Após obter o sinal verde da Câmara Municipal de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a mineira Biomm iniciará ainda em junho a construção da única fábrica brasileira de insulina. O empreendimento contará com aportes da ordem de R$ 350 milhões e as operações terão início em 2016.
Nesta semana, o legislativo de Nova Lima aprovou um projeto de lei para viabilizar a construção da planta. O secretário Municipal de Planejamento, Gabriel Gobbi, explica que isto foi necessário para evitar uma interpretação errada do plano diretor da cidade, o que poderia impedir o empreendimento.
O plano diretor determina que na área industrial onde a planta de 30 mil metros quadrados será erguida as construções não podem ultrapassar 6 mil metros quadrados por lote, que por sua vez tem metragem de 4 mil metros quadrados. Porém, a empresa unificou sete lotes para o empreendimento. Dessa forma, como se tornou um terreno único ela ficaria limitada aos 6 mil metros quadrados, mesmo com um potencial construtivo de 42 mil metros quadrados, conforme o secretário.
Para suprir a falha foi enviado à Câmara pelo Executivo o projeto permitindo que a Biomm construa os 30 mil metros quadrados previstos. "uma interpretação correta do Plano Diretor, evitando que a empresa tenha que repartir o seu projeto", diz.
De acordo com o presidente da Biomm, Francisco Carlos Marques de Freitas, este era o último passo antes do início da construção da fábrica em Nova Lima, uma vez que a companhia já obteve o licenciamento ambiental necessário para iniciar a implantação. Segundo ele, as obras deverão ser iniciadas em junho.
Recursos - "A empresa está totalmente equacionada para realizar o investimento", afirma. Freitas lembra que as operações para levantar recursos para o empreendimento já foram realizadas.
No fim do ano passado, por exemplo, foi realizado um aumento de capital de R$ 132,6 milhões. A operação estava prevista em contrato celebrado em setembro do ano passado junto ao BNDESPar, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao BDMGTec, do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), ao IBR LP, fundo controlado pela TMG II e os controladores da Biomm.
Na operação está previsto um aporte de R$ 20 milhões no empreendimento por parte do BDMGTec e de R$ 19,103 milhões do BNDESPar. O maior aporte ficou por conta do IBR, que irá destinar R$ 77 milhões para a fabricante de insulina. Já os atuais controladores da empresa realizarão um aporte de R$ 16,5 milhões.
A Biomm contará também com linhas de financiamento da ordem de R$ 200 milhões. Serão R$ 73,556 milhões contratados junto ao BNDES; R$ 26,103 milhões junto ao BDMG; R$ 30 milhões junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); e R$ 70,437 milhões junto à Agência Brasileira da Inovação (Finep).
A unidade irá produzir 20 milhões de frascos de insulina humana recombinante anualmente. Em uma primeira fase, o objetivo será reduzir a dependência do produto importado, mas a unidade vai atender também à demanda internacional, proveniente da Europa, das Américas e da Ásia. O medicamento deve chegar ao mercado em 2017, e a plena operação da planta deverá ser atingida dentro de três anos.
Fonte: http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?id=135170
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