Revistas em circulação neste fim de semana apostam em balanços e análises dos cenários de 2014. Abordagens arriscam prognósticos para 2015 em diferentes setores.
É nesse cenário que se coloca a agenda de interesse da indústria. Reportagens, colunas e artigos de opinião revisam cenário de dificuldades deste ano e apontam perspectivam futuras do setor.
- Na agenda de interesse, destaque está na capa da ISTOÉ DINHEIRO, que sugere onde investir em 2015. Entre as reportagens de uma série, DINHEIRO destaca que o desempenho da economia em 2014 contaminou as expectativas do empresariado para o ano que vem. “A perspectiva de crescimento medíocre, combinada com a inflação em alta e uma deterioração na geração de emprego, aponta para um ano de dificuldades para os investidores”, sugere a reportagem.
- Como ponto de atenção, revista acrescenta que, depois da redução de 1,5% no faturamento, neste ano, decorrente da queda na produção, a indústria deve crescer magro 1%, insuficiente para recompor as perdas de 2014. “No entanto, haverá uma discreta ajuda do setor externo, turbinada pelo câmbio mais favorável. O dólar mais valorizado deve ajudar na recuperação da produção industrial. Ao contrário deste ano, a previsão é a retomada do superávit nas trocas com o exterior. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o saldo deve ficar em US$ 7,5 bilhões em 2015. O câmbio mais equilibrado deve melhorar a participação das empresas brasileiras”, diz Robson Andrade, presidente da CNI.
- Ainda conforme a reportagem, Andrade “reclama, no entanto, de outros fatores que afetam a competitividade, como a insegurança jurídica nas relações trabalhistas, o aumento dos custos, a elevada carga tributária e a infraestrutura deficiente”.
- ISTOÉ aponta entre os desafios do novo mandato de Dilma Rousseff “tirar o País da estagnação, ampliar o diálogo com o setor privado, disciplinar as contas públicas, mas sem comprometer a geração de empregos e os programas sociais”.
- Conforme a reportagem, “o grande dilema de Dilma é que para cumprir as mais importantes metas da sua campanha será preciso admitir as próprias falhas e aceitar ser cobrada por elas. O déficit das contas públicas é um dos mais evidentes. Ela prometeu austeridade nos gastos. Sua nova equipe econômica garante não repetir a receita fracassada da atual gestão de fazer contabilidade criativa para forçar índices de superávit ilusórios e contas no azul”, ressalta revista.
- De volta a ISTOÉ DINHEIRO, HUGO CILO afirma, em artigo, que “embora o crescimento da economia não tenha passado do zero vírgula alguma coisa em 2014, há fatores que deixam o Brasil em condição de reagir ao cenário desafiador. A taxa de desemprego se mantém como uma das mais baixas da história, as reservas internacionais de mais de US$ 370 bilhões podem ajudar a combater as turbulências externas e as instituições financeiras continuam sólidas”.
- LUIZ FELIPE D’ÁVILA, presidente do Centro de Liderança Pública, publica artigo em tom crítico na VEJA no qual comenta que “a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda não deve ser vista como um sinal de mudança de crenças da presidente, mas como uma concessão à necessidade imperiosa de evitar o descarrilamento da economia e a perda da confiança do mercado internacional e do grau de investimento do país”.
- FELIPE PATURY, na ÉPOCA, enumera os "10 poderosos que farão barulho" em 2015. Entre eles, está o mineiro Fernando Pimentel, segundo a coluna, “já foi patinho feio no PT. Derrubou o PSDB do governo de Minas e, agora, é apontado como esperança para o Planalto em 2018. Seus conterrâneos só admitem desistir dele se Luiz Inácio Lula da Silva quiser voltar à Presidência. Mandaram dizer a outros postulantes, como os entusiastas do baiano Jaques Wagner, que Minas tem mais eleitores e que Pimentel foi o único petista a vencer uma eleição majoritária nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A amizade de 40 anos com a presidente Dilma e a conciliação com Lula contribuem para encurtar o caminho. Ainda conta a favor de Pimentel ele não ser visto como petista”.
- Nesse sentido, outro destaque de FELIPE PATURY é Renan Calheiros. “Se existe um político a quem a presidente Dilma Rousseff deve um início de mandato tranquilo, é ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). No fim de 2014, ele aprovou a mudança no Orçamento que livrou Dilma de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Num governo de difícil trato até com políticos da base aliada, Renan mostrou ser fiador da estabilidade. Próximo de Lula e agora respeitado por Dilma, continuará a mandar no Senado”, afirma.
- Passando à cobertura política, com foco nas denúncias de irregularidades na Petrobras, ISTOÉ afirma sobre o Congresso que tomará posse no dia 2 de fevereiro de 2015: “há muitas dúvidas e uma certeza: parte dele não terminará o mandato”. Segundo a revista, “é enorme o potencial da Operação Lava Jato para impor a cassação de dezenas de deputados federais e senadores. Resta saber quem e quantos serão atingidos”.
- Texto informa também que “há novas medidas de arrocho fiscal para 2015, que pressupõe a redução de benefícios sociais, o aumento de tributos e a rejeição de reajustes do funcionalismo público. Tudo isso precisará passar pelo Congresso”.
- Encerrando cobertura de interesse, DINHEIRO NA SEMANA, na ISTOÉ DINHEIRO, registra que “35,95% é a carga tributária total em relação ao Produto Interno Bruto no Brasil. O peso dos impostos aumentou 0,09 ponto percentual, em relação a 2012”.
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