Revistas que circulam neste fim de semana renovam boa parte do noticiário geral. A pauta dos jornais diários dá sinais de esgotamento e fica em segundo plano.
Novos assuntos, sobretudo ligados a comportamento, ocupam as capas, consolidando frentes de cobertura ainda não exploradas.
Parte das agendas política e econômica, no entanto, permanece em evidência. É o caso, por exemplo, de itens associados à crise na Petrobras e também dos efeitos da alta do dólar e do ajuste fiscal sobre a produção e a sociedade.
Algumas abordagens centram forças na conjuntura e renovam o olhar analítico das revistas sobre questões que afligem a indústria.
Novos assuntos, sobretudo ligados a comportamento, ocupam as capas, consolidando frentes de cobertura ainda não exploradas.
Parte das agendas política e econômica, no entanto, permanece em evidência. É o caso, por exemplo, de itens associados à crise na Petrobras e também dos efeitos da alta do dólar e do ajuste fiscal sobre a produção e a sociedade.
Algumas abordagens centram forças na conjuntura e renovam o olhar analítico das revistas sobre questões que afligem a indústria.
- Há uma menção direta à Confederação Nacional da Indústria (CNI) na coluna de GISELE VITÓRIA, na ISTOÉ: “Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do presidente ROBSON ANDRADE, constatou que 62% dos moradores das regiões Centro-Oeste e Norte estão dispostos a pagar mais caro por produtos de empresas que preservam o meio ambiente. Segundo o trabalho, baseado em 15. 414 entrevistas realizadas em todo o País, o índice chega a 51% no Nordeste, 47% no Sudeste e 41% nos Estados do Sul, onde a preocupação com o verde aparentemente é menor”.
- Já entre as abordagens relacionadas ao debate em torno de direitos trabalhistas, registra-se como ponto de atenção, informação veiculada na coluna do jornalista RICARDO BOECHAT, na ISTOÉ. Segundo o texto, “com 81 mil casos, a indústria liderou as queixas no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em 2014, (que abrange a capital paulista, a região metropolitana e a Baixada Santista). Em seguida, o comércio (44 mil) e o turismo (32 mil)”.
- Sobre o mesmo assunto, RICARDO BOECHAT completa: “ao todo, o TRT recebeu 425.113 novos processos. Com Dilma Rousseff mirando no corte em direitos trabalhistas, o volume subirá este ano, em todo o País. Os pedidos mais comuns envolveram aviso-prévio, férias proporcionais, décimo terceiro, expurgos inflacionários e multa de 40% do FGTS. Juntos esses tópicos apareceram 890 mil vezes nas movimentações processuais do TRT-SP”.
- PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, revela que “a indústria ganhou um aliado nas reclamações, junto ao Ministério do Trabalho, pelo excesso de normas técnicas, especialmente as que regulam o uso de máquinas e equipamentos. O ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, vê um hiperativismo regulatório nas portarias e vai tentar trabalhar dentro do governo para abolir procedimentos considerados desnecessários. Em alguns casos, há incompatibilidade entre as normas de importação e de uso do equipamento”.
- Conforme PODER, “o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, avalia que os incentivos dados à indústria no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff não surtiram efeito e que, agora, ele e a equipe econômica devem trabalhar para restabelecer a confiança dos investidores”.
- Em relação ao tema, PODER completa: “representantes da indústria de máquinas e equipamentos que foram ao presidente do Banco Central, no final de janeiro, pedir o fim das intervenções do câmbio e menores taxas de juros nos financiamentos de longo prazo ouviram que a TJLP deve subir mais uma vez neste ano. A prioridade do governo, disse Tombini, é o controle da inflação e a solidez das contas públicas. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já havia sinalizado em seu discurso de posse que os estímulos setoriais acabaram”.
- NOSSA OPINIÃO, na ÉPOCA, aponta que no Congresso, crescem as resistências contra o programa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “E é estarrecedor, para usar uma expressão cara à presidente Dilma Rousseff, que o próprio PT, partido do governo, comande essa resistência. Que é movida, em grande medida, por uma crença pueril de que ajuste fiscal é uma ‘política de direita’ para atender aos interesses dos mais ricos”, pontua.
- Ainda em NOSSA OPINIÃO: “parte da resistência do PT ao ajuste também é pura demagogia populista. Ela começou a aparecer na forma de emendas apresentadas pelos parlamentares do partido às novas normas para a concessão de seguro-desemprego e pensões por morte, decretadas pelo governo no ano passado”. Texto acrescenta que o PT divulgou um documento em que cobra de Dilma o cumprimento das promessas de campanha de “não mexer nos direitos trabalhistas”. “Como se as novas normas estivessem a retirar ‘direitos trabalhistas’, e não corrigindo distorções injustificáveis”, posiciona.
- ISTOÉ reforça em reportagem que a resistência à revisão de regras trabalhistas da presidente foi expressa por uma nota assinada pelo Diretório Nacional do PT. Em linha com o que anteciparam os jornais durante a semana, revista menciona termos como “fogo amigo” para classificar os obstáculos que começam a ser impostos ao programa de austeridade governo.
- Na mesma abordagem, ISTOÉ adverte que, “sem o aval do partido, o clima entre os líderes da base no Congresso é de total paralisia em relação à articulação política para aprovação do pacote de cortes de benefícios”.
- A cena macroeconômica segue contaminando a exposição das revistas, em especial quando os assuntos abordados guardam relação com projeções e expectativas para 2015.
- RADAR, na VEJA, registra: “Um Aloizio Mercadante otimista tem dito a interlocutores que no segundo semestre a economia começará a respirar e no último trimestre, em especial, terá voltado a crescer”.
- Em nota complementar, RADAR pontua que “já Delfim Netto disse há duas semanas numa reunião fechada na Fiesp que, lá por outubro, todos eles que hoje aplaudem Joaquim Levy estarão pedindo a cabeça do ministro da Fazenda por não suportar mais o aperto que se avizinha”.
- ANTONIO DELFIM NETTO, em sua coluna na CARTA CAPITAL, opina que é preciso insistir sobre alguns pontos importantes que estão no “bom roteiro proposto pelos ministros Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Armando Monteiro, que busca devolver a produtividade ao país no médio prazo”.
- Entre os seis pontos que enumera, menciona que “é preciso introjetar o fato de que foi a política de valorização cambial que transferiu a demanda da produção industrial nacional para a indústria estrangeira, ampliando o déficit da conta corrente”. Para DELFIM, “as políticas de estímulo ao setor industrial fracassaram porque a valorização do real estimulava ainda mais a demanda dos produtos industriais importados”.
- Além disso, DELFIM NETTO afirma é necessário dar suporte ao ministro Armando Monteiro “que desenvolve um interessante e robusto programa para reduzir o déficit em conta corrente, e, assim, acelerar o crescimento do PIB. Ele estimula a exportação, mas não se esquece de que a importação é um fator de produção essencial para o aumento da produtividade e para a nossa integração nas cadeias produtivas internacionais”.
- ISTOÉ DINHEIRO completa a cobertura centrada em questões que envolvem comércio exterior e registra em tom de alerta que representações diplomáticas do Brasil em vários países queixam-se de atrasos em pagamentos e acúmulo de dívidas com instituições internacionais: “É um vexame para um país que quer ser protagonista no cenário econômico global” e situações com essas “mancham a imagem do Brasil, no momento em que a prioridade é ampliar exportações”, adverte o texto.
As investigações sobre a Petrobras e as primeiras medidas sinalizadas pelo novo presidente da estatal, Aldemir Bendine, também estão em evidência.
- De volta a RADAR, na VEJA, informação é que “a pelo menos um interlocutor, Dilma Rousseff justificou a escolha de Aldemir Bendine para a Petrobras com um paralelo de sua atuação no Banco do Brasil. No BB, segundo Dilma, Bendine conseguiu limpar a área das manchas do mensalão cometidas por Henrique Pizzolato & cia. e ainda administrar bem o banco. Na Petrobras, sua missão será parecida: limpar a área das sujeiras do petrolão e tocar a estatal”.
- “A propósito, será que Bendine terá cacife para demitir Wilson Santarosa, o poderoso sindicalista que há doze anos comanda a área de comunicação da Petrobras?”, questiona RADAR.
- Também sobre a crise na estatal, CARTA CAPITAL noticia que a Bahia registrou 300 demissões em empresas de manutenção e montagem por problemas de renovação de aditivos de contratos com fornecedoras da Petrobras denunciadas na Lava Jato.
- Conforme a revista, a desaceleração da economia tende a se agravar com o novo aperto no crédito do BNDES, a redução dos estímulos à exportação e a revisão da desoneração da folha de pagamento planejados pelo governo. “As projeções de crescimento do PIB passaram de um crescimento pífio para zero ou negativo”, pontua.
- CARTA CAPITAL adverte que, “para a indústria, a recessão começou faz tempo. Em 2014, a atividade do setor recuou 3,2%. Em São Paulo, maior parque industrial, a queda atingiu 6,2%, próximo da redução histórica de 7,4% em 2009, no auge da crise global”. Além disso, reportagem acrescenta que a diminuição do número de postos de trabalho em todos os setores econômicos em dezembro chegou a 1,34%, equivalente à eliminação de 555,5 mil empregos.
- ISTOÉ DINHEIRO informa em tom de preocupação que a operação Lava Jato e a forte queda nos preços do petróleo nos últimos meses atrasaram os investimentos da Petrobras.
ISTOÉ denuncia que a inadimplência nos financiamentos do BNDES saltou de R$ 412,9 milhões para R$ 4 bilhões. “Enquanto o TCU pede a abertura dos dados sigilosos da instituição, a oposição trabalha por uma CPI”, indica. O objetivo da CPI, segundo a reportagem, será investigar como o banco aplicou R$ 400 bilhões em recursos da União entre 2009 e 2014.
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