Febre e tosse são sintomas
comuns em pessoas que contraem vírus respiratórios. Mas há a necessidade de
ficar atento para casos onde uma Síndrome Gripal (SG) se transforme em uma
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e saber qual o melhor encaminhamento
e tratamento para o problema.
Segundo o boletim
epidemiológico semanal da área técnica de influenza da Coordenação Geral de
Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (MS), de janeiro até agora, foram
coletadas 8.668 amostras em unidades sentinelas. Dessas, 5.030 (58%) foram
processadas e 1.284 (21,2%) deram resultado positivo para vírus respiratórios
(Influenza, VSR, parainfluenza e adenovírus).
A vigilância sentinela
consiste em uma rede de unidades em todas as regiões do país, com o objetivo de
monitorar e identificar os principais agentes respiratórios presentes no
Brasil. Já a vigilância universal de SRAG verifica os casos hospitalizados e
óbitos relacionados ao comportamento de vírus respiratórios para orientar
decisões e posicionamentos do Ministério da Saúde (MS) e Secretarias de Saúde
Estaduais e Municipais.
Foram registrados 31.243
casos de SRAG somente em 2016, sendo que 19.133 foram na região sudeste (14.695
apenas em São Paulo), e 7.005 na região sul. Essa alta incidência está
relacionada às baixas temperaturas de ambas as regiões, a partir de dois
fatores principais: o frio afeta o nosso organismo e os mecanismos de defesa
contra o vírus; há mudanças de comportamento como ficar com janelas fechadas e
em lugares com menor circulação de ar.
Com o surgimento de sintomas
derivados de algum vírus respiratório, verifique se há tosse e dor de garganta
com dificuldade de respirar. Desconforto respiratório, lábio roxo e
aumento da frequência respiratória também são sintomas derivados de uma Síndrome
Respiratória Aguda Grave. Já a Síndrome Gripal apresenta apenas febre,
acompanhada de tosse, mal estar, dor de garganta e dor no corpo.
É importante lembrar que um
caso de SG pode se transformar em SRAG, dependendo de fatores ligados ao
próprio vírus (quando o vírus é mais virulento); ao hospedeiro (quando o
paciente apresenta fatores de risco como doenças respiratórias crônicas ou
imunodeficiência. Idosos e crianças também são grupo de risco).
Em casos de uma SG em grau
mais leve, o tratamento é sintomático. Já em casos de SRAG causados pelo vírus
da influenza ou gripe há um tratamento voltado para o combate ao vírus. Esse
tratamento também pode ser indicado em pacientes pertencentes aos grupos de
risco. O coordenador geral do departamento de Doenças Transmissíveis do MS
explica que quanto mais precoce o tratamento, melhor. Por isso a importância de
buscar ajuda médica.
Para evitar a transmissão, as
recomendações são evitar contato próximo com pessoas que estejam com algum
vírus respiratório, usar lenços de papel ou de pano, lavar as mãos com
frequência, e evitar lugares fechados.
Aline Czezacki, Blog daSaúde
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