Faleceu, na madrugada desta terça-feira (3), o ex-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Edmundo Reichmann, aos 81 anos. Reichmann ocupou o cargo de diretor-presidente do Tecpar entre março de 1983 e maio de 1988, período em que foram realizadas ações que deixam, até hoje, marcas positivas na instituição.
Enquanto diretor-presidente, foi protagonista na consolidação do acordo entre Brasil e Japão, que resultou na inauguração do de Tecnologia Industrial Brasil/Japão, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Além disso, em sua gestão foi solidificada a infraestrutura necessária à produção de vacinas, que fornece, junto com outras atividades, a subsistência financeira à instituição, bem como a reforma administrativa da entidade.
Para o diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, o instituto perde um grande presidente e gestor, que levou a marca do Tecpar a nível nacional e internacional. “Era uma pessoa de grande conhecimento técnico e humano. Realizou uma grande gestão à frente do instituto e, mesmo de longe, nos orientava e dava encaminhamentos em relação ao nosso trabalho. Ele era uma grande amigo”, lamenta Felix.
Reichmann estava internado no Hospital de Fraturas do Alto da XV, em Curitiba. O velório está sendo realizado na capela 2 do Cemitério Parque Iguaçu e o sepultamento será às 17 horas, no mesmo local, que fica à Rua Nicolau José Gravina, 292, no bairro Cascatinha. Reichmann deixa esposa e três filhos.
História
A história de Reichmann no Tecpar começou em 1957, quando ainda estudante começou um estágio na Divisão de Patologia Experimental no então Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas (IBPT). De personalidade forte, dedicado e persistente, desenvolveu grande trabalho na área de biotecnologia, o que culminou em sua indicação para assumir a Secretaria Nacional de Biotecnologia. Farmacêutico e Bioquímico, com especialização em Medicina Nuclear e Administração Hospitalar, acompanhou e participou da criação e desenvolvimento do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR), onde ocupou, entre outros cargos, o de diretor administrativo, por dez anos.
Reichmann foi ainda presidente do Graciosa Country Club, entre 1975 e 1977, e um dos sócios-fundadores do Laboratório de Bacteriologia e Análises Clínicas (Labac), que começou a ser planejado no laboratório do Hospital de Clínicas da UFPR. Ele também foi um dos idealizadores do Cermen, no Hospital Nossa Senhora das Graças, serviço de Medicina Nuclear "in vivo" em ambiente hospitalar do Paraná.
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