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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Promulgada lei que define o termo "praça" para cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados

Nova lei teve origem em projeto da Câmara dos Deputados

Rovena Rosa/Agência Brasil


Definição deixa claros quais preços serão levados em conta na fixação do IPI

Foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de sexta-feira (8) a Lei 14.395/22, que define o termo “praça” para efeito de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Pela norma, passa-se a considerar "praça" o município onde está situado o estabelecimento do remetente do produto.

O Projeto de Lei 1559/15, do ex-deputado William Woo (SP), que deu origem à nova lei, foi aprovado pela Câmara em 2018 e pelo Senado neste ano. O texto acabou vetado pelo presidente da República, mas, no último dia 5, o Congresso Nacional derrubou o veto.

Definição
De acordo com o texto da nova lei, “praça” é a cidade onde está situado o estabelecimento remetente — em caso de remessas de mercadorias para outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiros — ou ainda estabelecimento que opere exclusivamente em venda a varejo.

A definição é importante porque deixa claro na lei que os preços praticados nessa cidade é que deverão ser levados em conta na fixação do valor tributável mínimo do IPI.

A Lei do IPI determina que o valor tributável não poderá ser inferior ao preço corrente no mercado atacadista da “praça” da empresa. O objetivo da norma é evitar a manipulação de preços entre esses estabelecimentos para reduzir o valor da operação de saída dos produtos do estabelecimento industrial para o estabelecimento revendedor desses bens, em prejuízo da arrecadação do IPI.

Da Agência Senado
Edição - ND

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Congresso mantém verba para pesquisa e permite doações em período eleitoral

Parlamentares também aprovam medida para permitir a retomada de obras paradas; deputada critica falta de transparência

Carlos Magno/Governo do Rio de Janeiro


Aprovação manteve dotações do fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

O Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN)  17/22, que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano. Na votação da proposta, os deputados excluíram do texto, por 197 votos contra 187, dispositivo que permitia a transferência de dotações do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para outras despesas. Em outro ponto polêmico, o texto aprovado permitiu doações dentro do período eleitoral.

Pesquisa
O líder do governo, senador Eduardo Gomes (PL-TO), havia prometido recompor os recursos do FNDCT, caso o PLN 17/22 autorizasse sua redução. No entanto, parlamentares de vários partidos se posicionaram contra a retirada da verba para pesquisa.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) acusou o governo de não cumprir acordos anteriores de recomposição de recursos da educação. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) afirmou que editais abertos pelo FNDCT poderiam ser prejudicados. "Temos que garantir os recursos do FNDCT agora. Não há como o País sair da crise sem investir em ciência, conhecimento e aumento da produtividade. Nunca vamos estar entre os países mais desenvolvidos se não levarmos a pesquisa a sério", declarou Kim Kataguiri.

Doações onerosas
O substitutivo do relator, deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), incluiu dispositivo para permitir doações de bens, valores ou benefícios para entidades privadas ou públicas dentro do período restrito pela legislação eleitoral, desde que as doações representem encargo para o donatário.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou que as doações seriam proibidas pela legislação eleitoral. O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) rebateu que a legislação eleitoral estaria errada e observou que prefeituras também poderiam ser beneficiadas com a doação de ambulâncias oferecidas por governos estaduais.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) considera as doações a entidades privadas uma aberração. "Estamos em ano eleitoral e temos que cumprir as regras", disse. Carlos Henrique Gaguim defendeu as doações no período eleitoral. "São materiais que estão depreciando e podem chegar na ponta para quem precisa", afirmou.

Empenho
O PLN 17/22 também permite mudar o credor da nota de empenho, durante os procedimentos contábeis relacionados à execução de restos a pagar não processados. Atualmente, no caso de impossibilidade de pagar um credor, é necessário cancelar a nota de empenho e emitir uma nova com o nome do outro credor.

"A medida vai dar celeridade e permitir retomar 28 mil obras paradas", afirmou o deputado Carlos Henrique Gaguim. No entanto, a deputada Adriana Ventura criticou a mudança por avaliar que vai prejudicar a transparência. "Vamos tratar o orçamento com respeito, e não fazer esta lambança. Não podemos permitir que os restos a pagar sejam alterados. A gente não vai saber qual vai ser o credor", alertou.

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Roberto Seabra

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

CCJ aprova criação do Dia Nacional da Doença de Huntington

Trata-se de uma doença hereditária rara, neurodegenerativa, que afeta homens e mulheres; primeiros sintomas costumam aparecer na faixa dos 30 aos 50 anos

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Maria do Rosário: criação da data pode tirar doença da invisibilidade

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), o Projeto de Lei 5060/13, da deputada Erika Kokay (PT-DF), que cria o Dia Nacional da Doença de Huntington. 

A relatora na CCJ, deputada Maria do Rosário (PT-RS), apresentou parecer pela aprovação da proposta e da emenda da Comissão de Seguridade Social e Família, que mudou a data: no texto original era 15 de setembro, mas foi alterada para 27 de setembro para coincidir com a data de criação da Associação Brasil Huntington (ABH). 

A proposta tramita em caráter conclusivo e, portanto, poderá seguir para a análise do Senado, a menos que haja recurso para votação, antes, pelo Plenário. 

De acordo com o texto aprovado, são objetivos do Dia Nacional da Doença de Huntington estimular a pesquisa e a difusão dos avanços técnico-científicos relativos à doença de Huntington; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol dos portadores da enfermidade; estimular ações de informação e conscientização relacionadas à doença; e promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de Huntington. 

Eliminar preconceitos
De acordo com Maria do Rosário, a criação do dia nacional ajudará a eliminar preconceitos. “A instituição do Dia Nacional da Doença de Huntington servirá de marco fundamental sobre a doença, seja para alertar, conscientizar, estimular a pesquisa, apoiar as organizações que atuam nessa área e aperfeiçoar as políticas de saúde", afirma a parlamentar. Segundo ela, a criação da data “se tornará um instrumento para retirar a doença da invisibilidade, o que certamente contribuirá para vencer preconceitos e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com a doença.” 

De acordo com a ABH, a Doença de Huntington é uma doença hereditária rara, neurodegenerativa, que afeta o sistema nervoso central, causando alterações dos movimentos, do comportamento e da capacidade cognitiva. A enfermidade atinge homens e mulheres de todas as raças e grupos étnicos e os primeiros sintomas costumam aparecer, principalmente, na faixa dos 30 aos 50 anos de idade. A doença é fatal e se desenvolve gradualmente, com duração média de 15 a 20 anos.

A Doença de Huntington, ainda de acordo com dados da associação, afeta até 1 em cada 10.000 pessoas na maioria dos países europeus. Não existem estatísticas oficiais no Brasil, mas estima-se que sejam de 13.000 a 19.000 portadores do gene e de 65.000 a 95.000 pessoas em risco.

Reportagem - Paula Bittar
Edição - Ana Chalub

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

CCJ aprova criação de política para conscientizar população sobre doação de órgãos

Proposta também objetiva o aprimoramento do sistema nacional de transplantes e a formação continuada de profissionais de saúde e da educação sobre o tema

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Feliciano recomendou aprovação do substitutivo

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), proposta que cria uma política nacional para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, com o objetivo de contribuir para o aumento no número de doadores.

O relator da matéria na CCJ, deputado Pr. Marco Feliciano (PL-SP), apresentou parecer favorável a substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 2839/19, do deputado Ricardo Izar (Republicanos-SP). O texto tramita em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para votação, antes, pelo Plenário.

Ele ressalta que o objetivo da proposta é salvar vidas. Feliciano cita dados do Registro Brasileiro de Transplantes, segundo o qual  mais de 33 mil pessoas ocupavam a fila de espera por um órgão em 2018, sendo que 2.851 morreram sem receber a doação — uma média aproximada de 8 pessoas por dia.

“Em 2018, nós tivemos quase 3 mil brasileiros que perderam suas vidas por falta de pessoas que pudessem estar ali doando órgãos. Quem doa órgãos, doa vida. É um projeto socioeducativo, é uma política pública que vai trazer a todas as nossas universidades, faculdades, escolas, a conscientização de que seres humanos precisam amar seres humanos”, ressaltou.

O autor do projeto, deputado Ricardo Izar, destacou que um doador tem o potencial de salvar até oito vidas, e que a proposta foi apresentada em homenagem a Tatiane Penhalosa, que morreu em 2019 depois de esperar por um transplante de coração. Sua morte mobilizou as redes sociais, em campanha pela aprovação do projeto.

“Esse projeto de lei carrega nas campanhas nas redes sociais o nome de 'Lei Tatiane'. Tatiane Penhalosa foi uma menina de 32 anos que esperou dois anos na fila de espera por um transplante de coração que não veio, porque 5.500 famílias disseram não, por falta de consciência, por falta de conscientização e de educação. Um doador pode salvar até oito vidas. Ser doador é um ato de amor.”

Proposta original
A proposta original criava o Programa de Ensino e Conscientização sobre Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos, que faria parte da grade curricular de instituições de ensino de todo o País.

Relatora na Comissão de Seguridade Social, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) substituiu o programa pela Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos, voltada a toda a população. Ela ressaltou que o Congresso Nacional não pode criar por lei disciplinas e conteúdos curriculares, tarefa que cabe às instituições de ensino.

Pela proposta aprovada, a política será implementada pela União e pelos estados, municípios e Distrito Federal. Entre os seus objetivos, além da conscientização da população, estão o aprimoramento do sistema nacional de transplantes e a formação continuada de profissionais de saúde e da educação sobre o tema dos transplantes e doações de órgãos.

Entre as estratégias da política estão a realização de campanhas publicitárias e atividades nas escolas, e distribuição de material didático escolar.

Reportagem - Paula Bittar
Edição - Ana Chalub

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Clínicas de diálise relatam preços de soro fisiológico três vezes maiores que o máximo permitido

Indústria relata que preços de embalagens plásticas subiram 190% desde 2019

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Romilson: foram identificados problemas de custos em apenas seis medicamentos

Os representantes de clínicas de diálise reclamaram aos deputados da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara de preços de soro fisiológico três vezes maiores que o máximo permitido pelo governo. O presidente da Associação dos Centros de Nefrologia de Santa Catarina, Tarcísio Steffen, disse que o preço saiu de R$ 4 em outubro do ano passado para R$ 22 em abril deste ano, chegando a mais de R$ 30 em cotações recentes.

Steffen contou que a falta do soro, usado principalmente para lavagem dos equipamentos, tem feito com que as clínicas comecem a diluir cloreto de potássio em água destilada.

“Nós estamos voltando aí em uma prática de 20 anos atrás num ambiente que não é controlado. Gera insegurança para o paciente e para nós que trabalhamos no dia-a-dia, que já temos vários riscos, que tivemos vários problemas na pandemia, e essa situação acaba agravando”, disse. Tarcísio Steffen lembrou que os pacientes precisam fazer hemodiálise três vezes por semana para poderem sobreviver.

Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Soluções Parenterais, André Ignácio, disse que a indústria não identificou problemas de abastecimento e que os preços acima do máximo devem ser denunciados.

Ele afirmou ainda que os custos de produção aumentaram, principalmente as embalagens plásticas, um produto derivado de petróleo; mas explicou que o preço máximo permitido hoje ainda cobre as despesas. Segundo ele, o preço da embalagem, que é o maior custo da indústria, subiu 190% de 2019 para cá.

