Até o dia 22, estarão
disponíveis nos postos de saúde 13 vacinas para crianças até nove anos e oito
para adolescentes de 10 a 15 anos. O Dia D acontece no próximo sábado
Crianças e adolescentes devem
comparecer aos postos de vacinação até 22 de setembro para colocar em dia a sua
imunização. Esse é o período da Campanha de Multivacinação do Ministério da
Saúde, lançada pelo ministro Ricardo Barros, em Brasília. Neste ano, serão
convocados mais de 47 milhões de crianças menores de cinco anos, crianças de nove
anos e também adolescentes de 10 a 15 anos incompletos para atualizarem o
calendário vacinal. Mais da metade (53%) desse público já deveriam ter sido
estar com o seu calendário de vacinação completo e o Ministério alerta sobre os
riscos da baixa cobertura vacinal.
Confira, em anexo a
apresentação utilizada pelo Ministro Ricardo Barros, durante o evento
Nos 12 dias de mobilização,
treze vacinas para crianças e oito para adolescentes - estarão à disposição da
população. A campanha envolverá 36 mil postos fixos de vacinação e 350 mil
profissionais de saúde. Além do envio de 143,9 milhões de doses de vacina de
rotina, o Ministério da Saúde ainda distribuiu aos postos de saúde 14,8 milhões
de doses extras de 15 vacinas para a campanha.
No próximo sábado, 16/9, será
o dia D da vacinação, quando postos de saúde em todo país estarão de portas
abertas para imunizar crianças e adolescentes de doenças que ainda não estão
eliminadas e, portanto, representam riscos para quem não estiver vacinado. Além
disso, em complemento à campanha de Multivacinação, o Ministério da Saúde
planeja instituir um dia nacional de vacinação nas escolas. “Pretendemos
avançar ainda mais na conscientização dos pais para a importância da vacinação
de crianças e adolescentes. A campanha que lançamos hoje reforça que todos os
dias são dias de vacina. Só com essa conscientização é que a população
brasileira estará protegida de uma série de doenças que são facilmente
preveníeis apenas com vacinação,” enfatiza Ricardo Barros.
A campanha publicitária deste
ano traz o slogan “Todo mundo unido, fica mais protegido”, chamando pais e
responsáveis para a mobilização. Terão peças de TV, rádio, com veiculação
nacional, internet, além de banners e cartazes que serão distribuídos nos postos
de vacinação.
CRIANÇAS NÃO VACINADAS
– As crianças somente estarão protegidas com calendário de vacinação em
dia. Por isso, o Ministério quer, com a mobilização, reforçar o acesso às
vacinas, alertando estados e municípios da importância de manter elevadas
coberturas vacinais, evitando o reaparecimento de doenças já controladas ou
mesmo eliminadas no país.
Embora o país, de uma forma
geral, tenha altas coberturas vacinais com alcance de meta de várias vacinas,
ainda há uma heterogeneidade regional nas coberturas vacinais. “Ao desagregar
os dados, vemos bolsões, locais, com baixas coberturas. Se, ao longo dos anos
isso persistir, corremos o risco de ver de volta doenças que já não existem
mais no Brasil”, alertou Carla Domingues.
Dados sobre vacinação recomendada
para crianças ao nascer ou menores de completarem um ano, de acordo com os
dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), apontam que 760 mil crianças
ainda não foram vacinadas com BCG, 950 mil com a hepatite B, 470 mil crianças
ainda não foram vacinadas com pneumocócica e rotavírus.
Ainda para esse grupo, 240 mil
crianças não foram imunizadas com a vacina de meningite C. Já, a penta e
poliomielite, também apresentam um grande números de crianças sem vacinação,
são 320 mil crianças não vacinadas para a penta e 790 crianças não vacinadas
para polio.
Dentre as recomendadas para
crianças de um ano, estão as vacinas tríplice, com 150 mil crianças ainda por
vacinar, pneumocócica, com 470 mil crianças por vacinar e meningite C com 180
mil crianças ainda não vacinadas. Já, para o grupo de vacinas recomendadas para
crianças com 15 meses – hepatite A, DTP, Pólio e tríplice viral/Tetra – são 840
mil crianças sem vacina para hepatite A, 1,1 milhão para DTP, 800 mil para
Pólio e 707 mil crianças sem vacina para tríplice viral.
A situação é mais crítica nas
vacinas para adolescentes. Na meningocócica C, por exemplo, são 5,9 milhões de
adolescentes de ambos os sexos na faixa de 12 e 13 anos ainda não se vacinaram.
O mesmo ocorre na vacina de HPV. São 73,6% das meninas de 9 a 15 anos vacinas
com a primeira dose e apenas 47% com duas doses. Já entre os meninos, 23,6% de
adolescentes do sexo masculino foram vacinados aos 12 e 13 anos. Outra
vacina para adolescentes com baixas coberturas é para a hepatite B, em 2016,
não foram vacinados 1,3 milhão de jovens.
Também a vacina de febre
amarela, que teve surto recentemente finalizado pelo Ministério da Saúde, tem
estimativa de cerca de 2,4 milhões de pessoas vacinadas abaixo dos 14 anos.
Embora ainda existam crianças
e adolescentes não vacinados, o número estimado de não vacinados não pode ser
somado, já que as crianças ou adolescente podem não ter sido vacinados para
mais de uma doença.
VACINAS - O Programa
Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos
anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as
vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário
Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais
de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 4,3 bilhões, em 2017.
INFLUENZA – A
Multivacinação também é uma oportunidade para municípios que ainda tenham
vacina contra influenza continuem a vacinar o público-alvo da campanha (menores
de 15 anos).
Calendário de Vacinação da Criança
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Calendário de Vacinação do Adolescente
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BCG – ID
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Hepatite B
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Hepatite B (mantida dose ao nascer)
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dT (Dupla tipo adulto)
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Penta (DTP/Hib/Hep B)
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Febre amarela
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VIP (Vacina Inativada Poliomielite)
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Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba)
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VOP (vacina oral contra pólio)
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dTpa
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VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)
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HPV
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Vacina Pneumocócica 10 valente
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Vacina meningocócica conjugada tipo C
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Vacina febre amarela
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Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba)
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DTP (tríplice bacteriana)
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Vacina meningocócica conjugada tipo C
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Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela)
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Hepatite A
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Anexo:
Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde