Seis estados que sediarão
Jogos Olímpicos do Rio 16 confirmam medidas específicas para garantir o
controle dos índices de infestação do mosquito
São Paulo, Minas Gerais,
Bahia, Distrito Federal e Amazonas, além do Rio de Janeiro, farão ações de
enfrentamento do mosquito transmissor de dengue, chikungunya e vírus Zika nos
locais das partidas, Vilas Olímpicas e seus arredores. As arenas e os locais
que receberão as delegações e a imprensa serão monitorados e vistoriados com
antecedência, e ao longo do torneio. O objetivo é proteger a saúde e garantir a
segurança da população e dos visitantes que acompanharão o evento esportivo que
acontece em agosto.
Além das vistorias, também
serão distribuídas cartilhas informativas em três idiomas com orientações de
prevenção das doenças, como o uso do repelente e de roupas longas. O período em
que serão realizadas as Olimpíadas no Brasil é considerado não endêmico para
transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como Zika, dengue e
chikungunya, mas o combate ao mosquito deve ser permanente, como enfatizou a
coordenadora nacional da Sala Nacional de Combate e Controle (SNCC), Marta
Damasco. “Apesar do histórico de baixa infestação nos meses de julho e agosto,
o combate ao mosquito deve ser uma ação continuada”, enfatiza Marta Damasco.
No Rio de Janeiro, que
concentra a maioria das competições, a Sala Estadual de Coordenação e Controle
(SECC) já acompanha o trabalho dos agentes municipais, que inspecionam
diariamente a Vila Olímpica, Maracanã e demais centros esportivos. Esses locais
com grande fluxo de pessoas e atividades já estão sob controle e não apresentam
riscos, pois são constantemente limpos e vigiados. Os funcionários das
estruturas estão atentos e em caso de suspeita, acionam o agente de combate. “A
cidade está preparada e os diferentes bairros estão sendo monitorados”, relata
Mario Sérgio Ribeiro, co-coordenador da Sala Estadual e superintendente da
Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde.
Os outros estados que
receberão partidas de futebol e algumas comitivas também monitorarão e darão
continuidade às ações de enfrentamento que já foram intensificadas ao longo do
ano. Brasília, por exemplo, dará início em julho a um acompanhamento cotidiano
de todo o setor hoteleiro, pontos turísticos, centro de convenções, locais de
treinamento e estádio nacional.
Já em Minas Gerais, a Sala
Estadual realiza um trabalho de acompanhamento da demanda do público pelos
ingressos para traçar o perfil do espectador e antecipar os riscos de
contaminação. “Por enquanto são predominantemente famílias do próprio estado
que irão ao Mineirão assistir aos jogos. Essas pessoas são alvo das nossas
campanhas e das vistorias nas residências”, informa Fernando Avendanho,
coordenador adjunto da SECC MG. Um raio de 200 metros em torno do estádio
também é monitorado e caso seja necessário, mutirões de limpeza e tratamento
são acionados.
VISITAS - Nesse quarto ciclo
de enfrentamento ao vetor, iniciado em 1º de maio, as equipes de combate ao
Aedes aegypti visitaram 23,5 milhões de imóveis brasileiros até o dia 3 de
junho, às 10 horas. Foram 19,6 milhões de domicílios, prédios públicos,
comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 3,89 milhões de
estabelecimentos que estavam fechados ou houve recusa para acesso. Até o momento,
4.550 dos 5.570 municípios brasileiros registraram as visitas ao Sistema
Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).
O primeiro ciclo da
mobilização, realizado entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e
prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados,
sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve
recusa para o acesso. No segundo, em março, as equipes de combate ao mosquito
Aedes aegypti alcançaram 34,9 milhões de imóveis brasileiros, sendo 29,2
milhões efetivamente vistoriados. No terceiro ciclo, realizado no mês de abril,
foram visitados mais de 28,3 milhões de imóveis nacionais, sendo 23,5 milhões
efetivamente vistoriados e 4,7 milhões de estabelecimentos que ou estavam
fechados ou houve recusa para acesso.
Em todo o país, as visitas aos
imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários
de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de
aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda,
profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da
Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
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