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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Análise Diária de Mídia - 11 de fevereiro de 2015

Agenda da indústria ganha visibilidade e peso em um dia marcadamente concentrado em dados do setor e na discussão aprofundada de questões de ordem macroeconômica que afetam a produção, o emprego, as exportações e o investimento.

Cobertura desta quarta-feira (11) é a mais densa e técnica da semana. Mídia nacional se debruça a conjuntura e reforça – mais uma vez – a mensagem de pessimismo impregnada no discurso de analistas de mercado.

Entre os destaques registra-se a Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários, do IBGE, que aponta que o emprego industrial caiu 3,2% em 2014.

Jornais pontuam que o resultado foi o pior registrado desde 2009, quando a crise internacional fez o emprego recuar 5%. É também o terceiro ano consecutivo de queda no número de vagas na indústria. Abordagens advertem que o mau desempenho da indústria de São Paulo é um dos fatores que ajudaram a puxar os números para baixo.

BRASIL ECONÔMICO destaca que o emprego na indústria brasileira avançou 0,4% em dezembro e interrompeu oito meses seguidos de queda, mas não reverteu a queda acumulada no último ano.

Na mesma reportagem, BRASIL ECONÔMICO destaca ainda que, um dia após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff e com ministros e membros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ROBSON BRAGA DE ANDRADE, pediu ontem apoio do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, para aprovar propostas que incentivem o setor.

BRASIL ECONÔMICO reproduz declaração atribuída ao presidente da CNI. Segundo ROBSON BRAGA DE ANDRADE, a indústria necessita de medidas e leis que deem fôlego ao setor produtivo, por meio da redução de custos e citou como exemplo de legislação que precisa ser modificada a do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que funciona com "guerra" tarifária entre os estados.

O presidente da CNI disse ainda que o Brasil precisa dar competitividade para a exportação. "O mundo inteiro está travando uma guerra com relação à produção industrial. Na Europa, o Banco Central Europeu colocou um volume grande de recursos para reativar a economia de alguns países; os Estados Unidos continuam crescendo; a China, mesmo tendo diminuído, continua crescendo um pouco. E esses países estão procurando mercados para colocar os seus produtos", afirmou o empresário.

BRASIL ECONÔMICO registra também que o presidente da CNI declarou apoio às medidas provisórias que mudam as regras para benefícios trabalhistas como seguro-desemprego e abono-salarial. "Um país que tem um desemprego de menos de 5% não pode gastar R$ 50 bilhões com seguro-desemprego e abono salarial. Há algo errado", avaliou o empresário. Reportagem informa que ROBSON BRAGA DE ANDRADE antecipou que Renan Calheiros marcará uma reunião com representantes do setor produtivo, que terá a presença do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para tratar dos interesses da indústria.

CORREIO BRAZILIENSE afirma que o emprego na indústria apresenta "um quadro desolador em qualquer recorte que se olhe". Com base nos dados divulgados pelo IBGE, veículo avalia que as expectativas para este ano não são nada boas. Texto publica que a redução de vagas está disseminada, atinge 17 dos 18 setores, em 13 das 14 regiões pesquisadas.

Na reportagem, CORREIO reproduz avaliação conferida ao gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), FLAVIO CASTELO BRANCO. Para ele, os dados do IBGE são bastante dramáticos, mas refletem o espírito dos empresários, principalmente do Sudeste e do Sul do país.

Ainda com relação ao emprego industrial, O ESTADO DE S.PAULO informa que em São Paulo, principal parque industrial do País, o número de trabalhadores caiu 4,3%, na maior redução já registrada pela região em toda a série, iniciada em 2002. Texto relata que, na avaliação do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), a menor confiança dos empresários numa recuperação sólida da atividade produtiva tem encorajado as demissões, antes adiadas por causa dos custos envolvidos.

ESTADÃO detalha que as perdas não ficaram restritas à indústria paulista. O GLOBO também aborda o assunto.

EDITORIAL ECONÔMICO do ESTADÃO afirma que os dados divulgados pelo IBGE da produção industrial por regiões que constata a queda de 3,2% entre 2013 e 2014 teve características bem mais graves do que as imaginadas. "Ela não só atingiu 12 dos 14 locais pesquisados, como foi liderada pelos Estados onde a indústria é mais forte, o que faz supor que falta muito para voltar a falarem recuperação - e que esta poderá ser mais lenta que o desejável".

