Tuberculose
Iso+rifam, como é popularmente chamado, passa a ser o terceiro medicamento a compor o portfólio de Farmanguinhos.
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) obteve o registro para a produção do isoniazida + rifampicina (150 mg+ 300 mg). O registro, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), permitirá a produção do medicamento usado no tratamento de pacientes com tuberculose.
O iso+rifam, como é popularmente chamado, passa a ser o terceiro medicamento a compor o portfólio de Farmanguinhos contra essa doença negligenciada.
A mesma Resolução confere também à unidade o direito de produzir o anti-helmíntico do trato gastrointestinal praziquantel 600 mg nas instalações do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM).
No caso deste medicamento, foi alterado somente o local de fabricação, já que era produzido nas instalações na fábrica do campus de Manguinhos.
Além do composto iso+rifam, Farmanguinhos tem uma linha de medicamentos especificamente voltada para o tratamento da tuberculose.
O Instituto produz etionamida, isoniazida. A unidade vai produzir ainda o 4 em 1, tuberculostático que reúne quatro fármacos em um único comprimido: isoniazida, rifampicina, etambutol e pirazinamida.
Essa formulação em dose fixa combinada é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a forma mais eficaz de combate à tuberculose. A unidade aguarda o registro concedido pela Anvisa para iniciar a produção.
Mais de 70 mil casos da doença em 2013
A produção do 4 em 1 será possível graças a uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre Farmanguinhos e o laboratório indiano Lupin.
Além de ampliar a adesão ao tratamento, a redução no número de comprimidos deve diminuir as taxas de abandono do tratamento, um dos principais problemas na terapia contra a tuberculose.
Outro benefício é que a nacionalização da tecnologia vai gerar uma economia aos cofres públicos. De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente, o Brasil gasta cerca de R$ 11 milhões em ações contra a tuberculose.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no Dia de Luta contra a Tuberculose (24/3) mostram que o Brasil registrou 71.123 novos casos da doença em 2013.
Já os dados sobre o número de mortes por tuberculose divulgados pelo Ministério são referentes a 2012 e indicam um total de 4.406 óbitos.
A população mais vulnerável se concentra em moradores de rua, cujo risco de infecção é 44 vezes maior do que na população geral. Em seguida, estão as pessoas com HIV/Aids (risco 35 vezes maior); população carcerária (risco 28 vezes maior); e indígenas (risco três vezes maior).
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