Os relatos sobre o uso de substâncias de origem vegetal, mineral ou animal com finalidades terapêuticas remontam da antiguidade. Naquela época, desconhecia-se totalmente as propriedades e os métodos adequados para extração, purificação e utilização destas substâncias. Ainda em 1550 a.C. no Egito antigo, o Papiro de Ebers já relacionava mais de 700 fórmulas mágicas e remédios com algum tipo de atividade terapêutica.
Foram necessários muitos séculos para que descobertas e avanços acontecessem no segmento Saúde – Medicina –Farmacologia. A partir da primeira metade do século XX, inicia-se a era da industrialização dos medicamentos, e de imediato, vários benefícios são percebidos, dentre eles o aumento da expectativa de vida e melhor resolutividade para várias doenças. Mas o uso indiscriminado dos medicamentos associado a eventos como a automedicação, reações adversas e interações medicamentosas, aponta a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre os medicamentos. Trata-se de um momento em que a profissão farmacêutica passa por mudanças importantes, com a incorporação de novas atribuições e aumento de seu âmbito de atuação.
Nos últimos anos o farmacêutico vem conquistando posição de destaque como integrante da equipe multiprofissional. Seu trabalho, outrora centrado no medicamento, passou a ter um contexto mais amplo, voltado também para a obtenção de resultados eficazes e mesuráveis, visando a segurança do paciente. Passou-se a valorizar e buscar no farmacêutico competências até então pouco consideradas, seja na academia, ou mesmo no contexto mercadológico.
Faz-se necessária a incorporação de conhecimentos e habilidades capazes de construir um perfil desejável de atuação. Este perfil pode reunir as seguintes características:
Formação:
Conhecimentos avançados em fisiologia e patologia.
Conhecimentos avançados em semiologia e propedêutica.
Conhecimentos avançados em farmacologia e farmacocinética clínica, farmacoterapia e toxicologia.
Conhecimentos avançados em farmacoeconomia, farmacoepidemiologia e farmacovigilância.
Capacidade de análise crítica da literatura médica / científica
Conhecimentos avançados em farmacoeconomia, farmacoepidemiologia e farmacovigilância.
Capacidade de análise crítica da literatura médica / científica
O farmacêutico clínico, seja ele o farmacologista ou o farmacêutico hospitalar, é um profissional gabaritado e sempre requisitado no mercado. Os serviços de saúde, incluindo hospitais, clínicas e centros de pesquisa, têm sido os setores que mais têm empregado farmacêuticos com habilitação clínica. Em muitos casos, participa ativamente das decisões da equipe, emitindo pareceres e monitorando as fármacoterapias.
De forma semelhante, a fármacoeconomia, área do conhecimento que emergiu nos últimos 20 anos, é outro setor em franco crescimento e também carente de profissionais devidamente preparados. A indústria farmacêutica e as chamadas fontes pagadoras (serviços públicos e privados) vislumbram no farmacoeconomista, um profissional altamente especializado e capaz de conduzir com a devida competência os assuntos relacionados aos custos e impactos dos tratamentos médicos. Um novo perfil se apresenta para o Farmacêutico, cabendo a ele se preparar para responder com eficiência e qualidade as demandas mercadológicas.
Gustavo Alves A. dos Santos
Farmacêutico Bioquímico - Mestre em Farmácia
Coordenador dos cursos de Pós-graduação em Farmácia Clínica e Hospitalar e Farmacologia clínica e Fármacoterapia do Senac São Paulo
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