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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Vacina Dengue - Ministro trata da disponibilização dos recursos para garantir o avanço do desenvolvimento da vacina no Butantan

São Paulo terá R$ 33 milhões para fase final da vacina contra dengue

Testes clínicos envolvem 17 mil participantes em todo o Brasil e estão sendo realizados em 14 centros de 12 Estados

Alckmin se encontrou com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, em Brasília


O Estado de São Paulo terá mais R$ 33 milhões para a fase final da pesquisa da vacina contra a dengue. O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin nesta quarta-feira (1) após encontro com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, em Brasília. Os recursos serão liberados pelo Governo Federal.

"Nós estamos na terceira e última fase dos estudos para comprovação da eficácia e produção em escala da primeira vacina brasileira contra a dengue", explicou Alckmin. "Será uma vacina tetravalente, contra os quatro sorotipos da doença, em uma única dose", completou o governador. A pesquisa é conduzida pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo.

A terceira fase da pesquisa teve início em fevereiro deste ano e envolve 1,2 mil voluntários recrutados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O HC está entre os 14 centros credenciados pelo Butantan para a realização dos testes, que envolverão 17 mil participantes em todo o Brasil.

Casos de dengue caem 81% no estado de São Paulo
Os próximos centros a iniciarem a vacinação estão nas cidades de Manaus (AM), Aracaju (SE) e São José do Rio Preto (SP). As pesquisas acontecerão ainda em outras nove cidades: Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS).

Testes
Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica e nem o participante saberá se foi aplicada a vacina ou o placebo. O objetivo é descobrir, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e se quem tomou o placebo contraiu a doença.

A estimativa do Instituto é que todos os participantes estejam vacinados dentro de um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan acredita ser possível ter a vacina disponível para registro até 2018.

A vacina do Butantan, desenvolvida em parceria com o National Institutes of Health (EUA), é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença.

Foto: Ministério da Saúde / Rondon Velozzo/MS

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