Destaques

domingo, 30 de novembro de 2014

Análise de Mídia - REVISTAS

A escolha da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ganha as edições das revistas que circulam neste fim de semana. Abordagens avaliam e repercutem a indicação de Joaquim Levy para o comando do Ministério da Fazenda. O assunto é destaque de capa da VEJA, ÉPOCA e ISTOÉ, mas também está em evidência na cobertura da CARTA CAPITAL e ISTOÉ DINHEIRO.
 
De modo geral, as reportagens elogiam a decisão e apontam que Levy é um dos defensores do controle fiscal e do arrocho das contas públicas, propostas defendidas pelos tucanos durante a campanha eleitoral. Analisam ainda o perfil do novo ministro e mostra as repercussões políticas e econômicas sobre a nomeação. Os veículos também noticiam que Armando Monteiro Neto vai chefiar o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e também registram outras indicações. 

  • CARTA CAPITAL avalia que ao nomear a nova equipe econômica, a presidente Dilma Rousseff repete o modelo adotado por Luiz Inácio Lula da Silva em 2003. “A presidente testará a mesma fórmula, um equilíbrio entre ortodoxos e heterodoxos na economia, uma líder ruralista na Agricultura (quem fará o contraponto no Desenvolvimento Agrário?) e um industrial sem indústria no Desenvolvimento”, aponta. 
  • A defesa de metas de contenção dos gastos e da dívida será um desafio para a relação entre Levy e o futuro ministro do Planejamento, registra a CARTA CAPITAL, acrescentando que o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior terá o senador Armando Monteiro Neto, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
  • Sobre a nova equipe de governo, MINO CARTA, em EDITORIAL da CARTA CAPITAL, sugere que algumas nomeações certamente têm aprovação do ex-ministro Antonio Palocci. “Sinto a presença de Antonio Palocci por trás do esforço de recompor o esquema inicial do primeiro governo Lula”, afirma. Para ele, o ex-ministro “está em plena atividade, ainda que se esgueire pelos cantos”. 
  • ROSA DOS VENTOS, na CARTA CAPITAL, afirma que “estrategistas políticos de longo curso fazem avaliação positiva dos primeiros movimentos de Dilma para o ministério. A escolha de Kátia Abreu, Armando Monteiro, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, nomeações capazes de provocar engulhos em setores petistas, é avaliada como ‘jogada de mestre’”. 
  • Reportagem de capa da ISTOÉ indica que, mesmo sob os protestos do seu partido e de aliados, Dilma deu aos primeiros contornos do seu próximo governo uma aparência semelhante ao que seus opositores defenderam durante a eleição. 
  • “O sucesso do próximo mandato depende diretamente da retomada do crescimento e do controle dos gastos públicos, que andam desgovernados. Para fazer isso, foi preciso assumir, mesmo que a contragosto, que ela e sua equipe econômica erraram muito nos últimos anos”, avalia a reportagem da ISTOÉ. Conforme a revista, Joaquim Levy é ligado aos tucanos e um dos defensores do controle fiscal e do arrocho das contas públicas, “propostas que Dilma demonizou durante a campanha”. 
  • VEJA, também em reportagem, posiciona que Joaquim Levy traz a perspectiva de uma mudança radical na política em curso, com a previsão de um desejado controle nos gastos públicos e a volta do combate à inflação. Reportagem avalia que é uma “esperança” para retomar o crescimento. “Resta saber como Dilma conviverá com ideias diferentes das suas”, observa. 
  • Reportagem de capa da ÉPOCA assinala que o Brasil espera que Levy tenha “autonomia para fazer o que precisa ser feito”. 
  • ISTOÉ DINHEIRO destaca que a nova equipe econômica prepara um ajuste fiscal. “É o oposto do que a presidenta Dilma defendeu na campanha.” Levy deixou claro que o resgate da credibilidade das contas públicas é pré-condição para o País voltar a crescer. Para atingir as metas, o governo terá de ressuscitar alguns impostos como a Cide e a CPMF, diz Manuel Enriquez Garcia, presidente da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). 
  • Ainda segundo DINHEIRO, a definição da nova equipe econômica também gerou manifestações positivas das entidades do setor produtivo. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pede responsabilidade e visão de futuro. “São pessoas sérias, preparadas e esperamos que consigam alcançar o melhor resultado”, afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp. 
  • Em outra reportagem, ISTOÉ DINHEIRO registra que Guido Mantega deixará em breve o Ministério da Fazenda sob críticas da oposição, mas pondera que seu legado não pode ser ignorado. “Avaliações sobre resultados da política econômica não costumam ser unânimes, mas a bem-sucedida atuação de Mantega durante a crise de 2008 é consenso entre os economistas.” 
  • FELIPE PATURY, na ÉPOCA, posiciona que o diagnóstico feito pelo novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, aponta maior fragilidade na economia do que as assumidas no anúncio de sua nomeação. Numa apresentação em julho, Barbosa previu aumentos da carga tributária, por meio da elevação da Cide e do PIS-Cofins. Previu que o PIB crescerá menos de 1% em 2015 e que a inflação só convergirá para o centro da meta em 2016. Pregou ajustes no abono salarial e no seguro-desemprego, entre outros pontos. 
  • BRASIL CONFIDENCIAL, na ISTOÉ, aponta que “a cúpula do PT sabe da guinada na economia ensaiada pela presidente Dilma Rousseff pelo menos desde a primeira semana depois do segundo turno. Os petistas tratam a nomeação de Joaquim Levy para a Fazenda como um teste com duração máxima de dois anos”. 
  • LEONARDO ATTUCH, na ISTOÉ, aponta que o novo ministro da Fazenda tem a missão considerada unânime de ajustar as contas públicas. “Ao agradar ao mercado, ele recebeu fogo amigo. Ao prometer um ajuste mais suave, virou alvo também de investidores”, observa. 
  • Ainda com foco na escolha de Levy para a Fazenda, PRIMEIRO PLANO, na ÉPOCA, expõe que a decisão significa uma guinada na política econômica. “Registramos que o discurso de campanha não era condizente com uma política econômica responsável e agora aplaudimos a decisão da presidente Dilma, ao reconhecer os erros de seu primeiro mandato”, posiciona a revista.
 Fora da cobertura sobre a política econômica, outros assuntos de interesse para o setor fabril despontam no noticiário dos semanários.
 

  • Entre outras abordagens, CLAYTON NETZ, na ISTOÉ DINHEIRO, afirma que “a preocupação com a crise hídrica chegou à CNI”. Nota informa que na próxima quinta-feira (4), a entidade se reunirá com dirigentes da Agência Nacional de Águas (ANA) para discutir uma agenda de ações de incentivo ao uso racional da água no setor empresarial. “A ideia é reduzir os riscos para a indústria decorrentes de situações de estiagem, como a vivida na Região Sudeste.” 
  • Como ponto de atenção, RADAR, na VEJA, afirma que “o governo deve ao Sistema S 700 milhões de reais por cursos que Senai, Senac, Senar e Senat realizam no Pronatec, o programa mais citado por Dilma Rousseff em sua campanha”. 
  • Em tom críticoISTOÉ destaca que à revelia da Lei de Responsabilidade Fiscal, governo faz manobra para oficializar a irresponsabilidade com o gasto público ao mesmo tempo que, orientado por uma lógica política, anistia municípios comandados em sua maioria por petistas ou partidos da base aliada.
  • Também como ponto de atençãoCARTA CAPITAL noticia que, em Tremembé, roupas das Lojas Renner eram fabricadas por trabalhadores bolivianos em regime análogo ao escravo. A fábrica foi interditada pelo Ministério do Trabalho e 37 funcionários foram resgatados. “Apesar de terem registro em carteira, os trabalhadores viviam em alojamentos em condições degradantes, tinham descontos indevidos nos salários, trabalhavam em jornadas exaustivas, eram remunerados por produção e sofriam violência psicológica, verbal e física. Identificou-se ainda o crime de tráfico de seres humanos para fins de exploração laboral”, descreve a reportagem. A Renner poderá ser incluída na lista suja do trabalho escravo. 
  • Ainda conforme a revista, as indústrias têxteis brasileiras acusam as confecções estrangeiras, principalmente as da Ásia, onde as leis trabalhistas são menos exigentes e pouco se fiscaliza, de dumping social. “É preciso exigir que todos os países sigam um padrão de leis trabalhistas, pois, se o comércio é global, os meios de produção também precisam ser”, afirma Rafael Cervone, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. 
  • A título de registro, DINHEIRO NA SEMANA, na ISTOÉ DINHEIRO, informa que depois da disputa pelo governo do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, conseguiu estender seu mandato à frente da Fiesp pelo menos até 2017. “Há dez anos no cargo, o empresário foi beneficiado por uma alteração no estatuto, aprovada pelos filiados da Fiesp.” 
  • Complementando a pauta, ANTONIO DELFIM NETTO, na CARTA CAPITAL, pontua que “a construção da sociedade civilizada é um processo histórico, uma seleção quase natural, de construção, invenção ou descoberta de instituições sociais”. Segundo ele, toda a história da busca da sociedade civilizada é um longo processo de "tentativas" e "erros" dos homens que vão descobrindo instituições para tentar conciliar “a liberdade individual, a igualdade e a relativa eficiência produtiva”. “O que chamamos de ‘capitalismo’ (o conjunto de instituições que hoje nos governam) é apenas um episódio dessa história”, aponta.

sábado, 29 de novembro de 2014

ORÇAMENTO - Relatório prevê acréscimo de R$ 21,2 bilhões na arrecadação federal do próximo ano.

Comissão Mista de Orçamento (CMO) se reúne na terça-feira (2), às 14h30 para discutir e votar o parecer da receita da proposta orçamentária de 2015 (PLN 13/14). O texto que será analisado, de autoria do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi lido nesta quarta.
Pimenta: é preciso resgatar o clima de boa vontade para negociar 
votações e preservar o prazo de emendas para os atuais parlamentares.
Ainda não existe acordo para votação do parecer, fundamental para o avanço da tramitação do projeto orçamentário, mas o presidente da comissão, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), aposta no entendimento. E o motivo são as emendas parlamentares.
Faltando apenas 13 dias úteis, a contar de terça, para o encerramento dos trabalhos legislativos (22 de dezembro é o último dia), Devanir Ribeiro espera que a preocupação com a apresentação das emendas à proposta orçamentária leve deputados e senadores, principalmente os que não foram reeleitos em outubro, a avançar na tramitação, aprovando o parecer da receita e o preliminar, este último a ser apresentado pelo relator-geral da proposta orçamentária, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
O relatório preliminar traz as regras para a apresentação das emendas ao orçamento de 2015.
O prazo para que os parlamentares da atual legislatura apresentem emendas tem como data limite o encerramento da sessão legislativa, em 22 de dezembro, ou o dia 31 de janeiro de 2015, no caso de convocação extraordinária do Congresso Nacional durante o recesso.
A expectativa do presidente da comissão é que, se não houver acordo para aprovar a próxima lei orçamentária, que pelo menos o ano acabe com a fase de emendas encerrada – ainda faltaria a votação dos 10 relatórios setoriais e do relatório final do novo orçamento. Na visão dele, isso garante que o que for apresentado seja incorporado ao novo orçamento. “Seria importante garantir ao menos as emendas. Se não votarmos na semana que vem [o parecer da receita], vamos inviabilizar todos os prazos do orçamento”, disse Ribeiro, que pediu apoio da oposição para votar os pareceres da receita e o preliminar, dando oportunidade para que os parlamentares não reeleitos para o Congresso possam ter suas sugestões acolhidas na lei orçamentária.
Situação
Dos 594 parlamentares que compõem o Congresso (513 deputados e 81 senadores), 236 não retornam em fevereiro, quando se inicia a nova legislatura. São estes que têm interesse em apressar a tramitação da proposta orçamentária e garantir as emendas. Na própria Comissão de Orçamento, 42% dos parlamentares membros não foram reeleitos.
“Eles terão de certa forma um tolhimento de sua atividade parlamentar, porque não poderão apresentar no tempo hábil suas emendas. Acho que temos que prestigiar os colegas que conviveram conosco nesse período de quatro anos”, disse o deputado Milton Monti (PR-SP), integrante da comissão.
Negociações
A possibilidade de um acordo, na próxima semana, que adiante a tramitação da proposta orçamentária depende de conversas entre o governo e a oposição. Há uma reunião de líderes marcada para terça, às 14 horas, para discutir as votações da semana. Cada lado, porém, joga a bola para o outro. O deputado Felipe Maia (DEM-RN) disse que cabe ao governo tomar a iniciativa. O complicador, segundo ele, é que a base aliada está sem direção.
“As últimas semanas deram uma demonstração clara de uma falta de articulação do Palácio do Planalto com sua base aliada. A base do governo não está ‘redonda’, está faltando articulação, está faltando talvez um diálogo mais amplo. A base não tem dado quórum nas reuniões que são fundamentais para a aprovação de alguns projetos para o governo”, disse Maia.
Segundo ele, os sinais são claros de falta de articulação governista. Isso dificulta as negociações na Comissão de Orçamento. “Falta conversa aqui. A presidente Dilma é péssima administradora e péssima articuladora”, afirmou.
Já o deputado Paulo Pimenta disse que a oposição não se mostra aberta à negociação, pois ainda vive no clima das eleições, usando palavras duras e até demonstrações de intransigência com o governo. “Em primeiro lugar a oposição precisa aceitar o resultado da eleição. Eles perderam as eleições, devem cumprir o papel de oposição, agora não podem querer que o Parlamento expresse uma maioria que eles não representam”, disse Pimenta.
“Mesmo nos momentos mais agudos de crise, se manteve dentro da Casa um nível de respeito, que não tem sido observado”, afirmou. Para ele, é preciso resgatar o clima de entendimento e boa vontade entre as duas partes, para negociar as votações e preservar o prazo de emendas para os atuais parlamentares.

