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terça-feira, 21 de junho de 2016

Saiba por que é importante dar atenção aos sintomas da gripe

Febre e tosse são sintomas comuns em pessoas que contraem vírus respiratórios. Mas há a necessidade de ficar atento para casos onde uma Síndrome Gripal (SG) se transforme em uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e saber qual o melhor encaminhamento e tratamento para o problema.

Segundo o boletim epidemiológico semanal da área técnica de influenza da Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (MS), de janeiro até agora, foram coletadas 8.668 amostras em unidades sentinelas. Dessas, 5.030 (58%) foram processadas e 1.284 (21,2%) deram resultado positivo para vírus respiratórios (Influenza, VSR, parainfluenza e adenovírus).

A vigilância sentinela consiste em uma rede de unidades em todas as regiões do país, com o objetivo de monitorar e identificar os principais agentes respiratórios presentes no Brasil. Já a vigilância universal de SRAG verifica os casos hospitalizados e óbitos relacionados ao comportamento de vírus respiratórios para orientar decisões e posicionamentos do Ministério da Saúde (MS) e Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais.

Foram registrados 31.243 casos de SRAG somente em 2016, sendo que 19.133 foram na região sudeste (14.695 apenas em São Paulo), e 7.005 na região sul. Essa alta incidência está relacionada às baixas temperaturas de ambas as regiões, a partir de dois fatores principais: o frio afeta o nosso organismo e os mecanismos de defesa contra o vírus; há mudanças de comportamento como ficar com janelas fechadas e em lugares com menor circulação de ar.

Com o surgimento de sintomas derivados de algum vírus respiratório, verifique se há tosse e dor de garganta com dificuldade de respirar. Desconforto respiratório, lábio roxo e aumento da frequência respiratória também são sintomas derivados de uma Síndrome Respiratória Aguda Grave. Já a Síndrome Gripal apresenta apenas febre, acompanhada de tosse, mal estar, dor de garganta e dor no corpo.

É importante lembrar que um caso de SG pode se transformar em SRAG, dependendo de fatores ligados ao próprio vírus (quando o vírus é mais virulento); ao hospedeiro (quando o paciente apresenta fatores de risco como doenças respiratórias crônicas ou imunodeficiência. Idosos e crianças também são grupo de risco).

Em casos de uma SG em grau mais leve, o tratamento é sintomático. Já em casos de SRAG causados pelo vírus da influenza ou gripe há um tratamento voltado para o combate ao vírus. Esse tratamento também pode ser indicado em pacientes pertencentes aos grupos de risco. O coordenador geral do departamento de Doenças Transmissíveis do MS explica que quanto mais precoce o tratamento, melhor. Por isso a importância de buscar ajuda médica.

Para evitar a transmissão, as recomendações são evitar contato próximo com pessoas que estejam com algum vírus respiratório, usar lenços de papel ou de pano, lavar as mãos com frequência, e evitar lugares fechados.

Aline Czezacki, Blog daSaúde


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