Novo
plano busca reduzir em 74%, até 2020, os novos casos de HIV na região das
Américas, diminuir em 62% as mortes anuais relacionadas à Aids, baixar a
proporção de crianças que nascem com HIV de 7% para 2% e garantir que não mais
de cinco crianças a cada 10 mil nasçam com sífilis congênita. Segundo a
Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), há
ferramentas de prevenção e tratamento para superar a epidemia.
Estima-se que 2 milhões de
pessoas vivam com HIV na América Latina e no Caribe, e 100 mil sejam infectadas
a cada ano. Foto: UNAIDS/P.Virot
Com
base nos esforços dos últimos 30 anos para responder à epidemia de HIV,
ministros da Saúde de países das Américas aprovaram um plano para intensificar
as medidas de prevenção e tratamento até 2020, com o objetivo fazer com que a
Aids e as infecções sexualmente transmissíveis deixem de ser problema de saúde pública até 2030.
“Nós
temos poderosas ferramentas de prevenção e tratamento para assegurar que a
resposta de saúde pública ao HIV supere a epidemia”, afirmou Marcos Espinal,
diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Análises de Saúde da
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional para as Américas
da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O
novo plano busca, até 2020, reduzir novos casos de HIV na região das Américas
em 74%, diminuir as mortes anuais relacionadas à Aids em 62%, baixar a
proporção de crianças que nascem com HIV de 7% para 2% e garantir que não mais
de cinco crianças a cada 10 mil nasçam com sífilis congênita. O plano também
pretende diminuir em 5% novos casos de câncer cervical causados por HPV, vírus
facilmente transmissível por contato sexual.
“Devemos
fornecer uma resposta mais rápida, focada, inovadora, efetiva e sustentável
baseada em abordagens interculturais, de saúde pública, direitos humanos,
equidade de gênero”, afirmou Massimo Ghidinelli, chefe da Unidade de HIV,
Hepatites, Tuberculose e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OPAS/OMS.
Para
alcançar esses objetivos, o plano prevê ampliar e garantir o acesso equitativo
à prevenção do HIV e infecções sexualmente transmissíveis, cuidados e
tratamentos por meio de serviços de saúde integrados, com a participação ativa
da sociedade civil. Pede também o aprimoramento e a expansão do financiamento
público para programas.
O
plano objetiva eliminar a discriminação e outras barreiras que impedem o acesso
oportuno aos serviços de saúde, e prevê esforços especiais para as populações
mais afetadas pelo HIV na região, como pessoas transexuais, homens gays, homens
que fazem sexo com homens, além de homens e mulheres profissionais do sexo.
Aprovado
durante o 55º Conselho Diretor da OPAS, o plano é baseado em outros
implementados pela organização e pelos países da região. Como resultado desses
esforços, as Américas aumentaram em até 55% a cobertura do tratamento com
antirretrovirais entre 2006 e 2015 e preveniram cerca de 28 novos casos de HIV em
crianças nos últimos cinco anos. Em 2015, Cuba se tornou o primeiro país do
mundo a receber certificação da OMS por ter eliminado a transmissão de sífilis
e HIV de mãe para filho.
Apesar
desse progresso, estima-se que 2 milhões de pessoas vivam com HIV na América
Latina e no Caribe, 100 mil pessoas sejam infectadas a cada ano (com aumento no
número de novos casos nos últimos anos) e 50 mil morram por causas relacionadas
à Aids. Em 2012, infecções sexualmente transmissíveis facilmente curáveis
afetaram 51 milhões de adolescentes e adultos na região.
ONU
0 comentários:
Postar um comentário