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) com foro no Brasil.

As propostas poderão ser apresentadas até o dia 17 de setembro, por meio da Plataforma Carlos Chagas (http://carloschagas.cnpq.br/), e o resultado final será divulgado até o dia 30 de novembro no site do CNPq.

Na prática, as terapias avançadas têm o objetivo de tratar, prevenir ou até mesmo diagnosticar uma doença e representam uma grande promessa terapêutica para enfermidades complexas e sem alternativas médicas disponíveis. Ainda está prevista, para este ano, a contratação de duas pesquisas que envolvem o tratamento com células-tronco para o tratamento da Covid-19 e a compreensão sobre a evolução e dispersão do coronavírus no Brasil. Ao todo, o Ministério da Saúde investirá R$ 71,4 milhões fara fomentar as pesquisas.

“O Brasil é extremamente dependente a nível tecnológico e produtivo dessas terapias, que vem revolucionando a forma como hoje tratamos as doenças. Esta Chamada Pública é fruto do esforço do Ministério da Saúde que objetiva estimular a nacionalização de competências científicas, tecnológicas e produtivas. Queremos estimular o desenvolvimento e manufatura de produtos de terapias avançadas, em consonância com as prioridades do SUS, em relação a este tipo de tecnologia”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto.

Para a diretora do DECIT/SCTIE do Ministério da Saúde, Camile Giaretta Sachetti, “esse tipo de terapia revoluciona a forma de tratar doenças. Nesse sentido, o Programa Genomas Brasil estabelece bases sólidas para estruturar o desenvolvimento científico e implementar a saúde de precisão no país”, destaca Camile.

“A Chamada Pública apoiará somente projetos que objetivem desenvolver plataformas tecnológicas genuinamente nacionais para obtenção de produtos de terapias avançadas, com objetivo de reduzir a nossa vulnerabilidade e dependência tecnológica externa”, afirmaram os diretores do DGITIS e CGCIS da SCTIE do Ministério da Saúde, Vânia Canuto e Bruno Duarte, respectivamente.

SAÚDE DE PRECISÃO CONTRA A COVID-19

O Ministério da Saúde, por intermédio da SCTIE, firmou neste ano o Termo de Execução descentralizada (TED) nº 48/2020 – Saúde de Precisão, no valor de R$ 71,4 milhões, para viabilizar ações de fomento à pesquisa e de formação de capital intelectual do Programa Genomas Brasil. Além da Chamada Pública para terapias avançadas, estão sendo contratadas, para este ano, duas pesquisas voltadas para o tratamento e para a compreensão do envolvimento do componente genético na Covid-19.

A primeira delas realizará um ensaio clínico para avaliar a viabilidade, segurança e eficácia clínica do uso de células-tronco mesenquimais para o tratamento de pneumonia causada pelo coronavírus. Para este ensaio clínico, serão recrutados 60 voluntários nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.

A segunda pesquisa se trata de uma rede de pesquisadores que pretendem identificar genes, fatores imunológicos e marcadores biológicos na população brasileira, que estão associados com quadros clínicos leves e graves da Covid-19. Além disso, também será realizado o sequenciamento do genoma do coronavírus para compreender a evolução do vírus no país, o que vai gerar dados importantes para a vigilância epidemiológica. No estudo de coalizão, serão incluídos até 1.600 voluntários com quadros clínicos leves, assintomáticos e graves de Covid-19 de todas as cinco microrregiões brasileiras.

A saúde de precisão, também chamada de medicina de precisão ou personalizada, alia a utilização de dados já empregados na prática clínica para diagnosticar e tratar doenças ao perfil genético do indivíduo. A principal vantagem é identificar o surgimento de doenças antes mesmo que os primeiros sintomas se manifestem. Isso possibilita a prevenção, monitoramento e possibilita tratamento mais eficaz.