Agenda do Senado para esta semana - interesse da área de saúde

Segunda-feira 


Exposição Pessoa com deficiência
9h Abertura da Exposição da 8ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, que dá início a uma série de atividades no Senado.
Terça-feira
CCBanda larga
8h30  pauta extensa que inclui benefício a empresas startups.
Seminário  FPM
9h Será realizado na Câmara o 5º Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos, que debaterá o Fundo de Participação dos Municípios.
CMA  Bioquerosene
9h30 Entre os 23 itens da pauta, estão a proposta que cria o Programa Nacional do Bioquerosene e a que concede incentivos para atividades sustentáveis.
10h A comissão sabatina o senador Vital do Rêgo, indicado para o Tribunal de Contas da União
10h A comissão faz audiência sobre a regulamentação da profissão de instrumentador cirúrgico. Florentino Cardoso (Associação Médica Brasileira) e Maria Laura Alves (Associação Nacional de Instrumentadores Cirúrgicos) são convidados.
CE  Escola em tempo integral
11h A comissão analisa o projeto que institui a escola de tempo integral no ensino fundamental e o que trata da concessão, pelo empregador, de bolsa de estudo aos dependentes de seus empregados para formação profissional, entre outros.
Congresso Municípios
11h Sessão solene do Congresso Nacional destinada à promulgação da Emenda Constitucional 84/2014, que aumenta o repasse de recursos pela União para o Fundo de Participação dos Municípios.
Às 18h, o Congresso volta a se reunir em sessão para votação de vetos presidenciais e análise do PLN 36/2014, projeto enviado pelo governo que flexibiliza a meta fiscal prevista na LDO para este ano.
CMO  Relatório da Receita
14h30 A Comissão Mista de Orçamento se reúne para avaliar o relatório da Receita apresentado à Lei Orçamentária ­Anual de 2015.
Quarta-feira
CAS  Tabela de preços de saúde
9h Entre os 10 ites da pauta da comissão, está o que obriga estabelecimento de saúde a exibir tabela de preços dos serviços, o que institui a carteira de identificação do paciente bariátrico e o que permite uso do FGTS em caso de doença grave.
Palestras  Pessoa com deficiência
9h30 Abertura da 8ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, seguida de palestras do deputado Romário, eleito senador, e do cartunista Mauricio de Sousa, no Auditório Petrônio Portella.
Quinta-feira
CPC  Emendas
9h30 A comissão que estuda a reforma e a atualização do Código de Processo Civil (CPC) se reúne para apreciar emendas ao substitutivo aprovado pela Câmara dos Deputados.
CAS  Câncer de intestino
10h A comissão debate a prevenção do câncer de intestino com Paulo Hoff, do Instituto do Câncer de São Paulo, e Paulo Oliveira, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
Confira a íntegra das sessões no Plenário: http://bit.ly/plenarioOnline
Confira a íntegra das sessões nas comissões: http://bit.ly/comissoesOnline
Jornal do Senado

