São
Paulo terá R$ 33 milhões para fase final da vacina contra dengue
Testes
clínicos envolvem 17 mil participantes em todo o Brasil e estão sendo
realizados em 14 centros de 12 Estados
Alckmin
se encontrou com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, em Brasília
O
Estado de São Paulo terá mais R$ 33 milhões para a fase final da pesquisa da
vacina contra a dengue. O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin
nesta quarta-feira (1) após encontro com o ministro da Saúde, Ricardo Barros,
em Brasília. Os recursos serão liberados pelo Governo Federal.
"Nós
estamos na terceira e última fase dos estudos para comprovação da eficácia e
produção em escala da primeira vacina brasileira contra a dengue",
explicou Alckmin. "Será uma vacina tetravalente, contra os quatro
sorotipos da doença, em uma única dose", completou o governador. A
pesquisa é conduzida pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de
pesquisas biomédicas do mundo.
A
terceira fase da pesquisa teve início em fevereiro deste ano e envolve 1,2 mil
voluntários recrutados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
USP. O HC está entre os 14 centros credenciados pelo Butantan para a realização
dos testes, que envolverão 17 mil participantes em todo o Brasil.
Casos
de dengue caem 81% no estado de São Paulo
Os
próximos centros a iniciarem a vacinação estão nas cidades de Manaus (AM),
Aracaju (SE) e São José do Rio Preto (SP). As pesquisas acontecerão ainda em
outras nove cidades: Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Recife (PE), Fortaleza
(CE), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e
Porto Alegre (RS).
Testes
Nesta
última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do
total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma
substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja,
sem efeito. Nem a equipe médica e nem o participante saberá se foi aplicada a
vacina ou o placebo. O objetivo é descobrir, a partir de exames coletados dos
voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e se quem tomou o placebo
contraiu a doença.
A
estimativa do Instituto é que todos os participantes estejam vacinados dentro
de um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do
vírus, mas o Butantan acredita ser possível ter a vacina disponível para
registro até 2018.
A
vacina do Butantan, desenvolvida em parceria com o National Institutes of
Health (EUA), é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto
é, enfraquecidos. Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais
forte, mas como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a
doença.
Foto:
Ministério da Saúde / Rondon Velozzo/MS
Portal
do Governo do Estado
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