Atitudes negativas em relação
a pessoas idosas têm consequências para a saúde física e mental dessa
população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Idosos que se sentem
um fardo percebem suas vidas como menos valiosas, colocando-se em risco de depressão
e isolamento social. Além disso, pesquisa indicou que idosos com opiniões
negativas sobre seu próprio envelhecimento não se recuperam bem de deficiências
e vivem, em média, 7,5 anos a menos que pessoas com atitudes positivas.
Idosos que se sentem um fardo percebem suas vidas como
menos valiosas, colocando-se em risco de depressão e isolamento social, de
acordo com a OMS. Foto: EBC/Eduardo Bovo/CC
Estudo produzido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que atitudes negativas ou
discriminatórias contra idosos prejudicam a saúde física e mental dessa
população, um dado preocupante divulgado às vésperas do Dia Internacional das Pessoas Idosas, lembrado no sábado (1).
O estudo ouviu mais de 83 mil
pessoas em 57 países, avaliando as atitudes de pessoas de todas as faixas
etárias em relação aos idosos. Os mais baixos níveis de respeito foram
relatados em países de alta renda, segundo a pesquisa.
“Esta análise confirma que a
discriminação por idade é extremamente comum. No entanto, a maioria das pessoas
desconhece completamente os estereótipos subconscientes que têm sobre pessoas
idosas”, disse John Beard, diretor de envelhecimento e curso de vida da OMS.
“Assim como acontece com o sexismo e o racismo, é possível mudar as normas
sociais. É tempo de parar de definir as pessoas por sua idade”, completou.
Atitudes negativas sobre o
envelhecimento e em relação a pessoas idosas também têm consequências
significativas para a saúde física e mental dessa população. Idosos que se
sentem um fardo percebem suas vidas como menos valiosas, colocando-se em risco
de depressão e isolamento social, de acordo com a OMS.
Pesquisa publicada
recentemente aponta que idosos que têm opiniões negativas sobre seu próprio
envelhecimento não se recuperam bem de deficiências e vivem, em média, 7,5 anos
a menos que pessoas com atitudes positivas.
Até 2025, o número de pessoas
com 60 anos ou mais duplicará e, até 2050, alcançará a marca de 2 bilhões no
mundo, com a maioria vivendo em países de baixa e média renda.
“A sociedade se beneficiará
desse envelhecimento da população se todos nós envelhecermos de uma forma mais
saudável”, disse Alana Officer, coordenadora de envelhecimento e curso de vida
da OMS. “Entretanto, para fazer isso, precisamos acabar com a discriminação por
idade”.
Alana acrescentou que “a
discriminação por idade assume muitas formas”. “Elas incluem retratar pessoas
mais velhas como frágeis, dependentes e fora de contato, ou por meio de
práticas discriminatórias como racionamento dos cuidados de saúde por idade ou
políticas institucionais, como a aposentadoria obrigatória em certa idade”.
ONU
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