Destaques

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Análise de Mídia - REVISTAS

Projeções sobre a crise econômica estão no centro do noticiário de interesse das revistas que circulam neste fim de semana. Ganha protagonismo o cenário para a indústria e para alguns setores específicos, como a produção de alumínio. 
 
Abordagens repercutem as medidas de austeridade do governo e apontam os desafios para o país retomar a confiança do empresariado brasileiro e estrangeiro. Nesse sentido, semanários trazem reportagens em que analisam as políticas econômicas externas e até conselhos para os empresários superarem a crise. 

  • Registro sobre produção x meio ambiente traz uma menção direta à Confederação Nacional da Indústria (CNI). CLAYTON NETZ, na ISTOÉ DINHEIRO, assinala que “pesquisa da CNI constatou que 46% dos consumidores do Centro-Oeste e do Norte avaliam se o processo de fabricação prejudica o meio ambiente. No Sudeste o índice é de 41%; no Sul, 38%; e no Nordeste, 35%".
 
Com foco político e econômico, revistas destacam, em tom crítico, o atraso nos repasses para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
 

  • Reportagem de capa da ISTOÉ contrapõe campanha eleitoral de Dilma Rousseff em relação a educação com medidas tomadas pelo governo que “prejudicam ainda mais o estudante”. Revista destaca que o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e Pronatec têm sido alvo de reclamações por parte de instituições de ensino. 
  • “O governo deixou de repassar verbas de financiamento dos cursos desde outubro, enquanto a então candidata à reeleição Dilma Rousseff citava orgulhosa o programa em seus discursos a todo momento e por qualquer motivo”, afirma a reportagem, em tom crítico. “Do ensino básico ao superior, o setor está em crise.”   
  • Reportagem coordenada da ISTOÉ reforça que o Pronatec foi a grande bandeira da campanha na reeleição da presidente. “Por isso, o atraso no repasse das verbas para instituições causou espanto”, pontua. 
  • Como ponto de atençãoRICARDO BOECHAT, na ISTOÉ, adverte que “o MEC precisa dar transparência ao Pronatec”. Colunista detalha o processo, relatando que o ministério paga às escolas privadas, públicas e instituições do Sistema S (Senac, SENAI, Senar e Senat) por matrícula e não por aluno treinado.
·         “Em caso de alta evasão, como se suspeita, centenas de milhões de reais podem ter ido para o ralo, num escândalo parecido com o que ocorreu nos Ministério do Trabalho, Turismo e Esporte, quando quase meio bilhão foi transferido para ONGs, muitas ainda enroladas na prestação de contas à CGU. Outro problema do Pronatec é não atender alunos efetivamente carentes, de baixa qualificação - os que mais precisam de apoio”, escreve BOECHAT
  • SOBEDESCE, na VEJA, afirma que desce o “Pronatec - O programa de ensino técnico, uma das principais bandeiras da campanha da presidente Dilma Rousseff, ficou cinco meses sem receber dinheiro do governo”.
 
Analisando a conjuntura econômica, ISTOÉ DINHEIRO, em reportagem de capa, traz conselhos de consultores que orienta "o que fazer para não ficar refém desse período de crise". 

