Destaques

domingo, 7 de dezembro de 2014

Análise de Mídia - REVISTAS

Novos itens, abordagens mais analíticas e uma cobertura menos concentrada no caso Petrobras marcam o noticiário das revistas que circulam neste fim de semana. Em grande medida, pauta geral apenas repercute o que indicaram os jornais nos últimos dias.
 
A operação Lava Jato é alvo de reportagem de capa na VEJA – texto faz um apanhado geral sobre as delações premiadas que sugerem desvios e a oferta de propina por meio de doações para campanhas eleitorais. Outros desdobramentos sobre o tema também estão no centro da revista ISTOÉ. Já ÉPOCA e CARTA CAPITAL ISTOÉ DINHEIRO conferem menos peso ao assunto.
 
No que se refere à agenda da indústria, exposição busca pontos de equilíbrio entre as cenas política e econômica. A formação da nova equipe ministerial está presente em abordagens diferenciadas que tentam prever os primeiros movimentos dos futuros auxiliares da presidente Dilma Rousseff. Questões específicas ligadas ao setor produtivo ocupam espaços secundários.
 
 

  • ISTOÉ DINHEIRO resume em reportagem diferenciada os desafios do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. Texto faz referência ao estilo conciliador e à passagem como presidente daConfederação Nacional da Indústria (CNI). O déficit histórico na balança comercial é apontado como a pior “herança” recebida por Monteiro Neto. Encontrar meios para estimular o comércio exterior tende a ser prioridade do novo ministro, reforça a revista.

  • Ainda segundo ISTOÉ DINHEIRO, Monteiro Neto tem grande familiaridade com os problemas da indústria. E reproduz frase atribuída ao ex-secretário de Política Econômica da Fazenda, Julio Gomes de Almeida: “Foi presidente da CNI durante muito tempo e conhece as necessidades do setor industrial profundamente”.

  • Reportagens de CARTA CAPITAL e ISTOÉ DINHEIRO avaliam a possível confirmação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) no Ministério da Agricultura e relatam que, apesar do perfil combativo e de grande representatividade no meio, a líder ruralista enfrenta oposição de diversas frentes, inclusive de alas do agronegócio, do PT e do próprio partido.

  • CARTA CAPITAL avança e especula sobre o destino do governador da Bahia, Jaques Wagner, que, segundo a revista, “segue um mistério”. Texto adverte que nome certo na equipe é o do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), indicado o para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

  • VEJA avalia que, desde a indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, clareou-se a direção da economia no segundo mandato. “Festejada pelo mercado e criticada por setores do próprio PT, a nova política econômica pode ser boa ou má, mas todo mundo sabe qual é – restando a dúvida, ainda, da sinceridade da conversão econômica da presidente”, afirma, em tom crítico.

  • Em tom de alerta, reportagem VEJA lembra que o PTB “não se sente contemplado com a nomeação do senador e empresário Armando Monteiro para o Ministério do Desenvolvimento” e o PMDB se sente “ainda menos representado com a senadora Kátia Abreu na Agricultura”. Na interpretação da revista, “as escolhas de Dilma representam uma diluição do PT, cuja esquerda despreza a direção econômica de um Joaquim Levy ou as diretrizes agrícolas de uma Kátia Abreu”.
 
Colunistas de várias tendências também repercutem a reforma ministerial. Análises, porém, diferem muito pouco do que especialistas de mercado, políticos e até mesmo representantes do governo e da oposição disseram ao longo da semana.
 

  • Maílson da Nóbrega, em sua coluna em VEJA, avalia que a nova equipe econômica do governo agradou a maioria, mas pondera que há dúvidas se a presidente Dilma de fato mudou as visões econômicas adotadas no primeiro mandato. De acordo com o ex-ministro da Fazenda, a equipe “tem boa reputação, sólida base intelectual e experiência”. “Recuperar a credibilidade da política econômica envolverá ações para desfazer e para fazer. No campo do desfazer, estão os equívocos e a má gestão que minaram a confiança do setor privado, reduziram a competitividade da indústria e causaram enormes danos à Petrobras, ao setor elétrico e aos produtores de etanol”, exemplifica.

  • Já Marcos Coimbra, presidente do instituto Vox Populi, escreve em CARTA CAPITAL que falta à oposição "acordar e descobrir a vitória de Dilma Rousseff".

  • FELIPE PATURY, em sua coluna na revista ÉPOCA, afirma que “o PMDB informou ao Planalto que não aceita que partidos médios sejam aquinhoados com os ministérios das Cidades ou da Integração Nacional. Ambos têm orçamentos polpudos. O das Cidades comanda o Minha Casa Minha Vida. O da Integração, a transposição do São Francisco. Além de PMDB, PP, PR e Pros, dos irmãos Cid e Ciro Gomes, cobiçam as pastas”.

  • FELIPE PATURY assinala também que “o fim da campanha eleitoral não cicatrizou as feridas na relação de Lula com Dilma. O ex quer definições sobre que posição ocuparão no governo os ministros Miriam Belchior (Planejamento), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e o governador da Bahia, Jaques Wagner”.

  • PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, aponta: “criticada por ter agido de maneira oposta ao que prometeu durante as eleições na economia, a presidenta Dilma Rousseff não poderá ser acusada de tucanar nas Relações Exteriores. No Itamaraty, o atual ministro, Luiz Alberto Figueiredo, deve ser mantido, assim como a prioridade nas alianças na América Latina”.

  • RADAR, na VEJA, registra que “depois de sua conversa marcada com Michel Temer para o início da semana, a tendência é que Dilma Rousseff embale um pacotão de novos ministros e os anuncie de uma vez só”.

  • RADAR completa: “nas reuniões para tratar de reforma ministerial, Aloizio Mercadante tem dito a dirigentes de partidos aliados que o PMDB eternamente ‘acha que merece mais do que tem’”.

  • Ainda de acordo com RADAR, “Jaques Wagner aventou a possibilidade de assumir o Ministério da Defesa. Dilma descartou”. Texto afirma também que Josué Gomes da Silva foi convidado para ser ministro do Desenvolvimento. “Recusou, alegando que não queria expor a Coteminas”.

  • RADAR finaliza e adverte que “Dilma Rousseff cogita trocar seu chanceler, apesar de Luiz Alberto Figueiredo ser ministro há apenas quinze meses”.

  • Entre outras abordagens políticas, RADAR, na VEJA, revela como ponto de atenção que, “sem alarde, Fernando Pimentel foi ao apartamento de Aécio Neves no Rio para uma visita de cortesia, em 28 de novembro. Foi uma conversa a dois”.
 
Revistas registram a polêmica alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que permitiu ao governo alterar a norma que prevê uma série de regras para o cumprimento do superávit fiscal. Assim como fizeram os jornais diários, tom adotado pelas revistas é critico à postura adotada pelo governo e pelos parlamentares que apoiaram a medida.
 

  • Sob o título de "Vergonha!", reportagem da ISTOÉ resume a cobertura e afirma que, depois de muita resistência da oposição, os partidos aliados aprovaram o texto principal da alteração da LDO “para evitar que a presidente Dilma Rousseff incorra em crime de responsabilidade por encerrar o ano sem cumprir a meta de superávit primário”.
 
De volta a abordagens de interesse do setor industrial, coluna PODER, na ISTOÉ DINHEIRO, informa que “a ratificação do Acordo de Facilitação de Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC) vai garantir a implementação do Portal Único, que reduz de 13 para oito dias o prazo de exportações. A ferramenta, parte do acordo, deve elevar em 8% os investimentos ao País em 2017, estima a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Brasil já iniciou suas reformas e agora deve garantir que o cronograma na OMC seja respeitado, diz o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, CARLOS ABIJAODI”.
 

  • Complementando a agenda, o ex-ministro Antonio Delfim Netto escreve na CARTA CAPITAL sobre um estudo do Ibmec intitulado "Redução da taxa de poupança e o financiamento dos investimentos no Brasil - 2010-2013", que diagnostica o problema fundamental que, segundo o colunista, o país tem à frente: por que a poupança global e os investimentos em capital fixo e o crescimento murcharam? Segundo o colunista, “uma tragédia abateu-se sobre a taxa bruta de investimentos e de poupança nos últimos três anos”. Texto resume os principais pontos do estudo.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda