Destaques

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Para inibir a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara PSDB e PT podem se compor para indicar um novo nome

Eleição do próximo presidente da Câmara mobiliza bancadas de PMDB e PT
Os dois maiores partidos da base governista na Câmara dos Deputados, PMDB e PT, realizaram reuniões a portas fechadas nesta terça-feira (4) com suas respectivas bancadas. Na pauta, além das matérias que podem ser votadas pelo Plenário, as bancadas começam a traçar estratégias e a negociar acordos para a eleição do próximo presidente da Casa para o biênio 2015-2016.
Eduardo Cunha: negociações para formar um bloco partidário de apoio à sua
candidatura estão Dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) concede entrevista avançando.
Ao sair da reunião do PMDB, o líder do partido, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse que as negociações para a formação de um bloco partidário de apoio a sua candidatura à Presidência da Câmara estão avançando.
“Para quem conseguiu, em apenas dez dias após o 2º turno das eleições, já ter a bancada lhe indicando e lhe autorizando a construir um bloco, já ter conversado com cinco partidos que compõem o nosso ‘blocão’ e ter deles a boa vontade de levar isso adiante, eu diria que é um bom avanço”, disse Cunha.
Ele afirmou ainda que a reunião desta terça serviu para manter a bancada informada sobre as negociações em torno da retomada do ‘blocão’ na Câmara – grupo que reúne parlamentares de partidos da base governista, como o PMDB, que discordam da orientação do governo sobre alguns temas. Mais cedo, durante um almoço, Cunha discutiu a retomada do bloco com representantes do PR, do PTB, do PSC e do oposicionista Solidariedade (SD).
Bancada do PT
Por outro lado, na reunião da bancada do PT, o líder do partido, deputado Vicentinho (SP), disse que a eleição do próximo presidente da Casa não estava na pauta. Mesmo assim, ele admitiu que, diante das notícias veiculadas na imprensa, a bancada fez algumas reflexões. De acordo com Vicentinho, o PT deverá seguir a indicação da Executiva Nacional, que se reuniu na segunda-feira (3) e cobrou maior influência do partido no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
“Continuamos com o nosso mesmo pensamento, que é a importância do cumprimento da tradição, que é revezamento entre os maiores partidos. E o PT é a maior bancada”, destacou Vicentinho. Ele ressaltou que o partido ainda não definiu um nome para a candidatura.
“Na próxima quinta-feira, teremos uma reunião para tratar especificamente deste assunto. Não temos a pretensão de tomar qualquer decisão antes. Não queremos colocar o carro na frente dos bois”, completou.
O vice-líder do PT deputado José Guimarães (CE) disse que a bancada vai iniciar um movimento de diálogo com todos os partidos da base, incluindo o PMDB. “Vamos dialogar com o PMDB para saber primeiro qual é o tom. Não há posição preconcebida”, destacou.
Guimarães afirmou, no entanto, que o partido não vai ficar parado diante de qualquer tentativa de isolar o PT. “Esta é uma Casa plural, não pode ter movimento para isolar essa ou aquela bancada”, disse.
Pela manhã, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, o governador do Ceará, Cid Gomes, propôs a criação de uma frente de esquerda ou de um novo partido para fortalecer a base governista no Congresso e assegurar a governabilidade no segundo mandato.
Segundo Cid Gomes, a nova frente de esquerda reuniria parlamentares insatisfeitos com suas legendas e poderia ser formada por integrantes do seu partido, o Pros, e ainda de siglas como PDT, PCdoB, PSB e Psol.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda