Suspeito de obstruir o andamento das investigações na Operação Lava Jato, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) teve sua prisão solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Além de Calheiros, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente da República, José Sarney, e o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), também são alvos do pedido de prisão.
A informação foi confirmada no início desta manhã pelo Jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. Os três parlamentares são acusados de obstruir a Lava Jato. Conforme informou o Jornal ‘O Globo’ os pedidos de prisão estão com o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, há pelo menos uma semana.
'O Globo' afirma que Janot pediu também o afastamento de Renan da presidência do Senado, a exemplo do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Câmara.
A alegação de Janot de que Sarney, Jucá e Renan estariam agindo para barrar a Lava Jato se baseia, segundo o jornal, em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, um dos mais novos delatores da operação.
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Os trechos do diálogo, gravado pelo próprio Machado, foram divulgados pelo jornal Folha de São Paulo. A mudança seria para evitar acordos da deleção na investigação, o que beneficiaria Calheiros e Machado, ambos investigados na Lava Jato.
O presidente do Senado é investigado em sete inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal relativos à operação. Sérgio Machado sugeriu um “pacto para passar uma borracha no Brasil” ao senador que completou o diálogo afirmando que “antes de passar a borracha, primeiro precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo (inaudível) fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa”
AddThis Sharing Buttons, Por Redação com agências nacionais
Arquivo/Agência Senado
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