Ainda em O ESTADO DE S.PAULO, outro editorial afirma que “o desemprego no Brasil é bem mais feio do que o governo costuma alardear e bem maior do que em várias grandes economias desenvolvidas e emergentes, se forem levados em conta os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)”.

Conforme o texto, “o emprego tem perdido qualidade, em termos de produtividade e de vantagens, porque as vagas industriais têm diminuído continuamente a partir de 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (...) o desemprego na indústria, reflexo da estagnação do setor, também comprova o fracasso da política de crescimento alardeada pela presidente”.

FOLHA DE S.PAULO reforça, também em editorial, que “acentuam-se as perspectivas de recessão no país” e menciona as “fraquezas da demanda e do emprego”, além do “risco de racionamento de água e energia e a contração dos investimentos”. Em tom de alerta, jornal justifica que “em todos os setores há dificuldades, mas em nenhum elas são tão grandes como na indústria”. Conforme o jornal, é necessário ir além dos desafios conjunturais. ‘No caso da indústria, impõe-se um novo modelo que se baseie na integração com os demais países, em maior concorrência e custos adequados”.

Nesse contexto, O ESTADO DE S.PAULO registra que, na avaliação da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ), a estagnação da economia, a ameaça de racionamento de água e energia e a retração da indústria estão comprimindo a oferta de emprego no País.
 
Outros dados da atividade industrial também merecem atenção. O GLOBO informa que o estudo "O Custo Econômico dos Feriados para a Indústria", divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), calcula que a indústria brasileira pode ter perdas de até R$ 64,6 bilhões este ano por causa de onze feriados nacionais e 32 estaduais. O valor representa 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro em 2015, frente a 3,6% em 2014. BRASIL ECONÔMICO trata do assunto em nota.

A cobertura sobre a alteração na concessão de benefícios trabalhistas continua sendo foco das abordagens nos cadernos de Política. Jornais mostram como as propostas podem sofrer resistência do Congresso e indica que o governo não pretende voltar atrás na questão.

Como ponto de atenção, VALOR ECONÔMICO registra que a presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e defendeu a restrição de direitos trabalhistas como uma das formas de promover um ajuste fiscal. De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, as negociações formais serão retomadas no dia 25 com as centrais.

VALOR afirma que o pacote das medidas provisórias (MP) 664 e 665, formulado para restringir o acesso a benefícios trabalhistas e dar um alívio ao caixa do governo, colocou não apenas sindicalistas mas parlamentares da base aliada em rota de colisão com o governo. "Líderes do PT no Congresso Nacional deram como certo que as propostas serão alteradas, depois de mais de 600 emendas terem sido apresentadas, em sua maioria por governistas."

Em linha com informações de bastidor veiculadas durante a semana, VALOR reproduz declaração conferida ao presidente da CNI, ROBSON BRAGA DE ANDRADE, que, na contramão de sindicalistas e governistas, defende as mudanças. "Eu acho que o governo está certo. Um país que tem um desemprego de menos de 5% não pode gastar R$ 50 bilhões com seguro-desemprego e abono salarial. Então tem alguma coisa errada: ou temos um desemprego maior ou tem fraude no sistema. Tenho certeza absoluta que a fraude no seguro-desemprego é de um volume monstruoso", disse o empresário.

Coluna PAINEL, na FOLHA DE S.PAULO, antecipa que senadores do PT esperam que o governo anuncie alguma medida para taxar o "andar de cima" e avaliam que a tributação sobre lucros e dividendos nas empresas, por exemplo, daria discurso ao partido para defender o ajuste proposto. "Já o Planalto reitera apoio irrestrito ao pacote proposto pela equipe econômica e admite ceder em questões pontuais, desde que o aumento de receita e a economia sejam preservados".
 
Outro assunto em evidência, de interesse direto da indústria, diz respeito às relações comerciais exteriores e à movimentação do governo para tentar se aproximar de novos mercados.

O ESTADO DE S.PAULO informa que o governo brasileiro começa hoje oficialmente o movimento de reaproximação com os Estados Unidos. Texto relata que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, chega a Washington com a missão de retomar negociações paradas e abrir caminho para melhorar a balança comercial com o americanos.
 
Na mesma reportagem, ESTADÃO cita que dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que em 2008 o Brasil vendia o equivalente a US$ 16 bilhões em manufaturas no mercado americano. No ano seguinte, esse número caiu para US$ 9,3 bilhões e nunca mais voltou ao nível anterior. A CNI calcula um potencial mínimo de US$ 2,3 bilhões em crescimento imediato.

ESTADÃO completa ainda que a CNI cobra que se resolvam temas como o acordo Céus Abertos, que facilita a operação de empresas áreas americanas no Brasil e vice-versa, e o Global Entry, que facilita o fluxo de pessoas, especialmente a negócios. Há ainda pendente um acordo sobre patentes, que permite a aceleração e a concessão nos dois países, e outro para criar mecanismos para cooperação em normas fitossanitárias.
 
VALOR ECONÔMICO também registra a viagem do ministro Armando Monteiro. E relata que os empresários dos dois países têm reiterado o interesse em intensificar o relacionamento comercial entre Brasil e EUA.

Na agenda macroeconômica, a alta do dólar, que ontem atingiu o patamar mais alto desde o fim de 2004 (leia mais em ECONOMIA), é outro item que traz várias referências ao setor fabril.

O GLOBO afirma que, para a indústria, a alta da moeda americana é bem-vinda e positiva, pois ajudara a recuperar a competitividade perdida nos últimos anos, período em que o real esteve sobrevalorizado. No entanto, texto relata que economistas ressaltam que a debilidade da economia brasileira deve amortecer os impactos da alta do dólar.

Coluna CORREIO ECONÔMICO, no CORREIO BRAZILIENSE, afirma que técnicos do governo admitem haver um descompasso entre Alexandre Tombini e Joaquim Levy. "Pelo ministro da Fazenda, o Banco Central já teria suspendido as intervenções diárias no câmbio e deixaria o dólar se valorizar para resgatar a competitividade da indústria nacional. Mas o presidente da autoridade monetária bate o pé e insiste na manutenção da venda de contratos de swaps para evitar excesso de volatilidade nos preços da moeda norte-americana."

Em sua coluna no ESTADÃO, CELSO MING afirma que o aumento da cotação do dólar é "consequência de problemas nossos". "Os produtos importados ficarão mais caros em reais, com impacto correspondente sobre a inflação interna. Mas os produtos de exportação ganharão impulso. É o mesmo fator que deverá aumentar em alguma coisa a competitividade da indústria".

Complementando a pauta do dia, BRASIL ECONÔMICO registra que “a prorrogação do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) para até 2073, que garante incentivos fiscais e isenção de alguns tributos, não tem sido comemorada com tanto entusiasmo pelos empresários do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam)”. Jornal resume que, após conseguirem a prorrogação de incentivos, “industriais querem que impostos retornem em forma de investimentos em infraestrutura para o polo regional”.

A pauta legislativa volta à tona e serve de referência para que os jornais de grande circulação consolidem a ideia de que governo e base aliada estão em rota de colisão.

Nas primeiras páginas, destaque do dia é a informação de que a Câmara do Deputados aprovou ontem o chamado Orçamento Impositivo – que obriga o governo a pagar emendas de parlamentares. Na interpretação da mídia, essa pode ser considerada mais uma derrota da presidente Dilma Rousseff.

Expressões como “guerra”, “ataque”, “reação” e “desgoverno” estão associadas às reportagens que tratam do tema. Em primeiro plano, jornais posicionam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mídia antecipa que outros assuntos de interesse do governo devem sofrer pressão do Congresso, como o ajuste fiscal e a reforma política.

De acordo com estimativas preliminares, a aprovação do Orçamento Impositivo causa um impacto de R$ 10 bilhões nas contas públicas em 2015.

Em manchete, O ESTADO DE S.PAULO relata que “a votação que garantiu a aprovação da proposta teve apoio de partidos da base aliada e da oposição e até da maioria dos deputados do PT”. Em texto complementar, indicando para novas cisões na base, veículo adverte que o PMDB, partido que é o principal aliado do Planalto, decidiu “que terá uma agenda autônoma e independente do governo neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”.

O GLOBO, também em manchete, resume que o Planalto vê reduzido seu “poder de barganha do governo na hora de negociar apoio para aprovação de projetos”. Também assinala que outro revés atingiu diretamente o PT: “o partido foi excluído do comando da comissão da reforma política, que ficará nas mãos da oposição”. Jornal aponta para outros assuntos que podem trazer preocupações para o governo, dentre as quais cita a descaracterização das medidas de ajuste fiscal e a CPI da Petrobras.

Em outro trecho da reportagem, O GLOBO relata, como ponto de atenção, que, para Eduardo Cunha, “o principal problema está na articulação política do governo”.

Item sensível da pauta, a tese de impeachment da presidente Dilma Rousseff é alvo de abordagens em colunas.

PAINEL, na FOLHA DE S.PAULO, registra que “o PT considera "mortal" a combinação entre a queda brusca de popularidade de Dilma Rousseff e um ajuste fiscal que penaliza sobretudo a base social do partido. Parlamentares petistas defendem que a presidente ceda na negociação das medidas no Congresso, sob pena de perder o apoio de sindicatos e movimentos sociais –segmentos que poderão lhe dar sustentação caso a oposição decida radicalizar e caminhar seriamente para a defesa do impeachment de Dilma”.

ELIANE CANTANHÊDE escreve em O ESTADO DE S.PAULO que “discutir o impeachment não é golpe, mas a viabilidade prática e política do impeachment é praticamente nula. Logo, essa discussão ou é diversão da arquibancada, ou é jogo de cena da oposição, ou ambas” (leia a íntegra).

Ainda em O ESTADO DE S.PAULO, a colunista DORA KRAMER completa que “falasse disso em toda a parte como se isso fosse algo banal: o governo é ruim? Acaba-se com o governo. Não é assim (leia a íntegra).

Novas informações sobre a operação Lava Jato continuam em destaque. Cobertura é ampla e apresenta diferentes dados sobre as investigações da Polícia Federal e decisões no âmbito do Poder Judiciário

Jornais informam que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem “manter em liberdade o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, apontado como um dos operadores do PT no esquema de corrupção”.

O GLOBO destaca que o ministro do STF Teori Zavascki autorizou que sejam tomados novos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Edições desta quarta-feira também reservam espaço para registrar que o STF arquivou ontem inquéritos que investigavam o envolvimento do deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP) e do ex-deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) - suplente do senador José Serra (PSDB-SP) - com o cartel de trens e Metrô em São Paulo.

A decisão ocorreu após o voto do ministro Luiz Fux, que entendeu não haver motivo para dar continuidade à apuração no Supremo.


O efeito das incertezas que rondam a economia nacional e os reflexos da crise política sobre as expectativas do setor produtivo estão entre os itens mais relevantes do dia.

Destaque, no entanto, para a alta do dólar, que ontem fechou cotado a R$ 2,84. Esse salto é explorado de forma negativa pelos jornais – a maior cotação da moeda americana desde novembro de 2004.

FOLHA DE S.PAULO afirma que a escalada é decorrente do “aumento do pessimismo dos investidores internacionais em relação ao destino das moedas emergentes, como o real, se os EUA subirem os juros em junho”.

FOLHA acrescenta que as declarações de Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, de que o ‘repasse’ do câmbio nos preços é um dos menores em anos e que a desvalorização do real ajuda a indústria nas exportações e a competir com importados também influenciaram as previsões e os movimentos de ontem no mercado.

Na mesma linha, O GLOBO observa que o “mau humor dos investidores em relação ao Brasil contribuiu para que o dólar comercial atingisse ontem a maior cotação em mais de dez anos e o risco-país voltasse a subir”. Texto menciona ainda que o Ibovespa, principal índice do mercado acionário local, caiu 1,77%, aos 48.510 pontos.

Já O ESTADO DE S.PAULO reforça que o “gatilho para o movimento” de alta do câmbio foram os comentários do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no dia 30. “Na ocasião,Levy afirmou que o governo não tem a intenção de manter o câmbio ‘artificialmente valorizado’. De lá pra cá, os números e as notícias que saíram ampliaram as dúvidas sobre a capacidade de o governo conseguir reequilibrar a economia.”

Novas informações sobre o impacto do ajuste fiscal também estão em evidência. Reportagens advertem para ações conjunturais que tentam a todo custo recolocar as finanças públicas em ordem.

O ESTADO DE S.PAULO registra que, “em meio à queda de confiança no cumprimento da meta de superávit primário das contas públicas deste ano, o Ministério da Fazenda quer ampliar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões as receitas com medidas adicionais de ajuste nas contas públicas”.

Conforme a reportagem do ESTADÃO, a área econômica trabalha, paralelamente, em uma “’agenda do crescimento’ com ações para tentar melhorar o ambiente de negócios e evitar uma depressão mais aguda na economia”.

Outro destaque do dia diz respeito ao mercado de trabalho. Jornais informam que a taxa de desemprego no país ficou em 6,8% em 2014, abaixo dos 7,1% de 2013, de acordo com IBGE.

Abordagens, porém, ressaltam que o cenário não é tão positivo como o governo afirma. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) indicam deterioração no mercado de trabalho a partir do segundo semestre – principais reportagens estão em O ESTADO DE S.PAULO e O GLOBO.

Com foco no Mercosul, manchete do VALOR ECONÔMICO alerta que o “flerte da Argentina com a China” enfraquece o bloco. Reportagem apresenta dados que indicam que, em 2014, houve uma queda de 34% na exportação de bens de capital para a Argentina. Na comparação com 2013, informa o veículo, o bloco perdeu o lugar para a China. “No mesmo período, a exportação chinesa de máquinas e equipamentos aos argentinos cresceu 13%”, indica o texto, com base em levantamento do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), ligado ao Ministério de Economia argentino.

Jornais também registram que Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento, foi confirmada ontem pelo Palácio do Planalto como a nova presidente da Caixa Econômica Federal. Miriam tomará posse no próximo dia 23, em substituição a Jorge Hereda, que ficou no comando da instituição financeira por quatro anos.




VALOR ECONÔMICO informa que o governo está limitando a renovação dos contratos de Fies, e, de forma indireta, determinando o preço das mensalidades. Texto afirma ter apurado que o site do Fies não está aceitando a renovação de contratos cuja mensalidade tenha sido reajustada além de 4,5%. O setor de ensino superior privado informou, ao Ministério da Educação (MEC) em dezembro, aumentos entre 7% e 8%.

VALOR relata que entidades do setor e de alunos estudam entrar com ação judicial contra a limitação no Fies. A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) convocou sindicatos patronais para uma reunião hoje. Reportagem registra ainda que também há reclamações sobre o Pronatec. "O edital de 2015 prevê apenas um repasse neste ano, em setembro. Mas o edital informa que o pagamento será feito observando-se 'a disponibilidade financeira'."

Em outro texto, VALOR ECONÔMICO informa que, ao suspender a contratação de novos financiamentos estudantis pelo Fies, o governo quer impor limites ao orçamento do programa. "Até o ano passado, não havia um orçamento definido. Atendia-se à demanda existente, fosse ela qual fosse. Entre atender a demanda sem qualquer limite e estabelecer um teto para o gasto com o programa, o resultado será um corte nas verbas".

CORREIO BRAZILIENSE informa que a Universidade de Brasília (UnB) sediará, em março, uma edição do TEDx, evento internacional que reúne palestrantes com ideias revolucionárias. Jornal do DF acrescenta que os TEDx são eventos locais licenciados pela organização não governamental norte-americana TED.




O GLOBO critica a postura de parlamentares do PT e afirma que a oposição do partido da presidente Dilma Rousseff ao ajuste econômico é resultado da “cegueira provocada pelo fervor ideológico e uma ojeriza a leis básicas da economia causada por um sectarismo de raiz fundamentalista”. Conforme o jornal, “a miopia é em tão elevado grau que esses petistas não se recordam que um ajuste semelhante executado em 2003 por Antonio Palocci na Fazenda, Levy no Tesouro e Henrique Meirelles no Banco Central jogou para baixo uma inflação de dois dígitos, conteve os desequilíbrios em geral e, com isso, permitiu a Lula se beneficiar da volta do crescimento sem distorções, e assim ganhar o segundo mandato”.

VALOR ECONÔMICO analisa as mais recentes medidas do governo voltadas ao setor elétrico e afirma que “o custo das medidas não para de subir”. Texto relembra as idas e vindas do governo nessa área e trata o assunto sob a perspectiva do investimento, das incertezas que afetam os negócios e das reações da sociedade. “A solução para restaurar o equilíbrio econômico e financeiro do setor de energia passa pela revisão de todo o modelo e um novo arranjo que lhe restaure o equilíbrio”, resume o jornal.

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