O PPS, o PSB, o Solidariedade e o PV lançaram nesta semana um novo bloco parlamentar que funcionará na próxima legislatura, chamado Esquerda Democrática. As atividades do bloco irão além do Congresso, estendendo-se a assembleias legislativas e câmaras de vereadores, semelhante a uma federação de partidos.
A junção das agremiações cria a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 67 parlamentares. A união é menor apenas que a bancada petista, que terá 69 deputados a partir do próximo ano.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) afirmou que a união dos partidos é importante para discutir e votar assuntos de interesse popular e se apresentar como uma alternativa à polarização PT-PSDB. "A ideia dessa federação que construímos é apresentar essa alternativa", disse.
Para o deputado Penna (PV-SP), o bloco deverá assumir uma oposição propositiva. "É evidente que não temos uma neutralidade suíça. Nós temos dificuldades com o governo, mas temos mais interesse em propor concretamente algo para o País, como discutir a matriz energética. São coisas concretas: discutir a Amazônia, discutir o desenvolvimento sustentável, um outro modelo de desenvolvimento", declarou.
Eleições municipais
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a união dos partidos também vai valer para as eleições municipais de 2016. "Esse bloco quer atuar nas eleições de forma unida, ou seja, orientando cada estado e cada município que atue em conjunto para que o bloco tenha um candidato para, com essas novas ideias e novos projetos, enfrentar o debate eleitoral", afirmou.Presidência da Câmara
Sobre a sucessão à Presidência da Câmara dos Deputados, os partidos do novo bloco não devem caminhar juntos. O SD declarou apoio à candidatura do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O PSB anunciou candidatura própria, com o deputado Júlio Delgado (MG). O PV E o PPS também apoiam o candidato do PSB.Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Pierre TriboliAgência Câmara Notícias
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