The Lancet destaca evolução do Brasil no combate a cânceres mais comuns

Segundo a revista inglesa, a taxa de sobrevivência para o câncer de mama e próstata subiu para perto de 90%. Nesta sexta-feira (28), INCA lança sistema com dados atualizados sobre a doença
O Brasil aumentou a sobrevida de pacientes diagnosticados com câncer de mama e de próstata, que estão entre os mais comuns no mundo. Os dados foram apresentados esta semana pelo estudo Concord-2 da revista de saúde inglesa The Lancet, que avaliou mais de 23,3 milhões de pessoas em 67 países. A pesquisa atribui o resultado brasileiro à expansão do acesso da população aos serviços de saúde, exame e tratamento.
Segundo o estudo, a taxa de sobrevivência para o câncer de mama no Brasil aumentou de 78%, em 2000, para 87%, em 2005, mesmo percentual registrado em países como os Estados Unidos. Para o câncer de próstata, o índice foi ainda maior, chegando a 96% de sobrevivência, mais que o dobro se comparado à chance de sobrevivência no mundo, que é de 40%.
O diagnóstico precoce associado ao tratamento eficaz da doença foi apontado pelo Concord-2 como o principal avanço do Brasil. Para o câncer de mama, o aumento de sobrevida deve-se à redução na mortalidade pós-operatória com tratamento adequado. Já no caso do tumor de próstata, a melhoria foi relacionada diretamente à maior oferta do exame conhecido como Antígeno Prostático Específico (PSA), teste de sangue usado no diagnóstico da doença.
“O estudo reforça a importância da expansão da oferta de exames e do tratamento adequado. No caso do Brasil, sem dúvida, a existência de um sistema público de saúde foi fundamental para os avanços apontados pela revista inglesa. O governo federal tem investido não só na oferta de serviços no SUS, mas também na inclusão de medicamentos mais modernos”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
ATLAS DO CÂNCER – O aumento de sobrevida constatado no estudo Concord-2 ocorre nos tipos de câncer com maior mortalidade no Brasil segundo o Atlas da Mortalidade 2014 lançado pelo Instituto Nacional do Câncer nesta sexta-feira (28). O Atlas informa valores brutos e taxas de mortalidade causadas pelos diferentes tipos de câncer até o ano de 2012 e permitirá, pela primeira vez, o recorte por municípios. Entre 2003 e 2012, a taxa de mortalidade por câncer em homens passou de 103,12 para 104,95 para cada grupo de 100 mil. Em mulheres o índice passou de 72,5 para 75,19 no período para cada 100 mil mulheres. Segundo o INCA, considerando correções quanto ao crescimento e envelhecimento da população, é possível avaliar os números como decréscimo.
O câncer de mama apresenta a maior mortalidade entre as mulheres – com 12,1 mortes para cada 100 mil habitantes – apesar de permanecer estável nos dez últimos anos, uma vez que em 2002, a taxa foi de 11,9 mortes. Para o rastreamento da doença, a mamografia é o exame mais eficiente. Entre 2010 e 2013, houve aumento de 51,1% nos exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em mulheres de 50 a 69 anos. A detecção precoce do tumor e início do tratamento aumentam as chances de cura.
O lançamento do Serviço de Referência para o Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM), em novembro de 2013, disponibilizou R$ 3,7 milhões por ano para incentivar unidades habilitadas em oncologia a ampliarem o acesso às mamografias. As unidades habilitadas recebem 60% a mais pela realização dos exames, como incentivo para a adesão à estratégia, concentrando o atendimento a pacientes em uma unidade de referência, e ofertando, em um só local, uma série de exames para diagnóstico de câncer de colo do útero ou de mama.
“O Atlas é uma fonte segura para estudos epidemiológicos e também auxilia profissionais da saúde pública a determinar prioridades na criação de políticas públicas cada vez mais eficientes. Ele permite visualizar as taxas de mortalidade por câncer, fazer a análise da relação entre o óbito e estilo de vida, condições ambientais e diferenças populacionais. Também é possível obter séries históricas, conhecer diferenças regionais e desenhar as tendências da doença para os próximos anos”, avalia a coordenadora-geral da Área de Atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas, Patrícia Chueiri.
POPULAÇÃO MASCULINA – Entre os homens, o câncer de pulmão e brônquios possui a maior taxa de mortalidade, seguindo a tendência mundial, uma vez que trata-se de um câncer agressivo e que geralmente apresenta os primeiros sintomas já em estágio avançado. Considerando a análise de uma década, os números também apresentam tendência de estabilidade. Em 2002, 16,42 a cada 100 mil morriam pela doença. Em 2012, a taxa está em 15,54. No entanto, entre as mulheres, o índice está crescendo, saindo de 6,18 para 8,18 a cada 100 mil no mesmo período. Este aumento pode ser explicado pelo fato de 90% dos casos de câncer de pulmão estar associado ao tabagismo.
A expectativa é que a redução de fumantes no país, registrada nos últimos anos, influencie os índices futuros. Para quem deseja parar de fumar, o SUS oferece tratamento gratuito que conta, com acompanhamento do paciente por profissionais de saúde e medicamentos (entre adesivos, pastilhas, gomas de mascar e o bupropiona). Recentemente, o Ministério regulamentou a lei antifumo, que proíbe fumo em locais fechados e evita o consumo passivo.
O câncer de colo de útero também faz vitimas fatais e ocupa a terceira posição no ranking do Atlas, com taxa de 4,72 mortes a cada 100 mil mulheres. A incorporação da vacina contra o HPV que passou a ser ofertada na rede pública este ano para meninas de 11 a 13 anos tem como objetivo reduzir casos e mortes ocasionados pelo câncer de colo do útero. Em 2013, 10,1 milhões de exames citopatológicos foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De 2011 a 2013, foram realizados 32,4 milhões de exames pelo SUS, com um investimento de R$ 216,6 milhões.
O segundo câncer mais letal entre os homens brasileiros é o de próstata. As taxas se mantém estáveis: 12,4 a cada 100 mil, em 2002, para 13,65, em 2012. Para o diagnóstico deste tipo de câncer, os testes PSA realizados aumentaram em 67% entre 2008 e 2013. Em relação às biópsias de próstatas, foram realizados 44.924 procedimentos em 2013, o que representa 20% a mais do que em 2012.
No Atlas também é possível observar uma queda na taxa de mortalidade por câncer de estômago, terceiro no ranking de maior letalidade entre homens. Em 2002, 11,41 a cada 100 mil morriam em decorrência da doença. Em 2012, foram registradas 9,39 mortes. Além da melhoria do diagnóstico e tratamento, o avanço pode ser associado à melhoria da conservação dos alimentos pela população, com ampliação do acesso à geladeira e diminuição da exposição da bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), que causa infecções que podem evoluir a câncer.
ASSISTÊNCIA NO SUS - O investimento do Ministério da Saúde na assistência oncológica cresceu quase 40% em três anos, totalizando R$ 2,8 bilhões em 2013. A expansão dos recursos resultou no maior acesso ao diagnóstico precoce e tratamento, bem como inclusão de medicamentos mais modernos (seis novos medicamentos passaram a ser oferecidos no SUS desde 2011, como Imatinibe, Trastuzumabe e Asparaginase). Houve um aumento de mais de 20% na realização de radioterapia e quimioterapia entre 2010 e 2013, chegando a 10 milhões de procedimentos radioterápicos e 2,7 milhões de quimioterapia. Atualmente, o SUS oferta tratamento oncológico em 283 unidades hospitalares em todo país.
Por Fabiane Schmidt e Maressa Ribeiro, Da Agência Saúde

Ministério da Saúde divulga novos números da Aids no Brasil

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresenta na próxima segunda-feira (1/12), novos dados do Boletim Epidemiológico HIV-Aids 201. Na ocasião, também será divulgada a nova campanha publicitária. Os anúncios marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no dia 1º de dezembro. Na nova campanha, o Ministério chama atenção para os 30 anos da luta contra a Aids no Brasil.  
O evento será transmitido pela Web Rádio (webradio.saude.gov.br/radio) e TV NBR.
Divulgação do Boletim Epidemiológico HIV-Aids 2014 no Dia Mundial de Luta Contra a Aids
Data: 1º de dezembro (segunda-feira)
Horário: 14h
Local: Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada

Endereço: SHTN, Trecho 1, Conjunto 1B, Bloco C – Asa Norte – Salão Ballroom

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

5th ISPOR Brasil: Presença confirmada do secretário SCTI/MS Carlos Gadelha

A 5ª edição do  ISPOR Brasil “Novas fronteiras em ATS” comprova a grande expectativa depositada em sua realização.
Está confirmada a presença do secretário Carlos Gadelha (SCTIE/MS).

As plenárias da CONITEC sobre suas realizações e expectativas para 2015 prometem muito.

Especialistas no assunto, debatem  temas inovadores sobre metodologia e convidam os pacientes a fazerem parte deste universo.

O 5th ISPOR Brasil é certeza de profundo debate, atualização e rico relacionamento entre os diversos atores presentes.

Acesse www.isporbrasil.com.br e faça a sua inscrição.
Obs.: Leia importante comunicado sobre os cursos pré – congresso.




CONVITE SESSÃO SOLENE ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ - 75 ANOS DO TECPAR

Prezados,

O TECPAR está celebrando 75 de sua fundação e como parte dos eventos será homenageado em sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, na próxima terça-feira dia 2 de dezembro, as 17h, conforme convite em anexo.

Será uma satisfação contar com sua presença.


http://portal.tecpar.br



Análise Diária de Mídia - 28 de novembro de 2014

Nesta sexta-feira (28) a cobertura macro e análises políticas estão concentradas na nova equipe que comandará a Economia no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

As mudanças que deverão acontecer, as perspectivas em relação aos resultados de medidas que ontem mesmo já foram indicadas e os impactos dos discursos de Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central) estão em destaque (leia abaixo e em POLÍTICA e ECONOMIA).

BRASIL ECONÔMICO registra que, em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que "os novos ministros certamente atuarão de forma eficiente e eficaz para implementar as medidas capazes de elevar a competitividade da economia brasileira".

Também em nota, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) reforçou que a escolha "é uma prova auspiciosa e inequívoca de compromisso do segundo governo Dilma Rousseff com uma política focada na estabilidade", reproduz o BRASIL ECONÔMICO. Já Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp disse que os escolhidos "são pessoas sérias, preparadas e esperamos que consigam alcançar o melhor resultado".

Em outro texto, BRASIL ECONÔMICO destaca que havia a expectativa que também fossem oficializados ontem Armando Monteiro Neto, para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (Mdic) e Kátia Abreu, para a Agricultura.

Jornal informa que, segundo fonte da Esplanada, "houve o entendimento de que seria melhor anunciar primeiro a equipe econômica, responsável por uma área mais sensível e que no momento sofre mais pressão para que haja uma definição mais imediata". Reportagem completa que a nova data ainda está para ser definida.

CORREIO BRAZILIENSE destaca que os novos ministros da equipe econômica saberão hoje o tamanho do desafio que terão pela frente na dura tarefa de resgatar a confiança de empresários, investidores e famílias, além de recolocar o país nos trilhos do crescimento. Segundo o jornal do DF, as apostas são que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha registrado expansão de 0,1% a 0,2% no período entre julho e setembro.

Como ponto de atenção, o economista Eduardo Giannetti avalia, em sua coluna semanal na FOLHA DE S. PAULO, como compreensível a reação dos intelectuais petistas e os líderes de movimentos sociais com a escolha dos nomes da nova equipe econômica de Dilma Rousseff. "Salta aos olhos a discrepância entre o teor campanha - baseada na negação da necessidade de qualquer ajuste na economia e na mentira calculada sobre as intenções alegadamente conservadoras e excludentes de Aécio e Marina - e o perfil dos ministros indicados pela presidente: não só Levy, mas a ruralista Kátia Abreu, na Agricultura, e o ex-chefe da CNI Armando Monteiro no Desenvolvimento."

Também na FOLHA, coluna PAINEL informa que Armando Monteiro chamou Alessandro Teixeira para a secretaria-executiva do Desenvolvimento, cargo que ele já ocupou. O ex-presidente da Apex, porém, mira a presidência do BNDES.

Na agenda setorial, VALOR ECONÔMICO se diferencia e informa que a indústria brasileira pediu ao governo que efetive com urgência o acordo de facilitação de comércio, o chamado Pacote de Bali, que foi desbloqueado ontem na Organização Mundial do Comércio (OMC), após meses de impasse provocado pela Índia.

Texto adverte que, para entrar em vigor, o acordo precisa ser ratificador por 107 países. Segundo o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, a economia mundial receberá injeção de até US$ 1 trilhão por ano quando o acordo for implementado.

VALOR relata que o embaixador brasileiro na OMC, Marcos Galvão, destacou, durante intervenção dirigida aos outros membros da entidade, que o governo e o setor privado brasileiros atribuem particular importância à implementação do acordo de facilitação de comércio. Conforme publicado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu para o Brasil ratificar rapidamente esse acordo "pelo potencial que tem de expandir o comércio internacional, reduzir o custo das exportações brasileiras e elevar o PIB brasileiro".

Mesma reportagem do VALOR cita um estudo conferido à CNI, que indica que com a implementação do Portal Único, um dos artigos do acordo, o PIB real do Brasil terá incremento de 2,03%, a corrente de comércio passaria de US$ 561 bilhões para US$ 611 bilhões, além de saldo comercial positivo de US$ 9 bilhões. Essas mudanças serão percebidas cinco anos após o Portal Único ser concluído, diz o estudo.