Transparência
O secretário-executivo da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos,  Romilson Volotão, explicou que foi feito um estudo com 862 apresentações de medicamentos e que foram identificados problemas de custos em apenas 6. Para estes produtos, os preços foram liberados até o final do ano. A Câmara de Regulação faz parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para Yussif Mere Junior, presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes, está faltando transparência, porque o problema existe e ninguém sabe a causa:

“O que falar de um mercado como esse? Nós temos regulação de mercado ou não? Nós precisamos de atuação”, afirmou.

Romilson Volotão se comprometeu a investigar com rigor as denúncias de sobrepreço que já foram formalizadas pelas clínicas à Anvisa.

Billy Boss/Câmara dos Deputados

Carmen Zanotto: faltam dipirona, antibióticos e contraste para exames

Falta de insumos
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) disse que também está ocorrendo falta de produtos como dipirona, antibióticos e contraste para exames:

“Pouco se fala sobre a falta dos contrastes. E, repito, nós estamos falando de cateterismo cardíaco. Nós estamos falando de analgésico e de antitérmico, que é a dipirona. Nós estamos falando - graças a Deus teve reabastecimento pelo Ministério da Saúde – de imunoglobulina humana. Mas passamos aí momentos de muita apreensão e angústia com pacientes com tratamentos interrompidos por falta deste insumo”, disse a deputada.

Imposto zerado
A diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Ediane Bastos, afirmou que o governo também tem enfrentado problemas nas suas compras de medicamentos e que a situação está sendo monitorada. Ela disse que alguns produtos tiveram o imposto de importação zerados, entre eles as embalagens de soro fisiológico.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão discute lei que amplia doenças rastreadas pelo teste do pezinho

Divulgação/Prefeitura de Belo Horizonte


Deputado quer informações sobre a execução da lei

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta quinta-feira (14) para discutir a Lei 14.154/21, que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho no Sistema Único de Saúde (SUS). A norma entrou em vigor no dia 27 de maio.

O debate atende a requerimento do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR). O objetivo é obter informações e esclarecimentos em relação à execução da lei que aperfeiçoa o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), pois o processo de ampliação do teste será feito de forma escalonada.

O parlamentar disse que enviou ao Ministério da Saúde um requerimento solicitando informações sobre o planejamento detalhado da execução da lei, mas, segundo ele, as respostas apresentadas não foram satisfatórias, "visto que não houve detalhamento de como se dará sua execução".

Foram convidados para discutir o assunto:
- o diretor do Departamento de Atenção Especializada e Temática do Ministério da Saúde, Gregory dos Passos Carvalho;
- a assessora técnica da Coordenação Geral de Saúde Perinatal e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Ana Paula da Cruz Camarashi;
- a presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), Tania Bachega;
- a representante da União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal e Instituto Jô Clemente, Daniela Mendes;
- a coordenadora do Serviço de Referência em Triagem Neonatal da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), Mousseline Torquato Domingos; e
- o presidente da APAE de Anápolis (GO), Vander Lúcio Barbosa da Silva.

A audiência está marcada para as 9 horas, no plenário 7. Os interessados podem acompanhar ao vivo, por meio do portal e-Democracia, inclusive enviando perguntas, críticas e sugestões aos participantes.

Da Redação - MB

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão amplia atendimento domiciliar a paciente do SUS com mobilidade reduzida

Texto aprovado também determina ao SUS disponibilizar canais remotos para permitir ao cidadão agendar consultas e exames

Alan/Câmara dos Deputados


O relator, deputado Cássio Andrade, aproveitou vários projetos que tramitam junto

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que dá aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com mobilidade reduzida o direito à aplicação domiciliar de medicamentos, procedimentos e vacinas.

A proposta, que modifica a Lei Orgânica da Saúde, também concede a esses pacientes o direito de receber em casa todos os medicamentos de uso contínuo prescritos por médico, sem ônus.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Cássio Andrade (PSB-PA), que engloba o projeto principal – PL 3697/12, do ex-deputado Marco Tebaldi (SC) –, e os cinco apensados.

Andrade afirma que a proposta está em consonância com a política governamental para o SUS, que nos últimos anos vem implementando medidas para reduzir a necessidade de comparecimento dos pacientes aos postos de saúde e hospitais, como a marcação remota de consultas.

“A atenção à saúde prestada aos usuários do SUS vem cada vez mais incrementando as ações preventivas e a atenção primária, para que os pacientes necessitem cada vez menos deslocar-se desnecessariamente para as unidades de saúde”, disse o deputado.

Atendimento remoto
A proposta aprovada determina ainda ao SUS disponibilizar canais telefônicos ou telemáticos para permitir ao cidadão realizar remotamente o agendamento de consultas e procedimentos, e o acompanhamento de filas de procedimentos e cirurgias.

Todas as medidas previstas no substitutivo entram em vigor 90 dias após a publicação da futura lei, para dar tempo ao SUS a se ajustar às mudanças.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 12 de julho de 2022

Especialistas criticam bloqueio de recursos para ciência

Projeto aprovado pela Comissão de Orçamento permite redução de dotações do fundo nacional de desenvolvimento científico

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Mercedes Bustamante: a proposta foi aprovada na CMO sem debate com cientistas

Especialistas alertaram nesta segunda-feira (11) para o risco de novos cortes nas áreas de ciência e tecnologia. As críticas foram dirigidas ao projeto (PLN 17/22) que reduz os recursos destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Instituído pela Lei 11.540/07, o FNDTC é destinado ao financiamento da inovação e do desenvolvimento científico e tecnológico no País.

Na visão da representante da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Mercedes Bustamante, falta legalidade e segurança jurídica na aprovação do projeto. Ela criticou a rapidez com que a matéria foi aprovada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na última quarta-feira (6), sem debate entre especialistas.

“O que não entendemos é o açodamento da proposição e da aprovação desse PLN, quando na verdade as próprias consultorias das duas Casas legislativas não tiveram o entendimento que o Ministério da Economia tem”, disse Mercedes Bustamante, em reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.

Bustamante observou que, mesmo após a aprovação da Lei Complementar  177/21, que proibia o contingenciamento do FNDCT, foram liberados apenas R$ 2 bilhões de um total de R$ 4,5 bilhões de reservas do fundo.

Na mesma linha, a diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Francilene Garcia, viu incompatibilidade entre a lei em vigor e o novo projeto enviado pelo governo.

“É inadmissível que o mesmo Congresso que aprovou a LC 177 admitindo a importância do não contingenciamento dos recursos do principal fundo de investimento à pesquisa, em menos de 24 horas na CMO aprove o encaminhamento do PLN 17”, criticou. Ela sugeriu que seja alterado o artigo 4º da LC 177 para evitar futuros contingenciamentos do fundo.

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Jandira Feghali: o FNDTC não pode ser contingenciado

Já a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) alertou para a possibilidade de judicialização do assunto, uma vez que a lei complementar tem superioridade hierárquica em relação ao projeto ordinário.

“A LC é determinante em relação ao não contingenciamento do fundo, ele não pode ser contingenciado, desviado ou utilizado para outros fins. E o PLN 17 é um cheque em branco para o Ministério da Economia”, frisou a deputada, que solicitou a reunião.

Para evitar esse tipo de impasse, o deputado General Peternelli (União-SP) defendeu que os parlamentares tenham a palavra final sobre que áreas deveriam ser atingidas pelo contingenciamento. Segundo ele, a ideia é dar mais transparência ao remanejamento de recursos. “O contingenciamento, da mesma forma que o Orçamento, deveria ser uma prerrogativa do Congresso Nacional”, sustentou.

Defesa do projeto
Em defesa do PLN 17, o representante do Ministério da Economia, Zarak de Oliveira Ferreira, afirmou que não há incompatibilidade entre as normas. “O PLN 17 não está afrontando a lei complementar porque ele não está estabelecendo nenhuma regra contrária à questão de não contingenciamento e em relação também à questão de não ter reserva de contingência”, disse.

Segundo Zarak, o projeto garante que as despesas não reembolsáveis do fundo, na ordem de R$ 4,7 bilhões, não serão remanejadas para outras áreas. Ele reforçou que a iniciativa é para “deixar claro” que a questão de remanejamento de recursos é uma prioridade do Poder Executivo estabelecida na Constituição Federal.

Conforme Zarak, em 2023 serão investidos R$ 7,9 bilhões de recursos primários em ciência e tecnologia e R$ 5,9 bilhões de despesas não reembolsáveis para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). "Se a gente pegar esses recursos com relação à 2020, praticamente quadruplicaram", frisou.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Pierre Triboli

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto susta portaria do Ministério da Saúde sobre pré-natal, parto e pós-parto

Autor da proposta reclama que conteúdo da portaria não foi pactuado na Comissão Intergestores Tripartite, como preconiza a lei

Billy Boss/Câmara dos Deputados


O autor da proposta, Alexandre Padilha, é médico e foi ministro da Saúde no governo Dilma

O Projeto de Decreto Legislativo 81/22 susta a portaria do Ministério da Saúde 715/22, que cria a Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami), em substituição à Rede Cegonha, criada em 2011. As redes tratam da assistência no pré-natal, parto e pós-parto.

Autor da proposta, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) disse que “a medida pegou a todos de surpresa e fez com que entidades e especialistas se indignassem contra o ato normativo e suas consequências”.

Ele cita nota do conjunta do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), além de nota do Conselho Federal de Enfermagem, que afirmaram que a nova rede dá ênfase à atuação do médico obstetra e exclui as enfermeiras obstétricas, além de não contemplar a assistência às crianças.

“A atuação qualificada da Enfermagem Obstétrica é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como primordial para a redução da mortalidade materno-infantil. As enfermeiras obstétricas contribuem para evitar, identificar e tratar precocemente complicações, com o devido encaminhamento, quando necessário”, diz a nota do Conselho de Enfermagem.

Ainda segundo Alexandre Padilha, o conteúdo da nova portaria não foi pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), como preconiza a Lei Orgânica da Saúde.

A comissão tripartite é a instância de negociação e pactuação entre os gestores de saúde no que se refere à operacionalização das políticas de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; e pelo Plenário.

Reportagem - Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão aprova projeto que prevê a execução obrigatória de despesas com pesquisas sobre doenças raras

Relator afirma que a pesquisa sobre essas doenças é de vital importância para o SUS

Billy Boss/Câmara dos Deputados


O relator, deputado Diego Garcia

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 155/21, pelo qual serão prioritárias e de execução obrigatória as despesas com o financiamento de pesquisas para combate de doenças raras. O texto altera a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), recomendou a aprovação da proposta. “A pesquisa em relação às doenças raras é de vital importância para o Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse o relator.

“Para políticas públicas de saúde, o foco não é tanto o desenvolvimento de novos medicamentos, que demanda vultoso financiamento, mas sobre a utilização mais eficiente dos recursos já disponíveis”, ressaltou ainda Diego Garcia.

“Doenças raras constituem uma chaga com potencial para destruir famílias e patrimônios, para a qual, até agora, o governo federal não tomou medidas satisfatórias diante da obrigação constitucional de prover o direito inalienável à saúde”, afirmou o autor da proposta, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT).

“Na maioria dos casos, se não em sua totalidade, as doenças raras não têm cura”, observou Pereira. “Apesar disso, a ciência tem encontrado diversas formas e mecanismos para, pelo menos, reduzir o sofrimento dos pacientes”, continuou.

Tramitação
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Natalia Doederlein

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Fonte: Agência Câmara deNotícias

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Comissão aprova projeto que abre renegociação de dívidas de empresas com Pronampe

Deputado destaca que houve uma substancial elevação das taxas básicas de juros após a instituição do programa, em maio de 2020

Najara Araújo/Câmara dos Deputados


O relator do projeto, deputado Josivaldo JP

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou projeto que estabelece que a União promoverá a renegociação dos empréstimos contratados por empresas até outubro de 2021 no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Conforme o Projeto de Lei 4415/21, os créditos concedidos terão prazo de pagamento estendido em até 48 meses, a critério do tomador, e taxa de juros anual máxima de 6% ao ano, a ser aplicada sobre o saldo devedor apurado pela instituição financeira quando da renegociação.

O texto aprovado é de autoria do deputado Efraim Filho (União-PB) e altera a lei que criou o programa de crédito (13.999/20).

Juros
Efraim Filho alega que a elevação recente da taxa de juros oficial da economia (Selic) afetou as empresas de pequeno porte, que perderam vendas. O relator do projeto, deputado Josivaldo JP (PSD-MA), concordou o argumento.

“De fato, houve uma substancial elevação das taxas básicas de juros após a instituição do Pronampe, ocorrida em maio de 2020. Àquela época a meta estipulada para a taxa Selic era de 3% ao ano, sendo que, em junho deste ano essa taxa passou a ser de 12,75% ao ano”, disse Josivaldo Jp.

Iniciativa do Congresso Nacional, o Pronampe é uma linha de crédito subsidiada para microempresas e empresas de pequeno porte. As operações podem ser utilizadas para investimento e capital de giro.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Reportagem - Janary Júnior
Edição - Marcia Becker

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão aprova redução da base de cálculo de IRPJ e CSLL para serviços em farmácia

Medida valerá para serviços como exames diagnósticos para detecção da Covid-19 e aferição de temperatura e pressão arterial

Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados


Dr. Frederico, relator do projeto de lei

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3264/20, que reduz a base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de serviços em farmácias.

Pelo texto, o percentual sai dos atuais 32% dos dois tributos para 8% (IRPJ, lucro presumido) e 12% em caso de CSLL.

A proposta, do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), inclui a mudança na Legislação Tributária Federal. Atualmente, a base de cálculo reduzida é garantida para serviços hospitalares, de medicina diagnóstica e terapia, entre outros. As farmácias hoje são classificadas como revendedoras de produtos e, por isso, também já recolhem com as bases estimadas de 8% (IRPJ) e 12% (CSLL).

O autor esclarece que a proposta não trata de renúncia fiscal e não altera o tratamento tributário aplicável às farmácias atualmente. A ideia da proposta é evitar a mudança de alíquota utilizada para a obtenção da base de cálculo do IR recolhido pelas farmácias, que poderia ocorrer com a realização de serviços como exames diagnósticos para detecção da Covid-19 e aferição de temperatura e pressão arterial.

“O receio do autor, a nosso ver procedente, é de que a prestação de serviços de aplicação de vacinas e testagem para a Covid-19, feitas pelas farmácias, alterem o regime de tributação desses estabelecimentos e majorem a carga tributária”, reitera o relator do projeto, deputado Dr. Frederico (Patriota-MG). O parecer dele foi favorável à medida.

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Lara Haje
Edição – Pierre Triboli

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Fonte: Agência Câmara deNotícias

Comissão aprova projeto que altera prazo para adesão de microempresa ao Simples Nacional

Pelo texto, medida valerá para empreendimentos que não conseguiram aderir ao Simples Nacional em 2020, primeiro ano da pandemia

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Júlio Cesar recomendou a aprovação do projeto, com mudanças

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei pelo qual, em razão pandemia de Covid-19, haverá novo prazo para enquadramento, referente a 2020, das micro e pequenas empresas no Simples Nacional. A opção poderá ser exercida até 30 dias após a sanção da futura lei.

Foi aprovado o substitutivo apresentado pelo relator, deputado Júlio Cesar (PSD-PI), ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 116/20, do deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA). O relator promoveu vários ajustes na versão original.

“Diversas micro e pequenas empresas que ingressaram no mercado, cujo interesse era o regime de tributação simplificado, por força da Covid-19 não puderam cumprir os prazos”, comentou Otto Alencar Filho, autor da proposta.

“De fato, muitas micro e pequenas empresas em início de atividade deixaram de aderir ao Simples Nacional em virtude das restrições impostas ao funcionamento da administração pública na pandemia”, concordou o deputado Júlio Cesar.

“Entretanto, por ter sido apresentada em 2020, é necessário atualizar a proposta, pois a partir de 2021 não há registro de impedimentos relevantes que obstassem a regular inscrição no Simples Nacional”, concluiu o relator.

Tramitação
Aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços em 2021, o projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem - Ralph Machado
Edição - Marcia Becker

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão aprova projeto que prevê fisioterapeutas em maternidades com pelo menos mil partos por ano

Atualmente, o Ministério da Saúde já exige fisioterapeutas em tempo integral nas unidades de terapia intensiva neonatal

Michel Jesus/Câmara dos Deputados


O relator, deputado Luiz Lima, recomendou a aprovação do projeto

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 906/22, que torna obrigatória a presença de fisioterapeuta nas maternidades com pelo menos mil partos realizados por ano. Os profissionais deverão estar disponíveis em tempo integral para assistência às pacientes.

O relator no colegiado, deputado Luiz Lima (PL-RJ), recomendou a aprovação da proposta. “A atuação dos fisioterapeutas poderá favorecer o parto natural, com ganhos inquestionáveis para a saúde da mãe e do bebê, e economia para o Sistema Único de Saúde (SUS), pela redução no tempo de internação pós-parto”, disse o relator.

“A atuação dos fisioterapeutas é crucial quando associada à redução do tempo de trabalho de parto e das complicações no assoalho pélvico, além da diminuição dos custos hospitalares”, afirmou a autora da proposta, deputada Rejane Dias (PT-PI), citando a Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher.

Atualmente, o Ministério da Saúde já exige fisioterapeutas em tempo integral nas unidades de terapia intensiva neonatal, aquelas voltadas para o atendimento hospitalar do recém-nascido grave ou com risco de morte.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Ralph Machado
Edição - Marcia Becker

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Fonte: Agência Câmara deNotícias

Comissão aprova projeto que garante a pessoa com deficiência visual acesso a receituários em braille no SUS

Pelo texto, unidades de saúde podem substituir a emissão em braille por aplicativos ou outras plataformas de

Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados


Deputado Dr. Zacharias Calil, relator do projeto de lei

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3670/21, que garante às pessoas com deficiência visual, mediante solicitação, o recebimento de receituários, de pedidos de exame e de laudos médicos em braille no Sistema Único de Saúde (SUS).

Braille é o sistema de leitura e escrita tátil universal para deficientes auditivos, constituído por pontos em relevo.

Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, o pedido deverá ser emitido sem custos para os beneficiários e no mesmo prazo e qualidade das emissões usuais. As unidades de saúde podem substituir a emissão em braille por aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede que torne plenamente possível a compreensão das orientações recebidas dos profissionais de saúde.

O descumprimento da medida sujeitará os dirigentes das unidades de saúde à responsabilização administrativa, conforme legislação específica aplicável. Apresentado pelo deputado Francisco Jr. (PSD-GO), o texto insere a medida no Estatuto da Pessoa com Deficiência.

O parecer do relator, deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), foi favorável à proposta, com duas emendas de redação. “Sabemos das dificuldades enfrentadas por essas pessoas, mesmo quando em estabelecimentos de saúde – onde o direito à saúde pode ser limitado em razão da falta de acessibilidade às informações”, disse.

“O correto entendimento das orientações pelo paciente é de fundamental importância para o sucesso e a aderência ao tratamento prescrito, e não raramente pacientes se confundem com os medicamentos que devem tomar, causando quadros de intoxicação”, completou.

Tramitação
A proposta ainda será analisada em caráter conclusivo pelas comissões; de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

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