Destaques

domingo, 5 de junho de 2016

Medidas durante as Olimpíadas

Seis estados que sediarão Jogos Olímpicos do Rio 16 confirmam medidas específicas para garantir o controle dos índices de infestação do mosquito

São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal e Amazonas, além do Rio de Janeiro, farão ações de enfrentamento do mosquito transmissor de dengue, chikungunya e vírus Zika nos locais das partidas, Vilas Olímpicas e seus arredores. As arenas e os locais que receberão as delegações e a imprensa serão monitorados e vistoriados com antecedência, e ao longo do torneio. O objetivo é proteger a saúde e garantir a segurança da população e dos visitantes que acompanharão o evento esportivo que acontece em agosto.

Além das vistorias, também serão distribuídas cartilhas informativas em três idiomas com orientações de prevenção das doenças, como o uso do repelente e de roupas longas. O período em que serão realizadas as Olimpíadas no Brasil é considerado não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como Zika, dengue e chikungunya, mas o combate ao mosquito deve ser permanente, como enfatizou a coordenadora nacional da Sala Nacional de Combate e Controle (SNCC), Marta Damasco. “Apesar do histórico de baixa infestação nos meses de julho e agosto, o combate ao mosquito deve ser uma ação continuada”, enfatiza Marta Damasco.

No Rio de Janeiro, que concentra a maioria das competições, a Sala Estadual de Coordenação e Controle (SECC) já acompanha o trabalho dos agentes municipais, que inspecionam diariamente a Vila Olímpica, Maracanã e demais centros esportivos. Esses locais com grande fluxo de pessoas e atividades já estão sob controle e não apresentam riscos, pois são constantemente limpos e vigiados. Os funcionários das estruturas estão atentos e em caso de suspeita, acionam o agente de combate. “A cidade está preparada e os diferentes bairros estão sendo monitorados”, relata Mario Sérgio Ribeiro, co-coordenador da Sala Estadual e superintendente da Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde.

Os outros estados que receberão partidas de futebol e algumas comitivas também monitorarão e darão continuidade às ações de enfrentamento que já foram intensificadas ao longo do ano. Brasília, por exemplo, dará início em julho a um acompanhamento cotidiano de todo o setor hoteleiro, pontos turísticos, centro de convenções, locais de treinamento e estádio nacional.

Já em Minas Gerais, a Sala Estadual realiza um trabalho de acompanhamento da demanda do público pelos ingressos para traçar o perfil do espectador e antecipar os riscos de contaminação. “Por enquanto são predominantemente famílias do próprio estado que irão ao Mineirão assistir aos jogos. Essas pessoas são alvo das nossas campanhas e das vistorias nas residências”, informa Fernando Avendanho, coordenador adjunto da SECC MG. Um raio de 200 metros em torno do estádio também é monitorado e caso seja necessário, mutirões de limpeza e tratamento são acionados.

VISITAS - Nesse quarto ciclo de enfrentamento ao vetor, iniciado em 1º de maio, as equipes de combate ao Aedes aegypti visitaram 23,5 milhões de imóveis brasileiros até o dia 3 de junho, às 10 horas. Foram 19,6 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 3,89 milhões de estabelecimentos que estavam fechados ou houve recusa para acesso. Até o momento, 4.550 dos 5.570 municípios brasileiros registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).

O primeiro ciclo da mobilização, realizado entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. No segundo, em março, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 34,9 milhões de imóveis brasileiros, sendo 29,2 milhões efetivamente vistoriados. No terceiro ciclo, realizado no mês de abril, foram visitados mais de 28,3 milhões de imóveis nacionais, sendo 23,5 milhões efetivamente vistoriados e 4,7 milhões de estabelecimentos que ou estavam fechados ou houve recusa para acesso.

Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda