O ministro da Saúde, Arthur Chioro, assinou, nesta quarta-feira (18), Termo de Cooperação com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para a distribuição de folders sobre a vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano). A ação visa sensibilizar pais e responsáveis sobre a importância da imunização de meninas de 11 a 13 anos contra o vírus que previne o câncer de colo de útero, além de informar sobre a estratégia de vacinação adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Foram produzidos para distribuição via Correios 2,6 milhões de folders, que serão entregues nas residências pelos carteiros, aproveitando a entrega habitual das correspondências. Nos exemplares constam informações de como o vírus é transmitido, qual é a vacina aplicada e o público-alvo. Com o documento, pais e responsáveis se informarão sobre o intervalo de tempo ideal que cada uma das três doses da vacina deve ser aplicada. A distribuição do material começará neste mês de junho. “Essa ação é um reforço na mobilização da sociedade, de convocação dos pais e das próprias meninas para que possamos agora, na segunda dose, manter a cobertura vacinal de no mínimo 80%”, explicou o Ministro.
A Campanha de vacinação contra o HPV começou no dia 10 de março para meninas na faixa etária de 11 a 13 anos. Em três meses de vacinação, mais de 4,2 milhões de meninas já receberam a primeira dose da vacina contra HPV. O número representa 85,7% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de adolescentes. A meta era vacina 80% deste grupo. A partir de setembro, as meninas receberão a segunda dose da vacina (intervalo de seis meses) e a terceira, de reforço, será administrada cinco anos após a primeira dose. “Mobilizando a população conseguiremos excelentes resultados nas segunda e terceira fases da vacina, como aconteceu na primeira. Desta forma, começamos a mudar a história do HPV, do câncer do colo do útero e de doenças relacionadas ao papiloma vírus”, afirmou Chioro.
Proteção
Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.
A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não substitui a realização do exame preventivo nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Estimativas indicam que 270 mil mulheres, no mundo, morreram devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos, em decorrência da doença, apenas neste ano.
Produção nacional
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto Butantan e o laboratório privado Merck Sharp & Dohme (MSD). Está sendo investido R$ 1,1 bilhão na compra de 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de R$ 83,5 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde está pagando R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.
Fonte: Portal Brasil
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