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sábado, 8 de novembro de 2014

Análise de Mídia - REVISTAS

As projeções econômicas dentro do contexto pós-eleições, que ocupam o centro do noticiário das revistas que circulam neste fim de semana, cruza com a agenda de interesse da indústria. Destaque está em abordagens que analisam os rumos que a política econômica deve seguir no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. 

  • Reportagem de capa da CARTA CAPITAL destaca que a presidente prometeu recuperar a indústria para o país voltar a crescer. Como ponto de atenção, texto detalha que “décadas de crises e financeiras e políticas equivocadas ou insuficientes” esmagaram o setor industrial. Segundo a mesma reportagem, funcionários motivados e conhecedores da indústria foram fundamentais em todos os processos de desenvolvimento. 
  • Texto lembra que, no segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954), o advogado e economista RÔMULO DE ALMEIDA, diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi incumbido por Vargas de formar uma assessoria ligada à Secretaria da Presidência, que constituía “um segundo coração do governo”. “Do trabalho dos ‘boêmios cívicos’ nasceu o arcabouço do Brasil moderno com os projetos de criação da Petrobras, Eletrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (hoje, BNDES), Banco do Nordeste e Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam”, situa. 
  • Ainda na mesma reportagem, CARTA CAPITAL faz ainda breve menção à pesquisa “A Indústria Brasileira e as Cadeias de Valor”, contratada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com diagnóstico e propostas para a harmonização das políticas macroeconômica, industrial e comercial. 
  • ANTONIO DELFIM NETTO, na CARTA CAPITAL, adverte que o Brasil não pode e não precisa retroceder nas políticas de inclusão social, “mas elas não serão sustentáveis se em 2015-2018 repetirmos a desastrosa performance industrial de 2011-2014”. Segundo ele, o País precisa de um programa “com começo, meio e fim, absolutamente transparente, que seja executado nos próximos anos e que seja crível pelo conjunto de medidas propostas”. 
  • Nesse sentido, DELFIM NETTO exemplifica a aprovação imediata da reforma do ICMS e a proposta da CUT de flexibilização das negociações salariais com respeito a todos os direitos dos trabalhadores e sob o controle dos sindicatos. O ex-ministro acrescenta que “sem a volta ao crescimento nossos problemas apenas se agravarão. E sem a expansão do setor industrial o crescimento não voltará”. 
  • MAÍLSON DA NÓBREGA, na VEJA, sugere três cenários para o segundo mandato da presidente Dilma. Segundo ele, o primeiro é otimista, pressupõe uma reviravolta. “Implica rever convicções, abandonar a fracassada política econômica, escolher nomes respeitados para a equipe econômica e aprovar reformas.” O segundo cenário é francamente pessimista, “considera manutenção do estilo centralizador, preservação da política econômica e continuidade da excessiva intervenção na economia”. Já o terceiro cenário, um meio-termo, inclui o rebaixamento da classificação de risco do país pelas duas agências que ainda não o fizeram. “Muitos dos que não votaram na candidata Dilma podem ter a esperança de que a renovação do seu mandato seja estímulo para que ela também se renove”, sinaliza.
 Reportagens também especulam sobre a reforma ministerial que deve ser divulgada após retorno da presidente Dilma, que participará da reunião do G20, na Austrália. 
  • ISTOÉ DINHEIRO aponta que o ex-presidente Lula aumentou a influência sobre o governo e tenta, “de todas as formas”, emplacar nomes para o Ministério da Fazenda. Seu favorito é Henrique Meirelles, seu presidente do Banco Central, entre 2003 e 2010. Reportagem lembra que a decisão sobre o novo comandante da Fazenda é a mais aguardada porque “dará um recado claro ao mercado sobre os rumos da política econômica”. 
  • DINHEIRO situa que “na dúvida sobre o que vai acontecer nos próximos anos, muitos empresários preferiram segurar investimentos. Querem saber se o novo governo Dilma será tão intervencionista quanto o primeiro, e quais são as perspectivas para o crescimento da economia”. 
  • Em tom crítico, ISTOÉ registra que as más notícias relacionadas à economia, “escondidas durante a campanha” eleitoral, apareceram. Texto aponta que “o cenário nada alvissareiro suscitou pressões de todos os lados” para a presidente Dilma. “Depois de repetir todos os dias, na TV e nos palanques, que a inflação estava sob controle, Dilma agora fala em tomar medidas para tentar recuperar a credibilidade das contas públicas.” Texto enumera outros desafios do segundo mandato, como a proposta do PT de reduzir a jornada de trabalho para 40 horas. 
  • Como ponto de atenção, coluna PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, assinala que “a aguardada decisão do STF que pode tornar ilegais todos os incentivos fiscais concedidos pelos estados deve acelerar ao menos uma parte da reforma tributária no Congresso. A reforma foi a condição para que alguns senadores aceitassem a mudança do quórum do Confaz para legalizar os incentivos”. 
  • Apenas como registro, FELIPE PATURY, na ÉPOCA, informa que o setor de construção civil cresceu 3% em 2013. “Neste ano, fechará com uma retração de 4%. A previsão ó da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção.”


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