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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Transfusões de sangue "fresco" reduzem o risco de complicações após cirurgia cardíaca

Sangue recentemente doado é melhor para pacientes cardíacos do que o sangue armazenado por algum tempo. Pesquisadores canadenses chegaram a essa conclusão em um estudo envolvendo 2.000 pacientes que planejavam se submeter a uma cirurgia cardíaca. Os resultados foram apresentados no "Canadian Cardiovascular Congress" (Congresso cardiovascular canadense) em Vancouver.

Dos 2.015 participantes, apenas metade (1.052) recebeu sangue "fresco" que tinha sido doado até 14 dias antes da intervenção. A outra metade recebeu transfusões com apenas ou um pouco de sangue "antigo" que tinha sido armazenado por mais de 14 dias.

Após o ajuste quanto a vários fatores de influência, como a idade, sexo e quadro clínico, mostrou-se que o grupo de pacientes que tinha recebido apenas sangue "fresco" teve menos complicações após a cirurgia (sangramento, ventilação, infecções, insuficiência renal, morte). De maneira geral, eles se saíram melhor do que os indivíduos que receberam um pouco ou apenas sangue "antigo".

"Os achados mostram que precisamos prestar atenção à idade do sangue que fornecemos aos pacientes de cirurgia cardíaca", disse o autor sênior Ansar Hassan. Mas ninguém deve postergar a cirurgia se não tiver sangue novo disponível. "Talvez ainda mais importante, precisamos de novos estudos que determinem o que está orientando essa relação entre a idade do sangue e os resultados que estamos observando", ele disse.

APA

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