  • Texto lembra que, há alguns anos, os principais indicadores econômicos do Brasil projetavam um futuro brilhante para o País e exemplifica que “a alegria de sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada em 2016 tornava o cenário ainda mais promissor”. “Mas isso são águas passadas e o Brasil, infelizmente, atravessa uma crise das mais desafiadoras para o mundo dos negócios”, aponta. 
  • “O PIB murchou, a indústria travou, a inflação passou a rondar perigosamente o teto da meta estabelecida pelo Banco Central de 6,5% ao ano, o real perdeu (muito) valor em relação ao dólar, os escândalos de corrupção atingiram grandes empresas do cenário nacional e os riscos de apagão de energia elétrica e de racionamento de água tornaram a economia do Brasil uma das mais frágeis do mundo, segundo relatório recente do FMI”, resume a reportagem. Nesse contexto, DINHEIRO situa que os gestores de empresas, dos mais diversos tamanhos e setores, têm sido obrigados a rever seus planos. 
  • Com foco em negócios e como ponto de atenção, ISTOÉ DINHEIRO destaca que houve uma redução de 26% na produção de alumínio, no ano passado, o que levou o País a registrar o primeiro déficit comercial do setor em 11 anos. “Um cenário que deve se agravar nos próximos meses com a possibilidade de um apagão”, adverte a reportagem. 
  • “O déficit na balança comercial do alumínio e o fechamento de fábricas no Brasil revelam mais um capítulo do processo de desindustrialização apontado por especialistas nos últimos anos. A participação da indústria no PIB caiu mais de seis pontos nos últimos dez anos. E o fenômeno vem se aprofundando por elos mais primários da cadeia - o alumínio é usado como insumo de embalagens de bebidas, autopeças e até de componentes usados em segmentos de alta tecnologia”, destacaDINHEIRO
  • De volta a RICARDO BOECHAT, na ISTOÉ, informação é que “em época de crise na venda de aço e minério, Benjamin Steinbruch vai na contramão do mercado e reforça o time. Além de Ciro Gomes para cuidar da Transnordestina, está assumindo a diretoria de portos da CSN o ex-ministro da Integração Nacional Pedro Brito. Sua missão é melhorar os terminais portuários da empresa, onde são embarcados anualmente milhões de toneladas de carga, em especial minério de ferro”. 
  • BOECHAT assinala ainda que “foi difícil 2014 para a indústria do tabaco no Brasil. As exportações de cigarros caíram 54% em relação ao ano anterior e no mercado interno houve 5% de queda no consumo – comercialização de três bilhões e 620 milhões de produtos em maço e boxe. Na ponta do lápis essa baixa significa mais ou menos 174 milhões de pacotes vendidos.” 
  • Também na agenda econômica, destaque está em reportagem ISTOÉ DINHEIRO, que mostra como o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, mantido no cargo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, conseguiu “apoio presidencial para seus projetos”. Reportagem destaca que, “ao contrário de ministros que entram no primeiro escalão do governo ávidos por ampliar os recursos para seus setores”, Afif teve como orçamento total para a Pasta apenas R$ 87 milhões, enquanto “a Fazenda, por exemplo, teve uma dotação orçamentária de R$ 6 bilhões”. 
  • Texto destaca que a primeira grande conquista do ministro “foi a ampliação do teto para enquadramento no Simples nacional, um regime tributário que unifica vários impostos”.
 
As relações comerciais internacionais é outro tema que ganha espaço nas edições das revistas. A visita do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aos Estados Unidos é um dos assuntos que sobressaem na cobertura, mas também há espaço para temas de interesse específico do setor fabril. 

  • ISTOÉ DINHEIRO destaca que o ministro Joaquim Levy esteve em Washington e Nova York, para vender a imagem do País para investidores estrangeiros. "Apontou os erros do passado recente e um deslize fiscal em 2014, que está sendo corrigido e reconheceu que o PIB pode ter encolhido no ano passado. Não é o tipo de discurso que faria algum investidor sambar de alegria, mas o choque de realidade faz parte da estratégia da nova equipe econômica para resgatar a credibilidade perdida", avalia a reportagem. 
  • Informação sobre a visita do ministro aos Estados Unidos também está na VEJA, que segue a mesma linha e afirma que o objetivo de Levy “é mostrar com palavras sinceras e realistas - uma vez que resultados ainda vão demorar a aparecer - que o comprometimento com a nova política econômica de austeridade é para valer”. Segundo a reportagem, “reconquistar a confiança de investidores traduz-se em custo menor para governo e empresas captarem recursos. O efeito esperado são a ampliação dos investimentos e o aumento do crescimento”. 
  • ISTOÉ DINHEIRO noticia que ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, está apresentando propostas para impulsionar as exportações. “No ano passado, elas caíram 7%, totalizando US$ 225 bilhões. Para este ano, se nada for feito, o volume pode ser ainda menor, com a queda nas commodities e a desaceleração dos principais mercados”, situa a reportagem. 
  • Na mesma reportagem, DINHEIRO detalha como será o Plano Nacional das Exportações, que trará “medidas há muito pedidas pelo setor produtivo e marca a retomada do diálogo do governo com os empresários, abandonado no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff”.  
  • PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, assinala que “empresários que fazem negócios entre Brasil e EUA estão animados com a nova fase da relação bilateral, simbolizada pela viagem a Washington do ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, na segunda semana de fevereiro. Além do descongelamento no relacionamento com o Brasil, eles comemoram a melhora das relações do governo americano com Cuba, um novo mercado potencial, especialmente para as áreas de telecomunicações e financeira”. 
  • PODER posiciona que “crescimento, só no ano que vem. A expectativa dos economistas do mercado, de queda no PIB neste ano, já é admitida pelo próprio governo. Será o segundo ano consecutivo de recessão, já que os dados de 2014, que serão divulgados em março, também devem mostrar uma queda no PIB”.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda