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domingo, 29 de junho de 2014

Análise de Mídia - REVISTAS

Revistas que circulam neste fim de semana reproduzem boa parte da agenda dos jornais diários. Há, no entanto, maior ênfase em questões macroeconômicas que têm relação direta com a pauta da indústria, o que diferencia o tom da abordagem geral.

A conjuntura na qual está inserido o setor produtivo está em destaque. Em especial, as reportagens que questionam os rumos da política econômica acentuam alertas já consolidados entre os analistas de mercado. O papel do governo no delicado processo de reaproximação com o empresariado também é um dos pontos fortes da cobertura.

·         VEJA estampa na capa uma abordagem especial sobre os 20 anos do Plano Real. A derrota da hiperinflação, o reordenamento do sistema econômico, a estabilidade da moeda e o lançamento das bases que ajudaram a consolidar o que hoje é uma sociedade de consumo são alguns dos itens abordados.

·         Como ponto de atenção, VEJA adverte que o plano segue incompleto e que os avanços sofrem ameaças decorrentes de equívocos cometidos, nos últimos anos, pela política econômica. “Essas ameaças podem ser resumidas em três pontos: inflação acima da meta, truques nas finanças públicas e baixa produtividade”, aponta a revista.


·         ISTOÉ DINHEIRO destaca em reportagem diferenciada que os bancos estão mais restritivos e os clientes, cautelosos. Esse cenário trava o avanço do crédito e dificulta o crescimento do PIB. Segundo a revista, a confiança nos rumos da economia vem sendo minada por uma sequência de más notícias na área fiscal. “O resultado é que, pela primeira vez desde 2003, o crédito livre (que não possui taxas reguladas) para as pessoas físicas se manteve estacionado em R$ 756 bilhões em maio, mantendo, em valores deflacionados, o mesmo saldo de maio de 2013”, afirma o texto.

·         Na mesma reportagem, ISTOÉ DINHEIRO assinala que a situação preocupa o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que reclama da postura dos bancos.


·         DENIZE BACOCCINA, em artigo na ISTOÉ DINHEIRO, reforça os argumentos da revista e afirma que o consumo das famílias está arrefecendo, com o crédito mais caro e difícil e que, novamente, é a agricultura que vai salvar a economia brasileira.
·         Texto destaca ainda que “o investimento já está caindo, adiando a melhoria da infraestrutura logística para reduzir os custos de produção e trânsito de mercadorias. DENIZE BACOCCINA adverte que a indústria, que ameaçou uma recuperação quando o dólar subiu um pouco mais, no segundo semestre de 2013, vai encolher neste ano. A produção industrial vem caindo desde março e as empresas já começaram a demitir”.

·         Na coluna PODER, em ISTOÉ DINHEIRO, informação é que “o pacote de medidas para estimular a modernização do parque industrial brasileiro, em estudo no governo, foi pedido pelos fabricantes de máquinas e equipamentos, setor com forte queda de vendas neste ano. No entanto, eles não serão atendidos como gostariam. O Ministério do Desenvolvimento estuda linhas especiais de crédito para aumentar a competitividade da indústria, mas não pretende conceder vantagens às máquinas nacionais”.


·         Também em PODER, destaque para a informação de que, a presidente Dilma Rousseff quer dedicar mais tempo a ouvir o setor privado. Segundo a coluna, a petista fez a promessa a empresários da indústria, em encontro realizado no dia 18, no Palácio do Planalto. “Em três anos e meio de governo, Dilma concedeu pouquíssimas audiências ao setor, quase sempre limitadas a presidentes de empresas estrangeiros que vieram anunciar investimentos. Agora, Já prometeu receber a Abinee, do setor eletroeletrônico, para discutir a prorrogação de redução tributária para celulares e tablets, e a Abimaq, de máquinas e equipamentos”.

·         Como outro ponto de atenção, reportagem de capa da ISTOÉ DINHEIRO aborda os negócios e as relações comerciais entre o Brasil e a Argentina. Texto revela que o país vizinho, pressionado por credores internacionais, desafia a Justiça americana e flerta com mais um calote da dívida externa.

·         Na mesma reportagem, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ROBSON DE ANDRADE, é citado e afirma que um agravamento da crise argentina afetará a indústria brasileira. “Certamente vai prejudicar as exportações brasileiras”, pontua. Segundo DINHEIRO, as empresas brasileiras, preocupadas, tentam blindar seus negócios.

·         O mercado de trabalho é outro tema bastante presente na agenda das revistas.

·         Como ponto de atenção, ISTOÉ registra que o ritmo de criação de vagas desacelerou em maio, conforme dados oficiais divulgados durante a semana. A indústria de transformação cortou 28.533 vagas com carteira assinada e registrou demissões líquidas em 11 de seus 12 subsetores. “Desde abril, a indústria demite mais do que contrata”, aponta a reportagem. Revista assinala que os números do Caged são preocupantes, porque refletem uma desaceleração no ritmo da atividade econômica do País, começando pela produção industrial.

·         Em palestra a 200 executivos e representantes de grandes companhias estrangeiras, na Eurocâmaras, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou convencer o setor produtivo de que não há motivos para pessimismo, registra ISTOÉ DINHEIRO. Texto destaca que, incomodado com os resultados tímidos do governo Dilma Rousseff na economia, o PIB não está crescendo como ele gostaria, e Lula apresentou uma série de indicadores dos últimos 12 anos, ressaltando as transformações sociais pelas quais o País passou. “Geramos 20 milhões de empregos formais em 12 anos”, afirmou Lula. “Qual país conseguiu fazer isso?”

·         A mesma reportagem indica que “de uma forma geral, os empresários nutrem simpatia pelo ex-presidente Lula, mas reclamam das decisões da presidente Dilma Rousseff. As alfinetadas no atual governo, é claro, só são feitas sob a condição do anonimato. Como bem definiu um dos executivos presentes ao evento, não se critica publicamente quem está na liderança das pesquisas”.

·         Em sua coluna semanal na revista CARTA CAPITAL, o ex-ministro Antonio Delfim Netto escreve sobre as perspectivas de investimentos em setores que estão aquecidos, como a infraestrutura. Relacionando o contexto geral com o que está por vir, Delfim afirma que, “desde o início da presente década a economia brasileira mantém o mercado de trabalho funcionando num nível bastante próximo do pleno emprego”.

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