O Programa Genomas Brasil tem por finalidade estabelecer bases estruturantes sólidas para a nacionalização de competências e capacidades científicas, tecnológicas e produtivas, criando um ecossistema de inovação capaz de posicionar o país, como uma das nações líderes a nível global, na implementação da saúde de precisão.

Por Vanessa Aquino, da Agência Saúde, com informações da SCTIE

Atendimento à imprensa

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sábado, 1 de agosto de 2020

Workshop regulatório global sobre evidências reais e estudos observacionais do COVID-19

Vigilância e vigilância de vacinas, colaboração em estudos de gravidez e criação de coortes internacionais de pacientes foram os principais tópicos discutidos durante o terceiro workshop sobre estudos observacionais de dados do mundo real no contexto do COVID-19. O workshop, organizado sob a égide das Autoridades Reguladoras da Coalizão Internacional de Medicamentos (ICMRA), foi co-presidido pela Health Canada e pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e ocorreu em 22 de julho de 2020. As principais conclusões do workshop são resumidas em um relatório .

As evidências geradas por pesquisas observacionais de alta qualidade são fundamentais para entender a segurança e a eficácia dos medicamentos no uso diário de pacientes e médicos.

Reguladores de todo o mundo estão trabalhando juntos para aprimorar as capacidades globais de pesquisa observacional durante a pandemia em curso do COVID-19.

Os participantes do workshop discutiram as atividades em andamento dos três grupos de trabalho estabelecidos pela coalizão que se concentram na vigilância e vigilância de vacinas, na colaboração em estudos de gravidez e na construção de coortes internacionais de pacientes.

Os membros do grupo de trabalho de vacinas e vigilância forneceram uma atualização sobre o desenvolvimento de uma rede de farmacovigilância COVID-19 para compartilhar conhecimento, experiência e comunicação sobre as atividades de planejamento de farmacovigilância , bem como dados emergentes sobre a segurança e eficácia das vacinas, uma vez implantadas.

Nesse contexto, a EMA apresentou a infraestrutura que configurou para monitorar a segurança das vacinas quando usadas na prática clínica diária em toda a Europa. A Agência explicou alguns dos projetos existentes para coletar dados sobre a cobertura de vacinas em todos os países europeus e realizar um monitoramento quase em tempo real da segurança das vacinas.

O segundo grupo de trabalho, sobre a segurança dos medicamentos COVID-19 durante a gravidez, discutiu as etapas necessárias para construir uma rede de pesquisa mundial sustentável de fontes de dados e identificar modelos e protocolos comuns de dados que permitirão realizar análises estatísticas de dados em mulheres grávidas em todo o mundo. diferentes regiões do mundo. Os participantes da reunião concordaram com a primeira etapa do projeto, a compilação de um inventário global de iniciativas em andamento sobre este tópico.

Os reguladores também avançaram nas discussões sobre o estabelecimento de coortes internacionais de pacientes, a fim de realizar estudos observacionais em larga escala em pacientes com COVID-19. Os membros do grupo de trabalho concordaram com um conjunto de critérios que informarão a seleção dos tópicos de pesquisa a serem abordados por essa colaboração internacional.

A reunião se baseou na experiência e no conhecimento adquiridos nas oficinas anteriores sobre pesquisa observacional COVID-19, realizadas em abril e maio, onde foi encorajada a colaboração internacional e o compartilhamento de informações entre os reguladores. Participaram do workshop 28 representantes de autoridades reguladoras de medicamentos e especialistas da Organização Mundial da Saúde.

A discussão foi moderada por Sophie Sommerer, Diretora da Marketed Health Products Directorate na Health Canada e Peter Arlett, Chefe da Data Analytics and Methods Task Force na EMA.

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E-mail:  press@ema.europa.eu

Testes de Covid-19: zerada fila de pedidos de registro

No total, foram analisadas quase 600 solicitações de registro desde março deste ano.

Por: Ascom/Anvisa

A Anvisa zerou a fila de análise de petições de registro de testes para diagnóstico de Covid-19. De acordo com a Gerência Geral de Produtos para Saúde (GGTPS), a manifestação técnica final referente ao último processo que aguardava análise foi emitida no dia 29 de julho.  

De um total de quase 600 solicitações de registro recebidas entre março e julho deste ano, 329 foram aprovadas. Outros 100 pedidos não atenderam aos requisitos regulatórios e foram reprovados. 

Dezenove aguardam a certificação de boas práticas de fabricação de empresas internacionais para a publicação do registro e mais 126 encontram-se em fase de exigência técnica, quando a Anvisa solicita dados complementares ao fabricante.  

Os testes para Covid-19 são dispositivos médicos de uso profissional que podem identificar anticorpos, ou seja, uma resposta do organismo ao contato com o vírus, seja ele recente (IgM) ou há mais tempo (IgG). Há também dispositivos que identificam material genético (RNA) ou “partes” (antígenos) do vírus, por meio do RT-PCR. 

Entre os testes, existem os que usam sangue, soro ou plasma e outros que precisam de amostras de secreções coletadas das vias respiratórias, como nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). 

Prioridade  

Para possibilitar o acesso a esses produtos de forma emergencial, em março deste ano a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada RDC 348/2020, que flexibilizou os requisitos regulatórios para dar mais agilidade às análises de pedidos de registro. Foi essa medida que permitiu que um grande número de solicitações tivesse prioridade e fosse analisada em um curto período de tempo.  

A Agência informa que, por conta do atual cenário de pandemia, todos os dias há novas solicitações de avaliação de produtos, mas que está preparada para tratar com prioridade os pleitos que chegarem para análise.   

Transparência 

A Anvisa conta com uma plataforma de Business Intelligence (BI) da fila completa de produtos para diagnóstico in vitro da Covid-19. A plataforma de inteligência empresarial proporciona transparência à situação dos pedidos protocolados junto à Agência. 

A novidade permite a consulta a diversos dados, como, por exemplo, a quantidade de pedidos deferidos, indeferidos, em análise, aguardando o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF), entre outros. Para conferir as informações, basta acessar o BI de produtos de diagnóstico in vitro para Covid-19, disponível aqui no portal.  

Também pode ser consultada uma plataforma de inteligência que apresenta a situação de análise das petições de CBPF de produtos para diagnóstico in vitro da Covid-19. A certificação de qualidade da empresa fabricante é um requisito para a concessão do registro. Confira os dados acessando o BI de CBPF de fabricantes de produtos para diagnóstico da Covid-19.

Boas práticas: orientação para renovação de certificado

Anvisa alerta que peticionamentos realizados de forma incorreta acarretam devolução ou indeferimento do pedido.

Por: Ascom/Anvisa

O peticionamento incorreto de pedidos de renovação do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) e do Certificado de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem (CBPDA) leva à devolução ou ao indeferimento de processos junto à Anvisa. Por isso, é necessário que a empresa tenha atenção na hora de fazer a solicitação e que siga as regras da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 39/2013, que dispõe sobre este assunto.    

O alerta é da Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) da Agência, que desde 2018 disponibiliza códigos de assuntos para a renovação de certificados relacionados a produtos para saúde, saneantes, insumos farmacêuticos ativos, medicamentos, alimentos e cosméticos, além de perfumes e produtos para higiene.   

Como proceder  

A primeira providência para evitar problemas é garantir que as petições de renovação sejam vinculadas a processos primários de CBPF. Em alguns casos, as empresas têm feito esses pedidos  vinculando as petições aos processos de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) ou peticionando novo processo primário, o que está incorreto, nos dois casos.

O segundo item que deve ser respeitado para ter direito à revalidação automática e à certificação sem interrupção é atender aos requisitos de prazo do artigo 42 da RDC 39/2013. De acordo com a norma, os pedidos devem ser protocolados no espaço de tempo adequado, sendo que as solicitações de renovação do CBPF devem ser apresentadas entre 270 e 180 dias antes do vencimento do certificado vigente.  

A GGFIS ressalta que a revalidação automática ocorre nos termos do artigo 43 da RDC 39/2013 e que a certificação pode ser cancelada nos casos em que o estabelecimento for classificado como em exigência ou insatisfatório.   

Por fim, a Anvisa orienta que os pedidos devem ser feitos utilizando os códigos de assuntos de renovação, nos casos em que o último certificado emitido já estiver vinculado a um processo de certificado de boas práticas. Ao todo, estão disponíveis 48 códigos de assunto, todos listados na tabela em anexo

Leia também: 

Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 39/2013 – Dispõe sobre os procedimentos administrativos para concessão da Certificação de Boas Práticas de Fabricação e da Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem.  

Fiocruz e AstraZeneca alinham detalhes para produção de vacina

Documento assinado nesta sexta-feira (31) define como será conduzido o acordo para a transferência de tecnologia e a produção de 100 milhões de doses para o Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, e a AstraZeneca assinaram nesta sexta-feira (31/07) um documento que dará base para o acordo entre os laboratórios sobre a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança. O entendimento é o passo seguinte às negociações realizadas pelo governo federal, a Embaixada Britânica e o laboratório AstraZeneca.

O Ministério da Saúde prevê um repasse de R$ 522,1 milhões na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos. O objetivo é ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas e tecnologia disponível para a proteção da população. Outros R$ 1,3 bilhão são despesas referentes a pagamentos previstos no contrato de Encomenda Tecnológica. Os valores contemplam a finalização da vacina.

“Demos mais um passo importante para a formalização do acordo entre os laboratórios. Essa ação do governo federal significa um avanço para o desenvolvimento de tecnologia nacional e de proteção da população brasileira”, afirma Camile Giaretta, diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.

O Memorando de Entendimento que define os parâmetros econômicos e tecnológicos para a produção da vacina da covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford já está em fase de estudos clínicos no Brasil e em outros países. O acordo prevê o início da produção da vacina no Brasil a partir de dezembro deste ano e garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha condições de produzir a vacina de forma independente.

"Nos seus 120 anos de história, a Fiocruz sempre respondeu às grandes questões do SUS e às emergências sanitárias. Frente à pandemia da Covid 19, chegarmos a esse momento para celebrar o acordo com a farmacêutica AstraZeneca e realizar a encomenda tecnológica e a incorporação da tecnologia em Bio-Manguinhos é um passo fundamental para salvar vidas e garantir a autonomia e a soberania do nosso país na questão da vacina”, ressalta Nísia Trindade, presidente da Fiocruz.

O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo brasileiro e governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. O próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica, previsto para a segunda semana de agosto, que garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.

A Fiocruz recebeu informações técnicas fornecidas pela AstraZeneca necessárias para a definição dos principais equipamentos para o início da produção industrial. Com sua larga experiência em produção de vacinas, a instituição também colocará à disposição sua capacidade técnica a serviço dos esforços mundiais para a aceleração do escalonamento industrial da vacina junto a outros parceiros.

Ao mesmo tempo, a Fiocruz constituiu um comitê de acompanhamento técnico-científico das iniciativas associadas às vacinas para a Covid-19. O comitê é coordenado pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, e tem a participação de especialistas da Fiocruz e de instituições como USP, UFRJ e UFG. 

A vacina produzida por Bio-Manguinhos será distribuída pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), que atende o Sistema Único de Saúde (SUS). O acordo com a AstraZeneca permitirá, além da incorporação tecnológica desta vacina, o domínio de uma plataforma para desenvolvimento de vacinas para prevenção de outras enfermidades, como a malária.

A assinatura deste acordo é mais um passo decisivo para a produção de uma vacina contra a Covid-19 no Brasil, contribuindo para a soberania nacional ao garantir ao país competência tecnológica e fortalecimento do SUS no combate à pandemia.

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