De acordo com o VALOR, a indústria diz ter também expectativa do lançamento, ainda este ano, de outro artigo do acordo: o primeiro módulo do programa de Operador Econômico Autorizado (OEA), que considera uma ferramenta essencial para acelerar o despacho de mercadorias na aduana. "O OEA permitirá o despacho acelerado de mercadorias de empresas previamente cadastradas pela Receita, com impacto no prazo de permanência dos bens nos portos brasileiros", segundo a CNI.

VALOR acrescenta que o Acordo de Facilitação de Comércio tem regras sobre o tempo de despacho e trânsito de mercadorias, encargos e taxas incidentes no comércio exterior e transparência na publicação de normas, que foram elaboradas pela comunidade internacional na década de 20 e reformadas, pela última vez, na década de 50. "A atualização dessas regras reduz a burocracia no comércio exterior brasileiro, seja na aduana do Brasil, seja nas aduanas dos parceiros comerciais do país", diz a CNI.

Em outra reportagem, VALOR ECONÔMICO informa que cálculos feitos pelo economista Paulo Feldmann, professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA/USP), indicam que o crescimento da demanda doméstica brasileira por produtos industrializados atendido pelas importações de produtos chineses na última década criou cerca de 1 milhão de empregos na indústria de transformação da China. A conclusão consta em um trabalho que tem como tema a desindustrialização brasileira, relata o jornal.

Na coluna MERCADO ABERTO, na FOLHA, registra-se a informação de que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que a participação dos recursos privados no financiamento do setor produtivo nacional aumentou três pontos percentuais nos últimos dois anos. De 2012 a 2014, o percentual de capital de terceiros alocado em investimentos nas empresas industriais avançou de 34% para 37%.

MERCADO ABERTO reforça que a CNI não estimou o crescimento dos financiamentos em valores, mas espera que esse índice atinja 50% até 2022. "A alta dos recursos privados é um dos quatro índices (de um total de seis) do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 que melhoraram. O financiamento privado a longo prazo dividido pelo PIB é outro indicador com resultado positivo -registrou incremento de 1,4 ponto percentual neste ano na comparação com 2012".

MERCADO ABERTO relata que, entre os micros, pequenos e médios negócios da indústria, o peso do financiamento público ainda é dominante. Os desembolsos do BNDES saíram dos R$ 53 bilhões para R$ 63,5 bilhões no período. Texto reproduz declaração atribuída a FLÁVIO CASTELO BRANCO, gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI. "Uma taxa de 17,7% torna qualquer operação menos competitiva e também barra o crescimento do número de empresas na Bolsa."

Outros assuntos que interessam ao setor fabril ganham registros na cobertura desta sexta-feira, com destaque para a indústria automobilística e o custo da indústria de transformação.

Complementando a pauta do dia, O ESTADO DE S. PAULO publica entrevista com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Ao jornal paulista, afirma que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do Tribunal de Justiça que autoriza o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 1,6 milhão de contribuintes em São Paulo.





O anúncio oficial da nova equipe econômica está nas primeiras páginas e ocupa as manchetes dos principais jornais do país.  Noticiário se reajusta e coloca a reforma ministerial ao centro. Abordagens associadas ao caso Petrobras também estão em evidência, mas em menor proporção.

FOLHA DE S. PAULO registra que, “criticada por formar uma equipe econômica de perfil conservador e escolher uma representante do agronegócio para seu novo ministério, a presidente Dilma Rousseff planeja fazer acenos à esquerda do PT para tentar tranquilizar as bases de seu partido”. Texto adverte que Dilma participa hoje de um encontro do diretório nacional da legenda em Fortaleza e fará um discurso para “agradecer o apoio do PT e reafirmar seu compromisso com as políticas sociais adotadas durante os governos petistas”.

O ESTADO DE S. PAULO observa que o próximo desafio nas negociações sobre o futuro da Esplanada dos Ministérios será acomodar PMDB e outros aliados no segundo mandato. “E nenhum partido dará mais trabalho à petista que o PMDB”, pontua o jornal, lembrando que as bancadas do partido na Câmara dos Deputados e do Senado iniciaram uma disputa pelo lote de cada grupo. “Os deputados, liderados pelo líder Eduardo Cunha (RJ), atuam para impedir que cargos antes sob sua influência passem para as mãos dos senadores, que esperam ser recompensados por se considerarem mais fiéis ao Palácio do Planalto.”

Sobre a transição do governo na área econômica, ESTADÃO registra que antes de anunciar a nova equipe econômica, a presidente se reuniu com os novos ministros da Fazenda e do Planejamento, e o presidente do Banco Central, que permanece no cargo, para acertar o “entrosamento” durante a transição. “No almoço de trabalho com Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini, a presidente os instruiu a evitar ruídos e divergências com a equipe atual, chefiada pelo ministro Guido Mantega.”

Entre os desdobramentos da operação Lava Jato, informações do dia estão atreladas a novas investigações da Polícia Federal. Com destaque, O GLOBO reproduz as declarações feitas pelo proprietário da Sanko-Sider, Márcio Bonilho, em depoimento à CPI mista da Petrobras.

Bonilho admitiu ter pago R$ 37 milhões a empresas de fachada indicadas pelo doleiro Alberto Youssef como "comissão" pela celebração de 12 contratos. “O maior deles, com o consórcio CNCC, liderado pela Camargo Corrêa, que está à frente das obras de Abreu e Lima. Ele admitiu que fez pagamentos diretos a dois executivos da empreiteira.”

VALOR ECONÔMICO revela que as investigações da PF já levam os bancos a adotar maior cautela no crédito a empreiteiras e fornecedores da Petrobras. “Os financiamentos mais atingidos são aqueles em que não há um destino definido a priori para os recursos, como, por exemplo, capital de giro. Não há padrão para a mudança na forma de atuação dos bancos. Há desde instituições que simplesmente cortaram o crédito para as empresas até casos em que apenas têm sido exigidas mais informações para a liberação de recursos.”




O discurso de austeridade e os primeiros compromissos públicos firmados pelos novos ministros da área econômica estão em foco no noticiário. Jornais promovem hoje a cobertura mais ampla e detalhada sobre o tema, trazendo para o centro detalhes de como o governo pretende recuperar a confiança do setor financeiro e do empresariado.

Jornais publicam perfis de Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (que continua a frente do Banco Central), indicando o que cada um deles enfrentará em suas áreas. Em tom de preocupação, mídia adverte para os obstáculos que se impõem em 2014 e que serão fatores de risco para 2015.

Em primeiro plano estão questões como juros, inflação, contas públicas e crescimento. Nova equipe é vista pelos jornais como mais firme que a atual para impor ao país uma nova agenda.

Alguns veículos vão além e reforçam que o período será de mais rigor, reproduzindo nas reportagens expressões como “arrocho” e “aperto”.

Manchete do VALOR ECONÔMICO afirma que o governo mudou sua política econômica. A reportagem informa que o “governo confirmou que dará uma nova guinada na política que vigorou nos últimos quatro anos” e acrescenta que as linhas gerais da nova política fiscal têm o “claro objetivo de acalmar os mercados”.

FOLHA DE S. PAULO, na principal chamada de sua edição, detalha que a nova equipe econômica “deixou claro sua linha geral de trabalho: ajuste gradual e crível das contas, fim das transferências de recursos do Tesouro para bancos públicos, transparência e reequilíbrio da economia como condição para manutenção das políticas sociais”.

Em tom crítico, CORREIO BRAZILIENSE afirma que a nova equipe enterra promessas da presidente Dilma Rousseff.

Já O ESTADO DE S. PAULO resume que, durante a apresentação, os novos ministros afirmaram que a manutenção dos avanços sociais depende da estabilização da economia, e para um ajuste gradual das contas públicas, a meta do superávit primário para 2015 será de 1,2% do PIB, subindo para 2% em 2016 e 2017. “O objetivo é levar a inflação à meta de 4,5% ao ano. “As coisas estão sendo discutidas sem pacotes, sem grandes surpresas”, disse Levy.

Análises sobre o que deve ser esperado da economia brasileira, frente às mudanças anunciadas ontem, estão em evidência. O jornalista VINICIUS TORRES FREIRE, em sua coluna na FOLHA DE S. PAULO, pontua que vai ocorrer “o desmanche da política econômica de curto prazo de Dilma 1” - gastos do governo, juros, inflação, crédito. “Note-se que política de curto prazo, de estabilização, é apenas uma parte e/ou um momento das políticas econômicas. De qualquer modo, os novos ministros fizeram um ‘manifesto dos economistas pela mudança’, que não será pequena, se levada a cabo”.

Também na FOLHA, o economista EDUARDO GIANNETTI, em sua coluna semanal, avalia as divergências que podem ocorrer entre o novo ministro Joaquim Levy e o atual governo, e dispara:  “A esfinge desafia a argúcia dos analistas: até que ponto ele desfrutará de autonomia para pôr em prática suas ideias? Mudou o governo ou mudará ele? E se um não mudou nem mudará o outro, quantos meses dura o engodo?”

O colunista CELSO MING, em O ESTADO DE S. PAULO, destaca as mudanças em curso. “A presidente é a mesma, mas, decididamente, Dilma 1 não é igual à Dilma 2. As equipes econômicas bem diferentes uma da outra apontam para urna política econômica também diferente.”

Em O GLOBO, MÍRIAM LEITÃO escreve que o anúncio da nova equipe econômica seguiu um torturante roteiro. “A demora e a ausência da presidente mostram falta de noção do que é prioritário na reversão das expectativas. Esse formato para anúncio da equipe nunca havia sido pensado, principalmente o de manter ministros antigos fazendo transição no mesmo governante. Governo novo, ideias novas.”

Como ponto de atenção, FOLHA DE S. PAULO, O ESTADO DE S.PAULO e O GLOBO publicam entrevistas exclusivas com o economista francês Thomas Piketty, autor do best-seller “O Capital no Século 21” – que está no Brasil para promover a obra. Piketty afirma considerar um erro pensar que o Brasil precisa de mais mercado e menos intervenção na economia. O francês não quis discutir especificamente a nova equipe econômica, mas afirmou que “seria um erro pensar que o Brasil fez demais na área social e para reduzir a desigualdade”.





Com foco no anúncio dos novos integrantes da equipe econômica, O ESTADO DE S.PAULO opina que “o Brasil terá pela primeira vez em muitos anos uma política de contas públicas de longo prazo, com maior esforço de poupança e transparência nos dados, segundo prometeu ontem o economista Joaquim Levy, escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ser o próximo ministro da Fazenda. Será o oposto da política seguida nos últimos quatro anos, mas ele se absteve, naturalmente, desse comentário”.

Também em relação aos novos ministros, O GLOBO escreve que Joaquim Levy na Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e a manutenção de Tombini no Banco Central é um bom sinal. “Eles formam um trio qualificado a atacar os desequilíbrios que empurraram o país para o baixo crescimento, o risco de perda de controle da inflação e o balanço de pagamentos mais vulnerável”.

VALOR ECONÔMICO pondera que “a ausência da presidente Dilma na apresentação dos ministros nomeados não foi um bom sinal”. Texto adverte que, nos bastidores, “surgiram a todo momento insinuações sobre o desconforto de Dilma com a escolha de Levy e uma aberta rebelião de alas petistas contra sua indicação”. Em tom crítico, VALOR reforça que “em um momento em que há dúvidas sob o real envolvimento da presidente com uma mudança de rota econômica em relação a seu primeiro mandato, seu não comparecimento sugere o contrário, descompromisso”.

FOLHA DE S. PAULO trata do financiamento das campanhas eleitorais. "Custo cada vez mais elevado das campanhas, bancado sobretudo por empresas, torna urgente mudança no modelo de financiamento", avalia o jornal. FOLHA afirma que o melhor seria "fixar um limite absoluto às contribuições (o teto atual é proporcional à renda ou ao faturamento) e aperfeiçoar ferramentas de transparência e fiscalização em tempo real. Conhecer a prestação de contas um mês após o pleito não ajuda ninguém a decidir o voto; serve apenas para escandalizar".

PREMIADOS COM INCENTIVO EM CIËNCIA E TECNOLOGIA PARA O SUS , EDIÇÃO XIII

SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS
PORTARIA No- 42, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2014
Homologação do resultado final do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS XIII Edição - Ano 2014.
O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, no uso de suas atribuições e considerando o disposto no Edital de Concurso nº 01/2014, publicado no Diário Oficial da União (DOU) n.º 99, de 27 de maio de 2014, Seção 3, página 123, que torna público o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS XIII Edição - ano 2014, resolve:

Art. 1º - Homologar o resultado final do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS - ano 2014, conforme a decisão da Comissão Julgadora do concurso abaixo designada:
- Álvaro Bittencourt Henrique Silva - FUNASA;
- André Berto Gimenez - FINEP/MCTI;
- Belmiro Freitas de Salles Filho - CNPq/MCTI
- Carlos Gonzaga de Almeida - SCTIE/MS;
- Erica Ell - SCTIE/MS;
- Fernando Passos Cupertino de Barros - CONASS;
- Heraldo Possolo de Souza - FeSBE;
- Ivarne Luís dos Santos Tersariol - SBPC;
- Janaína Sallas - OPAS;
- Jória Viana Guerreiro - SVS/MS;
- Liliane Amorim - SCTIE/MS;
- Rita de Cássia Azevedo Martins - ANVISA;
- Rita de Cássia Barradas Barata - CAPES/MEC.

Art. 2º - Resultado final:
Categoria: Doutorado
Concorrente
Título do Trabalho Premiação

Monique da Rocha Queiroz Lima                
Antígeno NS1 dos Vírus Dengue: desempenho de testes disponíveis comercialmente e aplicações alternativas para o diagnóstico precoce das infecções por dengue
1º colocado                R$ 50.000,00

Andrea Petry
Implantação dos Testes de Amplificação de Ácidos Nucléicos HIV/HCV Bio-Manguinhos® na Triagem de Doadores de Sangue: Questões Epidemiológicas e Logísticas
Menção honrosa

Iris Ricardo Rossin
Dispositivos eletrônicos: ferramentas úteis para melhorar o seguimento e a adesão dos trabalhadores da saúde acometidos por acidentes ocupacionais com risco biológico?
Menção honrosa

Juliana Pires Machado
O arranjo público-privado no Brasil e a qualidade da assistência hospitalar em São Paulo e no Rio Grande do Sul Menção honrosa

Stela Maris Silvestrin Avaliação dos níveis de corte do hormônio estimulador da tireoide na triagem neonatal para a detecção de hipotireoidismo congênito no Estado de Mato Grosso
Menção honrosa


Categoria: Mestrado
Concorrente Título do Trabalho Premiação
Onicio Batista Leal Neto E Schisto track - um sistema para coleta e monitoramento de inquéritos epidemiológicos conectando sistemas de informações geográficas em tempo real
1º colocado                R$ 30.000,00

Aline Navega Biz
Impacto orçamentário da incorporação da tomografia de emissão de pósitrons (PET scan) no estadiamento do câncer de pulmão na perspectiva do Sistema Único de Saúde
Menção honrosa

Bruna Pippi
Avaliação da capacidade de candida parapsilosis e candida glabrata desenvolverem resistência fenotípica à própolis vermelha brasileira e ao fluconazol e avaliação de sua atividade antifúngica em associação com fluconazol e anidulafungina
Menção honrosa

Luciana Saraiva da Silva
Diagnóstico e prevalência oculta da doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial: o papel estratégico da atenção primária à saúde na prevenção de agravos e enfermidades
Menção honrosa

Ricardo Ribeiro Alves Fernandes
Custo-efetividade do uso do palivizumabe na prevenção de internações por doença respiratória grave em crianças de alto risco infectadas pelo vírus sincicial respiratório na perspectiva do Sistema Único de Saúde
Menção honrosa

Simone Vidal Santos
Guia para prevenção e tratamento de lesões de pele em recém-nascidos internados em unidade de terapia intensiva neonatal: uma construção coletiva da equipe de enfermagem
Menção honrosa


Categoria: Especialização
Concorrente Título do Trabalho Premiação

Caroline de Godoi Rezende Costa Molino
Ferramenta em rede para compreensão e orientação quanto a organização da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde
1º colocado                R$ 15.000,00

Carolina Alves Abreu
Elaboração de um plano operativo que visa diminuir o número de prescrições médicas inadequadas provenientes das unidades de pronto atendimento de um município e consequentemente, aumentar o acesso
dos usuários aos medicamentos no SUS.
Menção honrosa

Daniela Oliveira de Melo
Atuação do farmacêutico em unidade básica de saúde: é possível contribuir para ampliar o acesso e uso racional de medicamentos na atenção primária a saúde
Menção honrosa

Diogo Silveira Heredia y Antunes
A criação da política de práticas integrativas e complementares em um município no sul do Brasil: desafios, conquistas e perspectivas
Menção honrosa

Jacqueline Ramos de Almeida
Razão e sensibilidade - construção de instrumentos de resiliência e criatividade
Menção honrosa

Luíza Carvalho Boechat Poubel
Avaliação da Saúde das Crianças indígenas da Atenção Básica do Polo Ponta Natal, DSEI Manaus - Manicoré/AM
Menção honrosa


Categoria: Trabalho Publicado
Concorrente Título do Trabalho Premiação

Maria Fernanda Branco de Almeida
Hipotermia e Mortalidade Neonatal Precoce em Recém-nascidos Prematuros
1º colocado                R$ 50.000,00

Antero Silva Ribeiro de Andrade
Detecção de Leishmania infantum em quatro diferentes amostras clínicas de cão por PCR em tempo real e ITS-1 nested PCR
Menção honrosa

Danielly Santos Campos Ferreira
Biossensor Eletroquímico de DNA para detecção do Papilomavírus Humano 16 em amostras reais
Menção honrosa

Katherine Antunes de Mattos
Mycobacterium leprae intracellular survival relies on cholesterol accumulation in infected macrophages: a potential target for new drugs for leprosy treatment
Menção honrosa

Marcus Tolentino Silva
Antídotos e medicamentos utilizados para tratar intoxicações no Brasil: necessidades, disponibilidade e oportunidades.
Menção honrosa

Maria Roseli Monteiro Callado
Antinuclear antibodies: two-step detection strategy
Menção honrosa
CARLOS AUGUSTO GRABOIS GADELHA

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