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domingo, 7 de setembro de 2014

Análise de Mídia - REVISTAS

Revistas em circulação neste fim de semana mantém a tendência observada nos últimos dias e registram o impacto negativo da economia no setor industrial.

As relações comerciais do Brasil e os posicionamentos dos presidenciáveis para assuntos de interesse da indústria completam a agenda.

Entre as abordagens econômicas e como ponto de atenção, CARTA CAPITAL destaca que as quedas sucessivas do PIB lideraram a onda de notícias negativas sobre o desempenho recente da economia. “O déficit primário do setor público de 4,7 bilhões de reais em julho, a redução da produção de veículos em 22,4% em agosto, uma nova queda na confiança dos empresários da indústria e do setor de serviços e as taxas de juro mais altas desde 2011 integraram o quadro de informações ruins”, situa a reportagem.

Embora insuficientes para reverter o pessimismo, texto cita como fato positivo principal o aumento de 0,7% na produção industrial de julho sobre o mês anterior, segundo o IBGE, depois de cinco quedas sucessivas.

Em reportagem sobre o intercâmbio comercial entre Brasil e Alemanha, ISTOÉ DINHEIRO afirma que ambos os países tentam resolver, há nove anos, o impasse sobre bitributação. Segundo a reportagem, o acordo deveria ter saído neste ano, “mas não deve ocorrer tão cedo”.

Texto explica que o objetivo era reduzir a participação que ficava retida na fonte no Brasil para abocanhar uma parcela maior dessa troca comercial. Para a Alemanha, o governo brasileiro estava sendo favorecido. O Brasil, porém, recusou-se a mexer na tributação, alegando que significaria uma perda de receita. “O Brasil poderia aumentar 10% suas exportações com o fim da bitributação”, diz Ulrich Grillo, presidente da Confederação da Indústria Alemã.

Ainda conforme a reportagem, de 2006 até o ano passado, o intercâmbio comercial bilateral aumentou, assim como o déficit brasileiro. “Um novo acordo melhoraria os negócios para os dois lados”, afirma Paulo Tigre, vice-presidente da CNI.

Como mais um ponto de atenção, LUÍS ARTUR NOGUEIRA, na ISTOÉ DINHEIRO, posiciona que somente a volta do crescimento da economia poderá ajudar a indústria automotiva a esvaziar os pátios e não as fábricas. “Responsável por 25% do PIB industrial, o setor automotivo não conseguiu se descolar do Pibinho, apesar de todo o otimismo no início do ano, quando a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projetava volume recorde de venda e produção”, diz.

A reportagem adverte que o setor automotivo encerrará 2014 com queda nas vendas, nas exportações e na produção, “sepultando um ciclo de sucessivos recordes nos últimos anos”.

Com foco em negócios, ISTOÉ DINHEIRO aponta que os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), tradicionalmente ligado a produtores rurais ou a bancos que financiam as atividades agrárias, começam a cair no gosto das indústrias, o que pode fazer esse mercado dobrar de tamanho antes do fim do ano.

Reportagem explica que o CRA é um título de renda fixa que tem uma estrutura financeira simples, que permite a empresários do setor agrícola antecipar o recebimento de recursos de sua atividade. A vantagem para a empresa que emite esses papéis é que seu custo financeiro é inferior ao dos empréstimos bancários tradicionais.

ANTONIO DELFIM NETTO, na CARTA CAPITAL, afirma que é “inteiramente justificado o enorme esforço” do ministro Paulo Bernardo para a rápida implantação da tecnologia 4G. Segundo ele, aumentar a concentração em telecomunicações é um retrocesso em relação à necessidade de ampliar a concorrência. “A concorrência obriga a dar atenção prioritária à pesquisa e inovação, a essência do avanço tecnológico”, explica.

Na cobertura voltada para as eleições, abordagens situam o setor industrial na perspectiva dos candidatos à presidência.

ISTOÉ DINHEIRO registra que Aécio Neves intensificou sua campanha, nos últimos dias, com foco na economia. “Só tem um caminho para recuperar a geração de empregos, que é o caminho do crescimento”, afirmou à revista ISTOÉ, do mesmo grupo de comunicação, que promove uma série de entrevistas com os principais candidatos. “O País se desindustrializou”, disse.

Ainda na ISTOÉ DINHEIRO, coluna DINHEIRO DA REDAÇÃO afirma que surpreendeu o setor produtivo a acusação de Dilma Rousseff de que o programa econômico da rival Marina Silva reduziria a pó a indústria. “Já estamos no pó”, resume, segundo a reportagem, um deles para lembrar a candidata de que “o estado de beligerância tomou conta da atividade há muito tempo”.

Coluna adverte também que “não é de hoje que a política industrial ou a ausência dela enfrenta críticas veementes por parte especialmente daqueles que mais dependem de suas diretrizes”. DINHEIRO cita a queda da produção em nove dos últimos 12 meses e afirma também que o patamar de investimento industrial reduziu-se a quase metade do que era quando a presidente tomou posse para o primeiro mandato. 

Também na ISTOÉ DINHEIRO, PODER registra que, apesar de não ser a primeira opção do setor industrial, uma vitória de Marina Silva nas eleições não tira o sono dos empresários. “Eles gostam de seu comprometimento com uma reforma tributária e acreditam que mudanças para aumentar a competitividade do Brasil terão de ser feitas de qualquer maneira, não importa o vencedor do pleito”, situa.

PODER assinala ainda que o governo estuda pedido da indústria para ampliar o prazo do Refis, que parcela com desconto dívidas tributárias das empresas. “A arrecadação com o programa veio abaixo do esperado, e os empresários alegam que o prazo para adesão, de 25 dias, foi curto e a entrada necessária alta”, explica a coluna.

Ao tratar da cobertura das eleições nos Estados, CARTA CAPITAL destaca que, em Pernambuco, o candidato Paulo Câmara (PSB), apadrinhado do ex-governador Eduardo Campos, cresceu 23 pontos e empatou no primeiro lugar com Armando Monteiro Neto (PTB), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, segundo pesquisa do Datafolha. Reportagem chama de “salto espetacular” a recuperação de Câmara após a morte de Eduardo Campos e pontua que, se a tendência de alta continuar, a eleição pernambucana tende a acabar no primeiro turno.

Também sobre a ascensão de Paulo Câmara, ISTOÉ define que ele passou “de azarão a favorito” na disputa pernambucana. “A tragédia que tirou a vida de Eduardo Campos transformou o ex-governador em um imbatível cabo eleitoral”, posiciona a reportagem.

Complementando a agenda, CARTA CAPITAL assinala que a produção de água do Sistema Cantareira atingiu seu pior nível histórico e que a periferia de São Paulo é a mais afetada. Reportagem cita que, em uma apresentação à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em julho, pesquisadores da Unicamp criticaram a metodologia de balanço hídrico para o cálculo da vazão de entrada nos reservatórios e que, portanto, os dados oficiais de vazão dos reservatórios são pouco confiáveis.

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